|
GABO: O primeiro convidado
assina a novela Talismã. Vem pra cá Édy Dutra, meu querido.
ÉDY: Fala galera!! Obrigado pelo convite! Sempre bom estar aqui no
Misturama!
GABO: O segundo convidado escreve, apresenta, atualmente está no ar no
reality show "Raça", no MegaPro, comanda o Replay no Boletim Virtual e terá um
programa no CyberTV. Chega junto, Failon Teixeira.
FAILON: Boa Noite, friends! Tô feliz em estar aqui! Tô gratificado!
Sempre bom voltar ao Misturama!
GABO: Ele trabalha no Web Mundi e aqui na WebTV está acumulando diversos
trabalhos, Boletim Virtual, Web Show e agora Jornal Online. Uma maquina que
funciona 24 horas. Kax, você vive a base de red bull?
KAX: kkkk com a graça de Deus, sim. Sou quase uma fábrica que funciona
todo dia. E um "oi" pra todo mundo.
ÉDY: Eu cansei só de ver a grade de trabalho do Kax kkk
FAILON: Ele é top!!
GABO: kkkkkk multitarefa. Pessoal, pra iniciarmos nosso bate-papo, qual
foi o momento mais inesquecível que vocês já vivenciaram aqui no MV?
FAILON: O momento em que eu dei uma primeira entrevista, acho que para o
Misturama no quadro " Como cheguei aqui". Gostei muito. Foi inesquecível!! Eu
falei tudo e mais um pouco!
KAX: Eu ia dizer que era os barracos, porém, o aniversário de 1 anos do
Web Mundi me marcou de mais. Sabe, foi lembrada toda a trajetória dela desde o
início até aquele momento, muitas pessoas foram lá no site e deixaram suas
congratulações para a anã do mundo virtual kkk foi emocionante.
ÉDY: Escolher um só é difícil... Por isso eu vou elencar três... Viver
Passos da Paixão foi inexplicável. Ver o crescimento da novela, os prêmios, a
notoriedade. Fez bem pro ego mas também me trouxe uma enorme
responsabilidade.... Um segundo momento, destaco o reconhecimento Terra da
Garoa, que embora não tenha chamado tanta atenção, conquistou muitos prêmios e
me fez ter a certeza de que eu posso fazer algo que, mesmo não tenho a
visibilidade, tem qualidade e que as pessoas gostam disso... E um terceiro
momento foi finalizar Escolhas da Vida. Uma novela longa em termos de produção,
mas com um texto maduro e que me deixou muito feliz no ar.
GABO: Como diria a Sandra Annenberg, que deselegante. Qual foi o momento
mais deselegante que cada um viveu?
ÉDY: Eu sempre mantive um bom relacionamento dentro do MV, com autores,
produtores... Não tive momentos deselegantes.
GABO: Nem aquele barraco dos bastidores com a Ritinha? Fiquei sabendo que
era por causa da cesta básica de conhaque.
ÉDY: Foi apenas um mal entendido. Ritinha confundiu minha caixa de
espumantes com garrafas de desinfetantes que ela ia usar para limpar a sala.
Cheguei a tempo de evitar uma tragédia. Mas nada demais. Depois ela até tomou
umas taças comigo.
ÉDY: Aliás, Ritinha... Love you.
KAX: Acho que foi quando o pessoal do Web Novelas Channel vieram fazer
barraco porque não gostaram da minha resenha sobre Perna Mecânica. Mas gente, eu
não inventei nada, apenas disse o que estava na história kkkk
FAILON: Barracos, meu filho! Eu já passei por muitos deles. Já tive altas
tretas, mas hoje tô mais calmo, eu era descontrolado. Kkk. Vários momentos em
que tive tretei com pessoal do MV. Não vou citar nomes. Mas tá tudo bem.....
GABO: Analisando o momento mais marcante com o deselegante, qual
aprendizado vocês somam?
FAILON: Que devo manter o foco no trabalho. Não ligar pra certos
comentários. Acreditar em mim e no meu talento. Ufa! Quase desabafei! Kkk
ÉDY: Que a imagem no MV é semelhante a de uma árvore frondosa, forte.
Ninguém se mantém sem raiz bem firme no chão.
KAX: Que devo ter mais cuidado com as pessoas.
ÉDY: A gente acaba confiando em pessoas que não conhecemos a fundo né? A
internet é um lugar desconhecido até pra quem acha que conhece... E no MV,
infelizmente, há muita inveja. Nem todos torcem por você.
GABO: Édy filosofando essa hora da madrugada. Pode produção? Kkkkk
KAX: Acho que pode kkkk
ÉDY: kkkkkkkk e isso que nem bebi ainda.
FAILON: Verdade, Édy!
GABO: O que acham do posicionamento do Édy, onde ele cita que nem todos
torcem por você. Concordam?
ÉDY: Eu nunca tive problemas com isso. Mas vejo em volta... MV às vezes
se movimenta mais pelos barracos do que pelas obras que estão aí no ar. É um
querendo o rim do outro, aparecer mais... Tem espaço para todo mundo. É questão
de respeitar.
FAILON: Totalmente, eu estou de acordo com ele. Já passei por situações
assim. Tem gente que se acha mais do que você. E sempre faz questão de deixar
claro que pode tudo.
KAX: Concordo! Há sempre pessoas por aí que invejam nosso trabalho e
crescimento. Considero isso uma consequência do seu bom trabalho e sucesso.
ÉDY: Verdade, Kax. Como diz o ditado, ninguém chuta cachorro morto hehe
GABO: Realmente. O respeito precisa vir em primeiro lugar. Um local onde
todos se respeitam abre espaço para harmonia e sem falar no feedback que motiva
o colega.
FAILON: Hoje ele tá filósofo!!
KAX: Ele tá muito filósofo, Failon kkk
ÉDY: kkkkkkkk parem meninos kkkk
GABO: Infelizmente hoje em dia não vemos feedback nas publicações. O que
resulta nesse aspecto? Falta de tempo, interesse, ou cada um escreve seu projeto
e não lê o trabalho alheio?
KAX: Acho que um pouco de cada, Gabo.
FAILON: É uma questão difícil. Acho que quase tudo. Como Kax já disse.
ÉDY: Eu procuro ler outros trabalhos. Não leio TODOS porque temos uma
infinidade de obras. Mas gosto de acompanhar sim, até para conhecer o estilo de
cada autor, o texto, o ritmo... Conhecer as narrativas. Acho que isso, além de
entreter, enriquece a gente também. Tenho minha predileção por novelas, mas
gosto do trabalho da Cristina Ravela nas séries.
FAILON: Te amamos, Cristina!
GABO: O que precisa mudar para que o feedback e interação entre as
publicações, seja no Facebook, Instagram ou o próprio grupo no WhatsApp vire uma
ferramenta de interação frequente sobre os materiais postados? Um exemplo, o
desempenho de uma novela?
KAX: Confessor que eu sou mais adepto as séries virtuais. Comento sempre
que possível. E como o Édy disse, há uma infinidade de obras virtuais, mas acho
que se as pessoas lessem pelo menos uma e dessem seu comentário ajudaria muito
FAILON: Se todos os autores se unissem para fazer a união do MV. Um, ler
o trabalho do outro, comentar.
ÉDY: Eu vejo que, às vezes, o feedback é mais de quem está fora do MV do
que entre nós que o produzimos... E nós não nos habituamos a comentar o trabalho
alheio. O leitor se sente mais livre para isso. Enxergo dessa forma. O por quê
da gente não comentar em outras obras? Não sei kkkk Sempre que posso, eu
comento. Seja nos grupos do whats, ou nas postagens. É bacana prestigiar os
trabalhos e mostrar que o MV vive de coisas boas, com qualidade.
FAILON: Eu também comento em algumas obras.
KAX: Sempre que dá eu comento, ainda mais com o Visão Crítica.
ÉDY: Que responsa!
FAILON: Né, mesmo menino?
GABO: O que vocês acham que falta no MV que agregaria valores e pontos
positivos no contexto geral?
KAX: Bom, divulgação nós já temos nas mais diversas plataforma de redes
sociais.
FAILON: União, claro. Não querer querendo que todos se amem, mas por causa
da interação dos mesmos.
GABO: Não sei vocês já pararam para pensar, mas o que vocês acham que
aconteceria se um ator ou atriz conhecesse o MV, qual reação vocês acham que
ele/ela teria?
ÉDY: A primeira preocupação talvez seria se não estamos usando a imagem
deles de forma indevida, lucrando com isso heheheh mas depois acredito que eles
encarariam como uma forma de homenageá-los, em respeito ao trabalho deles.
FAILON: A melhor possível! Eles são artistas! Acho que adorariam todo o
MV. Principalmente suas fotos usadas em banners, divulgações, chamadas.
GABO: Eu também já pensei na teoria do processo kkkk, mas por não haver
publicidade e lucro, eu acredito que eles veriam como forma de homenagem.
FAILON: Sim. Estamos correndo o risco. Kkkk.
KAX: Pensei igual a vocês, acho que eles iriam querer saber se estamos
ganhando dinheiro com a imagem deles kkkk
GABO: Manchete: Grupo de autores vão a delegacia depor. Novas informações
a qualquer instante.
FAILON: Onde será minha cela? Tem barata lá? Kkkk
KAX: kkkk com certeza
GABO: Kkkkkkk.
FAILON: KKKKKK
KAX: Mas se for alguém de bom coração e que queira ouvir nossa
explicação, pode ser que gostem e até mesmo nos ceda uma entrevista, imagina?
ÉDY: O bom é que os autores todos juntos na cadeia criariam a série sobre
sistema prisional mais bombástica já vista.
ÉDY: kkkk
FAILON: Um sonho, seria.
GABO: Prison Break versão nacional \o/
FAILON: Nilo vai dar uma vista por lá!
ÉDY: Da cadeia para o mundo!
KAX: Fato! kkk
GABO: Já que estamos falando dos famosos, vocês acreditam que um dia
alguns talentos do MV serão descobertos por algum famoso e será levado para tv
ou plataforma on demand? Afinal, sonhar não custa nada kkkkkk
FAILON: Sim. Kkk. Nada é impossível! Tamo aí, né? Kkk
ÉDY: Olha... Eu fiz parte do Carnaval Virtual, realizando desfile de
escola de samba pela internet. Hoje, teve gente que começou comigo lá no início
despontando na Sapucaí, no maior carnaval do mundo... Então não acho impossível.
O problema é que esse ambiente de dramaturgia acaba sendo um pouco fechado a
novos talentos. Mas possibilidades temos.
ÉDY: Eu sempre digo que o MV faz história, marca seu nome
no tempo todos os dias. Ninguém no país faz o que a gente faz. É um mundo
tão rico de criações que algum dia alguém realmente vai descobrir.
FAILON: O Édy já tirou fotos com famosos, eu nunca.
ÉDY: Kkkk mas fotos é algo mais acessível do que um trabalho. E sendo
sincero, não sei se quero ir para além do MV.
FAILON: Somos todos artistas do MV.
GABO: Vocês registram suas produções?
ÉDY: Eu estou buscando registrar sim. Ainda mais depois de observar
tramas coincidentes com as minhas na TV.
KAX: Não registro, dá muito trabalho fazer o registro na biblioteca
nacional.
KAX: Mas acho que é mais preguiça da minha parte mesmo kk
FAILON: Não registro. Mas deixo tudo em panos limpos! Um pouco
misterioso, talvez
FAILON: Preguiça minha! Cabeça dura!
GABO: Como vocês trabalham com o clichê, sem que fique desgastante ?
KAX: Essa pergunta eu deixo para os dois autores kk
GABO: Você também escreve, não corra kkkkkkk. Ritinha vai brigar com você
e vai perder o rumo de casa. Ela pediu pra avisar kkkk
KAX: kkkkk acalme-se Ritinha
FAILON: Ela vai rodar a baiana!
FAILON: Eu já trabalhei clichê , em Mundo Inteiro. Mas nada que perdesse
o foco. Uma boa dose de perigo e humor, resolva. Kkk
ÉDY: Eu gosto do clichê porque acho ele natural e até essencial para o
andamento das histórias. Minhas tramas têm muitos... Mas para não cair na
mesmice, é preciso "treinar" seu instinto criativo a encontrar um novo olhar,
uma nova saída sobre aquela trama. E isso é só com leitura, estudo (assistir
filmes, novelas, etc)... Eu gosto de ler porque oxigena a mente e abre espaço
para criar.
FAILON: Ler alimenta e nutre a pessoa!
ÉDY: Tem um verso de um samba enredo que eu AMO...
ÉDY: "A leitura é a luz do saber e o resplandecer da paz"
ÉDY: Lindo né?
FAILON: Palmas pra ele. Lindo todo!!
ÉDY: Unidos do Peruche (SP), 2007.
FAILON: Ainda piso na avenida algum dia! Kkk
KAX: Eu quando uso clichê eu tento disfarçar.
GABO: Dê um exemplo Kax
FAILON: E agora?
ÉDY: Gabo jogando o convidado no poço dos jacarés!
GABO: kkkkkkkkkkkkk
ÉDY: Antes que ele pergunte pra mim, eu vou pegar uma dose de vodka.
FAILON: Medo. Já basta Ritinha descendo ripa em todos! Kkk
KAX: Coloco um núcleo clichê e o outro não, pra equilibrar, sabe. Até
porque eu tenho um gosto meio bizarro de vez enquanto, gosto de histórias
malucas de vez em quando. Mas o disfarce que eu digo é assim: Uma menina pobre e
um cara rico se apaixonam, não há nada mais clichê do que isso, aí eu coloco que
ela descobre que é dona de uma máfia e ele está a beira da morte e deixará sua
fortuna para a mulher que vencer um duelo até a morte com as outras
pretendentes. A mafiosa ganha, mas depois ele não dá a herança pra ela, os dois
brigam e ela se apaixona pelo irmão do sujeito, que mata o próprio irmão e os
dois vão morar felizes para sempre no Caribe. Fim.
ÉDY: Eu vou lá fora pegar um ar...
FAILON: Eu tento mudar o rumo de tudo. Exemplo: Uma jovem pobre se
apaixona por um jovem rico, é clichê, mas boto um núcleo de humor. Tipo: Ela tem
uma família meio louca. Mãe, pai, irmãos e tios, que são meio fora do normal.
Ele chega e namora ela, mas sua família não cai nos padrões do cara e ele foge
dela. O moça pobre e o rapaz rico juntos, mas suas famílias não ficam em guerra.
Cruz credo!
GABO: Entre série e novela, qual a preferência para leitura?
FAILON: Novela, sempre. Eu gosto de tramas maiores e longas. Com vários
núcleos e personagens. Ver toda história contada por meio de uma narrativa
fantástica.
ÉDY: Gosto mais de ler novelas também, pelo ritmo mais lento do que a
série, por ter algo mais próximo do que eu faço. Gosto.
KAX: Acho que eu já disse aqui. Eu prefiro as séries, mas de vez em
quando também curto uma boa novela virtual. Escolhi série porque se trata de uma
história mais fora do padrão novelesco, um ritmo mais frenético, na maioria das
vezes, e claro que também existe séries lentas e novelas movimentadas. E outro
fator pra mim é a duração. Você objetivar a história em 10 ou 13 capítulos.
GABO: Já que entramos nesse assunto, o que vocês acham da decisão da
Globo em reduzir a quantidade de capítulo das novelas, apostando na agilidade?
FAILON: Ótima. Pra não criar as famosas barrigas. Barriga de aluguel teve
243. Caras & Bocas uns 232. Entre outras. Mas a decisão é boa. Para não fugir do
padrão e a história se perder no meio da exibição.
ÉDY: A Globo está tentando se adequar a uma tendência mercadológica né...
Há um novo público adepto à uma linguagem mais ágil, vinda da internet, do
streaming... Um novo telespectador que olha a novela, tuíta e posta no Face,
Insta... É multimídia. E aí a novela precisa acompanhar essa realidade.
ÉDY: Pode ser bom, porque há autores ótimos que podem trazer novas
historias, novo gás para a tela. Mas ao mesmo tempo vejo que a qualidade das
novelas não tem sido das melhores.
ÉDY: E só lamento que uma novela do Maneco ou da Lícia Manzo nunca mais
entrariam no padrão do novo horário das nove.
FAILON: Édy fala tudo!
KAX: Com certeza, Édy! Hoje as pessoas estão muito mais exigentes e
querem tudo pra ontem. Foi-se o tempo que aguentávamos assistir mais de 200
capítulos.
ÉDY:
A questão talvez nem seja a quantidade de capítulos, mas a qualidade da
história. Porque tem tramas que se esgotam em menos de 100 capítulos...
FAILON: Sim. Isso é fato!
ÉDY: A Força do Querer foi um grande trabalho da Gloria, na minha
opinião. E poderia render um pouco mais se tivesse capítulos para colocar...
Segundo Sol, do JEC, ficou patinando praticamente 30 dias durante a Copa.
KAX: É assim, os primeiros 3 meses vai bem, depois vem a "barriga" e na
reta final fica emocionante de novo.
ÉDY: E depois que voltou da Copa, pouca coisa se viu em evolução da
história.
FAILON: Correto!
GABO: Li nos sites que teve bastante crítica em relação a novela.
ÉDY: É que a Globo insiste em vender o JEC como o fenômeno de Avenida
Brasil e o público fica esperando algo do mesmo estilo. Mas isso era outra
época, outro tempo... Aí eu acredito que o próprio autor fica se cobrando de ter
que criar um arrasa quarteirão sempre! Enquanto ele tiver essa cobrança nas
costas, não vai fazer outra trama de tamanho sucesso...
ÉDY: A Regra do Jogo foi ruim. Segundo Sol não está tão ruim, mas nem se
compara à outras novelas dele.
GABO: Ele sempre é cobrado pra repetir o sucesso de Avenida Brasil, né?
ÉDY: Porque há essa insistência em tirar um coelho da cartola a cada
capítulo. E isso não vai acontecer
FAILON: Isso
KAX: Sempre tem uma expectativa em torno dele para que repita o sucesso
de Avenida Brasil.
FAILON: Foi exportada para vários países.
ÉDY: E isso frustra o público...
FAILON: Deu o que falar aqui no Brasil.
GABO: Aproveitando a deixa do Edy kkkk. O que frustra no MV?
FAILON: Pergunta difícil. Passo para meus colegas
GABO: Não pode correr kkkkkkkkkk
FAILON: No MV, treta.
ÉDY: Em termos de dramaturgia, para mim, tramas com personagens
maniqueístas sem motivo fundamentado. Um vilão sanguinário forçadamente, me
frustra por exemplo...
GABO: E no mv, Édy?
ÉDY: A briga de egos desnecessária...
KAX: O que frustra no MV são produções de qualidade que não são
reconhecidas.
FAILON: Na escrita, o roteiro
receber uma crítica não construtiva
ÉDY: Pegando o gancho do Kax... O que ou quem faz uma trama ser
reconhecida?
GABO: Uma história bem construída, com plots que prendam o público e faça
com que fiquem ansiosos para os próximos capítulos.
ÉDY: Jornalisticamente falando, posso estar desinformado, mas vejo que há
apenas o Blog da Zih como veículo independente, sem ligação direta com alguma
emissora. Os demais veículos e/ou programas jornalísticos, de críticas, etc,
estão ligados à alguma emissora. Isso, muitas vezes, limita o espaço de obras
serem "chanceladas" como um produto de boa qualidade por parte de quem entende
da coisa...
ÉDY: Não sei o que os colegas pensam a respeito... Gostaria da opinião de
vocês.
GABO: Acho relevante quando o jornalismo das emissoras autorizam a
liberdade de expressão e deixa a equipe falar sobre todo o MV. Acho que esse
ponto aproxima as emissoras e faz com que a interligação entre autor x leitor e
emissoras sejam conectadas a longo prazo. Mostrando que além de concorrência é
possível que exista a união.
KAX: De certa forma. O MV tem um problema sério que as emissoras são
muito fechadas. Há sim algumas citações de obras da concorrência mas a maior
parte do tempo a emissora fala dela mesma. O que ajuda a fortalecer as obras da
casa. Mas concordo que deveria haver mais jornalismo independente também.
FAILON: Verdade.
GABO: Sim, jornalismo independente.
FAILON: Amo o Blog da Zih!
FAILON: Haver mais jornalismo nas emissoras. Embora esteja com um grande
crescimento. WebTV tá investimento muito bem.
GABO: O papo está bom, mas infelizmente o nosso tempo está chegando ao
fim. Deixo o espaço para as considerações finais.
FAILON: Foi bom passar esta noite com vocês. Até outro debate! Amo todos!
Obrigados colegas! Agradeço a chance de estar aqui!
ÉDY: Sempre que tá bom, termina kkkk Obrigado pelo convite, obrigado
colegas, amigos, pelo ótimo papo! Foi muito bom!!
KAX: Amei o convite, podem me chamar sempre! Gostei do bate-papo e também
de ter conhecido um pouco mais do Édy, que eu não tinha muito contato, mas foi
bom te conhecer! Tchau gente!
ÉDY: Oh, Kax! Que bom! Fico feliz com isso! A recíproca é verdadeira.
ÉDY: Gabo, libera os salgadinhos agora. Galera tá com fome...
KAX: kkkk solta o bufê, Gabo!
GABO: Ritinha liberou os salgadinhos. Fiquem à vontade kkk. Enquanto os
convidados especiais comemoram após o debate, nós vamos descobrir tudo sobre o
início da carreira da Andréa Bertoldo aqui no Mundo Virtual. Ela foi a vencedora
da categoria revelação de 2017 no Troféu Mundo Virtual. Fiquem agora com o
quadro: "Como eu cheguei aqui": |
|
|
ANDRÉA BERTOLDO:
Meu nome é Andréa Figueiredo Bertoldo, sendo Andréa Bertoldo o nome que escolhi
como escritora. Tenho 48 anos, sou bióloga, formada também em História e ainda
pretendo cursar Letras e Arqueologia. Estou sempre estudando alguma coisa. Sou
uma pessoa eternamente curiosa sobre tudo, como toda boa geminiana, por isso ler
é meu maior prazer. Leio de tudo que me cai nas mãos, mas confesso que assuntos
históricos e esotéricos, qualquer coisa ligada ao oculto e à magia, é o que mais
me atrai. Quanto à gêneros literários, adoro tanto ler como escrever suspense,
romance e fantasia, especialmente medieval ou alta fantasia e a chamada dark
fantasy, com vampiros. Também gosto de escrever fanfictions. Também adoro séries
de tv, jogos de celular (sou viciada em rpg românticos, confesso), cinema e
teatro. Ah, e recentemente me lancei como cosplayer também.
COMO EU CHEGUEI AQUI
Justamente por causa das fanfictions.
Minha amiga de RPG, Isa Miranda, a quem apresentei o mundo da literatura, me
apresentou ao site Cyber Séries (agora CyberTV) e tive a ideia de divulgar
algumas histórias que tinha guardadas, mas que sabia que não poderiam ser
publicadas.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Na verdade, eu até já havia publicado minha primeira série, Gêmeos - A Face
Oculta, num site de fanfictions, o Animespirit, mas o alcance nem de longe foi o
que obtive no Cyber, fora o acolhimento e o profissionalismo do Wellington e
toda a equipe, com os banners, abertura e tudo mais. Fiquei encantada e me senti
feliz por minhas histórias poderem ser lidas por mais pessoas com toda
infraestrutura de uma webemissora.
O CONTATO COM A ESCRITA
Sempre gostei de rabiscar histórias
variadas, mas meu primeiro contato mais sério foi através de um anúncio no
extinto Orkut. Estavam convocando escritores para um projeto chamado Projeto 48
horas, onde uma história seria escrita conjuntamente e cada escritor seria
responsável por um capítulo (que deveria ser enviado em até 48 horas) e um final
alternativo. Infelizmente, não deu muito certo. Apesar de termos feito o
combinado, acabou não sendo publicada. No entanto, um dos autores transformou
seu pequeno jornal em uma editora e me convidou para participar de uma antologia
de terror e foi assim que publiquei o conto “Alexis – O Nascimento de Um
Vampiro” na antologia “Folhas de Espantos”, em 2009, na extinta Editora Folha da
Baixada (conto publicado hoje na Amazon KDP).
A PRIMEIRA VEZ
Foi indescritível a sensação! Quando tive o livro em minhas mãos, eu só fazia
folheá-lo e chorar! Abracei minha mãe, sai contando pra todo mundo. Ficava
olhando direto, não conseguia acreditar! Foi muita alegria! Acho que só quem já
passou por isso pode entender.kkk
CONVIVÊNCIA
Posso dizer que a convivência sempre foi boa, nunca tive problemas e a maioria
sempre me apoiou. Claro que houveram críticas, algumas nem um pouco
construtivas, bem ao contrário, mas isso acontece com todo mundo, nada que me
abalasse por muito tempo. Minha única inimiga é a procrastinação. Minha batalha
diária é vencê-la e estou na batalha sempre!
MUNDO VIRTUAL EM UMA PALAVRA
Desafio. Por que é estimulante pois
você precisa constantemente se reinventar para agradar e conquistar leitores.
ANDRÉA BERTOLDO:
Bem, sempre corram atrás de seus sonhos mesmo que as coisas sejam difíceis e
tudo pareça estar contra você. Façam tudo no seu tempo mas mantenham o foco e
nunca desistam.
GABO:
Andréa, obrigado por contar sua história aqui no Misturama. Agora chegou a vez
do Eduardo Moretti falar
sobre a sua chegada aqui no MV. Vamos conferir: |
|
|
EDUARDO MORETTI:
Boa noite, olá a todos... Eu sou Eduardo Moretti, tenho 36 anos, escrevo desde
os 15 e sou completamente apaixonado por contar histórias. Nascido e criado em
Mococa interior de São Paulo, terra do nosso saudoso Rogério Cardoso. Sou o
caçula de 11 irmãos, a rapa to tacho como dizia meu pai. (Risos) Sou um cara
sensível e forte ao mesmo tempo. Também sou teimoso, corajoso, persistente,
guerreiro e nunca me deixo abalar, se cair sete vezes, levantarei 8. Tenho muita
fé em Deus e toda minha força vem dele, que é bom o tempo todo. Valorizo muito a
amizade e sou um amigo verdadeiro, mas se não tiver verdade e reciprocidade vou
logo cortando laços. Detesto mentiras e falsidades. Meu lema é: "Tudo posso
naquele que me fortalece."
COMO EU CHEGUEI AQUI
Eu sempre fui um jovem bastante
tímido e introspectivo, de ficar sozinho, isolado mesmo no colégio e foi uma
época muito difícil pra mim, era como estar só no meio da multidão literalmente.
Era como eu me sentia. Nessa mesma época, eu comecei a fazer terapia pra me
descobrir melhor e nas redações semanais sobre como havia sido a minha semana,
minha terapeuta virou pra mim e disse: Você escreve muito bem. Já pensou em
escrever um livro? Eu comecei a rir na mesma hora e disse que não levava jeito
pra coisa, apenas gostava de Língua Portuguesa, minha matéria favorita no
colégio. O mais engraçado é que ela acabou plantando uma sementinha em mim. Até
que num belo dia sem ter nada para fazer eu resolvi pegar um caderno e caneta,
porque na época eu não tinha computador, e comecei a criar e escrever uma
história. Dai nasceu Corações Partidos, que mais tarde se tornaria uma web
novela, que inclusive será reprisada no Web Mundi. Mas voltando a história, eu
escrevi Corações Partidos inteira em dois cadernos de 300 folhas cada e a mão.
Totalizando 600 páginas de vinte e cinco capítulos. Foi ai que me descobri, vi
que a minha terapeuta tinha razão e não parei mais de escrever, e lá se vão
vinte anos de escrita. De lá pra cá me aperfeiçoei muito, sempre li e assisti
muita coisa e comecei também a escrever contos, séries, minisséries e novelas.
No mundo virtual eu cheguei a um ano e cinco meses e minha estreia foi com
Garota de Ipanema, que se tornou um fenômeno no MV. Sem dúvida uma novela
marcante, que eu fui muito feliz escrevendo ela, e que me rendeu várias
indicações e premiações no meio. Inicialmente eu postava ela num grupo do
facebook que acabou não dando muito certo porque eles foram antiprofissionais em
vários aspectos e ela foi exibida somente até o capítulo 12, foi quando eu
descobri o Cyber Séries na época, e a partir dai eu fui muito feliz, escrevi
boas histórias e que fizeram sucesso. Eduardo Moretti se tornou um nome
conhecido e respeitado no meio e tudo isso graças ao meu profissionalismo,
comprometimento e amor pelo que faço e o talento que Deus me deu. Me aventurei
no terror estilo americano e criei a série Dark Hills - Cidade Sombria da qual
me orgulho muito. Também veio a novela Corações Partidos e três contos. Foi um
ano e quatro meses no Cyber e por fim estava insatisfeito com algumas coisas,
desanimado de escrever já para o site e decidi sair e me reinventar. Ai veio o
casamento com a Web Mundi, onde estou muito feliz e me reencontrei de novo como
pessoa e como autor. Fui muito bem recebido e hoje me sinto em casa de novo. E
já com outro trabalho engatilhado que é a série antológica Terror Story - Quem
Matou Elena Cooper? - E essa é a minha trajetória até aqui.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Minhas primeiras impressões do mundo virtual foram muito boas, eu vi realmente
que era uma forma de estar divulgando o meu trabalho e ganhar reconhecimento
popular, porque hoje em dia tudo começa na internet e as pessoas estão cada vez
mais conectadas. Você posta um novo capítulo de suas histórias e compartilha em
grupos, divulga em outras redes e pronto. O seu peixe está vendido, agora se ele
vai ser comprado, ai já são outros quinhentos. E para que o seu trabalho seja
aceito, é preciso muita criatividade, amor, carinho, dedicação, esforço e muito
talento. Tem muitas pessoas no meio que escrevem por hobby ou porque gostam, mas
não tem talento nenhum pra coisa, isso é fato. E dentro dessas "qualidades" que
eu citei, acho que eu tenho conseguido vender bem o meu peixe, com muito
esforço, trabalho, boas histórias e o dom, talento que Deus me deu. Porque ele
sempre capacita seus escolhidos e eu sou muito grato a ele e amo de paixão esse
dom. E pra finalizar, gostaria de dizer que o MV tem seu lado bom, mas também
tem o ruim. Tem que matar um leão por dia, e jamais baixar a cabeça, porque tem
muitas pessoas maldosas, egoístas e invejosas que só querem o bem delas mesmas e
não suportam ver o sucesso dos outros, e fazem de tudo pra te derrubar, comigo
já tentaram, mas aprendi a lidar e me tornei ainda mais forte, sei o que quero,
amo o que faço e nada e nem ninguém irá tirar meu foco ou me derrubar.
O CONTATO COM A ESCRITA
O contato com a escrita no início,
com apenas quinze anos de idade foi meio tímido. Eu sempre me cobrei muito e
isso de certa forma é bom, porque me fazia ler e estudar mais sobre esse
universo mágico que é contar histórias. E com o tempo só fui melhorando e me
aperfeiçoando cada vez mais e continuo até hoje. Porque eu não tô brincando de
escrever, eu quero me destacar, e me tornar um escritor/autor profissional, e
minhas batalhas são para isso. Pra poder alcançar esse lugar ao sol e se Deus
quiser e ele quer, eu vou conseguir!
A PRIMEIRA VEZ
A primeira vez que eu publiquei um
texto, eu tive um misto de sentimentos: Alegria por estar mostrando meu trabalho
para o público. Insegurança por não saber se o pessoal iria gostar do meu texto,
da história em si, e medo de não ser aceito e também do meu trabalho não ser.
Mas independente de qualquer coisa a experiência foi maravilhosa, eu fiquei
orgulhoso de ver meu texto todo organizado num site, de ter aquela sensação de
algo bem apresentado e profissional. Ai depois não queria outra vida rsrsrs e
foram chegando os leitores e fãs, que comentavam, vinham me parabenizar e dizer
que estavam adorando e que eu escrevia muito bem, e todo esse feedback me fez
continuar firme e forte. E o meu primeiro trabalho/texto apresentado foi Garota
de Ipanema que foi um fenômeno de tanto sucesso que fez, e conseguir isso logo
de cara, no seu primeiro trabalho, precisa amar mesmo o que faz e ter talento
pra coisa. A web novela até hoje é lembrada com muito carinho pelo público, e
isso é muito bom, não tem dinheiro que pague o autor, toda essa satisfação.
CONVIVÊNCIA
Olha amigos nesse meio é algo muito
raro. No começo tinha bastante, mas a medida que eu fui me destacando como
escritor e as pessoas viram que eu escrevia bem e não tava ali pra brincar,
muitos se revelaram e as máscaras caíram. Teve um que tinha um ciúmes e uma
inveja de mim e do meu trabalho e não se importava mais de deixar isso
transparecer. E sempre conversava comigo, dizia torcer por mim, etc. Ai foi uma
decepção atrás da outra. Teve um muito amigo também, que eu considerava muito e
que parou de falar comigo da noite pro dia. Eu insistia, chamava e nada, por fim
desisti e bloqueie de minhas redes. Porque eu sou muito amigo, sou verdadeiro,
mas se eu ver que há falsidade, que a pessoa tem outras intenções, eu corto logo
o mal pela raiz e um abraço. Comigo não tem segunda chance. Do meu lado eu só
quero o que for bom e verdadeiro, quem não for que vá pra bem longe de mim. O
bom nisso tudo é que a gente aprende e deixa de ser tão bobo, tão ingênuo. Hoje
fico bem mais alerta e esperto, e desconfio sempre daqueles que elogiam demais,
dizem que gostam muito de você, e fica o tempo todo puxando o saco e tals. Esse
tipo de pessoa pra mim não é verdadeira e fico sempre com o pé atrás. Porque
quando há verdade, tudo é na medida exata. Não precisa ficar com muito lambe
lambe. Agora sobre inimigos, quem não tem nesse meio? Tenho alguns, mas não
porque procurei isso, muito pelo contrário, as pessoas que se colocaram nesse
papel se tornando minhas inimigas. Mas são pessoas que não valem a pena e não me
acrescentam em nada e também não fazem falta nenhuma. Sou indiferente a essas
pessoas. Eu acho que tem espaço pra todo mundo no meio e não precisa ter brigas,
inveja, ciúmes, nada disso. É só cada um se preocupar com o seu, fazer o seu,
como eu faço. Agora se não deu muito certo, as vezes o caminho é outro e a
pessoa não tem talento pra escrita, ai é fácil parte pra outra, vai se descobrir
e deixa quem realmente sabe o que esta fazendo no meio em paz.
MUNDO VIRTUAL EM UMA PALAVRA
Vitrine. Eu acho que o mundo virtual
é uma grande vitrine para quem quer se destacar e mostrar seu trabalho. Agora
como você vai usar isso a seu favor, só depende de você. Tudo tem seu lado bom e
ruim, basta sabermos separar o joio do trigo, e fazer bem o nosso trabalho que o
sucesso vem como consequência.
EDUARDO MORETTI: Bom pra
terminar, eu gostaria de dizer que tenho apenas um ano e quatro meses de mundo
virtual e que de lá pra cá, eu escrevi 2 novelas, 1 série e 4 contos. Atualmente
eu escrevo outra série que estreia mês que vem. Foi um período de muito
aprendizado e também de voltas por cima. E acima de tudo sem jamais desistir e
sempre lutando, matando um leão por dia nessa selva cibernética que é o mundo
virtual. Agradeço a todos que abraçaram a mim como autor e ao meu trabalho
fazendo dele o sucesso que é. E deixo aqui o meu muito obrigado a WebTV e ao meu
querido Gabo por essa entrevista. Admiro e respeito muito vocês. E quero
convidar a todos para acompanharem minha nova web série Terror Story, na Web
Mundi, é dia 17 às 21 hrs. Conto com vocês. Beijos no coração. |
|
Comentários:
0 comentários: