Castigo
Uma história de May Margret
SINOPSE: Ele é um maníaco estrangulador de prostitutas. Ela uma policial em seu primeiro caso. Eles se encontram. Quem levará a melhor?
Música
citada na história:
Jane’s
Addiction – Ted, Just Admit It…
It's just like the show before
The news is
Just another show
With sex and violence
Era um lindo dia. Ricardo tomava café
na cozinha com a noiva. A noiva era loira, de olhos azuis, magra, sem
curvas. Um rosto infantil. Parecia um anjo. E ele nunca faria mal a
um anjo. Mas ele também não podia sentir nada por um anjo, além da
mais pura e dedicada adoração. Os
seus piores sentimentos, ele deixava para as outras.
Noite retrasada. Tinha sido a última
vez que ele tinha feito aquilo.
Aquilo, que ele não gostava nem de pensar em voz alta, mas quando
acontecia tomava conta dele inteiro. A ponto de cegá-lo. Dele não
ver mais nada na frente. Nem
ninguém. E era tão bom. Ele se sentia vivo ali. Se sentia vingado.
Mas quando ele acabava, e
olhava em volta de si, se sentia horrorizado. Olhava para o corpo na
cama com um certo desespero. Jurava que nunca mais ia fazer de novo.
Rezava pra não ser pego. Mas logo ele sentia aquela fome novamente.
Precisava.
Era o seu vício.
I'll throw away your toothpick
And ask for your giveness
Because of this thing!
O nome da noiva era Jane. Os pais dele
moravam em outra cidade. A mãe vivia enchendo o saco dele pelo
WhatsApp.
Precisou silenciar o grupo por um ano. Tudo
acontecia por causa dela.
Jane ligou a TV. E
em todos os canais passava a mesma notícia. Mais um corpo tinha sido
encontrado em uma casa suspeita na Zona Leste. Mulher, idade entre 25
a 30 anos, cabelos pretos, conhecida por fazer programas. Era o
quinto corpo encontrado com sinais de estrangulamento na região. Não
havia rastros de esperma, impressões digitais, nada. O assassino
aparentemente se desfazia no ar. Os policiais se sentiam como baratas
tontas. Os peritos passavam dias e dias investigando cada centímetro
do local do crime. E nada.
Nem os legistas tinham mais sorte. A única coisa que tinham
conseguido descobrir é que, fora o estrangulamento, não havia
sinais de violência sexual. Seja lá o que for que estivesse
acontecendo, até o momento da morte, era consentido. O delegado
quebrava a cabeça tentando imaginar. Os interrogatórios não
estavam ajudando. As meninas sempre contavam histórias de clientes
estranhos. Com desejos bizarros. Mas era o ganha-pão delas. Era se
submeter ou não haveria leite para o Junior. Ou não teriam com o
que pagar outras dívidas. Drogas,
por exemplo. Algumas faziam
até faculdade. O delegado estava desanimado. Não haveria pista
alguma vindo dali. E como as meninas sempre ficavam com vários
clientes, e algumas trabalhavam drogadas, não tinham tempo de
reparar quem estava freqüentando a cama da coleguinha. Essas
vadias.
Como já era o quinto corpo encontrado
e não havia mais jeito de abafar, a imprensa já estava falando em
assassinato em série. Sim, havia um maníaco à solta. As pessoas
estavam assustadas. As meninas que trabalhavam na rua e como garotas
de programa, ainda mais que as outras.
Porque elas eram o alvo. As
cinco que tinham morrido, por exemplo. Eram
todas prostitutas, e isso
não podia ser ignorado por nenhuma delas. É verdade que não eram
da mesma cidade. Mas eram
cidades próximas. Estavam
todas no círculo de ação do assassino. E ninguém sabia qual delas
seria a próxima. Qual seria o cliente que lhes traria a morte nas
mãos.
Venham me pegar, seus otários.
Ele até sentia um certo orgulho ao
ver as notícias. Era mais esperto que os policiais. Ali tomando seu
café, com a noivinha do lado, era um cidadão acima de qualquer
suspeita. Trabalhava. Tinha amigos. Era querido no bairro. Sempre
prestativo. Ajudava a trocar pneus dos carros dos vizinhos, a
instalar chuveiros pras donas de casa e jogava bola na rua com os
moleques. Nos churrascos, era o que sabia melhor assar a carne. Todo
mundo queria bem ele ali na rua. Botariam
a mão no fogo por ele. E
ninguém nunca o encontraria.
That's in me
Is it not in you?
Is it not your problem?
Mas às vezes ele se sentia
incomodado. Se sentia sujo.
Imundo. Errado. As moças
que tinham o azar de trombar com ele na rua, não tinham culpa. Ele
até tinha uma certa noção disso. Mas o desejo era mais forte que
ele. E quando ele sentia aquilo o chamando, nada mais importava. Ele
precisava ir. Sim, era uma
força dentro dele. Mais forte do que ele. Quase
como um demônio.
Ele preferia não sentir nada disso,
preferia se contentar com a noiva. Mas a noiva era uma fonte de
frustração pra ele. Ele achava que gostava dela. Achava lindo seus
cabelos loiros indo até a cintura. Seus olhos azuis tão inocentes.
O corpo e o rosto de menina.
Mas infelizmente ele não podia ficar
adorando o anjo sem tocá-lo. Ela era muito tímida, é verdade. Mas
se ele não fizesse nada com ela, ela iria desconfiar. E já estavam
noivos. Morando juntos. Aí ele não tinha desculpa. Durante o namoro
foi fácil dizer que a amava como esposa e queria respeitá-la até
chegarem ao altar. E ela o amava ainda mais por isso. Por
ele a respeitar. Meu Deus, ele não tinha o menor tesão por ela. Era
só por isso que ele não queria transar.
Mas foram morar juntos. Jane ficou
desempregada, e a mãe dela sutilmente a empurrou para a casa dele.
Pra não ter mais uma
encostada dentro de casa.
Ele morando sozinho, quem vai cuidar dele? Lavar a roupa, cuidar da
casa, fazer comida? Vocês
já estão noivos. Amigado com fé, casado é. Logo vocês juntam
dinheiro e se casam. Não tem problema nenhum. Se
ele não concordasse, as pessoas iriam estranhar. Os amigos o
invejavam. Uma loira espetacular daquelas. Tá
certo.
Mesmo assim ele demorou pra ir pra
cama com ela. Armou o esquema com flores e velas. Parecia
quase um velório,
refletiu. Meu Deus.
Fez tudo de maneira automática. Quase como um robô. E pra se
excitar, tinha que se lembrar da última vez. Ah,
a última vez tinha sido sensacional. A vadia morreu gozando.
E a noiva inocente, dizendo que o amava. Quem sabe logo teriam um
bebê? Ela se aninhava no peito dele como uma gatinha. Sim,
teriam um bebê. Júnior.
E a vida ia passando sem sobressaltos.
Mas às vezes ele queria. O
demônio acordava. Aí com
a noiva morando na casa, ficava mais difícil de passar a noite fora.
Mas ele sempre arrumava uma desculpa.
Na delegacia, estava todo mundo
nervoso. E o mais nervoso era o delegado. Gritava e esbravejava. Como
vocês têm coragem de noticiar que temos um maníaco à solta? Nada
foi comprovado. Estou pedindo calma e sigilo para não atrapalhar as
investigações. Mas os
repórteres também estavam alterados e assustados.
Dr. Freitas. É o quinto caso com o mesmo modus operandi. Até
quando o senhor pretende omitir essa informação da população?
Temos um maníaco, um assassino à solta. Estamos todos em perigo.
Eu não,
o delegado refletiu. Eu não
sou puta. Mas
que inferno. Esse pessoal da imprensa parece mosca rodeando o corpo.
E que corpo. Na verdade
eram cinco já. E estavam começando todos a feder. Realmente ele não
poderia mais esconder isso por muito mais tempo.
The T.V.'s got them images
T.V.'s got them all
It's not shocking
O governador na televisão prometia
mundos e fundos. Sim, o assassino seria encontrado. E
seria punido exemplarmente, com todos os rigores da lei.
A polícia civil e militar do estado inteiro estava ajudando nas
investigações. E as dos outros estados também. Trocavam
informações. Fotos das vítimas apareciam na TV, na internet e nos
jornais. Todas garotas de programa. Todas morenas, de corpo
bem-feito, cabelos longos. Algumas eram mães. E o pior de tudo era
que aparentemente, não tinha só esses cinco casos na conta do
maníaco. Outros corpos, em outros lugares, também tinham sido
achados em situação semelhante, mas os policiais ainda não tinham
ligado uma coisa à outra. Mas se fossem todas vítimas do mesmo
assassino, ele já tinha pelo menos umas 15 mortes nas costas. E
nenhuma das mulheres que passou por ele tinha sobrevivido pra contar
a história. O filho da puta
era eficiente.
Jaque ouvia tudo isso quieta na sua
mesa. Era uma policial novata. Louca para entrar em ação, mas ainda
tinha muito que aprender. O olhar do delegado, passeando pela sala a
esmo, esbarrou nela. E o coração dele parou. Ali estava ela bem na
sua frente. A vítima
perfeita. Bonita. Cabelos
pretos e longos. Quanto tempo iria demorar para o assassino botar os
olhos nela? Ele achava arriscado demais. Mas se fizessem as coisas
bem feitas, Jaque não se machucaria. E todos ali sairiam ganhando.
Menos aquele filho de uma
mãe.
A portas fechadas, Freitas, Jaque e
mais uma dúzia de policiais escolhidos a dedo pela sua competência
e sigilo, debateram o plano. Jaque ficou empolgada. Seu
primeiro caso sério! E
tudo dependia dela. Ela seria vigiada de perto, eles nunca ficariam
sozinhos. E no primeiro sinal de ameaça, os policiais invadiriam o
quarto. Ela ficaria segura. Bastava não ter medo. Mas
ela não tinha medo. Pelo contrário.
O primeiro mês foi entediante. Havia
uma moça com Jaque, essa sim garota de programa, que fazia as honras
com os clientes. E estava sendo muito bem paga por isso. O trabalho
de Jaque era atrair, ouvir e ficar atenta. Qualquer movimento
suspeito, ela avisaria. Mas estava ficando muito chato. E
nojento. Como os homens eram nojentos. Sim, ser mulher e hetero não
era uma escolha. Meu Pai amado.
Os jornais tinham parado de falar a
respeito do maníaco. Uma vez ou outra, um daqueles programas
policiais ainda falava dele, e que as investigações não tinham
dado em nada. Ele estava se sentindo seguro pra tentar outra vez. A
fome estava aumentando.
Um dia, tinha chegado bêbado em casa.
Tropeçou no sofá e dormiu por ali mesmo. E
viu aquilo. A mãe. Sim,
ela estava com outro. Transando
com outro. Ali na sala. O
pai dormindo. O outro era o vizinho. Ele ouvia e espiava aquilo, e
ficava confuso. A bebida não o deixava raciocinar. Se sentia
excitado, mas aquilo era errado. Errado demais. Ela
não podia estar ali. Ela não podia estar fazendo aquilo. A sua
própria mãe. Queria
matá-la. Queria matá-la e com ela, matar aquilo que ele estava
sentindo. Aquele desejo misturado com aquela dor e aquela confusão.
Sentia pena do pai. Como ele
era enganado. Como todos eles eram enganados. As mulheres não
prestavam. Nenhuma delas. Eram todas umas vadias. Todas elas mereciam
morrer. Esses demônios de cabelos pretos que caiam pelas costas. Que
tinham vindo pra terra pra ser a perdição dos homens.
Ele ia dar um jeito nisso. Ah,
se ia.
And then he came
Now sister's
Not a virgin anymore
Her sex is violent
Uma semana depois disso, cruzou com a
primeira prostituta. Ele não conseguia parar de olhar pra ela. Ela o
atraía. Sorria pra ele, de um jeito que prometia tudo. Sim,
ela iria lhe dar tudo. E
nem sabia o quanto. Em cima
dela, começou a apertar-lhe o pescoço. Cada
vez mais forte. A vadia, ao
invés de gritar e pedir socorro, o deixava fazer. Devia estar
achando excitante. Mas ele estava apertando cada vez mais. E logo,
ela nem que quisesse conseguiria mais gritar. Não
tinha mais ar pra isso. E
ela morria ao mesmo tempo que ele gozava. Dois corpos repentinamente
imóveis. E um deles nunca
mais iria se levantar. Sua
desgraçada. É isso que você merece. Pra aprender a não ser puta.
Ele sabia o que estava fazendo. Usava
camisinha. Descartava tudo com o maior cuidado. Limpava tudo onde
tinha tocado pra apagar as impressões digitais. Até se depilava.
Procurava não beijar, para não deixar rastro de saliva. Usava um
boné. E ele parecia um cara tão comum ali no meio das outras
pessoas. Ninguém prestava atenção nele.
Saía discretamente, e até
encontrarem o corpo sem vida na cama, ele já estava longe. E
ia quase feliz. Ela tinha morrido. Pra pagar o que fez. Uma vadia.
Todas elas. Menos a noiva.
Jaque olhava aquele cara de boné
parado na esquina. Era como
uma pomba olhando pra uma cobra.
Ele tinha alguma coisa no olhar, que a paralisava. Ele era moreno
claro, alto, um rosto bonito. E tinha os olhos verdes. E
que olhar era aquele meu Deus.
Ele olhava pra ela de um jeito que ela até sentia o corpo esquentar.
Por favor, venha falar
comigo.
E ele veio.
Acertaram o programa. A outra moça
esperava no quarto. Mas hoje Jaque queria sair da rotina. Ela
queria brincar um pouco também. E hoje seria um ótimo dia.
Como já fazia tempo que estavam ali e nunca acontecia nada, naquela
noite só havia um policial de guarda. E ele tinha saído pra comer.
Tou varado de fome, disse.
Você segura a onda aí
menina? Sim, João, pode ir. A Cati está comigo, não vai acontecer
nada. Acho que logo vamos embora. Beleza.
Ela entrou no quarto e pediu para a
Cati esperar do lado de fora. Nunca tinha feito isso antes. Cati
estranhou. Mas também, que
diabo, uma trepada não matava ninguém. Ou matava? Ao
passar pelo homem, entendeu a colega. Uau,
com esse aí eu fazia até de graça. Ele
não esperava que tivesse outra mulher por ali. E se sentiu
incomodado.
Mas a fome era maior.
Entraram no quarto. Ele olhou pra ela.
Tinha alguma coisa errada
ali. Ela não tinha jeito
de puta. Sorria até meio tímida. Uma
puta tímida. Nem que eu cortasse meu pau. Sem
contar a outra que tinha saído do quarto antes deles entrarem. Muito
estranho. E o quarto era
limpo. A cama arrumada. Aparentemente, ninguém tinha passado por ali
antes dele. Aquelas horas.
Que estranho.
He tells you everyone is stupid
That's what he thinks!
Sentou na cama refletindo. O
que fazer? O instinto lhe
dizia que tinha alguma coisa ali. E o que tinha ali não era bom pra
ele. Mas ela sentou do lado dele na cama. E
misericórdia, ela era linda. Que sorriso. Que cabelos. Que corpo. Só
um idiota não aproveitaria.
Ela olhou pra ele sorrindo e esperava. Bom, já que estavam ali, ele
iria continuar. Sairia bem depressa. Ninguém mais o veria. E
a outra puta devia estar chapada. Elas sempre estão chapadas. Não
se lembraria dele.
Snapshots
Make a girl look cheap
Like a tongue extended
A baby's to a mother
Ela o beijou. Caralho,
não era pra beijar. Mas que delícia.
Os beijos da noiva eram delicados. Suaves.
Essa beijava e mordia. Logo ele a derrubou na cama. Tirou-lhe as
roupas. Que engraçado.
Não parecia roupa de puta. Nada de shortinho curto, lingerie
vermelha. Mas aquele corpo não o deixava pensar. Quente e macio,
tinha sido feito para que ele mordesse. Apertasse. Deixasse marcas.
Ele não podia fazer isso. Estava
deixando rastros. E
perdendo a cabeça. E a
ouvia gemer. Não parecia fingimento. Aquilo o deixava louco. Quando
a tocou entre as pernas, ela estava molhada. Então,
a vadia estava com tesão.
Que delícia.
Ia ser uma bela trepada. Que
bom que você está gostando querida, porque não terá outra.
Subiu em cima dela. Ela abriu as pernas pra ele. E ele meteu. Tinha
até esquecido da camisinha. Uma, duas metidas, e ela gemia alto. Se
contorcia embaixo dele. E ele começou a tocar-lhe o pescoço. Logo
começou a apertar. Então Jaque olhou pra ele com um ar assustado.
Ela tinha percebido.
Mas ele estava com todo o peso do corpo em cima dela. E ela se
debatia em desespero. Mas não conseguia mais gritar. Nem pedir
ajuda. E ele apertava cada vez mais forte. Ver o desespero dela o
deixava ainda mais excitado. Você
vai ter o que merece vadia.
E ele metia nela com mais força. A vista dela estava começando a
escurecer. Meu Deus, é ele.
O assassino.
E aí ela se lembrou.
O botão, meu Deus. Preciso alcançar
o botão, senão eu vou morrer.
Os policiais tinham instalado um botão
de emergência, escondido na cabeceira da cama. Tinha outro no pé da
cama, perto do estrado. E tinha mais dois, colocados dos lados. Jaque
tinha deitado várias vezes na cama e tentado alcançá-los de todas
as formas. Cati também. Para ter certeza que conseguiriam apertá-los
em caso de necessidade. Em
um caso como aquele.
Ao apertar o botão, o alarme
disparava. E foi o que aconteceu. O barulho o surpreendeu. Saiu de um
salto de cima dela. Jaque arfava. A dor era muito forte. O
ar era tão precioso. Tão puro. Ela
parecia que nunca mais ia conseguir respirar o bastante. Ainda estava
atordoada. Mas a vista estava clareando. Ela olhava pra ele com medo
dele querer agredi-la. Mas ele, se sentindo encurralado, só pensava
em fugir. Tentava se vestir, mas o desespero o atrapalhava. Até caiu
ao tentar vestir a calça. Mas de qualquer jeito, ele não iria muito
longe. Logo a casa estava rodeada de policiais. Tinha uma ambulância
para Jaque. E um camburão para ele.
Jaque e o delegado estampavam as
principais manchetes dos jornais no outro dia. O governador estava
satisfeito. As garotas de programa respiravam mais aliviadas.
Literalmente. E ele estava
preso. Ia ter um castigo exemplar. E do castigo exemplar, os
presidiários do lugar para onde ele estava indo se encarregariam.
Vai ser um prazer dar um
jeito nesse vagabundo. Deixa ele com a gente só umas horinhas.
Do outro lado da cidade, Jane chorava
sentada na mesa da cozinha. O exame de gravidez nas mãos dela. Sim,
era positivo. E agora, meu Deus?
Era pra ser o momento mais feliz da vida dela. E
ela só queria morrer de tristeza.
Os vizinhos estavam todos espantados. Não
era possível. Vivia aqui com a gente. Era um moço bom. Estava
noivo. Não tinha motivo. Realmente, quem pode dizer que conhece as
pessoas? Pois é vizinha. Coitada
da Jane. Moça tão boa.
Showed me everybody
Naked and disfigured
Nothing's shocking
Uma semana depois, mais notícias.
Assassino é encontrado
morto na sua cela. Mas
Jaque ainda ia ter pesadelos com isso por muito tempo. Ainda acordava
de noite sentindo aquelas mãos no seu pescoço. E aquele corpo sobre
o dela. Ela nunca mais ia
esquecer. Nunca mais.
Fim.
conto escrito por
May Margret
produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
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Proibida a cópia ou a reprodução
May Margret
produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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