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New Stages - 2x18

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2x18
 
 
 
 
 

VOZ DE JOSH – Nos episódios anteriores de New Stages...

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ALEX – Olha, Marta, eu sei que a Meghan é uma mulher meio complicada de lidar...
 
MARTA – Meio?! Você não acha que está sendo um pouco sutil?
 
ALEX – Veja pelo lado bom, Marta. Ela está sendo gentil em te convidar para ser a madrinha do casamento.
 
MARTA – Será que você não consegue perceber que ela só está fazendo isso para me provocar?

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CHELSEA – ...Eu vou te dizer uma coisa, Dr. Edwards, eu não sou maluca. Eu não sei o que eu estou fazendo neste lugar. E eu não sei por que você está perdendo o seu tempo comigo.
 
DR. EDWARDS – Chelsea, se acalme... Ninguém aqui está dizendo que você é maluca. Eu não quero te manipular de forma alguma. Pelo contrário, eu quero ser o seu amigo. Talvez seja o que você esteja precisando neste momento. Um amigo.

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KEITH – Eu jamais me esqueceria de você, Chelsea...
 
CHELSEA – Não sei. Ainda mais depois do que eu aprontei na universidade. Eu apontei uma arma para os alunos.
 
KEITH – Você estava fora de si, Chelsea. Agora, está sendo tratada. Em breve você poderá voltar para a universidade...

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AUSTIN – (interrompe) Eu vou esquecer aquele momento embaraçoso onde você disse o nome do... Você sabe. E vou acreditar que foi apenas uma confusão da sua parte. Mas eu preciso que você me prometa, Josh, que tudo o que aconteceu entre você e o Ryan ficou no passado...
 
JOSH – (se aproximando de Austin) Eu prometo! O Ryan é uma página virada na minha vida. Você é o meu presente. E eu te juro que nunca mais vou deixar que qualquer deslize meu atrapalhe o nosso relacionamento. Eu te amo de verdade, Austin... E eu não quero que você duvide disso nunca.

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Ryan caminha até o armário de Evan. Ele abre uma das gavetas e começa a procurar por sua camiseta. De repente, o garoto se assusta com algo que encontra. Ainda confuso, Ryan tira para fora da gaveta um saquinho com um pó branco dentro dele.
 
RYAN – (surpreso) Mas o que é isso? O Evan está guardando cocaína dentro do nosso dormitório?
 
Close em Ryan, espantado.

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AUSTIN – (fica sério) Eu seria louco sim de arriscar a minha vida por você.
 
JOSH – Não diga isso, Austin...
 
AUSTIN – Eu estou sendo sincero com você, ué...
 
JOSH – Mas você nunca precisará arriscar a sua vida por mim. Estaremos sempre juntos.

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CENA 01. UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. DORMITÓRIO DE JOSH E MATT. INT. NOITE.
 

A imagem abre no dormitório de Josh e Matt. Vemos várias caixas lacradas espalhadas pelo local. Elas são identificadas com o nome de Josh. A câmera percorre o quarto até chegar ao garoto, que guarda suas últimas peças de roupa em uma mala. A porta se abre lentamente e Matt entra. Ele a fecha e para no lugar em que está, encarando Josh.

MATT – (esboça um sorriso) Então...

JOSH – (olha para Matt) Então... O ano chegou ao fim.

MATT – Sim, eu vim buscar a minha última mala. Estou deixando o dormitório hoje. (caminha em direção a sua cama) Quando você vai?

JOSH – Amanhã de manhã. Eu e o Austin vamos dar uma volta na cidade antes de partirmos para Nova York. O casamento do meu pai finalmente está chegando... (ri) Se eu conheço a Meghan, ela deve estar se descabelando neste momento.

MATT – Diga a ele que desejo meus parabéns. Ou não. Ele está entrando em uma enrascada. (ri)

JOSH – E acredite, tendo uma mulher como a Meghan envolvida no meio, é sem dúvidas uma grande enrascada. Mas eu espero que ela o faça feliz.

MATT – (pegando a mala) Então você vai levar o Austin para Nova York? Está pretendendo assumi-lo?

JOSH – (tira o sorriso do rosto) Não, que isso. Meu pai não pode nem sonhar que eu sou comprometido com um garoto. E também não quero que a verdade venha à tona num dia tão especial para ele.

MATT – Mas um dia você terá que contar...

JOSH – Um dia...

MATT – Vocês vão com o que?

JOSH – Com o carro do Austin. Ele vai ganhar um. (ri) O diretor Davis fez uma aposta com ele. Disse que se o filho conseguisse concluir pelo menos um ano na universidade, daria um carro de presente. Bom, ele conseguiu...

MATT – Porque você estava aqui...

Josh sorri.

JOSH – Bom, vamos estrear o carro dele indo para Nova York.

MATT – Não é perigoso?

JOSH – Vamos tomar cuidado.

Josh e Matt trocam sorrisos. O primeiro garoto fecha o zíper de sua mala e respira fundo. Um silêncio predominante invade o local. Matt fica sem graça, sem saber o que dizer.

MATT – Então...

JOSH – (ri) Então...

MATT – Nos vemos no próximo ano letivo, certo?

JOSH – Eu espero.

MATT – (passando a mão na cabeça, embaraçado) Josh, eu sei que não sou a melhor pessoa para dizer isso... Mas eu quero te agradecer.

(música: On My Way - Boyce Avenue)

JOSH – (encara Matt) Me agradecer pelo o quê?

MATT – Por tudo o que você fez por mim ao longo deste ano. Quero dizer, você não me recepcionou muito bem quando soube que eu era seu colega de quarto, mas nós aprendemos a conviver juntos... Eu sei que não posso te considerar um amigo, mas...

JOSH – Matt, você pode me considerar um amigo. Ter conseguido te aturar durante um ano inteiro só mostra que você merece a minha amizade. Sem falar que você se tornou um cara bem melhor... Deve ter sido a universidade.

MATT – (ri) É, pode ter sido isso. (pausa) Bom, eu fico feliz que esteja tudo bem entre a gente. E como eu estava dizendo, eu quero te agradecer por tudo. Depois de tudo o que eu aprontei contra você, você ainda foi um cara legal comigo. E até tentou me ajudar a conquistar a Chelsea, mesmo eu não conseguindo...

JOSH – (ri também) Bom, eu consegui um dia...

MATT – É... Mas agora eu também estou em outra. (sorri) Enfim, espero que no próximo ano a gente continue a se ver.

JOSH – Claro que nos veremos, Matt. Passamos um ano inteiro juntos. Vai ser difícil agora não acordar ao seu lado.

MATT – (aproxima-se de Josh e estende o braço) Um aperto de mão?

Josh também estende o seu braço e cumprimenta o garoto, puxando-o em sua direção e dando um longo abraço nele.

JOSH – Fica tranquilo, eu não vou te beijar a força...

Matt sorri e bate nas costas do garoto, retribuindo o abraço. Eles interrompem o gesto amigável e ficam se encarando.

MATT – Então eu vou indo...

JOSH – Boa sorte em suas férias de verão, Matt.

MATT – Você também. (sorri)

Matt sai do quarto vagamente, deixando Josh sozinho no local. O garoto se senta em sua cama e fica observando o dormitório, sorridente.

JOSH – (sorri) É, eu resisti ao meu primeiro ano na Universidade da Califórnia...

A câmera se afasta, enquanto o garoto permanece admirando o local.

 
 
     
 
 
     


 

2x18 - FORA DOS TRILHOS (SEASON FINALE)
 
     

CENA 02. UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. ALOJAMENTO. CORREDOR DE DORMITÓRIOS. INT. NOITE.

Matt está andando pelo corredor de dormitórios tranquilamente. Keith corre em sua direção, bastante afobada.

KEITH – (se aproximando do garoto) Ufa! Fiquei sabendo por alguns alunos que você estava indo embora para a casa hoje... (pausa para respiração ofegante) Ainda bem que consegui chegar a tempo. (começa a bater em Matt) Como você ousa a fazer isso quando temos um plano para colocar em prática?

MATT – Keith, eu não estou sabendo de plano nenhum. (olha para o relógio de pulso) E nem posso saber agora, porque tem um táxi me esperando lá embaixo. Preciso correr.

KEITH – Matt! O que custa você atrasar um pouco a sua ida para casa? Afinal, você passou um ano longe dela. Umas horas a mais não vão fazer a mínima diferença. (encara o garoto) Amanhã de amanhã, vamos agir como foras da lei.

MATT – (grita) O que? Você está maluca? Desculpa, Keith, eu não sei o que você está planejando, mas dê um jeito de me tirar fora dessa. Eu fiquei um ano sem me meter em confusões. Eu não vou entrar em uma no meu último dia na Universidade da Califórnia.

KEITH – Matt, relaxa, ok? Eu te pago outro táxi depois. Esse é o seu problema? (antes que o garoto responda) Ótimo. Está resolvido. (sorri maliciosamente) E digamos que você será muito bem recompensado caso me ajudar...

MATT – (bufa) Ok, diga...

KEITH – Agora você se interessou, né? (volta a bater em Matt) Você não vale nada, garoto!

MATT – (tirando as mãos da garota de cima dele) Quer parar? Você é baixinha, mas isso não quer dizer que você não seja forte.

KEITH – Eu sei, fui faixa preta no meu curso de kung fu. (sorri) Mas indo ao que interessa, nós vamos tirar a Chelsea daquele lugar onde a enfiaram...

MATT – (grita) O QUE? VOCÊ ESTÁ MALUCA? A CHELSEA NÃO PODE SAIR DO CENTRO PSIQUIÁTRICO.

KEITH – (expressão furiosa) Isso, grite mais alto. Anuncie para a universidade inteira que estamos tentando foragir uma garota.

MATT – (abaixa o tom de voz) Keith, nós não podemos fazer isso. A Chelsea está em tratamento. Ela apontou a arma para um aluno. Aliás, dois ou três alunos. Você não pode tirá-la de lá até ter o consentimento do centro psiquiátrico.

KEITH – Ah, é? E vamos deixar a Chelsea enjaulada em um lugar repleto de doidos, sendo domada por um time de psiquiatras, durante as férias de verão inteiras? Matt, ela merece se divertir. A Chelsea é nossa amiga. É nosso dever ajudá-la.

MATT – E você sabe se ela quer isso?

KEITH – Eu não estaria fazendo nada se ela não tivesse autorizado. A Chelsea quer sair desse centro psiquiátrico. E nós vamos ajudá-la, você está entendendo? Ou será que quer ficar sem isso aqui? (passa as mãos sobre o corpo)

MATT – Ok, mas se eu for preso...

KEITH – (interrompe o garoto) Pare de agir como um maricas e venha para o meu quarto. Vamos passar a noite planejando como deveremos agir. Em algumas horas, Chelsea estará livre, leve e solta... (puxando o garoto pelo braço)

MATT – (sendo carregado por Keith) Eu tô achando que é você que deveria estar internada no lugar dela...

A câmera se afasta, enquanto Keith continua andando pelo carregador, carregando Matt pelo braço. Os dois garotos discutem.

CENA 03. SAN FRANCISCO. RUA QUALQUER. EXT. NOITE.

Ryan anda pelas ruas de San Francisco quicando uma bola de basquete no chão. Ele veste uma camiseta regata e um short esportivo e está bastante suado, o que sugere que acabou de fazer um treino ao ar livre. O garoto olha involuntariamente para o outro lado da rua e vê um garoto conversando com outros dois rapazes. Ryan fica encarando-os e percebe que um deles trata-se de Evan.

Evan tira um saquinho com pó branco de dentro do seu bolso e entrega para um dos rapazes. Este, por sua vez, tira uma quantia de dinheiro do bolso e olha para os lados para certificar-se de que ninguém está passando por ali. Então, entrega para Evan. Ryan observa tudo, abismado.

RYAN – (para si mesmo) Então está explicada a razão para o Evan esconder cocaína no guarda-roupa do dormitório...

Ryan, sem pensar duas vezes, coloca a bola debaixo do braço e atravessa a rua, apressado. Os rapazes cochicham algo entre si e saem em passos rápidos, receosos. Evan se assusta ao ver Ryan.

EVAN – (surpreso) Ryan, o que você está fazendo aqui?

RYAN – Eu é que pergunto, Evan. O que você está fazendo aqui a essa hora? (antes que o garoto responda) Ah, não precisa nem me dizer... Eu acho que já tenho um palpite... (encara Evan) Você é traficante de drogas?

Close em Evan, que engole seco.

CENA 04. CASA DA FAMÍLIA DAVIS. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

A Sra. Davis está sentada em uma poltrona fazendo a leitura de um livro. O Sr. Davis entra no local, balançando uma chave em mãos.

MARK – (sorridente) Adivinha o que eu trago aqui...

BARBARA – (fecha o livro) Uma chave.

MARK – Exato! Mas não é uma chave qualquer, Barbara. É a chave do primeiro carro do nosso filho.

BARBARA – (aparentemente irritada) Querido, eu não acredito que você comprou um carro para o garoto sem antes conversar comigo.

MARK – Eu achei que a minha aposta com o Austin estava clara para você. Caso ele conseguisse concluir um ano na Universidade da Califórnia, eu daria um carro como recompensa. E ele merece, você sabe que o Austin nunca deu valor aos estudos...

BARBARA – Mas estudar não é nada mais do que a obrigação dele. Ninguém pode distribuir presentes para alguém só porque ele está se dedicando aos estudos... O Austin tem dezenove anos, querido. Já passou da hora de você parar de mimá-lo.

MARK – Eu fiz uma aposta com o meu filho. E toda aposta deve ser cumprida. O garoto fez a sua parte e eu estou fazendo a minha. Não há nada mais prazeroso para um pai do que dar o primeiro carro ao filho...

BARBARA – Ah, claro, para ele colocar aquele namoradinho dentro e ir em direção a Nova York. Você já imaginou que está colocando o seu próprio filho em perigo? O Austin nunca teve um carro na vida. Isso não é um brinquedo que se coloca na mão de uma criança de uma hora para a outra.

MARK – Eu acredito no meu filho. O Austin me orgulhou muito no último ano. Ele decidiu ir para a universidade, está se dedicando ao seu futuro e mostrou ter amadurecido muito. Enfim, tornou-se um garoto responsável.

BARBARA – Ok, dê o carro a ele, mas o impeça de ir para Nova York...

MARK – E deixar o Josh na mão? Barbara, é o casamento do pai do namorado do seu filho. Acho que é nosso dever deixar o Austin celebrar este momento ao lado de quem gosta.

BARBARA – (levanta-se da poltrona e coloca o livro sobre ela) Eu simplesmente não vou dormir sossegada se o meu filho colocar um carro na estrada e viajar durante três dias para outra cidade... São dois adolescentes!

MARK – Você já parou para pensar que pode estar fazendo tempestade em copo d’água? Será uma viagem tranquila. Vão haver pausas durante a viagem. Eles vão parar em hoteis, se alimentarão bem e poderão descansar. Não há motivos para impedi-los. Ou vá me dizer que, quando era adolescente, nunca quis sair por aí de carro e explorar o mundo?

BARBARA – Isso não vem ao caso agora...

MARK
– Você mesma não disse que já passou da hora de pararmos de mimar o nosso filho? Que tal confiarmos nele? Nada de mal irá acontecer ao Austin e ao Josh...

BARBARA – Ok. (grita) Faça o que você quiser! MAS EU JURO... SE ALGO ACONTECER AO MEU FILHO... (saindo da sala)

MARK – Nada irá acontecer. Quantas vezes terei que repetir isso?

O Sr. Davis vai atrás da esposa, que continua discutindo com ele.

CENA 05. UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. CAMPUS. ALOJAMENTO. DORMITÓRIO DE RYAN E EVAN. INT. NOITE.

Evan está sentado em sua respectiva cama. Ryan, de pé, anda de um lado para o outro, esperando por explicações.

EVAN – Não há nada para dizer, Ryan...

RYAN – Porque tudo está claro. Você estava traficando cocaína.

EVAN – Escuta, Ryan, desde quando eu te dei permissão para controlar a minha vida? Eu sou dono do meu próprio nariz e responsável pelas minhas próprias atitudes...

RYAN – Você não me deu permissão para controlar a sua vida, mas você divide o mesmo dormitório que eu, Evan. A partir do momento que você guarda drogas dentro do seu guarda-roupas, você coloca a minha estadia nesta universidade em perigo.

EVAN – Ah, já era de se esperar. Novamente, você só está pensando em si mesmo. Mas fica tranquilo, Ryan, porque eu jamais te envolveria nisso. Se algo vier a acontecer, eu arcarei com as minhas consequências.

RYAN – (irritado) Poxa, Evan, eu também estou pensando em você... Como você acha que eu me sinto sabendo que o cara que está comigo vende drogas para outros jovens?

EVAN – Desculpa se eu não tenho a mesma vida que você, Ryan...

RYAN – O que? Vai me dizer que está passando por problemas financeiros?

EVAN – (levanta-se da cama e empurra Ryan) E se eu estivesse? Eu nunca tive uma vida fácil como a sua não, seu filhinho de papai. O dinheiro da minha família não cai na conta da universidade todo o mês. Minhas mensalidades estão atrasadas.

RYAN – (retribui o empurrão, gritando) E QUEM DISSE QUE EU TIVE UMA VIDA FÁCIL? Eu lutei muito para chegar até aqui. Eu tive que sofrer para aprender a me tornar adulto, Evan.

EVAN – Sim, porque você está agindo como um adulto agora. Um adulto bastante careta. Eu não acredito que um dia eu pude me envolver com você.

RYAN – Nem eu. Eu jamais poderia imaginar que um dia me envolveria com um traficante de drogas. (rindo sarcasticamente) E quer saber? Eu estou pouco me importando com a sua situação, porque se você estivesse realmente interessado em continuar nesta universidade, teria procurado o departamento financeiro e não começado a traficar drogas.

Close em Evan, que fica sem palavras.

RYAN – Sai desse dormitório agora e leva tudo o que está escondido aqui para fora da universidade. Ou eu conto tudo para o conselho estudantil.

EVAN – (gritando) VOCÊ É UM MALA!

RYAN – (puxa Evan pelo colarinho) Que parte você não entendeu do “sai daqui”? Está tudo terminado entre a gente.

Close em Ryan e Evan que se encaram, furiosos.

CENA 06.

(música: Good Time – Owl City & Carly Rae Jepsen)

Tomada da cidade de San Francisco com imagens dos principais pontos turísticos locais. Amanhece.

CENA 07. SHOPPING CENTER. INT. DIA.

(A música tocada na cena anterior continua a ser executada nesta.)

Josh e Austin estão andando pelo shopping carregados de sacolas nas mãos.

JOSH – Bom, acho que comprei todos os presentes... E você?

AUSTIN – Também, e... (tira uma chave do bolso) Adivinha o que é isso?

JOSH – (ri) Bom, se não mudou de nome do dia para a noite, isso é uma chave.

AUSTIN – Claro, que pergunta boba a minha. Mas você sabe de onde é essa chave?

JOSH – (ainda rindo) Não acredito! Você é finalmente proprietário de um automóvel?

AUSTIN – É, meu caro, agora nem Nova York segura mais a gente... Pronto para partir para a cidade do luxo, do glamour e das locações para seriados fúteis americanos?

JOSH – (olha para o lado involuntariamente) Claro, mas não sem antes me consultar com aquela cartomante...

A câmera revela uma cartomante, que está sentada no centro do shopping, sem nenhum cliente para atender.

AUSTIN – Não, Josh, não vá me dizer que você acredita nessas coisas...

JOSH – Em magia? É claro que eu acredito. A realidade enjoa. Às vezes é bom colocarmos um pouco de fantasia nas nossas vidas. (puxando Austin) Venha, vamos ver o que o futuro reserva para nós dois.

Josh e Austin se aproximam da cartomante, que encara os garotos profundamente. Ela tira o sorriso do rosto, trocando-o por uma expressão assustada.

(Música cessa.)

CARTOMANTE – Eu vejo a escuridão...

JOSH – (para Austin) Ok, não era assim que eu esperava ser recebido.

AUSTIN – Eu disse para você não acreditar nessas coisas... Vamos embora, Josh, nós temos uma longa viagem para enfrentar.

CARTOMANTE – Espere, garoto! Aonde você pensa que vai com tanta pressa? Não queira agilizar o processo natural das coisas. A vida se encarrega disso.

JOSH – O que você está dizendo? (confuso) Será que você pode ser mais clara?

CARTOMANTE – Eu vejo uma estrada larga, escura e no fim dela, tudo saindo dos trilhos... Vocês não querem brincar com a sorte, não é mesmo?

JOSH – Ok, eu pedi um pouco de objetivismo por aqui. Que estrada é essa que você está falando?

CARTOMANTE – Acalme-se... Eu vejo o futuro, mas isso não quer dizer que tudo seja claro para mim... Eu só quero adiantar que vocês formam uma ótima dupla e, sem dúvidas, viveram ótimos momentos juntos. Talvez essas férias separem vocês.

AUSTIN – Josh, você não está percebendo isso? Ela está agourando o nosso namoro...

JOSH – (olhando concentrado para a cartomante) Espere, Austin...

CARTOMANTE – (complementa) ...Mas isso não quer dizer que vocês vão se separar para sempre. Tudo sairá dos trilhos, mas vocês irão continuar juntos. Porque vocês se amam. Eu vejo isso. Vocês se ligam, vocês se conectam, não importa onde estejam, vocês sempre vão se amar.

JOSH – (olha para Austin sorridente) Viu? É algo positivo. Nunca vamos nos separar. (olha para a cartomante) Quanto fica?

CARTOMANTE – Eu não vou cobrar nada de vocês... Tenham uma boa viagem e espero que cheguem bem ao seu destino final...

Josh sorri gentilmente, agradecendo a bondade da mulher, enquanto Austin a encara com desconfiança. Os dois garotos continuam o seu caminho.

CARTOMANTE – (encarando a câmera) Ou não...

A imagem escurece.

CENA 08. CENTRO PSIQUIÁTRICO. CORREDOR DE QUARTOS. INT. DIA.

Keith e Matt andam tranquilamente pelo corredor de quartos do centro psiquiátrico onde Chelsea está internada. Chegando ao fim dele, os garotos olham para os lados, frente e trás e certificam-se de que ninguém mais está transitando por ali. Com muita rapidez, eles entram em um quarto que ainda não sabemos qual é. A câmera se aproxima da porta onde uma placa alerta: 

“ENTRADA PERMITIDA APENAS PARA FUNCIONÁRIOS”

Corte descontínuo. A porta volta a se abrir. Keith e Matt saem vestidos com roupas de enfermeiros e uma máscara bucal em seus rostos.

KEITH – (tirando a máscara bucal para se comunicar melhor) Ok, espero que ninguém tenha nos visto entrar aqui...

MATT – Meu Deus... Isso me faz lembrar de uma coisa. Pode ter câmeras de segurança no local.

KEITH – E quem colocaria uma câmera de segurança em um quarto onde os funcionários do hospital trocam de roupa? Relaxa, Matt, ninguém vai nos identificar...

MATT – Pode não ter câmeras de segurança lá dentro, mas quem garante que não tem aqui fora?

KEITH – (olhando para cima na tentativa de encontrar as câmeras) Ok, sorria, pare e não faça nenhum gesto que te comprometa. Apenas acene. Vamos fingir que somos os novos enfermeiros do centro psiquiátrico e estamos começando o nosso trabalho hoje...

MATT – Ou vão pensar que são mais dois loucos que precisam ser internados urgentemente aqui. Keith, eu acho melhor a gente voltar ali dentro, tirar essa roupa e dar o fora daqui.

KEITH – Eu não vou dar o fora coisíssima nenhuma. Já andamos metade do caminho, não podemos voltar atrás agora. A Chelsea está nos esperando e precisamos livrá-la deste lugar o mais rápido possível.

MATT – Eu não quero nem ver quando eles perceberem a fuga da Chelsea e checaram as câmeras de segurança.

KEITH – Quando isso acontecer, vamos estar bem longe daqui. E ao lado da nossa amiga. Olha que ótimo. Não vai ser apenas uma foragida. Vão ser um, dois, três. Iremos prestar suporte a nossa amiga. Foragidos unidos jamais serão vencidos. (sorri amarelo) Ou capturados.

MATT – (coloca a máscara bucal) Eu não acredito que estou fazendo isso por você...

KEITH – Bom garoto... Saiba que você será muito bem recompensado. (coloca a máscara bucal também) Agora olhe para a câmera e sorria. Somos os novos funcionários deste lugar.

Keith levanta a sua mão e começa a acenar para cima.

MATT – (acenando também) Claro, porque estamos agindo naturalmente...

KEITH – Sem discussões, Matt... Apenas sorria! Apenas sorria!

Close nos dois garotos sorridentes e acenando em direção ao teto.

CENA 09. CENTRO PSIQUIÁTRICO. QUARTO DE CHELSEA. INT. DIA.

Chelsea está de pé olhando para o mural de fotos que ganhou de presente de Josh e Austin. Uma lágrima rola em seu rosto. Keith e Matt entram no quarto empurrando um ao outro.

KEITH – (reclamando) Garoto, eu juro que se você me der mais um empurrão, eu te amarro em uma camisa de força... E olha que estamos num lugar propício para isso... (olha para Chelsea) Olá, amiga!

Chelsea se vira para Keith e Matt e limpa a lágrima que rolava sobre o seu rosto.

CHELSEA – (sorri gentilmente) Vocês vieram...

KEITH – Claro que viemos. Você me ligou, disse que queria sair desse lugar e nós atendemos ao seu chamado. E, claro, bolamos um plano infalível. Vá me dizer que não gostou dos nossos disfarces? (sorri)

CHELSEA – (ri) É claro que eu gostei... Vocês ficaram ótimos! Mas, pensando bem, eu não posso fazer isso.

MATT – O que? Você ficou maluca, Chelsea? (percebe o que acabou de dizer) Digo, não era essa a pergunta que eu queria fazer...

CHELSEA – Tudo bem, Matt...

MATT – Nós tivemos que nos esforçar muito para chegar até aqui. Nesse momento, podemos estar sendo entregues pelas câmeras de seguranças...

KEITH – (batendo em Matt) Mas você é um grande covarde mesmo...

CHELSEA – Eu sei, Matt... E agradeço muito por você ter prestado a sua ajuda para a Keith e vindo até aqui me tirar desse lugar... Mas, olhem para esse mural! (aponta para o mural de fotos) Olha quantos momentos bons nós vivemos juntos...

KEITH – Sim, amiga... E nós podemos viver muitos momentos iguais a estes lá fora. Nós já planejamos tudo. Basta você dar o sinal verde e a gente te tira desse lugar...

CHELSEA – Mas eu não posso sair daqui sem antes estar recuperada, Keith.

KEITH – Você está muito bem, Chelsea. Eu não sei nem porque te trouxeram para cá...

MATT – (olha para Keith) Quando na verdade, você é que deveria ter vindo...

KEITH – (olhando feio para Matt) Dá para respeitar o momento?

(música: Holding On And Letting Go - Ross Copperman)

CHELSEA – Eu não quero sofrer nenhuma recaída, Keith. Você consegue imaginar o que eu fiz para ser trazida até aqui? Eu apontei um revólver para os meus melhores amigos. Eu desapontei as pessoas que eu amo. E tudo por causa de um erro meu. Eu não acho justo sair daqui como uma foragida e, qualquer dia desses, voltar a decepcioná-los...

KEITH – Amiga, você não é louca... Você teve sim um ataque impulsivo, mas tudo foi reflexo daquela coisa horrorosa que fizeram com você. A culpa não é sua. Nunca foi...

CHELSEA – Ok, mas isso não quer dizer que eu deva fugir desse lugar e abandonar o tratamento pela metade... A minha vida virou um inferno nos últimos meses, eu não posso continuar estendendo isso. Já imaginaram se eu fugir daqui? Aí sim que vão me taxar de louca... E o tratamento está fluindo tão bem!

KEITH – (deixa uma lágrima rolar sobre o seu rosto) Então quer dizer que você vai optar por passar as férias de verão nesse lugar?

CHELSEA – Eu prefiro passar as minhas férias de verão inteiras aqui do que fugir e prolongar a vida caótica que eu estava levando. É difícil reconhecer isso, mas eu preciso desse lugar... É a minha casa no momento. Tem pessoas ótimas aqui, que cuidam de mim, que se preocupam comigo, que fizeram por mim coisas que minha família nunca fez. Eu não posso desapontá-los também.

MATT – (sensibilizado) Eu acho isso ótimo, Chelsea...

CHELSEA – Muito obrigada mesmo por terem vindo até aqui, mas eu não tenho forças para fazer isso... Um dia, eu vou ficar bem, eu vou ser liberada e eu vou voltar para perto de vocês. Mas até lá, eu preciso ter certeza de que eu estou pronta. O meu psicólogo me disse que eu sou uma garota forte... Eu posso ser forte, não posso?

KEITH – (chorando) Você é a garota mais forte que eu já conheci em toda a minha vida...

Keith corre até a amiga e abraça fortemente. As duas garotas choram. Chelsea levanta a cabeça e olha para Matt, estende o seu braço e o convida para o abraço. Matt se aproxima e abraça as duas garotas. Eles choram juntos.

CHELSEA – E me deixem informada sobre tudo o que vai acontecer entre vocês nessas férias de verão...

KEITH – (interrompe o abraço e limpa as lágrimas) Como assim entre a gente? Não existe nada entre eu e o Matt...

CHELSEA – (limpando as lágrimas também) Porque você ainda não enxergou isso. Esse garoto é caidinho por você, Keith.

MATT – Ok, eu estou começando a achar que você é realmente pirada...

A câmera se afasta, enquanto Chelsea, aos risos, tenta convencê-los de que realmente se gostam.

CENA 10.

(Música continua.)

Tomada da cidade de San Francisco. As imagens são substituídas por pontos turísticos de Nova York, indicando que uma nova locação será mostrada. Surge a seguinte legenda: 
 

CENA 11. SALÃO DE FESTAS. CAMARIM DA NOIVA. INT. NOITE.

(Música cessa.)

Meghan se prepara para o casamento. Ela já está com o cabelo elegantemente arrumado em forma de coque, maquiagem feita e tenta a todo custo fechar o zíper de seu radiante vestido de noiva, porém, sem sucesso.

MEGHAN – (gritando) Mamãe! (silêncio) Mamãe, eu preciso de sua ajuda! (percebe que a mãe não está por perto) Droga, onde será que ela foi se meter no momento em que mais preciso de ajuda?

A mulher então tem uma ideia. Ela caminha até o criado-mudo do espelho e pega o seu rádio de comunicação.

MEGHAN – (ativa o aparelho e o leva até a boca) Marta, eu preciso que você suba para o meu quarto AGORA.

MARTA – (apenas a voz) Meghan, eu não posso. Eu e sua mãe estamos ocupadas verificando os preparativos finais para a festa dos convidados.

MEGHAN – Não há festa para os convidados se não houver casamento. E não haverá casamento se a noiva não estiver pronta até o horário marcado. (começa a gritar com bastante desespero) Marta, a minha intenção ao te dar esse rádio era que você atendesse aos meus chamados sempre que eu precisasse...

MARTA – (apenas a voz) Ok, Meghan, eu já estou subindo, mas não me culpe se o salão de festas não estiver pronto até o fim do casamento.

MEGHAN – Eu não tenho culpa se você contratou funcionários incompetentes e que não são capazes de organizar um evento no tempo correto. (grita) SUBA AGORA, MARTA! (finaliza) Câmbio, desligo.

Meghan desliga o rádio e o coloca em cima do criado-mudo. A mulher tenta fechar o vestido novamente, mas não consegue. Corte descontínuo. A porta do camarim da noiva se abre. Marta entra, apressada.

MARTA – Pronto, vim o mais rápido que pude... O que está acontecendo aqui que te deixou tão desesperada?

MEGHAN – (pulando para ver se consegue fechar o vestido a força) É esse vestido... Ele estava cabendo perfeitamente em meu corpo quando fui servi-lo. (encara Marta) Posso saber por que não está agora? Não vá me dizer que você passou as medidas erradas para a costureira?

MARTA – Meghan, a costureira fez os ajustes no vestido de acordo com as medidas que você me passou... Você já pensou na hipótese de ter ganhado alguns quilinhos nos últimos meses?

Meghan, desesperada, começa a andar de um lado para o outro, balançando as mãos em direção aos olhos, como se quisesse evitar as lágrimas.

MEGHAN – Não, eu não acredito que você está me chamando de gorda no dia do meu casamento. Marta, que espécie de dama de honra é você? Eu te convidei para ser a minha madrinha, me apoiar nesse dia tão especial e não dizer que estou gorda. (olha para o espelho e começa a se analisar) Porque eu não estou...

MARTA – Ok, Meghan, não está mais aqui quem falou... Eu dei apenas um palpite.

MEGHAN – Mas você também não queria que eu estivesse com um corpo de modelo, né? Afinal, eu passei os últimos meses inteiros organizando essa droga de cerimônia. É normal que a mulher coma mais durante os seus ataques de ansiedade...

MARTA – (se aproximando de Meghan) Escuta, Meghan... Esqueça o que eu falei. Você está linda, bela, mais magra do que nunca e nós faremos esse vestido fechar. O dia é totalmente dedicado a você. Não podemos te preocupar com nada.

MEGHAN – (ainda andando de um lado para o outro) Essa conversa sobre comida acabou me deixando com fome. Marta, eu preciso que você providencie algo para eu comer agora... Eu estou me sentindo fraca e sem energia... Eu não posso entrar naquela igreja com o estômago vazio... (olha para o espelho) Ai meu Deus, está dando tudo errado!

MARTA – (começa a se desesperar também) Meghan, está dando tudo certo. (segura o braço da mulher) Eu estou aqui com você, confia em mim. Nós vamos fechar esse zíper e depois eu te levo até a cozinha para comer algo. Mas antes, vamos nos concentrar no zíper, ok? Você confia em mim?

MEGHAN – (olha para Marta) Sim, eu confio em você... (sorri gentilmente, mas logo fecha o sorriso) Marta, eu não acredito que você vai entrar na igreja com essa maquiagem horrorosa... E esse vestido, você comprou na liquidação?

MARTA – (ignorando as provocações) O que eu acabei de dizer? O dia é totalmente seu, Meghan. Vamos nos focar apenas em você... Não em mim, não na minha maquiagem, não na forma como eu estou vestida... Em você. Agora vira.

Meghan se vira para frente e Marta tenta a todo custo fechar o zíper.

MEGHAN – (impaciente) Conseguiu?

MARTA – Não, Meghan, eu não faço mágica...

MEGHAN – Você está me chamando de gorda nas entrelinhas?

MARTA – Eu estou quieta. Quieta. Apenas tentando fechar o seu zíper.

MEGHAN – O seu time incapacitado de cozinheiros já está com tudo sob controle na cozinha?

MARTA – Não se preocupe com eles, Meghan... O seu casamento vai ser perfeito!

MEGHAN – (olhando para o espelho) Tem que ser... Afinal, é o Alex!

Close em Marta, que engole seco com o que Meghan acabara de dizer.

MARTA – (sensibilizada) Sim, é o Alex... (consegue fechar o zíper) Pronto!

MEGHAN – (se vira para Marta sorridente) Viu como eu não estou gorda? O vestido coube em mim!

MARTA – Você está linda, Meghan...

Close em Meghan, que bate palmas, eufórica.

CENA 12. IGREJA MUNICIPAL DE NOVA YORK. INT. NOITE.

Marta anda apressada pelo tapete vermelho estendido na igreja, em direção ao altar, onde Alex já está posicionado, demonstrando bastante nervosismo.

MARTA – (se aproximando de Alex) E então... (sorri) Como está esse coraçãozinho?

ALEX – Batendo mais forte do que nunca. Tudo bem que eu já passei por essa experiência, mas eu jamais imaginei que fosse repeti-la.

MARTA – Acalme-se... Quando você ver a Meghan entrando por aquela porta, tudo começará a fazer sentido de novo em sua vida. Confie em mim, Alex, sua noiva está radiante.

ALEX – Marta, obrigado por tudo que você fez pela gente. Foi muito legal você ter saído de San Francisco e vindo até aqui para ajudar com os preparativos do casamento.

MARTA – Bom, foi para isso que eu aceitei ser madrinha, certo? Não precisa me agradecer, Alex, esse era o meu papel...

ALEX – Mas você merece. Eu digo isso porque convivo com a Meghan todos os dias e sei que aturá-la não é tão fácil quanto as pessoas pensam. Você lidou muito bem com ela e merece os meus parabéns...

MARTA – Apesar de tudo, a Meghan é uma boa mulher. E eu tenho certeza que ela será uma ótima esposa para você, Alex... (segura na mão do ex-marido) Eu espero que você seja realmente muito feliz.

ALEX – Eu espero ser feliz assim como eu fui durante os anos em que permanecemos casados...

Close em Marta, envergonhada.

MARTA – Bom, eu vou para o meu lugar...

ALEX – (antes que Marta saia) O Josh! O meu filho virá?

MARTA – Sim, ele só não chegou ainda porque teve que fazer muitas pausas ao longo do caminho. Também pudera, foram quase três dias de viagem. (sorri) Mas daqui a pouco ele estará aqui. E acompanhado de um amigo.

ALEX – (sorri) Ótimo. Eu não gostaria que o meu filho perdesse por nada esse momento. É muito importante que a minha família esteja ao meu lado.

MARTA – (retribui o sorriso) Ele vai estar, Alex... Fique tranquilo. Ele vai estar! Boa sorte e já sabe... Não se esqueça das duas palavras mágicas... “Eu aceito”.

ALEX – “Eu aceito”... (ri) Claro!

Marta sorri e vai para o outro lado do altar, posicionando-se no lugar onde deve ficar. Ela troca sorrisos com o ex-marido, mesmo estando distantes um do outro. As portas da igreja se abrem e a marcha nupcial começa a ser tocada. Meghan, belíssima, começa a entrar na igreja acompanhada de seu pai. Na frente, uma garotinha joga pétalas de flores no chão. Close no sorriso contagiante de Meghan. A imagem corta rapidamente para:

CENA 13. CARRO DE AUSTIN. INT. NOITE.

(música: Wherever Will You Go – Charlene Soraia) 

Austin dirige o carro concentradamente. Ao seu lado, está Josh.

JOSH – (olhando para o relógio de pulso) Pelo jeito vamos chegar atrasados no casamento do meu pai...

AUSTIN – Espero que ele não se importe.

JOSH – Tudo bem, a cerimônia é sempre uma chatice sem fim. Vamos chegar na melhor parte do casamento: a festa. (ri)

Austin também ri.

AUSTIN – (tira o sorriso do rosto) Josh, eu estou muito feliz por você estar fazendo isso...

JOSH – (olha para Austin) Fazendo o quê?

AUSTIN – Não se faça de desentendido. Você sabe muito bem do que eu estou falando... (sorri) Eu fico muito grato por você querer me levar para o casamento do seu pai. Quero dizer, é um passo grande no nosso relacionamento.

JOSH – E por que eu não levaria? Estamos juntos agora. É importante que você compartilhe esse momento especial na vida do meu pai ao meu lado. (coloca a mão no cabelo de Austin) Eu que tenho que te agradecer por aceitar fazer isso...

AUSTIN – Tudo bem. Passei ótimos momentos com você nessa viagem.

JOSH – Eu também gostei muito, tirando o fato de que me deixou exausto. Mas só de ter estado ao seu lado, valeu muito a pena.

AUSTIN
– Bom, posso te dizer uma coisa?

JOSH – Claro.

AUSTIN – (olha para Josh) Eu te amo!

JOSH – (sorri) Eu também te amo, Austin. Muito!

AUSTIN – (ri) E você pode me agradecer com um beijo...

Josh também ri e se esquiva um pouco do banco, se aproximando do namorado. O cinto de segurança atrapalha um pouco, mas Josh consegue beijá-lo. O que era para ser um beijo rápido acaba se entendendo. Austin tenta se concentrar na direção e no beijo ao mesmo tempo, mas acaba não percebendo que um caminhão vem em sua direção.

(Música cessa.)

AUSTIN – (rindo enquanto o beija) Josh... Josh... Eu não tô tendo a visão da pis...

E antes de concluir o que iria dizer, Austin percebe a grande claridade que os faróis do caminhão refletem em sua direção. O garoto empurra Josh e, sem pensar duas vezes, desvia o carro para o outro lado da estrada, com o objetivo de não se chocar com o caminhão, mas sua tentativa é fracassada e o carro acaba saindo da pista e caindo em um grande barranco. Sonoplastia tensa. O automóvel novo capota diversas vezes no ar até chegar no fim do barranco. Assim que isso acontece, a câmera se aproxima do carro, mostrando ele totalmente destruído com o acidente.

A sonoplastia tensa é substituída por um silêncio predominante. A câmera, lentamente, se aproxima cada vez mais do carro e invade o seu interior através do vidro do lado do passageiro, mostrando Josh e Austin de cabeça para baixo, protegidos pelo cinto de segurança e bastante machucados. Os dois garotos estão aparentemente desmaiados. De repente, uma grande quantidade de sangue começa a escoar da cabeça de Josh. A câmera desce um pouco pelos corpos dos garotos e vemos que ambos estão de mãos dadas. A imagem corta rapidamente para:

CENA 14. IGREJA MUNICIPAL DE NOVA YORK. INT. NOITE.

Meghan e Alex estão ajoelhados no altar. O padre inicia a cerimônia.

PADRE – Estamos aqui reunidos em nome do Senhor para celebrar a união deste belíssimo casal, Alex e Meghan Parker. Hoje, eles deixam de ser dois corpos e se tornam apenas um...

E antes que o padre continue o que estava dizendo, ouvimos um celular tocar. Marta olha para a multidão, assustada, procurando pela pessoa que deixou o celular ligado. De repente, ela percebe que o toque do celular é exatamente o dela.

MARTA – (tirando o celular da bolsinha de mão) Meu Deus, que cabeça a minha... Acabei deixando o celular ligado... Mil desculpas, Alex... Mil desculpas, Meghan... Mil desculpas, padre. Eu não tinha intenção nenhuma de atrapalhar. (saindo do altar) Eu vou até ali atender a ligação e já volto. Podem continuar a cerimônia sem mim. Podem continuar. Finjam que não estou aqui. (saindo) Alex, Meghan, prometo que isso não vai mais acontecer...

Marta sai com o celular em mãos. Os convidados presentes ficam a encarando. A câmera vai até Meghan e Alex.

MEGHAN – (olha para Alex) Isso é tão típico dela...

ALEX – (se vira para o padre) Pode continuar o casamento, padre...

Meghan sorri. A imagem corta rapidamente para:

CENA 15. IGREJA MUNICIPAL DE NOVA YORK. FACHADA. EXT. NOITE.

Marta sai apressada da igreja e atende o celular.

MARTA – Alô?

Marta ouve a pessoa que está do outro lado da linha.

MARTA – Por que um policial me ligaria durante o casamento do meu ex-marido?

(música: Skinny Love - Birdy)

E, de repente, Marta recebe uma notícia que a deixa abalada. Sem reação, a mulher derruba o celular no chão.

MARTA – (com respiração agitada) Isso não pode ter acontecido...

A imagem corta rapidamente para:

CENA 16. IGREJA MUNICIPAL DE NOVA YORK. INT. NOITE.

(A música tocada na cena anterior continua a ser executada nesta.)

O padre dá continuidade a cerimônia.

PADRE – Se existe alguém que queira impedir esse casamento que fale agora ou cale-se para sempre...

Inesperadamente, Marta entra apressada na igreja.

MARTA – (gritando) Alex... Eu preciso que você venha comigo... (chorando) Algo horrível acabou de acontecer.

Close em Meghan, que se vira para as portas da igreja, assustada com os gritos de Marta.

MEGHAN – (para Alex) Meu Deus! Mas o que ela está planejando agora? Ela quer arruinar o meu casamento, é isso?

Alex se levanta do altar e vai em direção a Marta, assustado.

MEGHAN – (se levanta do altar também) Alex! (gritando) ALEX, VOLTE AQUI! Nós temos uma cerimônia para encerrar...

ALEX – (se aproximando de Marta) O que está acontecendo, Marta? Por que você está chorando?

MARTA – (desesperada) O nosso filho... (chorando muito) O nosso filho, Alex...

ALEX – (nervoso) O que aconteceu com o nosso filho?

MARTA – Ele precisa da gente... Ele precisa da gente...

MEGHAN – (gritando) ALEX! NÃO DÊ OUVIDOS PARA ESSA DESVAIRADA!

Meghan anda apressadamente em direção a Marta e Alex, segurando a frente do vestido com as mãos para acabar não tropeçando.

MEGHAN – (deixa uma lágrima rolar sobre o rosto) Marta, o que é isso? Você está assustando os meus convidados... Você disse que esse era para ser o meu dia!

MARTA – Desculpa, Meghan, mas teremos que adiar o casamento... O Josh está precisando da gente.

ALEX – Marta, o que aconteceu com o Josh?!

MARTA – (puxando o braço do ex-marido) Venha! Eu te explico no caminho. Não temos mais tempo a perder.

MEGHAN – (gritando) ALEX!! VOLTE AQUI, ALEX!! VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR PLANTADA NO ALTAR NO DIA MAIS IMPORTANTE DE NOSSAS VIDAS!!

ALEX – (sendo arrastada por Marta em direção a saída da igreja) Desculpa, Meghan, mas é com a minha família que estamos lidando...

MEGHAN – EU SOU A SUA FAMÍLIA!! (indo até o padre) VAMOS, EU PRECISO QUE VOCÊ O IMPEÇA DE SAIR DA IGREJA!!

PADRE – (sem saber o que fazer) Mas eu não tenho esse direito, minha filha...

MEGHAN – Você serve para o que então? FRANCAMENTE!! (gritando para os convidados) SAIAM!! SAIAM TODOS!! EU NÃO PRECISO DE MAIS NINGUÉM AQUI PARA ASSISTIR A MINHA DESGRAÇA!! (começa a gritar, descontrolada) SAIAM!! EU ESTOU MANDANDO VOCÊS SAÍREM!!

Os convidados, assustados, começam a se levantar dos bancos e irem em direção a saída da igreja. Meghan, inconsolável, se senta no chão da igreja e passa a chorar feito uma criança. O padre caminha até ela.

MEGHAN – Ela não podia ter feito isso comigo... Ela estragou o dia mais feliz da minha vida...

PADRE – Calma, minha filha, tudo ficará bem...

MEGHAN – A Marta irá me pagar!

Close no padre, assustado. Em seguida, em Meghan, com a maquiagem totalmente estragada pelo choro e um olhar furioso e vingativo.

CENA 17. CARRO DE ALEX. INT. NOITE.

(Música cessa.)

Marta dirige o carro descontroladamente. Alex olha para o celular, inquieto.

ALEX – Marta, eu preciso que você vá com mais calma...

MARTA – (gritando) Como você pode me pedir calma, Alex? A vida do meu filho pode estar correndo perigo...

ALEX – Eu sei, querida, mas é importante que a gente mantenha a calma. Ainda não temos notícias sobre o Josh. Ele pode estar bem.

O celular que Alex segura começa a tocar.

ALEX – Ótimo, deve ser o policial querendo nos dar alguma informação...

Alex atende a ligação. O pai de Josh ouve atentamente tudo o que o policial lhe diz. Close em sua expressão decepcionada.

ALEX – Você quer dizer que... (balança a cabeça negativamente) O meu filho morreu?

Close em Marta, que breca o carro no mesmo instante que ouve o que Alex acabara de dizer. Close na mulher, atônita.

A câmera se afasta e sai de dentro do carro, mostrando-o estacionado no meio de uma rua deserta.

A imagem escurece.

 


AUTOR
André Esteves

ELENCO

Graham Phillips como Josh Parker
Sterling Knight como Ryan Jordan
Jean-Luc Bilodeau como Austin Davis
Victoria Justice como Chelsea Harris
Ariana Grande como Keith Hurly
Gregg Sulkin como Matt Brooks
Rose McGowan como Marta Benton

ATORES CONVIDADOS
Graham Rogers como Evan McGrath
Joshua Jackson como Alex Parker
Erika Christensen como Meghan Kimble
 
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Sela Ward como Barbara Davis
Alec Baldwin como Mark Davis
Melinda Clarke como Cartomante
 
Pequenas aparições que não constam na listagem acima (Padre, neste episódio) são interpretadas por atores contratados pela produtora..

TRILHA SONORA
So Small - Carrie Underwood
On My Way - Boyce Avenue
Good Time – Owl City & Carly Rae Jepsen
Holding On And Letting Go - Ross Copperman
Wherever Will You Go – Charlene Soraia
Skinny Love - Birdy

PRODUÇÃO
Bruno Olsen
Diogo de Castro


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO

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Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução

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