“O que mais me incomodou foi que, as emissoras que acataram a proposta tentaram
modificar a obra. Em primeiro lugar, a obra pertence ao autor e é
deselegante modificar o contexto sem ao menos um diálogo. JOÃO SANE
MALAGUTTI atiça o fogaréu no quinto programa do “Papo com o Autor”
CARLOS LIRA: Boa dia, boa tarde, boa noite, meu mundo virtuaaallll...
Na pegada do deuso Alok que quero que você nos ouça hoje... Sabe-se a que
horas você danadinho, ou danadinha saliente está lendo essa po**a aqui kkkk...
Eu só digo uma coisa: SÓ VEM! E Segura que é marimba, é sucesso, é o Papo
com Autor já com o seu quinto programa no ar... Há! Pra não esquecer, a
gente fica nervoso, com o privado apertado, quando surge uma, duas... Ou
pior, nenhuma crítica! [...] Mentira! (Risos) Acho bom mesmo, afinal, fale
bem ou falem mal, mas falem de mim, né nom?! [...] A espera para esse
programa foi de mais, a tempos que não lemos os babadinhos que causamos por
aqui... E hoje o causador de discórdias, o causador de fuzuê e o levantador
de poeira no nosso programa de hoje, é ele, João Sane Malagutti, meu
parceiro da novela Cálice de Sangue... Aprochegue João...
JOÃO SANE MALAGUTTI: Boa noite, o prazer é todo meu. É uma honra
estar aqui e poder dividir contigo esse bate-papo. ‘Simbora’! To aqui para o
que der e vier.
CARLOS: É assim que o povo Gosta!! João, me corrija caso esteja errado.
Lembro (e olha que é raro lembrar das coisas kkk) que nos conhecemos via o
Carnaval Virtual
JOÃO: Bacana, está lembrando bem! Até então estava me perguntando como tudo
isso aconteceu (rs). Achamos o eixo central.
CARLOS: Menino tá vendo aí kkk E que ventos bons nos trouxe o Carnaval
Virtual. João quando lhe conheci batemos um longo papo sobre as Web novelas,
sobre o mundo virtual... Antes dessa conversa, você já tinha conhecimento
desse "mundo"?
JOÃO: Na realidade eu não conhecia muito bem. Já tinha pensado em expor algo
via internet, algo do tipo e, até mesmo, depois ouvi rumores. Mas, até então
não tinha o conhecimento de perto, foi você quem me trouxe para esse
caminho. Até então o foco era me aprimorar para buscar a televisão e o
cinema no mundo real.
CARLOS: Bom, nessas nossas conversas você me relatou que já havia tentado
uma vaga na TV com um roteiro de Novela, certo?
JOÃO: Sim. A TV exerce uma magia sobre mim. Produzir é algo que me encanta
muito e, a bem da verdade, me descobri capaz de criar histórias. Tudo
começou em escrever e produzir para escolas de samba, depois veio a ambição
pelo teatro e TV. Em 1997, no auge de Xica da Silva, pela TV Manchete, eu
decidi escrever uma história e encaminhei ao Departamento de telenovelas da
extinta TV Manchete. Lembro que ligava e enchia o saco do povo. Até que
consegui ser ouvido pelo admirável Diretor de Telenovelas do canal, Walter
Avancini.
CARLOS: Um sonho que todos que percorrem esse meio deseja um dia realizar.
Rapaz do céu imagino a sua reação... Creio que se acontecesse comigo,
travaria real.... Sabe-se lá Deus o que sairia de minha boca... Enfim,
arrasou!! [...] João, sua primeira obra lançada aqui no mundo virtual será
Cálice de Sangue a qual tenho a honra de dividir a autoria com você. E já,
já falaremos um pouco mais sobre. Mas nos conte como está sendo essa
primeira experiência.
JOÃO: Cálice de Sangue será a primeira telenovela minha (em parceria) a ser
divulgada. Porém tem outros tantos de novelas guardadas aqui. Devo admitir,
sem falar de idade, que não sou tão novo assim na área (rs). Já tive
experiência no teatro com peças escritas por mim já produzidas e levadas ao
palco e, até mesmo, para o cinema com o curta-metragem ‘Homem de Areia’ que
concorreu ao prêmio ABC de cinema há alguns anos. Embora haja aí na estrada
algumas poeiras que levantei, eu admito que fico ansioso com estreias.
Cálice de Sangue para mim é um desafio e novidade, pois mexe com muitas
coisas dentro de mim e não faço a mínima ideia de como o público poderá
reagir, porque eu sei que quando sento e escrevo, parece que rola uma
psicografia de outros ‘EUs’ em manifestação. Nessa novela tem coisas que me
chocam e mexem comigo toda vez que releio.
CARLOS: Gente, não é porque é nossa. Mas a novela tá maravilhosa, admito que
também arrepio ao reler os capítulos. Uma trama redonda em todos os
aspectos. Mas vamos deixar pra comentar sobre mais pra frente kkkk Mas,
realmente estreias mexem com todo mundo, as expectativas são várias. E
pessoas, como veem, o rapaz é preparado! Uma carga de tramas e história de
si de respeito.
JOÃO: OBRIGADO PELO RAPAZ. Gentileza sua, rs.
CARLOS: João, por ser sua primeira obra em parceira a ser divulgada,
muitos devem se perguntar qual estilo ele segue nos seus textos... Algo que
poderá ser mais esclarecido a frente em um próximo quadro. Mas, você pode
antecipar (eu já conheço até porque escrevemos juntos e acho a escrita um
pouco parecida) quais sentimentos e rumos você segue nas tramas...
JOÃO: Eu sigo a espiritualidade nossa de cada dia. Quem convive comigo no
cotidiano sabe que sou um palhaço. Adoro comédia, vivo comédia e quando
também subo aos palcos o negócio é para rolar de rir. Para escrever essa
trama eu sento à frente do notebook, respiro fundo e vejo a sequência de
cenas. Ali, eu imagino as cenas na cabeça e sinto a carga dramática das
personagens. Ali deixo fluir. Admito que me concentro muito para não
terminar em comédia e no final eu vejo que o resultado é uma primazia
dramática. Em anos, atuando com artes dramáticas e como psicólogo eu tenho
vivenciado e visto muita coisa que mexe com as emoções das pessoas e isso é
um subsídio para que eu possa mexer bem na ferida através das personagens.
Procuro isentar tudo o que é experiência real e me concentro apenas nas
características das personagens e daí é que vejo que outros 'EUs' fluem.
Minha avó dizia que eu tenho uma alma experiente, e acabo vendo isso nas
escritas, porém quando eu faço um comparativo com alguns autores eu fico
perdido. Diga-me tu... Com qual autor minha escrita parece?
CARLOS: Prefiro não comentar! Kkkk Brincadeira, mais à frente no quadro
comento. Creio eu que estarei certo!
Bom, pessoas. Como veem conhecemos um pouco sobre o João, mas precisamos
seguir. Então, segue o baile, e vamos para o próximo quadro...
JOÃO: Adoro, se for de Van Gogh, melhor ainda o quadro. Presenteiem-me.
CARLOS: Kkkkk nada disso! Segue o baile, e vamos de revela mesmo kkkk.
CARLOS: JOÃO, chegamos ao nosso
primeiro quadro, o "REVELA AÊ!". Já adianto que vamos querer saber tudo, sem
modéstias viu... (risos) Aqui o nosso intuito é tirar algumas curiosidades
sobre o seu processo de criação e afins... E Já começando esse revela, diga
aí pra gente como é que se dá a criação da história de suas tramas.
JOÃO: Deixo fluir... As vezes ouço uma música cuja melodia me inspira.
Sou movido à melodias, letras nem tanto, mas aí, a labilidade emocional se
manifesta, crio o nome, o primeiro diálogo. A cena ficou redonda, ótimo, ok.
Próximo passo, dar corpo e cara às personagens centrais e jogar no caldeirão
um pouco de ralação, um pouco de romance, amor ora correspondido e ora não,
depois um tombo enorme e por último a volta por ciam e touché, temos um
folhetim. Aí penso comigo: "Ih, isso não impressiona!" -, daí o que faço?
"Chamo a nave espacial, dos absurdos, abduzo as personagens e dou aquela
surtada. Eis que surge o povo todo, ao som da Ludmila, bem "cheguei,
chegando bagunçando a zorra toda"...
CARLOS: (Risos) Adoro essas loucuras, também faço altas viagens pra
chegar na história...Ok! Depois que a trama está toda armada, partimos então
para o título que resume toda a história. Como você chega ao título das suas
tramas?
JOÃO: O título é um filho. É a parte do parto. É dolorido. Porque não
curto títulos longos. Considero rebuscado. A internet e a rapidez das coisas
que o mundo se faz via globalização digital requer tramas com cenas pontuais
em cada motivo que desencadeará ao próximo, e o título deve ser um
desencadeador. Gosto muito de títulos curtos. Mesmo porque, ele faz as
pessoas criarem expectativas. Daí eu sofro muito, quase o mesmo que um
publicitário para criar um outdoor, poucas palavras para dizer tudo... Mas,
sempre sai.
CARLOS: Adorei essa explicação via parto. Kkk Toda aquela dor que vemos
é a mesma pra sair um título e quando "nasce" a felicidade transborda...
Menino do céu, tô gostando da coisa. Seguindo, o que vemos em muitas obras é
uma espécie de escalação fictícia de elencos, você também é a favor dessas
escalações?
JOÃO: Não gosto. Quando escrevo, imagino as feições das pessoas de
acordo com as características predeterminadas. Muitas vezes escolher o
elenco é chato, porque tem uma obrigatoriedade de se parecer. No caso de
'Cálice' foi um parto de gêmeos. Tu sabe da minha luta para manter as
características genéticas de filhos e pais. Eu acho esse lance de
hereditariedade o fechamento de uma obra. Por isso, não curto escolher,
porque tudo é muito diferente na escalação de elenco. Aí entro numa neura de
querer por exemplo, tingir o cabelo da Fernanda Montenegro de pink ou
colocar o Antônio Fagundes de peruca Pocahontas com franjinha indígena
brasileira. Minha cabeça faz um mix cultural que me desgasta.
CARLOS: Kkkkkkkkkk ótimo. Mas, adoro as escalações. Pra mim mesmo, acho
fundamental!
JOÃO: O ideal é deixar o público imaginar o ator que gosta. É mais
prazeroso
CARLOS: Sim, sim. É bem interessante ao visualizar por esse lado,
realmente. Vamos seguir que ainda vem muito por aí... Segue o fluxo que logo
a frente vem o quadro da comparação do autor...
CARLOS:
JOÃO, saímos do Revela, onde conhecemos um pouco do seu processo de criação e
afins. E chegamos então ao nosso segundo quadro da noite, o "Me Identifico?!"
[...] Vamos nessa... No "Me identifico?!" a pergunta é única e o espaço é todo
livre pra você, nesse quadro você tem o espaço pra fazer uma comparação sua, com
algum autor de telenovela ou série de TV. Fica a seu critério. Aqui você vai
comparar, e claro nos falar um pouco dessa sua comparação. E como a gente é
curioso... Lógico que vamos querer saber qual trama e qual personagem do autor
você mais gosta. Então meu amigo, o espaço é todo seu, nos apresente seus
“mestres” ...
JOÃO: Bom... Aí você me pegou de jeito. Não vejo nada do que escrevi que
lembre algum autor, pois faço as minhas coisas tão singulares no meu mundinho
que fico meio que aleatório. Mas se for para comparar tem alguns autores que
gosto muito que vez ou outra eu consigo encontrar coisas deles em mim. Como
disse no começo, baseado no meu estado de espírito. Essa trama que virá tem
muito de Silvio de Abreu com Benedito Ruy Barbosa e Agnaldo Silva. Desses
autores posso dizer que gosto de: A RAINHA DA SUCATA, de Silvio de Abreu e a sua
esnobe Laurinha Figueiroa. Também curto muito RENASCER, de Benedito Ruy Barbosa,
nessa novela o vilão era Teodro, vivido por Herson Capri, mas no fundo, para mim
foi o Coronel Inocêncio, vivido por Antônio Fagndes. O fato dele amaldiçoar o
filho fazia dele ao meu ver, uma personagem asquerosa. De Agnaldo Silva sou
fissurado em TIETA e, inegavelmente a primazia de Joana Fomm dando vida à
famigerada Perpétua. Mas, de coração, não sei se me pareço com algum deles, me
diga você com qual escrita a minha parece, estou muito curioso!
CARLOS: Sabia que não estava errado, kkk Eu sou foda! (Cancela essa parte de
achismo kkk) Assim que começamos a escrever e debater sobre Cálice de Sangue,
percebi de primeira justamente uma misturada de Aguinaldo com Benedito na sua
escrita, não citaria o Silvio. Bom, percebi isso porque você tem uma leveza no
cômico estilo Aguinaldo, e traz as mesmas características do Benedito no quesito
trama rural, um casal central cativante e que a gente torce (algo raro na minha
pessoa, confesso). Você citou três feras da nossa dramaturgia as tramas do
Aguinaldo quanto às do Ruy são bem características e cativam o público, advindo
as últimas Império e Velho Chico, ambas ótimas tramas. Mas adentro entre elas,
Velho Chico a melhor das duas.
JOÃO: Velho Chico foi uma obra composta com pitacos de direção na
genialidade de conduzir roteiros que Ruy Barbosa tem. Essa novlea foi o cinema
lúdico dentro da TV, difícil algo que a supere. Agora, Luiz Fernando de
Carvalho... Ah... Meu sonho de tê-lo como diretor em algum roteiro meu. Um dia
será, um dia! Amém, Jesus, unge essa frase! (rs).
CARLOS: Realmente Velho Chico era incrível, cenas que você realmente vivia
na trama. Uma mais linda que a outra. Perfeita! Me apaixonei pela trama, de um
jeito que não imaginei. Fodasticas! Quanto ao Luiz eu ainda tenho um pé atras
pra ele kkkk Meu sonho é o Papinha, o cara tá arrebentando nas tramas que
dirige.
JOÃO: Qualquer um tá bom, mas sonho é sonho!
CARLOS: Feshow! Bom João, vamos seguir que temos horário a cumprir. Vamos
ver o que vem pela frente...
CARLOS:
PESSOAL COMO O AUTOR É NOVATO AQUI NO MV, O QUADRO REVIRANDO O BAÚ NÃO SERÁ
REALIZADO NESTA EDIÇÃO. AGRADEÇO A COMPREENSÃO DE TODOS, MAS FICA PRA
PRÓXIMA EDIÇÃO.
CARLOS: E ele já aterrissa pegando fogo nesse terceiro programa.... O
quadro que eu, você e todos nós adooooramos (risos) JOÃO meu querido, esse
quadro é só confusão viu... É aqui que sabemos, que haverá muito moído nesse
mundo virtual (risos) Aqui o espaço é livre pra você falar mal de uma
pessoa, uma obra, uma emissora... O espaço é todo seu... Queremos confusão e
gritaria mesmo, que é pra ter audiência... Queremos ver as páginas do face
bombardeadas de comentários... Me ajude nesse fuzuê, JOÃOooo, conte tudo não
esconda nada, N-A-D-A!!!
JOÃO: Calma aí, vou pegar o querosene (rs). Na realidade, venho de uma
escola de arte do mundo real em que para se chegar lá tem muita ralação,
estudo e conhecimento. Não é algo que surge do nada. Quando me convidaste a
escrever essa trama e me passaste algumas referências de webnovelas procurei
ler e acompanhar algumas coisas como um pesquisador antes de entrar num
projeto, A estrutura é interessante e me coloquei à disposição, porém eu
senti uma diferença muito grande no formato do roteiro. Isso me causou um
choque. Mas, nada que não pudesse me adaptar para entrar no meio. Depois
vieram as avaliações para obtermos a novela aprovada. O que mais me
incomodou foi que, as emissoras que acataram a proposta tentaram modificar a
obra. Em primeiro lugar, a obra pertence ao autor e é deselegante modificar
o contexto sem ao menos um diálogo. Segundo, as propostas eram para tirar o
charme e a elegância da obra em questão de linguajar por medo do leitor não
acompanhar. Muito incoerente, se um personagem tem características
regionalistas, não posso mudar, pois é justo isso que vai trazer o leitor
para dentro da obra. E, o pior de todas, as situações pedidas era inferiores
do que estávamos oferecendo. Isso me incomodou porque em comparação com as
novelinhas que estavam no ar dá para perceber que muitos nem sabem o que
estão construindo. Estão apenas dando vazão ao que acham que devem expor em
busca de um lugar ao sol. Não acho errado os autores quererem seus lugares,
Mas o espaço é aberto e chega lá quem tiver o melhor plano de voo. O
respeito de emissoras às obras deve ser estimulado. Autoria é coisa séria.
Creio que depois dessa declaração essa seja a primeira e última novela que
escrevo pro mundo virtual. Aqui jaz... (rs).
CARLOS: Kkkkk E fogo, brasa e fumaça Brasil!!!! E disso que gosto, fuzuê!
... Seguimos pra mais um quadro...
JOÃO: Rembrandt pode ser?
CARLOS: kkkkk fui no Google ver o Rembrandt, aqui é mais na base de paz
e amor, mais arte de praia mesmo .... É o
que o orçamento da pra fazer meu povo...
CARLOS: E na pegada da fofura, no sentimento de acalmar os ânimos após o
fogo todo do “Não sou obrigado” que criamos o “ESSA É PRA VOCÊ!”. JOÃO,
nesse quadro, você também terá o espaço livre pra homenagear uma trama, um
colega... O Espaço é todo seu. Temos momento de bafafá, mas claro de
amorzinho também... Então você que será homenageado pelo JOÃO, e você que
está lendo, prepare os lencinhos e segure essa declaração...
JOÃO: Mensagem de carinho eu deixo para minha, mãe, meu pai e minhas irmãs.
Carinho é oriundo do amor verdadeiro. No mais deixo o meu respeito e carinho
aos carinhosos do mundo que buscam energias para manter a chama do amor
acesa nesse mundo de desigualdade e maldade. Meu respeito e carinho aos
voluntários que deixam suas casas para ir às ruas dora comida e auxiliar a
um desprivilegiado ao banho, ou até mesmo uma pessoa que sem formação vai ao
hospital arrancar o sorriso de uma criança enferma, ou a um asilo para
florescer os lábios murchos daqueles em que a vida se debruçou a abandonar à
própria sorte. Nesse quadro quero pedir paz, tolerância e amor ao mundo. Só
assim podemos encontrar carinho nos braços das pessoas. Para você não ficar
triste, o meu carinho se estende a você também.
CARLOS: Não fiquei, emocionei com a mensagem. Bela por sinal. O João todo
fofinho, todo cheio de carinho nesse mundo kkk O quadro mais uma vez cumpre
seu papel, e depois de todo esse amor, partimos então pra ele, que já vem
com gostinho de quero mais, gostinho de choro, de adeus...
CARLOS: Estamos chegando ao fim do nosso programa, mas antes de despedir, a
gente precisa acrescentar mais ao programa, não é “meixmo” ?! E é aqui que
queremos saber tudo sobre Cálice de Sangue. Eu e o João que por incrível que
pareça somos parceiros na escrita da trama, vamos bater um papo extra sobre
a trama, sobre o que é aí e tudo o que vocês podem esperar da mesma.
JOÃO: Eu queria dizer que a trama foi um presente. Quando tu me entregaste
a sinopse, tinha um conteúdo tímido, mas promissor. Algo bem parecido
contigo que, ao abrir o espaço cresce e muito. Ali eu vi um enredo
desenrolar. Lógico que com um pouco de experiência que a vida me deu e
outras que construí pelo caminho, eu me debrucei a escrever, escrever,
escrever. A trama tem uma ideia central de Carlos Lira, o pai da História e
a educação administrada por mim. É lógico que a cada capítulo discutimos...
e discutimos muito. Mas, isso foi edificando e fortalecendo a trama, pois
algo sem debate, costuma ser uníssono e muitas vezes sem nexo. Daí surgiu
grandes personagens que deixam meu coração em sangue quando os vejo em
alguma situação periclitante que muitas vezes vossa malvadeza criou (rs). Eu
sou o bonzinho da história, gente!
CARLOS: Pessoas desse mundo, a trama rodou, mudou muito, tentei a tempos
exibi-la mas nada dava certo. Até que encontrei o João e após algumas
conversas fechamos tal parceria e como veem logo, logo está disponível pra
leitura de vocês. kkkk Gente, já ficou mais do que explícito minha
preferência por personagens maldosos kkk Sofri muitas vezes em cenas e
contextos na montagem dos capítulos com o João. A gente teve várias
discussões proveitosas que enriqueceram tanto os personagens quanto a trama.
Somos uma dupla equilibrada meu povo kkk O João dá uma leveza a trama e eu
trago um tom mais malvado kkkk
JOÃO: Mas não pensem que eu não sei pisar, também. Tanto é que as minhas
personagens preferida da trama é uma dupla de vilões. Aliás, vilões não são
nada perto daqueles dois lá. Posso revelar nomes?
CARLOS: Kkkk lógico! Começamos por eles então!
JOÃO: Leofá, o pai do destino e Suméria a senhora dos acontecimentos.
Duas pessoas ambiciosas com ambições diferentes que se unem para tirar do
caminho tudo aquilo que a vida insiste em colocar como barreira. O destino
tenta avisa-los o tempo todo que o caminho não é certo, mas eles dão uma
rasteira na vida. Quero falar, mas não quero entregar tudo... São tantos
rastros de maldades e corpos para recolher pelo caminho que a coisa vai
ficando em proporções gigantes.
CARLOS: Se tem uma coisa que vocês podem esperar, é armações desses
dois. Leofá foi o primeiro vilão criado, os embates dele pelo poder serão
vários e ele não mede esforços. O Bixo é coisa ruim mesmo. Suméria e peça
fundamental na trama, seu nascimento e crescimento na trama é maravilhoso.
Envolvida nos rumos da história é uma personagem que aparenta ter um coração
bom, mas segue o caminho errado mesmo sabendo das consequências. Ambos são
ótimos, mas Leofá se supera. Vamos de Protagonistas?!
JOÃO: Ah, os protagonistas são rosas vermelhas que cada gotinha de sangue
espalhado no caminho fez brotar o amor. E que amor! Uma doença de amor para
lá de profunda que faz as pessoas fugirem dos fantasmas do passado, mesmo
querendo se entregar a ele de corpo e alma. Mas será que o passado faz a
vida deles sofrer reviravoltas? Haverá amor entre mortos e feridos. Fale
deles você meu parceiro, que é um homem apaixonado.
CARLOS: Kkkk o homem apaixonado foi ótimo. Gente, primeira sinopse que
me entreguei ao casal principal, uma linda história entre duas peças de duas
famílias diferentes se cruzarão. Ludmila e Santiago trarão o amor proibido.
Um casal que será formado da verdadeira pureza do amor. Já Leopoldina e
Salvador trarão o amor travesso, o amor mais ousado, que ao desenrolar da
trama serão impedidos de viver tal amor e acabarão em lados opostos a tal
título, uma vez que nutrirão ódio família contra família, daí desenrolado
todo o motim da trama.
JOÃO: Trama de poder. No meio disso, terras, sede de poder de uma cidade,
dinheiro sujo, corrupção e o progresso de uma cidadezinha no meio do nada em
jogo. Realidade ou ilusão coletiva? Gays, prostitutas, luxo, pobreza,
religiosidade arraigada, hipocrisia e até mesmo bons momentos de risos podem
ser encontrados durante o trajeto de todos. Trajeto do prefeito Salvador e
do retorno de Leopoldina à sua cidade de origem. Muitos crimes e maldades se
encontram perdidas na história a partir de um cálice... um único cálice que
faz viver ou morrer.
CARLOS: Cálice de Sangue será situada na pacata TETEMBAU. Cidadezinha
típica de interiores, com todos os personagens característicos envolvidos.
Uma trama que mescla o amor e o poder. Assim como o nome da cidade trás (Que
em seu significado os traduz a CIDADE VAZIA) As pessoas passam a de certo
modo viver tal vazio, vazio esse impregnado na disputa entre duas famílias
chaves pro desenvolvimento (ou não) do lugar.
JOÃO: Bom, acho que isso é o que podemos revelar por enquanto,
doravante, as pessoas podem nos acompanhar pelo canal que prevê a estreia
para os próximos dias.
CARLOS: Isso mesmo João. E aguardem porque muito pode vim a acontecer nesse
embate de Bianchinis e Pimentas. João, foi um prazer contar com sua presença
no nosso programa.
JOÃO: O prazer foi meu. Gostaria de deixar um apelo que muitos autores
tem feito que é o respeito os direitos autorais. Uma obra boa, muitas vezes
deixa de ser escrita na íntegra em função de publicidade ou até mesmo
objetivo particular de direção. O autor não pode sofrer o estupro na sua
obra como vem sofrendo atualmente no Brasil. Sejam nas emissoras de TV ou
nos canais de web. Gostaria de agradecer à direção da UP!/MegaPro que
respeitou nossos ideais e valorizou a obra com a nossa mentalidade. Sou
muito grato por essa abertura e contamos com a participação de todos seja
com comentários simplistas ou elaborados. Ler e absorver críticas faz parte
do aprendizado. Obrigado também a essa emissora pela abertura da entrevista,
e ao apresentador e colega de obra. À Deus, minha eterna gratidão pelos meus
dias e projetos.
CARLOS: Eu que agradeço, foi maravilhoso o papo. Chegamos ao fim de mais um
“Papo com o Autor”, muita confusão, gritarias, declarações e revelações.
Espero que tenham curtido, e como sempre será rotina pra finalizar, deixo
sempre esse recadinho: Curtam, comentem, metam crítica, mas pelo amor de
deus falem do programa... (Risos) Valeu... E Até a próxima entrevista!
apresentação Carlos Lira
convidado
João Sane Malagutti
música Alok, Bruno Martini feat. Zeeba - Hear Me Now
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