Ele chegou no mundo
virtual em 2004. Criou a Rede Sol, emissora que era atualizada através de um
blog. No ano seguinte, Léo Lima lançou a rede em um site. Além da
experiência com a administração de um site, Léo encarou alguns desafios como
escrever e apresentar. Em 2006, após o encerramento da Tv Virtual, a Rede
Sol também saiu de cena. Lima deixou o mundo virtual para se dedicar a vida
pessoal, mas hoje ele aceitou voltar no tempo aqui no Diário do Autor. Léo
Lima, seja bem-vindo.
A novela Corpo e Alma
foi exibida na Rede Sol
LÉO LIMA:
Olá, Gabo! Olá a
todos os leitores do programa! É um prazer estar de volta em um programa
virtual para relatar esta experiência de 13 anos atrás. E devo dizer que foi
bem enriquecedora!
GABO:
Léo, do que você mais
sente falta da época em que participou do mundo virtual?
LÉO LIMA: De todo o agito, da busca por talentos que escrevessem
webnovelas, webseries, que ajudasse em banners, coleta de notícias para
nossos programas jornalísticos. Na época tudo era muito ainda inicial,
utilizávamos programas de edição básicos como Photofiltre, nossos sites eram
hospedados na plataforma de blog da UOL e era um desafio programar e estar
ali diariamente também lidando com o público, numa resposta direta sobre o
nosso trabalho.
GABO:
Como você descobriu o
mundo virtual?
LÉO LIMA:
Então, foi através da Rede Informação sua, Gabo. Na época conheci por meio
de uma busca que acabou me direcionando para um programa jornalístico da sua
emissora. Era um blog ainda em fase de construção mas já haviam algumas
coisas sinalizadas. Procurei então saber mais do funcionamento disso e, como
sempre fui apaixonado pela televisão e o fluxo televisivo, me interessei
nessa forma de difusão de materiais. Na época ainda pela conexão discada,
nossa única opção eram textos e imagens comprimidas ao máximo para podermos
contar histórias e levar informação mesmo a quem visitasse nosso site e
interessasse nos conteúdos disponibilizados. Nessa época conheci muita gente
legal como você, a Renata Lopes, o Guilherme Guidorizzi, a Francyslaine
Vicentini, entre outras pessoas que fizeram parte da Rede Sol.
GABO:
Assim como a Rede
Informação, a Rede Sol passou pela plataforma do blog. Por esse motivo, as
emissoras foram alvos de críticas. Como você encarava essa resposta
negativa?
LÉO LIMA:
Era natural, pois não
era a plataforma mais indicada para uma emissora. A organização até para a
gente que administrava se transformava confusa e difícil. Mas isso me deu um
grande pontapé para me aperfeiçoar e buscar outras alternativas. Conseguimos
na época fazer um site ainda primitivo, usando o VilaBOL, redirecionamento
do CJB.NET e páginas em HTML desenvolvidas no FrontPage. Foi a primeira
evolução da Rede Sol nesse sentido e, com isso, tivemos uma resposta
positiva tanto na questão estética quanto organização e formatação de
textos. Até porque uma indentação e fontes mais indicadas, ajudam a fluidez
para ler os materiais que postávamos diariamente.
GABO:
Como funcionava o
processo de seleção de obras para exibição? Qual obra você considera que
marcou a Rede Sol?
LÉO LIMA:
A gente procurava
sempre quem estava produzindo, principalmente em fóruns de discussão de
novelas. Também havia uma parte de formulário de contato onde os visitantes
que escreviam também nos enviavam sinopses. É difícil nomear, mas uma que
lembro que era bastante acessada era Marcados pelo destino. Eu também me
aventurei a escrever tramas, mas não com tanto êxito.
GABO:
No ato da escrita,
quais eram as suas fontes de inspiração para produzir suas obras?
LÉO LIMA:
Para escrever, acho
que todos bebiam muito da água das telenovelas mexicanas, montávamos muitos
elencos inspirados nelas e também nas novelas da Globo aqui do Brasil.
Procurávamos reproduzir os roteiros como são das próprias produções
televisivas. Lágrimas de amor, uma das minhas webnovelas era livremente
inspirada nas histórias de Inés Rodena e se passava em Belém, inclusive
incluíamos músicas na trilha sonora. Nesta ocasião o que embalava era o
Calypso que vivia seu auge entre 2004 a 2006.
GABO:
Além de escrever,
você participou do jornalismo e entretenimento. Você gostou do resultado?
LÉO LIMA:
Era bem legal, havia
toda uma colaboração inclusive entre as redes Sol e Informação. Não me
recordo agora os nomes dos programas, mas era bem legal porque fazendo essa
busca diária por notícias, acabava me mantendo informado fora que era sempre
um desafio encadear as informações para realizar algo coeso.
GABO:
Durante sua passagem você teve o auxílio de Renata Lopes na Rede Sol. Como
foi essa parceria?
LÉO LIMA:
Sim, ela foi
peça-chave na parte do design. Sou muito grato e aprendi muita coisa com ela
e sua experiência anterior com emissoras virtuais. Ela fazia os banners,
cedeu algumas de suas séries para exibição e me deu suporte na época da
transição de blog para site. Buscávamos sempre levar qualidade para os
leitores.
GABO:
Como funcionava o seu
relacionamento com os autores da Rede Sol?
LÉO LIMA:
Conversávamos sempre via MSN, participava da revisão dos textos e ajustes
necessários. Todos eram bem próximos, formávamos uma equipe mesmo com
objetivos a seguir. Hoje em dia não tenho contato com mais ninguém, mas
acredito que muitos tenham seguido a carreira da comunicação.
GABO:
Das obras já
publicadas, qual é a sua preferida? Você pretende voltar a escrita algum
dia?
LÉO LIMA:
Acredito que Lágrimas
de amor mesmo. Por enquanto não estou tendo tempo por conta de faculdade,
pesquisas de Iniciação Científica e trabalho, mas pretendo algum dia voltar
a escrever roteiros e também isto possa ser algo mais profissional
posteriormente.
GABO:
Atualmente você não
participa do mundo virtual, mas tem o conhecimento que ele ainda sobrevive.
O que você pode dizer para os autores da atualidade?
LÉO LIMA: Sim, vejo pelo site da WebTV que houve muita
profissionalização, hoje está tudo bem mais elaborado. Aos autores, sigam
escrevendo para o mundo virtual que, quem sabe possa se tornar algo real.
Aos que já tem obras completas, registrem elas na Biblioteca Nacional para
garantir seus direitos de autor e sejam felizes e livres para criar. A
internet é um espaço que deve ser democrático, então aproveitem para colocar
suas ideias e suas histórias para tocar a mente e o coração de alguém.
Desejo sucesso a nova geração e que, caso precisem de algo, contem comigo!
GABO:
O que motivou o
desligamento da Rede Sol?
LÉO LIMA:
O trabalho diário
demandava muito tempo e num tempo de internet discada onde se ocupava o
telefone para ficar conectado isto acabava sendo um empecilho, também me
preparava para o ensino médio e estudava mais turnos. Acabei tendo de
abandonar e me dedicar a vida pessoal. Contudo valorizo muito o aprendizado
tanto de informática e internet quanto de textos, administração e
relacionamentos pessoais e profissionais que levei da Rede Sol. Foi muito
positivo ter escrito esta página na minha vida.
GABO:
Quem é Léo Lima
fora do mundo virtual?
LÉO LIMA:
Então Gabo,
atualmente tenho 24 anos, curso Jornalismo na Faculdade de Comunicação da
Universidade Federal de Juiz de Fora. Tenho uma empresa de comunicação
chamada Auê Comunicação com serviços de marketing digital, produtos
gráficos, assessoria, gestão de músicas em plataformas digitais, entre
outros. Também sou pesquisador IC do CNPq, estudando social TV, cultura de
fãs e qualidade nas telenovelas e seriados brasileiros. Atuo também como
editor dos projetos educacionais Observatório da Qualidade no Audiovisual e
Mediabox e da plataforma de jornalismo hipermídia Estúdio FACOM. Continuo
apaixonado por televisão e audiovisual, e colecionador de livros, vinis, CDs
e DVDs.
GABO:
Chegou a hora do
bate-bola, jogo rápido. Preparado?
LÉO LIMA:
Sim claro! Manda ai.
BATE-BOLA:
MUNDO VIRTUAL:
Início
ESCREVER: Aprendizado contínuo
LER: Paixão
REDE SOL: Orgulho
REDE INFORMAÇÃO: Inspiração
VILABOL: Primeiro contato com sites
RENATA LOPES: Ótima designer e autora
FRANCYSLAINE VICENTINI: Proporcionou a Rede Sol lindas histórias
GUILHERME GUIDORIZZI: Ótimo autor
BRUNO OLSEN: Amigo
FRASE: "Só é visto quem aparece."
LÉO POR LÉO: Sonhador
GABO:
Léo, deixe uma
mensagem para o público:
LÉO LIMA:
Então, para todos os leitores do programa desejo sucesso nas carreiras e
para quem deseja entrar no mundo virtual, aventure-se e seja feliz! Obrigado
Gabo pela oportunidade, obrigado a todos os leitores pela atenção!
GABO: Léo, obrigado pela participação aqui no Diário do Autor. O Boletim
Virtual fica por aqui, mas antes eu tenho um recado: Hoje é
aniversário da Cristina Ravela, a nossa querida Zih. Parabéns, felicidades e
sucesso a partir do dia 20 com a estreia da série Anti-Herói. Boa noite,
galera. |
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