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The Circus - 3x02

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3x02
 
 
 

CENA 1. ACADEMIA MISS LAVEAU. CAMPUS. EXTERIOR. DIA.

Maureen e Ashley caminham juntas pelo campus, conversando. Lynn, Beverly e Trudie vêm na direção contrária e impedem a passagem das outras duas.

ASHLEY – Dá licença, Lynn?

LYNN – Não, eu não dou. A minha conversa é com ela. (APONTA PRA MAUREEN) E não com você.

MAUREEN – Comigo? O que foi?

LYNN – O que foi? Não está óbvio?

MAUREEN – Desculpe, eu não estou entendendo!

TRUDIE – Se fazendo de vítima como sempre Lynn.

LYNN – Você só pode ser muito cara de pau mesmo, não é Maureen?

MAUREEN – Lynn, eu realmente não estou entendendo onde você está querendo chegar.

LYNN – O que eu quero chegar é que você está causando todas essas mortes dentro da Academia! Você! Você e esse seu espírito de porco que suga a energia por onde passa.

TRUDIE – Vá se benzer, menina!

MAUREEN – Vocês não podem me acusar de nada, eu não matei ninguém! Eu sou tão vítima quanto Carry e Tatum.

LYNN – Deixa de ser cínica, sua vaca! Todos aqui sabem da tua história, da tua mãe maluca que matou todo mundo em Endless Town! É óbvio que o assassino te seguiria até aqui.

MAUREEN – Essa é a minha história, o que eu posso fazer? Eu não me vanglorio pelo que vivi não. Pelo contrário.

LYNN – O que a gente quer é que você dê o fora da Academia de vez antes que alguma de nós também seja assassinada. Vá embora, Maureen! Só assim os crimes cessarão!

ASHLEY – Mas ela não vai mesmo meu amor!

LYNN – Ah ela vai sim, por que se ela não for, eu vou fazer da vida dela um inferno aqui dentro.

MAUREEN – Não tive medo da morte, não terei de você.

LYNN – (APONTA) Espere e assista se eu não te coloco pra fora dessa universidade. Eu não vou ser a próxima. Não vou!

E Lynn sai totalmente alterada, acompanhada de Trudie e Beverly. Maureen revira os olhos. Ashley olha para o lado e vê Allegra sentada em um banco, deprimida, e mostra pra Maureen.

ASHLEY – (BELISCA) Olha Maureen.

Maureen vê Allegra e decide ir até ela. Ashley a segue. Allegra nem percebe que elas estão ali e continua de cabeça baixa.

MAUREEN – Allegra Gray?

ALLEGRA – (OLHA) Sim?

MAUREEN – Meu nome é Maureen Prescott, você já deve ter ouvido falar. Tudo bem com você?

ALLEGRA – Claro que já ouvi falar. Você é uma celebridade. E estou bem, na medida do possível.

ASHLEY – Ficamos muito chocadas com a morte da sua amiga, Carry. E imaginamos que você precisasse de algumas palavras de carinho.

ALLEGRA – (ACANHADA) Obrigada meninas, mas acho que agora eu mereço mesmo é ficar sozinha.

MAUREEN – Soube que você vai se mudar pro nosso quarto, no lugar da nossa amiga que também morreu. Vamos receber você de braços abertos.

ALLEGRA – (FORÇA SORRISO) Valeu, é gratificante pra mim.

MAUREEN – Você pode contar com a gente pro que precisar Allegra. Acredite, eu já passei pelo que você está passando. Veja em mim uma amiga desde já.

Allegra concorda e sorri para Maureen.

CENA 2. DELEGACIA DE NOVA ORLEANS. SALA DO XERIFE. INTERIOR. DIA.

Judy entra na sala do xerife com uma bandeja com três copos de café. Paul e Dewey estão sentados em duas poltronas. Judy os serve, pega seu café e se senta ao lado.

DEWEY – Obrigado, Judy.

PAUL – Dewey, eu agradeço a sua vinda a cidade nesse momento tão delicado. É importante termos alguém que viveu Endless Town nas investigações

DEWEY – Imagine Paul, pela nossa amizade de longa data, é um prazer. Peguei o primeiro avião quando soube dos assassinatos.

PAUL – Eu relutei a acreditar inicialmente, mas estamos lidando com um assassino serial.

DEWEY – O palhaço?

PAUL – Sim. Um reboot do vilão que ficou conhecido na cidade de Endless Town, cuja história eu conheci num livro escrito pela sua ex-mulher, Catherine.

DEWEY – (BAIXA A CABEÇA) É…

PAUL – Bom, as vítimas se chamavam Carry Manson e Tatum McCarthy. Elas foram mortas da mesma forma, esfaqueadas. Pelos laudos o assassino esperou-as morrer para então pendurá-las no teto.

DEWEY – Os crimes estão muito mais cruéis do que antes. Trata-se de uma sequencia correto xerife? Os crimes necessitam ser mais sangrentos. Pelo menos na mente do assassino.

PAUL – Exatamente. Porém uma informação nos deixou bastante assustados sobre as duas meninas e a segurança das alunas da Academia.

DEWEY – (CURIOSO) O que descobriram?

PAUL – Carry e Tatum. Ambas foram feridas na região vaginal. E de acordo com exames, os legistas puderam ver que as duas ainda eram virgens quando morreram.

DEWEY – (SURPRESO) Virgens?

PAUL – É o que o motiva meu caro. As virgens. É delas que o novo palhaço está atrás.

Dewey olha incrédulo para Paul. A TELA FICA ESCURA.

 
 
     
   
 
     

3x02 - PSICOPATA AMERICANO
 
     

CENA 3. DELEGACIA DE NOVA ORLEANS. FRENTE. EXTERIOR. DIA.

Dewey sai da delegacia e aciona o alarme de seu carro. Ele sente uma presença perto de si e, quando se vira, vê que Catherine está ali, o observando.

DEWEY – Catherine?

CATHERINE – Olá Dewey. Me desculpe eu… eu não sabia que você estava na cidade. É ótimo te reencontrar.

DEWEY – (SÉRIO) Sim.

CATHERINE – Você estava falando com o xerife? (PEGA SEU BLOCO DE ANOTAÇÕES) O que ele disse sobre as investigações? Já deu algum perfil do assassino?

DEWEY – Catherine, pare, por favor!

CATHERINE – O que foi? Não está a fim de responder minhas perguntas? Ok! Mas seja mais delicado ao falar.

DEWEY – Não é sobre isso que eu estou falando. Pare de agir como se tudo estivesse maravilhoso entre nós, por que sabemos que não está.

CATHERINE – Dewey… (RECLAMA) Não vamos voltar àquela discussão novamente. Por favor.

DEWEY – Eu não tenho o menor interesse em falar com você e lhe dar qualquer informação. Você morreu pra mim, entendeu?

CATHERINE – Mas nós ainda somos casados, Dewey!

DEWEY – Em breve não seremos mais. Meu advogado entrará em contato com você em algumas semanas.

CATHERINE – Eu não queria que as coisas tivessem chegado a esse ponto.

DEWEY – Não tente bancar de boazinha, porque sabemos que você não é. Você causou nossa separação! Com suas atitudes egoístas e mesquinhas.

CATHERINE – Pelo livro? Dewey é apenas um personagem dentro de uma história!

DEWEY – Não! Não é! Você expôs nossa vida inteira e todas as tragédias envolvendo a Maureen para ganhar fama, que foi o que sempre quis. Você deixou de se importar comigo e nosso casamento, essa é a verdade.

CATHERINE – Eu sempre me preocupei com você Dewey, mas tente entender. Eu sempre fui uma repórter idiota de interior! Os assassinados foram o que me levaram ao mundo! Ao estrelato! E se hoje eu sou Catherine Mayer, a jornalista, é por causa disso!

DEWEY – Viu só? Aí está tudo que penso de você. Fique com seus argumentos, pois eu já cansei deles. Ah, e cubra bem os novos crimes. É isso que você quer né? Que eles aconteçam. Além de deixá-la mais famosa, vão servir como inspiração pro novo livro.

E Dewey dá as costas pra Catherine, indo embora. Close em Catherine, abismada.

CENA 4. ACADEMIA MISS LAVEAU. CAMPUS. EXTERIOR. DIA.

Maureen e Rex conversando no pé de uma grande figueira. Ela segura nas mãos dele, em sinal de compaixão.

MAUREEN – Obrigada por vir Rex. Depois do que aconteceu ontem não conseguimos nos despedir.

REX – Vim assim que pude. Como você está depois da morte da Tatum?

MAUREEN – Mais calma, apesar do susto. Pena que não poderei ir ao cortejo, será na cidade natal dela no Texas. Tatum era uma grande amiga, vai fazer falta.

REX – (ALISA O ROSTO DELA) Vai ficar tudo bem, querida. Eu estou do seu lado.

MAUREEN – (TIRA A MÃO DELE) É sobre isso mesmo que eu quero falar Rex.

REX – Você está estranha comigo, te fiz alguma coisa Maureen?

MAUREEN – É que… Está acontecendo novamente Rex. Os crimes. O palhaço. Tudo! E antes que começamos uma relação sólida, eu acho melhor nos afastarmos.

REX – (SURPRESO) O que? De jeito nenhum! Eu quero ficar do seu lado, te proteger! Ainda mais agora com esse maluco a solta por aí.

MAUREEN – Me escuta Rex, do meu lado você pode correr risco de vida. O assassino ele pode te matar também, tente entender!

REX – Eu não vou concordar com isso Maureen, eu não vou sair do seu lado nem agora e nem nunca mais. Eu gostei de você.

MAUREEN – Eu também! Mas tenta entender! Se algo acontecer de grave, eu não vou me perdoar. A culpa será toda minha!

REX – Nada vai acontecer comigo! Eu sei me cuidar. Se ele vier pra cima de mim, eu acabo com ele. Tô falando sério.

MAUREEN – (SORRI) Não seja tão corajoso, Rex. Isso é sério! (PAUSA) Estamos falando de morte, Rex. Essa não é nenhuma brincadeira ou jogo. É a sua vida que está em risco.

REX – Eu não consigo concordar Maureen, não consigo! Você está maluca! Não pode afastar todos da sua vida logo agora!

MAUREEN – Rex, por favor.

REX – Você está sendo injusta.

E Rex vai embora, deixando-a sozinha. Close em Maureen.

ASHLEY – (EM OFF) Ele disse isso?

CENA 5. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIO. INTERIOR. DIA.

Maureen e Ashley conversando, cada uma sentada em sua cama. Allegra mais afastada, colocando suas roupas no armário que era de Tatum.

MAUREEN – Ele não admite se ver longe de mim logo agora que ficamos juntos. Rex é duro demais, ele acha que se trata de uma brincadeira.

ASHLEY – Você fez certo em conversar com ele amiga, enquanto esse assassino permanecer solto, não teremos paz em lugar nenhum. Nem mesmo aqui.

MAUREEN – Não vou permitir que o assassino tire mais um dos meus amigos de mim. Eu vou me afastar do Rex querendo ele ou não.

ASHLEY – (ASSUSTADA) Devo eu me separar do Tim? Quer dizer, vai que ele também é morto?

ALLEGRA – (SE VIRA) E se ele for o assassino?

ASHLEY – (SURPRESA) O que?

ALLEGRA – (SE APROXIMA) É que numa situação dessas, todos são suspeitos, inclusive o Tim, até mesmo o Rex. Não é assim nos filmes de terror?

MAUREEN – Allegra tem razão.

ASHLEY – Nunca, Tim um assassino? Ele não consegue nem assassinar a minha virgindade, que dirá uma pessoa.

ALLEGRA – (SURPRESA) Você é virgem?

ASHLEY – Eu sou sim, e com orgulho. E só vou deixar de ser no momento certo. Com o Tim ou sem o Tim. (PAUSA) E você? Ainda é virgem?

ALLEGRA – (ENVERGONHADA) Eu… Bom…

MAUREEN – (CORTA) Deixe a menina em paz Ashley, ela acaba de se mudar, ainda está assustada com o acontecido da noite anterior. Vamos tentar não tirá-la do sério, por favor.

ASHLEY – Ok, ótimo, desculpe Allegra.

ALLEGRA – (SORRI) Não esquente.

CENA 6. ACADEMIA MISS LAVEAU. CAMPUS. EXTERIOR. DIA.

Catherine desce do furgão de sua emissora com aparente péssimo humor. Duke chega no local com um pacote de batatas fritas.

DUKE – Servida, patroa?

CATHERINE – (SÉRIA) Não, obrigada. E não me chame de patroa, me sinto velha. Me nome já basta.

DUKE – Me desculpe! O que houve hein? Está com a cara fechada, e se mais um crime acontecer? Vai reportar como desse jeito?

CATHERINE – Tem razão Duke. É que reencontrei o Dewey hoje e ele me fez lembrar de péssimos momentos que eu passei. Aquele homem tem o prazer de me irritar.

DUKE – Mas você ainda o ama, não ama?

CATHERINE – É claro! Mas Dewey é chato demais, essa é a verdade. Quis a separação por causa dos livros e da mídia. Ele acha que eu esqueci do casamento por causa da fama. Vê se pode?

DUKE – E não foi isso mesmo?

CATHERINE – (PENSA) Pode até ser sido, mas quem ama passa por cima de todas as barreiras.

DUKE – Bom, eu estava esperando você se animar pra te dar uma notícia…

CATHERINE – (RÁPIDA) Oh Jesus, morreu mais alguém? Duke, eu preciso gravar tudo! Vou no banheiro retocar a maquiagem.

DUKE – Não, calma, não é nada disso. Eu queria te dizer que estou fora dessa sua cobertura criminalística em torno das mortes da Academia Miss Laveau.

CATHERINE – (ARREGALA OS OLHOS) Você está me abandonando, seu ingrato? Eu preciso de você, Duke!

DUKE – Sem chances Catherine, estou pulando do barco, abandonando o navio. Não quero ser assassinado e muito menos continuar a filmar corpos. Mas obrigado pela oportunidade.

CATHERINE – (IRRITADA) Duke!

E Duke entra no furgão. Catherine grita de raiva e sai.

CENA 7. PUB. EXTERIOR. NOITE.

Plano geral da fachada de um pequeno pub no centro de Nova Orleans.

CENA 8. PUB. INTERIOR. NOITE.

Música ambiente tocando. Várias pessoas sentadas em mesas dispostas pelo salão. No balcão do pub, Maureen, Ashley e Allegra conversam. Mais afastados dali, Tim, Rex e Mickey estão sentados numa mesa bebendo cerveja.

MAUREEN – Eu me sinto tão culpada em vir beber uma noite após a morte da nossa melhor amiga.

ASHLEY – É uma homenagem a ela Maureen, pode ter certeza disso.

Allegra desvia o olhar e vê que Rex não para de encarar Maureen.

ALLEGRA – Maureen, aquele rapaz ali atrás está te olhando a mais de meia hora. Estou assustada.

MAUREEN – Eu já vi, é o Rex, o cara que eu estava falando hoje no dormitório.

ASHLEY – Sabe que até estou ficando com pena dele? Parece aqueles cachorros que caíram da mudança. Vai lá falar com ele, Maureen.

MAUREEN – Não Ashley! Não posso! Pela segurança do Rex é melhor permanecermos afastados. Pelo menos até o assassino ser pego.

CORTA PARA a mesa onde estão os rapazes.

MICKEY – Rex, o que houve entre você e Maureen? Estavam tão bem na festa ontem, do nada não se falam mais.

REX – Nem me fale cara. Maureen veio me procurar hoje e disse que é melhor nos afastarmos antes de iniciar uma relação.

TIM – Mas por quê?

REX – Por causa do assassino. Ela teme que ele possa fazer algo a mim por estar junto dela. Paranóia, você sabem.

MICKEY – E você vai deixar assim? Vai ficar longe mesmo gostando dela?

REX – Não sei, prefiro respeitá-la. Então respondendo sua pergunta Mick, não está havendo, literalmente, nada entre eu e Maureen Prescott.

Rex ergue seu copo de cerveja e bebe. CORTA PARA a porta do pub. Lynn entra junto de Trudie e Beverly, usando uma roupa colada e chamativa. Ashley cochicha com Maureen e Allegra.

ALLEGRA – Chegou a insuportável.

MAUREEN – (DÁ RISADA) Então melhora sua cara por que elas estão vindo para cá.

Lynn, Trudie e Beverly chegam até as outras meninas e Ashley sorri.

LYNN – Maureen! Querida, você por aqui? Acho que só posso estar tendo alucinações.

MAUREEN – Decidimos esvaziar a cabeça um pouco depois dos recentes acontecimentos. (PAUSA) E vocês?

LYNN – Quase a mesma coisa, mas o meu objetivo principal é arrumar homem.

ASHLEY – (BAIXO) É muito vulgar.

LYNN – (PARA ASHLEY) O que disse, queridinha? Hum? Fala mais alto que eu não ouvi.

ASHLEY – (SE LEVANTA) Ah, vá a merda Lynn.

E Ashley sai dali. Lynn suspira e sai com as amigas, deixando Maureen e Allegra sozinhas.

ALLEGRA – Maureen, eu não estou me sentindo muito bem, me estourou uma dor de cabeça terrível.

MAUREEN – (PREOCUPADA) Quer que eu te leve pra casa?

ALLEGRA – Não é necessário, eu vou no meu carro. Tudo bem pra você?

MAUREEN – Sem problemas, vou atrás da Ashley antes que ela cometa uma besteira.

Allegra concorda, pega a bolsa e sai do pub.

CENA 9. PUB. EXTERIOR. NOITE.

Allegra sai do local e desliga o alarme de seu carro. Ela sente seu celular vibrar e o retira do bolso da calça. Há uma mensagem vinda de um número privado. Allegra ignora, guarda o celular e entra no carro, dando partida em seguida.

CENA 10. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIS. ESTACIONAMENTO. INTERIOR.

O carro de Allegra entra no estacionamento e manobra até entrar numa das vagas no fundo do local. Allegra desce, segura sua bolsa no ombro e aciona o alarme. O estacionamento está completamente vazio. Ela olha para os lados e vai caminhando até a saída, quando seu celular vibra novamente. Allegra para e vê que recebeu mais uma mensagem anônima. Ela abre a mensagem e leva um susto. CLOSE na tela: “Você não deveria ignorar minhas mensagens, VADIA. Agora vai morrer”.

Allegra se desespera e deixa o celular cair. Ela começa a correr até a saída do estacionamento e se escora numa pilastra, ofegante. É quando uma mão envolta numa luva de couro a agarra pela boca. Allegra dá um salto e grita, vendo o palhaço assassino atrás dela, erguendo sua faca.

PALHAÇO – (COM MODULADOR DE VOZ) O seu destino é morrer!

ALLEGRA – (BERRA) Se afaste de mim!

Allegra sai correndo e o palhaço vai atrás dela. Ela entra pela porta de incêndio do estacionamento. O palhaço tenta abrir a porta, mas não consegue girar a maçaneta. Ela olha pros dois lados e sai.

CENA 11. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIOS. HALL. INTERIOR. NOITE.

Allegra coloca uma cadeira na maçaneta da porta de incêndio para impedir a passagem do palhaço. O hall de entrada do prédio dos dormitórios da Academia está completamente escuro. O ambiente é grande, com largos sofás de couro, algumas estantes com livros, uma pomposa escadaria e ao lado um elevador. Allegra vai até o balcão onde, supostamente, deveria estar o zelador e pega o telefone. Ela vê que o telefone está cortado. Allegra se desespera e ouve um barulho estrondoso. Assustada, ela se esconde atrás do balcão.

CENA 12. PUB. INTERIOR. NOITE.

Maureen sai do banheiro e dá uma olhada em volta do bar. Não vê Ashley, nem Tim, muito menos Mickey e Rex. Beverly passa por Maureen e a belisca pelas costas. Maureen se assusta.

BEVERLY – Perdida, querida?

MAUREEN – Beverly, você viu a Ashley?

BEVERLY – Eu a vi sair a poucos instantes, deve estar lá fora com o namorado.

MAUREEN – Obrigada.

E Maureen sai do pub. Beverly sorri e vai pro balcão.

CENA 13. PUB. EXTERIOR. NOITE.

Maureen sai e vê Ashley na calçada, falando ao telefone. Ela cutuca Ashley por trás e Ashley se vira.

ASHLEY – (NO TELEFONE) A gente se fala amanhã meu bem, beijos. Boa noite. (E DESLIGA) Amiga.

MAUREEN – Onde você se meteu?

ASHLEY – Vim aqui fora falar com a minha irmã, algum problema? Sentiu saudades?

MAUREEN – É que eu recebi uma mensagem da Allegra, não entendi direito, haviam muitos erros de português. Ela parece estar em apuros.

ASHLEY – (PENSA) Devemos ir atrás dela?

MAUREEN – Claro! Entra no carro.

Ashley concorda e elas caminham em direção ao carro de Maureen.

CENA 14. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIO. HALL. INTERIOR. NOITE.

Allegra escondida atrás do balcão, tremendo de medo. O palhaço assassino caminha pelo hall do prédio a procura dela, balançando sua faca. Allegra ouve os passos dele pelo chão e fecha os olhos. Ela decide espiar pelo lado do balcão e não vê mais ninguém ali. Corajosa, Allegra se levanta e, cautelosa, caminha em direção a porta do prédio, mas é surpreendida pelo palhaço, que pula sobre ela. Os dois acabam batendo contra a porta de vidro e rolam até o lado de fora em meio aos cacos.

CENA 15. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIO. EXTERIOR. NOITE.

Allegra e o assassino rolam por uma ribanceira e param até uma área do campus com grandes árvores. Allegra se levanta e vê que o assassino bateu com a cabeça numa árvore e está aparentemente desmaiado. Ela põe a mão no rosto e sente que está totalmente cortada. Allegra encara o palhaço e avança sobre ele, tentando tirar sua máscara, mas o assassino surpreende e avança sobre ela, imobilizando-a de bruços. O assassino ergue sua faca para matá-la, mas Allegra segura a faca com a outra mão.

ALLEGRA – (COM FORÇA) Eu não vou ser sua! Eu não vou ser sua!

E a tela escurece nas sirenes da polícia. FADE IN em Allegra, jogada no chão, com o braço cortado. Maureen e Ashley aparecem correndo e vão em direção a amiga.

MAUREEN – (DESESPERADA) Allegra! Recebemos seu SMS! O que aconteceu? Você está machucada?

ALLEGRA – (CHORA) Ele tentou me matar Maureen... O palhaço... Ele estava aqui!

ASHLEY – (PASMA) Meu Deus...

Close em Maureen. Ashley olha para trás e vê algumas viaturas da polícia estacionarem perto dali.

ALLEGRA – (EM OFF) Eu não mandei mensagem alguma!

CENA 16. DELEGACIA DE NOVA ORLEANS. RECEPÇÃO. INTERIOR. NOITE.

Allegra, Maureen, Ashley e Dewey conversando na recepção da delegacia. Allegra está com o braço enfaixado.

MAUREEN – Como não mandou mensagem alguma? Allegra, eu recebi uma mensagem sua pedindo que eu fosse até a Academia. Você dizia estar em apuros.

ALLEGRA – Eu não te mandei nada, eu perdi meu celular assim que ele apareceu no estacionamento. Meu celular caiu no chão.

MAUREEN – Mas eu não estou entendendo.

DEWEY – Foi ele. O assassino deve ter enviado a mensagem por que queria Maureen no local...

MAUREEN – (INCRÉDULA) Para me matar também.

ALLEGRA – Eu estou com muito medo, ele me ameaçou, disse que o meu destino era morrer.

ASHLEY – Você teve é muita sorte, menina. Se a gente não chegasse antes, ele com certeza havia terminado o serviço.

MAUREEN – (REPREENDE) Ashley!

DEWEY – Vão pra casa meninas, a situação está sob controle. Colocamos alguns policiais por toda a Academia. Fiquem tranqüilas.

MAUREEN – Obrigada Dewey. Até amanhã.

DEWEY – (SORRI) Até.

Dewey entra na sala do xerife. Quando as três meninas vão sair, Catherine aparece com seu bloquinho de anotações nas mãos.

CATHERINE – Meninas! Que bom encontrá-las aqui. Podemos conversar?

MAUREEN – (SE FECHA) Catherine, estamos muito nervosas e precisamos ir pra casa. Não queremos dar entrevista.

CATHERINE – (AS IMPEDE DE PASSAR) Eu queria algumas palavrinhas da Allegra sobre o acontecido. Todos estão querendo saber. Esses crime estão deixando Nova Orleans de cabelos em pé!

ALLEGRA – (PACÍFICA) Não quero falar agora, obrigada.

MAUREEN – Dá pra sair, Catherine? Será que você não vê que está deixando a menina mais nervosa?

CATHERINE – Maureen, eu sou uma repórter, esse é o meu trabalho! Será que vocês podem cooperar? Eu ganho pra isso! Eu vivo disso!

MAUREEN – Vive de revirar a vida das pessoas, né? Por que é só isso que você sabe fazer.

CATHERINE – Querida, se vai remoer o aconteceu ano passado, é melhor parar por aí. Eu já lhe pedi desculpas e você insiste e me colocar de vilã da história.

MAUREEN – Já falei que não quero conversar com você. Já te pedi pra se afastar de mim, por que continua nisso?

CATHERINE – Por que eu e você devemos investigar isso juntas! Como nos velhos tempos! Lembra?

MAUREEN – Nem morta.

E Maureen vai embora da delegacia junto de Ashley e Allegra, deixando Catherine sozinha. Catherine dá de ombros e sai em outra direção.

CENA 17. DELEGACIA. SALA DO XERIFE. INTERIOR. NOITE.

Paul anda de um lado pro outro, preocupado. Dewey sentado numa poltrona, pensativo. Judy bate na porta e entra.

JUDY – Xerife, ela está aqui.

PAUL – Mande entrar, Judy. Obrigado.

Judy concorda e sai.

DEWEY – Quem está aí?

PAUL – Uma pessoa que nos ajudará e muito nas investigações.

Segundos depois, Catherine entra, surpreendendo Dewey.

CATHERINE – Boa noite xerife. (PAUSA) E Dewey.

DEWEY – (SURPRESO) O que ela está fazendo aqui?

PAUL – Eu admiro a sua vontade de nos ajudar Dewey, mas a Catherine também é uma peça fundamental na nossa investigação. Ela é a autora dos livros do massacre anterior, pode demasiadamente útil.

CATHERINE – Não gostou Dewey? Acha que só você pode bancar de espertinho? O Sherlock Holmes?

DEWEY – (SE LEVANTA) Me desculpe xerife, mas a Catherine não pode ficar a par das investigações. Ela é uma jornalista, vai espalhar pra todo mundo. Vai prejudicar o nosso trabaçho.

CATHERINE – Não se preocupe, eu sei ser profissional. Nada de for dito aqui, sairá na imprensa.

PAUL – Menos drama Dewey, temos coisas mais importantes para nos preocupar.

Catherine coloca sua bolsa sob a bancada do xerife e retira uma caixa de giz. Ela se aproxima de uma louça, ao fundo da sala, e escreve três nomes: “CARRY MANSON”, “TATUM MCCARTHY” e “ALLEGRA GRAY”.

CATHERINE – Essas foram as nossas vítimas. Ou melhor, quase vítimas já que a Allegra sobreviveu.

PAUL – Por que você acha que ele está fazendo isso novamente, Catherine? Qual a motivação?

CATHERINE – (SE SENTA) Bom, a motivação pode ser qualquer coisa. A gente não tem como saber, a cabeça de um psicopata é bastante complexa. Mas atenção, esse não é um assassino qualquer. Estamos falando de uma trilogia.

DEWEY – Eu já havia dito isso ao xerife. Nosso palhaço quer repetir o que já foi feito anteriormente em Endless Town.

CATHERINE – É como nos filmes de terror. O assassino será muito mais ousado do que no massacre anterior. Mais sangue, mais corpos, mais terror. E trata-se de um super homem. Ninguém vai conseguir pegá-lo.

PAUL – A população está assustada.

CATHERINE – E tem que ficar. Ele não vai parar enquanto não o pegarmos. Ele está na capa de todos os jornais, xerife! (FORTE) Mídia! Ele está em todos os noticiários do estado! E ele deve estar adorando isso tudo. (RI) Ele, ou ela... Ou eles...

DEWEY – Você acha que pode ser mais do que um?

CATHERINE – É possível, afinal Monica Prescott não cometeu todos aqueles crimes em Endless Town sozinha. Ela teve ajuda de uma professora e de seu amante, com todo o perdão da palavra Dewey. Dessa vez podem ser dois, três, ou um grupo.

PAUL – Existe uma informação que você ainda não sabe e que eu vou contar porque sei que você é inteligente e saberá lidar com isso, mas reitero que necessitamos de sigilo absoluto. Ok?

CATHERINE – (CRUZA OS BRAÇOS) Claro. Mande.

PAUL – De acordo com os médicos legistas, as duas meninas assassinadas eram virgens. Acreditamos que ele esteja atrás de moças que se enquadrem nesse grupo. Você concorda?

CATHERINE – (PENSA) Um tanto curioso... Virgens...

DEWEY – Curioso por quê?

CATHERINE – Pode ser que o novo assassino tenha algum problema envolvendo sexualidade feminina, por isso atacar contra as virgens.

PAUL – O que eu quero saber Catherine, é como pegaremos ele? Ele não deixa pistas! Nenhum vestígio! É altamente calculista em relação as mortes.

CATHERINE – (SORRI) Xerife... Como nos filmes de terror, o vilão só é descoberto no final. Ainda existem muitas mortes pra acontecer. São as regras.

CENA 18. ACADEMIA MISS LAVEAU. DORMITÓRIOS. QUARTO. INTERIOR. NOITE.

Maureen vê a polícia fazendo segurança no campus pela janela do quarto e fecha a cortina. Allegra está deitada em sua cama, olhando para o teto.

MAUREEN – Estamos salvas agora. Ele não vai voltar.

ALLEGRA – (ERGUE A CABEÇA) Maureen, você já encarou a morte?

Maureen sorri e se senta na beira da cama dela.

MAUREEN – Muitas vezes Allegra. Eu passei por momentos que nunca imaginei que passaria. Eu perdi pessoas que eu jamais pensei que perderia da maneira que perdi.

ALLEGRA – Eu quase morri hoje. Aquela frase... Você deve morrer.. Me deixou muito assustada. E se eu virar um alvo? E se ele tentar novamente?

MAUREEN – Ele não vai, sabe por quê? Por que eu vou ficar do seu lado e te proteger. Você é uma das minhas agora.

ALLEGRA – (RI) Valeu.

Elas ouvem os toques de dois aparelhos celulares. Allegra apalpa sua cama e encontra seu telefone abaixo do travesseiro.

ALLEGRA – (PASMA) É o meu telefone! Como ele veio parar aqui? Eu achei que havia perdido...

MAUREEN – (SE LEVANTA) O desgraçado esteve aqui. Meu Deus... (ALTO) Ashley?

ASHLEY – (EM OFF) Estou no banho, caramba! Dá um tempo Maureen!

Maureen verifica que a porte do quarto está trancada. Allegra mexe no celular e põe a mão na boca. Maureen pega o seu celular em cima de sua cama e também vê que recebeu um SMS.

ALLEGRA – (ASSUSTADA) Maureen...

MAUREEN – (LÊ) Eu vou te matar assim como matei a sua amiga. Você pode fugir pra onde quiser, pode procurar a ajuda de quem quiser, mas eu vou te matar. Por que esse é o seu destino. A morte.

E Allegra cai em prantos. Maureen vai até ela e a abraça. Close em Maureen.

CENA 19. DELEGACIA DE NOVA ORLEANS. FRENTE. EXTERIOR. NOITE.

Catherine sentada na escada da porta da delegacia, com aspecto triste. Dewey sai do local e se senta ao lado dela.

DEWEY – Você ainda por aqui?

CATHERINE – É, estou refletindo sobre meu fracasso.

DEWEY – Catherine Mayer falando de fracasso? Me desculpe, mas isso não soa coerente para mim.

CATHERINE – Por incrível que pareça é sim Dewey. Meu câmera me abandonou, minha matéria provavelmente foi pro lixo e esse filho da puta continua a solta podendo matar a qualquer momento. É nessas horas que a gente se sente impotente.

DEWEY – Sabe Catherine, eu tenho que ser sincero agora. Por mais que a gente tenha tido todos os nossos problemas e esteja separado, tenho que admitir que você foi bastante inteligente com o xerife.

CATHERINE – Eu sou uma autora Dewey, eu escrevo sobre isso. De alguma maneira eu sei entender o que o assassino pensa. (ERGUE AS MÃOS) E, graças a Deus, não sou virgem desde os 15 anos.

DEWEY – Você não é tão ruim como eu pensei que era.

CATHERINE – Eu só corro atrás dos meus sonhos, é diferente. Talvez por isso as pessoas me considerem um monstro.

DEWEY – E por te achar uma pessoa bacana peço que vá embora da cidade. Afaste-se disso tudo Catherine! Aproveite que seu câmera se foi e siga seu caminho.

CATHERINE – Sem chances Dewey. Não posso ir embora agora. Precisamos descobrir tudo!

DEWEY – Não, não precisamos. Pra isso existe a polícia. Eu estou aqui apenas ajudando, pela sua segurança, vá embora de vez!

CATHERINE – Entenda uma coisa Dewey... Eu passei por muitas coisas difíceis na minha vida, coisas que ninguém imagina, portanto desde criança eu sempre tive um senso de justiça muito grande, e agora, adulta, eu não vou permitir que esse lunático volte a atacar novamente. Está acontecendo de novo, e eu vou dar um jeito nisso. Eu vou descobrir quem é esse assassino, com ou sem a sua ajuda.

Catherine o encara e vai embora. Close em Dewey, preocupado. A TELA ESCURECE. SOBEM OS CRÉDITOS.

 


SÉRIE DE:
Jota Pê 

ESTRELANDO:

CHRISTA B. ALLEN MAUREEN PRESCOTT
SARAH MICHELLE GELLAR
CATHERINE MAYER
EMMA ROBERTS
ALLEGRA GRAY
AIMEE TEEGARDEN
ASHLEY BECKER
SKYLAR DAY
LYNN WELLINGTON


PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

HAYDEN PANETTIERE
CARRY MANSON

ATORES CONVIDADOS:

RICHARD BURGI
DEWEY RILEY
JULIAN MORRIS
REX VANDERWALL
BRITT ROBERTSON
TRUDIE SIMONS
JACK DEPEW
TIM ALLERTON
MACKINLEE WADDELL
BEVERLY SCOTT
JEFF FAHEY
SHERIFF PAUL YOUNG
SHANE COFFEY
MICKEY HARMON
MEGHAN ORY
HARMONY DRAKE
NATALIE MARTINEZ
JUDY SAMUELS
NICHOLAS STRONG
DUKE COLLINS
BIANCA LAWSON
TATUM MCCARTHY

TRILHA SONORA:

SOMETHING TO DIE FOR
The Sounds
RED RIGHT HAND
Nick Cave and the Bad Seeds
BURN
Ellie Goulding
WHAT THE WATER GAVE ME
Florence + the Machine
 

PRODUÇÃO:
Bruno Olsen
Diogo de Castro
Rafael Oliveira


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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Proibida a cópia ou a reprodução

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