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CAPÍTULO 13 - CAPÍTULO ESPECIAL | ||
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| CENA 01 | Continuação do capítulo anterior. Noite. República Universitária Laços de Amizade. Exterior. Dentro do carro, Darlan não entende a reação de Janaína. DARLAN: Qual o problema de eu te levar em casa? Ela não sabe o que dizer. JANAÍNA: É que... Bem... É... DARLAN: (desconfiado) É que...? JANAÍNA: Eu não posso ir pra casa agora, Darlan. Eu tenho um compromisso inadiável. DARLAN: (franze a testa) A essa hora da noite? JANAÍNA: Desculpa não ter dito antes, ficamos tempo demais aqui. Mas é caso de vida ou morte. Você me leva na casa de uma amiga? DARLAN: (contrariado) Tudo bem então... Ele liga o carro. Close em Janaína, aliviada. | CENA 02 | República Universitária Laços de Amizade. Interior. Quarto Uva. Marcelo está deitado na cama de cima do beliche lançando dardos no alvo, localizado na parede. Alguém bate na porta. Ele fala alto. MARCELO: Entra. Bruna entra e fecha a porta. Em seguida, se aproxima da cama. BRUNA: Vim ver como está. MARCELO: (ríspido) Bem. BRUNA: Não parece. MARCELO: (grosso) Já disse que sim. BRUNA: Eu queria falar sobre seu pai. MARCELO: (alterado) Não, Bruna, por favor. Esse direito você não tem. Minha relação com aquele homem é problema meu e dele. BRUNA: Ele é seu pai, Marcelo. Você não pode tratá-lo assim. Ele se senta na cama. MARCELO: (irônico) Olha só quem tá falando! (sério) Você tratou sua mãe com a mesma frieza que eu tratei meu pai. Não é a pessoa mais indicada pra me dar esse tipo de conselho. BRUNA: Não precisa ser grosso. Além do mais eu me arrependi e já perdoei minha mãe. MARCELO: Problema seu. Já disse que você não tem direito de se meter nisso. BRUNA: Eu só quero te ajudar. MARCELO: Ajuda não tocando no assunto! (ele salta da cama, perdendo a paciência) Mas que droga! Será que você não entende que esse cara matou minha mãe? Ela se aproxima do namorado. Acaricia seu rosto. BRUNA: Eu não sei bem o que aconteceu entre vocês. Mas por mais sério que seja o motivo, tente reconsiderar. Nada é pior que ficar brigado com quem a gente ama. Seu pai tá sofrendo, você tá sofrendo... Nem adianta dizer que não porque eu sei que está sim. Os laços falam mais alto que o rancor ou a raiva. Chega um momento em que o coração não suporta a ideia de não poder contar com o carinho, com o apoio e amor de alguém tão importante na nossa vida. Pais e filhos devem estar sempre juntos, Marcelo. Ouça o conselho de alguém que acabou de perceber que não dá pra viver com esse distanciamento. Ela lhe dá um leve beijo e se vai, deixando Marcelo pensativo. | CENA 03 | Condomínio Almirante. Apartamento 209. A campainha toca. Isabel que estava na sala, concentrada na leitura de um livro, estranha. ISABEL: Mas quem será meu Deus?! Ela caminha até a porta, abrindo-a em seguida. Surpresa em seu rosto. ISABEL: Janaína? Está um pouco tarde para visitas, não acha? Ela faz sinal para que Janaína entre. JANAÍNA: (entrando) Desculpa, Isabel. Foi de última hora. Tive que despistar o Darlan. Ele queria me levar em casa. As duas sentam-se no sofá. ISABEL: Até quando você vai ficar enganando esse homem, Janaína? É melhor falar logo a verdade. Se ele fica sabendo por outros meios vai ser muito pior. JANAÍNA: E você acha que eu não sei? Mas não tenho coragem de falar amiga. ISABEL: Você há de convir que, seja contando mais cedo, ou mais tarde, será complicado da mesma maneira. Ou você acha que vai ser fácil pro Darlan aceitar isso numa boa? Que homem na face da terra aceitaria que sua mulher se prostituísse? JANAÍNA: Não tá me ajudando desse jeito. (angustiada) Mas o pior é que você tem razão. Quanto mais tempo eu levar essa mentira adiante, pior será. Só que tem uma coisa Isabel. Eu não pretendo continuar me submetendo ao Carlos. O Darlan apareceu na hora certa na minha vida, junto com ele veio muita coisa boa. ISABEL: Do que você tá falando? JANAÍNA: Reencontrei a Bruna mais rápido do que esperava. Ela e o filho do Darlan moram na mesma república. Conversamos e ela me perdoou! Não é maravilhoso? Isabel abraça a amiga. ISABEL: Que maravilha Janaína. Fico feliz por você. Você merece. JANAÍNA: Graças a Deus ela conseguiu me perdoar. | CENA 04 | República Universitária Laços de Amizade. Sala de estar. Bruna vem descendo as escadas, um tanto desanimada. Ela vai em direção ao sofá verde limão onde já estão Luciano e Fabiana. LUCIANO: Pelo visto o papo não foi nada bom. BRUNA: Foi péssimo. Ele até me tratou mal. O Marcelo tem um rancor muito grande pelo pai. FABIANA: Aliás, parece que essa é a sina de todo mundo que vem morar aqui. BRUNA: Pelo menos eu já fiz as pazes com a minha mãe. E espero que não demore muito pra ele fazer o mesmo. LUCIANO: Eu duvido. FABIANA: Nós ficamos muito felizes por você. Mas tem uma coisa que nos deixou curiosos Bruna, sua mãe disse que namora o pai do Marcelo? LUCIANO: É verdade. Será que ele não sabe que... Bruna o corta. BRUNA: Isso eu não sei. Mas não quero encontrar mais motivos pra me decepcionar com ela. FABIANA: Ah, ela deve tá esperando o momento certo pra contar. BRUNA: Além disso, ela me prometeu que vai deixar essa vida a qual foi obrigada a aceitar. Não foi por vontade própria que minha mãe passou a se prostituir, gente. LUCIANO: Eu sei. FABIANA: (surpresa) Sabe? LUCIANO: É. Eu não gosto de falar disso, não é novidade pra ninguém, mas acho que o momento é oportuno. O cafetão que obriga sua mãe a se prostituir é meu pai. Surpresa em Fabiana e Bruna. LUCIANO: Desculpa não ter te falado antes, Bruna. Mas você não queria mais saber dela e eu descobri há pouco tempo que ela era sua mãe. FABIANA: (furiosa) Você já sabia de tudo e não me contou nada? Seu cretino! LUCIANO: Esse problema não era nosso, Fabi. E eu já tinha combinado com a Janaína de trazê-la aqui pra vocês conversarem Bruna, mas nem foi preciso né. BRUNA: Tá tudo bem, Luciano. FABIANA: Tô passada. Como você nunca me contou isso, garoto? LUCIANO: Eu não me orgulho das coisas que meu pai faz, Fabiana. Contar pra quê? BRUNA: Nada disso mais importa. O importante é que a partir de agora tudo vai ser diferente. Vamos esquecer o que passou e esperar por coisas novas. | CENA 05 | Música: “Flor do meu jardim - Faluja”. Madrugada. A câmera passeia por todos os compartimentos da grande casa. Quarto a quarto é mostrado com seus habitantes, adormecidos. Close na sala de estar bem peculiar está vazia. A câmera escapa pela janela e foca na noite enluarada. Chega um novo dia. Flashes alternados mostram imagens de bairros e do centro da cidade de São Paulo. Surge na tela um calendário que ocupa todo espaço e a folha mostra o mês de Junho. Os dias do mês são marcados automaticamente com um X até chegar ao dia 20. O calendário some e na tela surge: ALGUMAS SEMANAS DEPOIS | CENA 06 | Manhã de domingo. Bar Ponto de Encontro. Interior. Fim da sonoplastia. O local está com uma decoração improvisada, alguns garçons organizam as mesas. Melissa se encontra no balcão, vestida com o uniforme do bar e seu tradicional rabo de cavalo. Chad sobe as escadas apressadamente até chegar a pista de dança, localizada no andar de cima. Na mesa de som, um homem negro mexe na aparelhagem. CHAD: Tá tudo no esquema DJ? Não quero saber de problema na hora em que galera tiver remexendo o esqueleto. DJ: Tudo certo Chad. Dá uma olhada. Nesse momento, o homem toca o hit eletrônico “Gangam Style – Psy”, enquanto Chad começa a fazer aquela dancinha esquisita, no estilo. O homem ri do desempenho dele. CHAD: É isso aí! Lá de cima, Chad avista Bruna e Janaína adentrarem no seu estabelecimento. Rapidamente ele desce as escadas, animado. CHAD: Bruninha minha querida! Até que enfim você chegou. BRUNA: Achou que eu tivesse desistido né? CHAD: (para Janaína) Eu conheço você. Esteve aqui uma vez na companhia do seu Darlan. JANAÍNA: Que boa memória, hein. Eu sou a mãe da Bruna. Ela estende a mão para Chad que a beija com delicadeza. CHAD: Tão bonita quanto a filha... MELISSA: (brava, gritando, do balcão) Richarlisson!!! CHAD: Sujou..! Janaína e Bruna riem. | CENA 07 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso. Dr. Humberto examina o rapaz e faz algumas anotações em sua prancheta. Mais atrás observamos uma mulher robusta, de postura ereta, cabelos castanhos e lisos, na altura do pescoço; de olhos pretos, e estatura baixa. Ela veste uma saia colada pouco acima do joelho, na cor cinza; além de uma blusa tomara-que-caia vermelha, com um blazer social por cima, também cinza. Sua aparência é de cinquenta anos. DR. HUMBERTO: Seu filho já está aqui há quase um mês dona Suzana. SUZANA: (ríspida) Eu vim o mais rápido que pude. Tinha muitos assuntos pendentes em Florianópolis. Aliás, ainda tenho. Minha vida está toda lá. Mas o que esse menino andou aprontando doutor? DR. HUMBERTO: Ele sofreu um grave acidente senhora. Foi preciso induzi-lo ao coma para evitar o pior. O tratamento está caminhando a passos lentos, mas não podemos perder a fé. SUZANA: Quais são as chances reais dele? DR. HUMBERTO: Devemos acreditar que tudo vai acabar bem. SUZANA: (impaciente) Que coisa! O senhor mais parece um padre falando. Não estou procurando um consolo, doutor Humberto. Quero saber como meu filho está realmente. DR. HUMBERTO: Tudo bem. Eu vou lhe contar então. O médico começa a falar intensamente, o áudio é cortado. | CENA 08 | Bar Ponto de Encontro. Interior. Cozinha. O local é um quadrado, as paredes são divididas na parte de baixo pela cerâmica preta, e a parte de cima pintada em branco. O chão em cerâmica branca. Panelas estão espalhadas pelo ambiente, um fogão grande no canto da parede e uma mesa maior ainda no centro, um congelador. A porta de entrada é do tipo dividida, que abre no meio, e por ela entra Chad. Bruna, que já estava no local com sua mãe, está devidamente vestida com seu uniforme de chef de cozinha. CHAD: Já conferiu se todos os ingredientes estão aí Bruninha? BRUNA: Sim. Está tudo certo, e na quantidade certa. Só eu que to muito nervosa. JANAÍNA: Não fique filha. Você vai se sair muito bem. Você adora cozinhar, e quem faz o que gosta, faz bem. CHAD: (cantando) Acerta na mosca, meu bem... Tem tudo para ser feliz, feliz... BEM FELIZ! Bruna e Janaína se divertem com a interpretação de Chad. BRUNA: Gente, que música é essa? CHAD: Isto é não música, Bruninha. É MUITO MELHOR, é um samba da Roseira, escola do meu coração. JANAÍNA: Não me leve a mal, Chad. Mas você é melhor como proprietário de restaurante do que como sambista. CHAD: Este é apenas mais uma de meus dotes artísticos, donzelas. BRUNA: Brincadeiras à parte. Eu não consigo me acalmar. CHAD: Vê lá hein! Estou confiando em você. Ah! Consegue dá conta de fazer comida pra toda essa gente? Sim né, porque isso aqui deve bombar mais tarde. A divulgação do evento foi intensa nas redes sociais. Muita gente disse que viria. BRUNA: Sim Chad, eu dou conta. (para si mesma) Fica calma Bruna, vai dá tudo certo. Você só vai por em prática suas habilidades culinárias. Tudo que você mais ama fazer! CHAD: É assim que se fala. | CENA 09 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso. Suzana ainda se encontra no local, observando seu filho, de braços cruzados. Alguém entra de supetão no quarto. A mulher toma um leve susto. SUZANA: Que susto! Ao avistar Cláudio que já tirara o gesso tanto do braço quanto da perna, a expressão antes raivosa de Suzana, se converte em uma grata surpresa. CLÁUDIO: Desculpa. Quem é você? Ela estende a mão, sorrindo de leve. SUZANA: Suzana Medeiros. Muito prazer...! Ele aperta a mão dela, para sua decepção. CLÁUDIO: Cláudio Carvalho. Então você é a mãe dele não é?! SUZANA: A própria. CLÁUDIO: (desabafa) Até que enfim você resolveu aparecer. Seu filho passando por um perrengue desses e você por aí fazendo sabe-se lá o quê. Que tipo de mãe é você? SUZANA: (incrédula) Mais respeito garoto. Quem você pensa que é pra falar assim comigo? CLÁUDIO: Eu sou o melhor amigo do teu filho. E estive aqui quase todos os dias desde que sofremos o acidente. Eu me preocupo com ele, diferente de você. Ela ignora o que ele disse, e segura seu queixo. SUZANA: Meu filho tem bom gosto para escolher amigos. CLÁUDIO: (incrédulo) Como é que é? SUZANA: (desconversando) Olha garoto. Se eu não vim antes é porque tive meus motivos. Meus negócios não podem esperar. Além do mais, não há nada que eu possa fazer. CLÁUDIO: Ficar perto dele, quem sabe. O médico falou que é importante não deixá-lo só. Ele precisa de gente por perto. Talvez até consiga ouvir o que a gente diz, beleza?! Por isso, é melhor não começarmos a discutir aqui. Eu volto outra hora. Ele sai deixando Suzana frustrada. | CENA 10 | Mais tarde. Bar Ponto de Encontro. Interior. O local está lotado, como nunca antes esteve. Todas as mesas ocupadas. No andar de cima, algumas pessoas se divertem na pista de dança ao som ambiente da música “Filosofia de Bar – Jovelina e Seu Jorge”. Chad e Melissa comemoram o sucesso do evento no balcão. CHAD: Eu sou mesmo um gênio! Não te falei meu amor? (ele abre os braços apontando para as pessoas) Olha isso aqui, tá lotado! Hoje é o dia mais feliz da minha vida. MELISSA: Tenho que reconhecer. Você deu uma dentro. (empolgada) nosso evento tá BOMBANDO! CHAD: Diz aqui pro seu ‘mozão’, eu sou demais né não?! MELISSA: E convencido demais pro meu gosto. O que importa é que depois do sucesso de hoje, já começo a sonhar com nossa cerimônia de casamento...! Esse sim será o dia mais feliz da minha vida. Ela suspira. Ele engole em seco. CHAD: Calma meu creme de abacaxi com chantili! Vamos curtir o momento. Uma coisa de cada vez. Melissa não gosta do que ouve. Chad a abraça por trás, impedindo que ela revidasse. Corta para. Entrada do bar. Cláudio chega e passa pela mesa onde estão Igor e Jaqueline, encarando os dois, mas não diz nada. IGOR: Esse cara não perde a chance... JAQUELINE: Será que ele foi ver o Celso no hospital? IGOR: (irônico) Porque você não parou o cara e pediu pra ele te fazer companhia? Aí tu aproveitava e perguntava. JAQUELINE: Deixa de ser chato, garoto. Jaqueline percebe alguma coisa. Close em Janaína saindo da cozinha e indo em direção à mesa em que Darlan se encontra. Corta para. Mesa de Igor e Jaqueline. JAQUELINE: Olha lá Igor! É a Janaína? IGOR: Ela mesma. JAQUELINE: Mas o quê que ela tá fazendo aqui? IGOR: Vai vê descobriu que hoje era boca livre e aproveitou pra tirar a barriga da miséria. JAQUELINE: (debochada) Como se você não tivesse vindo fazer a mesma coisa né. (séria) Eu só queria entender porque mesmo depois de tudo que essa mulher fez a nossa família, nossa mãe ainda tem o descaramento de colocá-la dentro da nossa casa. E ainda tratar como amiga! IGOR: Sei não, Jaque. Mas isso tudo é muito esquisito viu. JAQUELINE: Que ligação você acha que essas duas podem ter? IGOR: Não faço ideia. Mas que é esquisito, é! | CENA 11 | Imagem panorâmica do interior do Ponto de Encontro. O ambiente está super lotado. A música não para. Movimentação intensa. Pessoas transitam o tempo todo pelo local. Os garçons tem dificuldade para se locomover. Close na mesa onde estão reunidos os moradores da república. CELINA: Fuiste a ver Celso? CLÁUDIO: (sério) Sim, Celina. Tamanha foi a minha surpresa ao dar de cara, advinha com quem? (Celina faz um gesto que não sabe) A mãe do Celso. Suzana Medeiros. CELINA: (surpresa) Verdad? Ele afirma com a cabeça. FABIANA: Até que enfim essa mulher resolveu aparecer. VANESSA: Ela disse por que só veio ver o filho agora? CLÁUDIO: O mesmo que dizia ao telefone. Que tava ocupada demais e que os negócios não podiam esperar. CELINA: Que asco de mamá tiene nuestro Celso! [Que mãe péssima tem nosso Celso!] MARCELO: Bom mesmo seria se ele tivesse aqui com a gente né?! LUCIANO: É. Aquele nerd certinho faz muita falta mesmo. CLÁUDIO: Mas hoje né dia de tristeza né galera?! (gritando) Como é que é Chad, esse almoço sai ou não sai?! Tô varado de fome, cara! Do balcão, Chad gesticula pedindo paciência, com o sorriso de sempre. CELINA: Un poco más de paciencia chico! VALESKA: E educação também né, meu filho. Ele a imita, debochado. Ela levanta-se da mesa. VALESKA: Vou ao toillet. VANESSA: Eu também v... (pausa) VALESKA: Você fica aqui. VANESSA: Mas, eu... Valeska a encara com um olhar de cumplicidade. A irmã compreende e desiste. Valeska se retira. FABIANA: Será que a galera vai gostar da comida da Bruna? MARCELO: Espero que sim, Fabi. LUCIANO: Claro que vai. A Bruna manda muito! | CENA 12 | Bar Ponto de Encontro. Interior. Valeska passa pelo balcão central, andando como quem desfila numa passarela. Melissa a observa com expressão de nojo no rosto. A garota anda até chegar ao corredor que dá acesso a cozinha do estabelecimento, Melissa estranha a atitude da patricinha. Valeska segue seu caminho e entra numa porta à esquerda, contrária ao banheiro. Corta para. Interior. Cozinha. Bruna está aflita mexendo duas panelas ao mesmo tempo e se assusta ao ver sua inimiga ali. BRUNA: Quê que você tá fazendo aqui garota? VALESKA: Calminha. Só vim avisar que o Chad tá te chamando, URGENTE. Ele tá uma pilha de nervos hein... BRUNA: (atordoada) Ai Deus! Será que deu alguma coisa errada? Sem esperar pela resposta, Bruna sai quase correndo, preocupada. Valeska ri de sua mentira. VALESKA: Você é bem mais burra do que eu pensei interiorana. Quero ter o prazer de fazer isso com minhas próprias mãos. Te peguei, Bruninha! Valeska retira de sua bolsa um vidro branco, cuja tarja diz ser um laxante. Ela abre o recipiente e despeja todo o conteúdo na comida feita por Bruna. Close no semblante maquiavélico de Valeska que morde o lábio. |
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