“Eu mudo o tempo todo. Tenho sempre um rumo certo no papel, que pode ser minha
guia, mas prefiro experimentar outros caminhos. WESLEY ALCÂNTARA faz altas
revelações no terceiro programa do “Papo com o Autor”
“Baguncei a divisão, esparramei
Peguei sua opinião, um, dois, pisei
Se der palpitação, não dá nada, conta até três
Negrita de Lacaia Carla que samba no bass...”
CARLOS LIRA: Boa Noite meu povo... Como veem, hoje estamos
começando com tudo ao som da poderosa Conka... Sei que já não estavam mais
aguentando a espera pelo programa mais amado (e mais odiado) desse mundo
virtual... Também estava com saudades desse fuzuê! Como sempre, hoje à noite
promete. Há! Pra não esquecer, diferente da música a gente fica nervoso, com
o privado apertado, quando surge uma, duas... Ou pior, nenhuma crítica!
[...] Mentira! (Risos) Acho bom mesmo, afinal, fale bem ou falem mal, mas
falem de mim, né nom?! [...] Olha só, a entrevista de hoje está maravilhosa,
com mais um convidado M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O que rexpeitamos nesse mundo
virtual. Sempre queremos garantir aquela leitura maravilhosa pra você, com
tudo que tem direito, do barraco ao amor... E pra abrilhantar essa noite,
nada mais nada menos, que ele, Wesley Alcântara... Chegue mais WESLEY
ALCÂNTARA... Boa noite pra você, um prazer recebê-lo....
WESLEY ALCÂNTARA: Oba, boa noite! Chegando em grande estilo...
CARLOS: Sempre! (Risos) A gente já começa nosso papo na base da
curiosidade, e a primeira é sobre onde você iniciou sua trajetória no mundo
virtual?! Eu por exemplo comecei no recanto das letras, onde lembro de ter
visto você por lá...
WESLEY: Eu comecei no Recanto também. Aliás, uma época muito boa.
CARLOS: Tá vendo aí, lembro de você por lá. Minha memória não tá tão
falha assim.... Obrigado meu deus! (Risos) Se tratando do recanto, realmente
ele teve uma época Maravilhosa.
WESLEY: Acho que aquela época nossa foi uma das melhores. Mas ainda
leio coisas de lá.
CARLOS: Lembro bem daquela época... Seguinte, ao sair do Recanto você
passou por onde, até chegar onde está hoje, na WebTV?!
WESLEY: Fui de poucas casas. Escrevi Em Nome do Filho e o especial de
fim de ano "Feliz Ano Velho" para a TVN e depois, fui pra WebTV, onde
escrevi Poderosa.
CARLOS: Certo Wesley. Então essas foram suas tramas escritas? Ou tem
mais alguma pra relatar?
WESLEY: Até o momento, foram essas...
CARLOS: Ok! Como conheceu esse espaço das web novelas?
WESLEY: Eu sempre me interessei por novelas e acabei lendo alguns
roteiros. Um dia, decidi buscar algo na internet e veio o Recanto das
Letras. De lá pra cá, conheci e me identifiquei com tanta coisa.
CARLOS: Fiz esse mesmo caminho que você pra chegar aqui no mundo
virtual. Assim que conheci tratei logo de começar a escrever algo... (Risos)
Então meu povo, se segure aí que a partir de agora vamos embarcar nos
quadros do “Papo com o Autor”, eles que já estavam deixando saudades no
mundo virtual, modéstia parte... (risos) Bora de “Revela aê!” ...
CARLOS: Wesley, chegamos ao nosso
primeiro quadro, o "REVELA AÊ!". Já adianto que vamos querer saber tudo, sem
modéstias viu... (risos) Aqui o nosso intuito é tirar algumas curiosidades
sobre o seu processo de criação e afins... E Já começando esse revela, diga
aí pra gente como é que se dá a criação da história de suas tramas.
WESLEY: Minhas histórias são emaranhados. Tudo que faço sobre as
tramas, eu anoto num caderninho e ele anda comigo pra cima e pra baixo. Nele
eu escrevo o núcleo central e até o final daquela história, resumidamente,
claro. Depois de pronto, vou atrelando as paralelas. Faço os perfis dos
personagens. Resumo o primeiro capítulo e escrevo, depois vou modificando.
Daí pra frente fica mais fácil. Faço resumo no caderno e uma planilha no pc
de acontecimentos que devem surgir para os personagens ao longo da trama.
Vou exemplificar: "Tamara é pobre e conhece um playboy. Engravida e ele não
assume o filho. Ela tenta se matar, mas acaba comprando a ideia de ser mãe.
Arruma emprego, começa a criar o filho e fica balançada quando o ex volta
querendo perdão." Tá pronta a história até a metade. Acho difícil alguém
pegar os cadernos de "Em Nome do Filho" e "Poderosa" e tentar decifrar. São
coisas muito loucas.
CARLOS: (Risos) Adoro essas loucuras, também faço altas viagens pra
chegar na história...
WESLEY: E assim caminha a loucura de ser autor.
CARLOS: Justamente! Então Wesley, montado o enredo principal, como
surge os núcleos da trama, como você interliga a história central?
WESLEY: Vai pelo parentesco, geralmente. Tipo assim: Em Poderosa, eu
montei a estória dela e de todos que viviam em São Paulo. Mas havia um
núcleo que se passava em Ribeirão Preto, que de certa forma era totalmente
desconexo da trama principal. Então eu montei um parentesco com a principal
família da estória e ainda coloquei a protagonista como filha perdida desse
núcleo. No papel e contando assim parece louco ou coisa de improviso, mas
não foi. Tudo foi pensado.
CARLOS: Ok! Depois que a trama está toda armada, partimos então para
o título que resume toda a história. Como você chega ao título das suas
tramas?
WESLEY: Chego antes da história montada. Acredite se quiser, mas eu
coloco título e vou trabalhando em volta dele.
CARLOS: Misericórdia!!! (Risos) um mais louco que eu.... Amem Jesus!
Loucura total [...] Ai, ai.... Seguindo, o que vemos em muitas obras é uma
espécie de escalação fictícia de elencos, você também é a favor dessas
escalações?
WESLEY: Faço porque as emissoras exigem, mas detesto escalar elenco.
Acho chato. Não gosto de escrever pensando em tal ator ou tal atriz. Às
vezes acontece, mas não é uma regra. Gosto que as pessoas imaginem os
personagens, como nos livros.
CARLOS: Gente, sigo uma linha diferente de você, porque adoro as
escalações. Pra mim mesmo, acho fundamental. Da exatamente a cara, e todos
os trejeitos que o autor imaginou pra montar sua trama... Seu ponto de
vista, e não podemos ser contrários. Mas olhando por seu lado, acho bem
interessante também.
WESLEY: Gosto dessa imprevisibilidade, entende? Gosto que cada leitor
faça uma análise da personagem, de como ela é. Sempre surgem diferentes
vertentes.
CARLOS: Sim, sim. É bem interessante ao visualizar por esse lado,
realmente. Pra gente finalizar esse primeiro quadro, acho que deve ocorrer
muito com os autores, que apesar de fecharmos a história e escrever
determinados capítulos há uma certa mudança, seja em rumos da história, seja
o futuro e/ou presente de tal personagem... Isso realmente ocorre, ou nunca
lhe ocorreu tal situação?
WESLEY: Eu mudo o tempo todo. Tenho sempre um rumo certo no papel,
que pode ser minha guia, mas prefiro experimentar outros caminhos. Mudar
rumos, acelerar histórias. Em Poderosa, eu terminei com um núcleo 12
capítulos antes do fim. Se a história que você pensou não rende, nada de
ficar guardando miséria. Coloco pra fora e pronto. Deixa o barco correr...
CARLOS: Bate aqui, que somos iguais nesse ponto. Penso exatamente da
mesma forma. Bom, então é isso meu povo, algumas das revelações iniciais do
Wesley Alcântara nós obtivemos nesse quadro... Vamos seguir que ainda vem
muito por aí... Segue o fluxo que logo a frente vem o quadro da comparação
do autor...
CARLOS:
Wesley, saímos do Revela, onde conhecemos um pouco do seu processo de criação e
afins. E chegamos então ao nosso segundo quadro da noite, o "Me Identifico?!"
[...] Vamos nessa?!
WESLEY: Opa, bora lá!
CARLOS: No "Me identifico?!" a pergunta é única e o espaço é todo livre
pra você, nesse quadro você tem o espaço pra fazer uma comparação sua, com algum
autor de telenovela ou série de TV. Fica a seu critério. Aqui você vai comparar,
e claro nos falar um pouco dessa sua comparação. E como a gente é curioso...
Lógico que vamos querer saber qual trama e qual personagem do autor você mais
gosta. Então meu amigo, o espaço é todo seu, nos apresente seus “mestres” ...
WESLEY: Com autores, me identifico um pouco com cada. Vamos lá: O enredo
e a briga de classes, com alpinistas sociais e mulheres preconceituosas e
megeras, acho que ninguém faz melhor que Gilberto Braga (Temos aí: Chica Newman,
Renata Aretuza, Maria de Fátima, Odete Roitman, Constância Eugênia, Karen, Dona
Idalina). Já no quesito suspense, gosto muito das tramas da década de 90 do
Sílvio de Abreu (como A Próxima Vítima e Rainha da Sucata). Texto irônico e com
forte crítica social, gosto de Maria Adelaide Amaral (todas de sua autoria,
exceto A Lei do Amor). Acho que não há um autor que eu me identifique. Sou uma
miscelânea de vários. A gente tem o hábito de crescer assistindo novelas e, que
a TV, mas especificamente o entretenimento, é uma instituição social. Então, eu
me identifico com vários, cada um em um ponto.
CARLOS: Três super autores em... Gosto de todos, Gilberto super fera no
quesito vilãs/vilões, o Silvio não fica atrás. A Adelaide amo a pegada leve e
cômica que tem, "Sangue Bom" é uma paixão da vida...
WESLEY: Sangue Bom tem uma qualidade incrível.
CARLOS: Maravilhosa a trama, era gostosa de assistir. [...] Eu sei que
vocês estão gostando, né nom meu povo?! E é por isso que vou logo tratar de
chamar o próximo quadro... Bora remexer, bora sacudir e abalar, porque vamos
embarcar no quadro que mais histórico que rexpeitamos nesse mundo virtual...
CARLOS:
E é por isso que embarcamos no “Revirando o Baú”. Wesley... Vamos revirar
tudo viu!!!
WESLEY: Muita poeira! Se segura, rinite...
CARLOS: (Risos) Ótimo! [...] O revirando o baú não é nenhum “Sonia
Abão” sedenta por fofocas, e um arrastado de notícias semanais de um único
protagonista... (Risos) A Nossa revirada é diferente... Vamos revirar o baú
da sua primeira trama, conhecer um pouco dos personagens, do que teve de
babado, lógico! [...] Então segue o fluxo... E Wesley, nos conte qual era o
título de sua primeira trama.
WESLEY: Em Nome do Filho, acredita?! Foi a primeira "coisa" que
escrevi no Recanto.
CARLOS: Vamos seguir o ritmo da Ludmila e vamos chegar, chegando.
Porque hoje vamos bagunçar a zorra toda do baú de “Em nome do filho” ...
Logo
de “Em nome do Filho” : Arquivo Pessoal do autor
CARLOS: Eu sou apaixonado por vilões... E já vou logo querendo saber
quem foi que aprontou em “Em nome do Filho”?
WESLEY: A magnífica quatrocentona falida Vitória Lemos de Amadeu
CARLOS: Já escrevi uma Vitória Lemos, ao contrário da sua a minha era
do bonde do bem (Risos) Necessito saber pra ontem o que a safada da Vitória
aprontava na trama...
WESLEY: Lista de maldades: Matou uma mulher queimada numa cruz num
cemitério, Matou o próprio filho a facadas, fingiu ser manca para receber
pensão do governo; roubou o neto para conseguir grana; escondeu da família
que tinha sido cafetina no passado.
CARLOS: Gente do céu, cachorrona, a lá Carmem Lucia Pereira de Souza,
Vulgo Carminha! Uma Cadela mesmo! E o casal protagonista, quem era? Como
Vitória se portava contra eles em "Em nome do Filho"?
WESLEY: A protagonista, a amada Venina era ingênua até o filho
nascer, depois se corroeu e quis vingança com V maiúsculo. Já o Miguel era
um típico cachorro, queria ter aquele filho e roubá-lo para viver junto de
sua esposa, que era estéril... Vitória era a favor do filho e agia
falsamente com cordialidade para com Venina.
CARLOS: Sempre tem aquele personagem que não é vilão, nem mocinho,
que nós autores e os leitores acabam gostando bastante... Qual era o
personagem de Em nome do Filho que assumia esse papel?
WESLEY: Tinha duas personagens que eu gostava muito, que eram Dama e
Regininha, tia e sobrinha, respectivamente. Elas sabiam qual era o passado
pantanosos da Vitórias e vinham do interior para desmascará-la, mas acabavam
se corrompendo pelo dinheiro e esquecendo seu principal objetivo.
CARLOS: A gente sempre tem uma cena que marcou de mais a trama, em
"Em nome do Filho", qual cena você carimba como marcante?
WESLEY: A Vitória matando a Dama queimada numa cruz no cemitério a
noite. Achei macabra e muito forte.
CARLOS: Então, se o autor nos fala que foi uma cena inesquecível,
lógico que queremos rever... Então como a gente tenta fazer um “programa de
rexpeito”, conseguimos essa exclusiva pra vocês, Segue a cena Brasil:
~Espaço cena especial~
Cena 01. Cemitério Abandonado/ Int./ Noite.
Continuação imediata do capítulo anterior.
Eneida (sacando a arma): Basta Vitória, basta.
Eneida aponta a arma para Vitória, porém, mantém suas mãos trêmulas.
Vitória (rindo): Tá com parkson? Tão novinha e tão doente. (RUDE) :
Agora larga essa arma, senão te capo também, aqui e agora, sem dó nem
piedade.
Eneida destrava a arma, olha nervosa para Vitória.
Vitória (gritando): Atira! Atira se você tem coragem de matar a sua
irmã. Atira em quem te deu colo quando você tinha medo. Atira em quem tentou
te tirar da vida de rameira. Vai sua ingrata, atira na minha cabeça. Se você
não me matar, eu mato a sua amiga.
Nesse instante um dos homens passa por trás de Eneida, sem que ela ou
Regininha percebam.
Eneida: Para com isso, você não vê que matar a Dama só piora a sua
situação?
Vitória: E melhora quando? Quando eu a deixo me subornar? Melhora
quando ela faz chantagem barata? Quando ela diz que vai me destruir?
Eneida: Assim, você se afasta das boas virtudes. Esse gesto te faz
uma pessoa má. Algo que sei que não vem de você. Não vem dos princípios da
nossa mãe. Você não pode ser má.
Vitória: Que princípios? Mandar as duas filhas pra um bordel é ter
princípios? Não sabia dessa. E você para com essa ideia obsessiva de medir
de que lado estou. Quando estamos nas últimas consequências, não existe bem
ou mal, existe a sobrevivência. SO-BRE-VI-VÊN-CIA. No dia em que você passar
por tudo que eu passei você vai me dar razão.
Eneida deixa cair uma lágrima e quando ameaça atirar, o homem que está atrás
dela, em um gesto brusco a imobiliza, o que faz a arma cair no chão.
Regininha corre para pegar, mas Antero corre e pisa em sua mão.
Dama (gritando em desespero): Socorro! Me ajudem!
Vitória: Acabou pra você Joana D’Arc. Dizem que cada um tem a morte
que cultivou a vida toda. Você sempre se achou acima do bem e do mal, como
Jesus Cristo. E se achava a justiceira, como Joana D’Arc. E no fim, vai
morrer em parte como os dois. Crucificada e queimada.
Vitória acende outro fósforo e joga no corpo de Dama.
O fogo começa a pegar e logo se alastra por todo o corpo de Dama, que começa
a gritar desesperada…
Close em Regininha, chorando compulsivamente.
CARLOS: Depois de rever a cena, damos sequência que o diretor já está
aqui no ponto sobre o tempo... (risos) Wesley, por se tratar de sua primeira
obra, outro ponto também que entra é a questão do tempo que foi escrita.
Você vendo ela hoje, chegaria a mudar algo?
WESLEY: Mudaria muita coisa. A primeira novela, a gente ainda é cru,
não possui qualquer técnica de escrita. É uma boa história, mas que foi
contada de forma mediana. Eu mudaria bastante coisa... O rumo das
personagens, alguns perfis. As tramas paralelas...
CARLOS: Ótimo Wesley [...] Gosto do revirando justamente por isso,
relembrar a primeira obra do autor é maravilhoso... Confesso que ainda
chocado com Vitória, amei ela, essa vadia... (Risos) Inegável o sucesso da
trama, parabéns! [...] O papo estava maravilhoso com o revirando o baú, mas
precisamos dar seguimento ao programa, porque temos horário a cumprir
gente... Socorro! [...] Estava tudo muito bom, tudo muito bem, muito
pacifico até... E é por isso que chegou ele, o mais aguardado e esperado
quadro da noite, aquele que promete trazer bastante comentários nas páginas
do face (risos) (sonhador...) Bora, que quero ver o que o Wesley tem pra
desabafar...
WESLEY: Eita!
CARLOS: E ele já aterrissa pegando fogo nesse terceiro programa.... O
quadro que eu, você e todos nós adooooramos (risos) Wesley meu querido, esse
quadro é só confusão viu... É aqui que sabemos, que haverá muito moído nesse
mundo virtual (risos) Aqui o espaço é livre pra você falar mal de uma
pessoa, uma obra, uma emissora... O espaço é todo seu... Queremos confusão e
gritaria mesmo, que é pra ter audiência... Queremos ver as páginas do face
bombardeadas de comentários... Me ajude nesse fuzuê, Wesleyyyy, conte tudo
não esconda nada, N-A-D-A!!!
WESLEY: Sou muito grato as duas emissoras pelas quais passei. Sempre
fui bem tratado. Em Nome do Filho foi uma sensação, mesmo sem eu entender o
motivo. Sentia ali coisas boas, uma reciprocidade muito bacana. Quando fui
pra WebTv, tive de refazer algumas coisas no meu primeiro capítulo. Mas não
senti o mesmo emprenho em me ajudar depois das críticas, não que deveriam,
mas se eles colocam um padrão, acho que o mínimo é auxiliar o caminho. Deus
sabe o que passei depois daquela crítica. Sozinho, eu enfrentei muita
zombaria de gente que não leu sequer o segundo capítulo e falava que os
personagens eram fracos, a história era ruim e tal. Ali eu aprendi que
espírito de equipe só existe no sucesso, no fracasso, quem escreveu foi
você, então você é o único responsável por isso. Acho que ninguém leu
Poderosa até o fim. Aliás, acho estranho essas críticas que pegam só o
primeiro capítulo e analisam como "donos da verdade", sem nem conhecer um
pouco da história, além da descrita na sinopse. E sabe por que não existe
isso? Porque poucos leem uma trama inteira, poucos acompanham a trajetória
de determinadas personagens, as bandeiras que levantam. O mundo virtual tá
cheio de críticos e escritores, mas esquecem que para serem isso tudo, devem
primeiro ler, analisar. Eu tenho uma mágoa muito grande do Batman, cheguei a
pedir a um Blog que não vinculasse mais meu nome ou minhas obras. Naquela
época eu fiquei muito decepcionado. Só não desisti da novela por que tinha
28 dos 30 capítulos escritos. Me doeu muito ver aquelas palavras ferinas,
feitas especialmente para denegrir a obra. Não houve ali uma sensibilidade,
um respeito comigo, com o que eu escrevia, sabe? E o mais incrível é que
levei nota 7 sem ter sequer um ponto positivo exposto. Tudo era ruim,
beirava o ridículo, era infantil, não condizia com a proposta da novela.
Ganhei sete pelo rostinho bonito, deve ser. Acho que as pessoas que se
propõem a fazer isso, devem ter o mínimo de cuidado, avaliar direitinho.
Apesar de ser fake, de nunca ter escrito nada no mundo virtual, ele é
"respeitado". Você não sabe nem quem critica, mas respeita porque tá num
site/blog respeitado. Com toda licença a dona do blog, mas acho que essas
coisas deveriam ser revistas, pois leva o nome da mesma, ela responde por
isso. E fiquei decepcionado na época. Poucos estiveram comigo nesse momento.
Mas a tal "equipe" até com grupinho no facebook sumiu. Hoje eu amadureci
mais. Escrevo sozinho e só envio pra análise porque é necessário, mas tudo
decido eu. Para que não haja mais falsas esperanças.
CARLOS: Eu tô sentado porque
depois dessa não tenho condições de estar de pé. O negócio “tostou”
brasil.... Quero mesmo ver se vai rolar comentários... (risos) Espero que
sim, né?! O Povo gosta é disso... Mas chega! Vamos acalmar os ânimos, vamos
pegar os lencinhos, porque depois desse fogo todo, vem aí o quadro “fofuxo”
do programa...
CARLOS: E na pegada da fofura, no sentimento de acalmar os ânimos após o
fogo todo do “Não sou obrigado” que criamos o “ESSA É PRA VOCÊ!”. Wesley,
nesse quadro, você também terá o espaço livre pra homenagear uma trama, um
colega... O Espaço é todo seu. Temos momento de bafafá, mas claro de
amorzinho também... Então você que será homenageado pelo Wesley, e você que
está lendo, prepare os lencinhos e segure essa declaração...
WESLEY: Não é novidade para ninguém que eu tenho um carinho imenso
por Édy Dutra. Sua simpatia, seu carisma, seu caráter e jeito apaziguador,
são características marcantes. Ele escreveu uma das melhores novelas que já
li, aliás, na minha humilde opinião é a melhor: Passos da Paixão. Rapaz, que
novela boa. Personagens bem delineados. O mal é um mal comum, nada
mirabolante, nada que não exista. Ele escreve personagens tão humanos, tão
densos, que a gente acredita serem reais. Há uma cena em especial: "Quando
Julio sai da prisão e Silvinha o espera", eu chorei na sequência, senti
todas as emoções e angústias daquela mulher que tanto se anulou, mas que
nunca desistiu do seu amor, mesmo casada, com filho. Foi uma trama
arrebatadora. Édy, obrigado por existir e ser meu amigo... Ah, obrigado por
ter escrito uma trama tão redondinha
CARLOS: Boa, WESLEY! Tá vendo que o coleguinha fez pra você Édy, houve uma
reciprocidade, já que o Édy foi nosso entrevistado da estreia e também se
declarou pro Wesley... Um amor só, hein?! E mais uma vez o nosso
entrevistado só mostrou que realmente esse quadro é o memento mais meigo que
temos no programa (risos) E após ele, vem o que?! A pior parte, o fim! Segue
o fluxo...
CARLOS: Estamos chegando ao fim do nosso programa, mas antes de despedir, a
gente precisa acrescentar mais ao programa, não é “meixmo” ?! Bom, queremos
exclusiva! O que Wesley Alcântara está nos preparando de novidade?
WESLEY: Estou escrevendo os capítulos finais da minha nova minissérie.
CARLOS: A expectativa está grande pra estreia de Garotas do Rio, que
estreia em breve... O que podemos esperar da minissérie?!
WESLEY: Não tenho tanta expectativa. É um trabalho egoísta, pois fiz
para me satisfazer. A história é bem simples, vou falar sobre os conflitos
que três cariocas passam. cada uma reage a sua maneira e, cada uma dá a sua
contribuição na vida da outra. É uma trama bem solar mesmo
CARLOS: No primeiro teaser lançada pela WebTV, causou um alvoroço,
chamando bastante atenção... tomo mundo curioso pra saber do que se tratava.
Você fala que é algo meio egoísta kkk mas algo egoísta cá entre nós pode
surpreender bastante, não?!
WESLEY: Talvez... Mas as pessoas do mundo virtual esperam sempre que
você venha com algo revolucionário e num ritmo alucinado, o que GDR não é. É
simples, mas feita com muito amor. Se agradar, vai ser uma surpresa. Se não
agradar, paciência...
CARLOS: Você falou que é uma trama que veio pra lhe satisfazer, que é
uma trama leve, nos esclareça um pouco sua visão pra tal resposta...
WESLEY: Eu queria muito escrever uma estória despretensiosa, sem aquela
obrigação de agradar aos leitores. Também não queria armar situações
mirabolantes ou grandes segredos. Queria uma trama simples, mas que me desse
prazer em escrever e que as personagens criassem uma identificação imediata
comigo. E foi o que aconteceu: Marcela ama ser professora, como eu. Fábia
gosta da sua liberdade, de não se amarrar a relacionamento, ela curte os
sabores da vida, como eu. Já a Antônia é do tipo impulsiva, seja pra amar ou
odiar, eu sou assim, principalmente no ódio.
CARLOS: Gostei da pegada tão pessoal nas características das
protagonistas. Podemos esperar algo bem curioso das três. Quantos episódios
teremos pra acompanhar a vida das três?
WESLEY: Se nada mudar, teremos entre 8 e 10.
CARLOS: Algo que queira acrescentar?
WESLEY: Aos leitores de plantão, eu faço um apelo: O Mundo Virtual anda
tão segregado, tão cheio de inimizades. Deveríamos nos unir e mostrar nosso
talento. Tantas boas obras passam despercebidas, pois os barracos se
sobressaem. Uma pena! Queria que as pessoas lessem mais, elogiassem mais
(sem hipocrisia, claro), ao invés de criticar, ao invés de salientar os
pontos negativos. Façam isso em off e se a pessoa quiser. Aqui ninguém é
profissional - ainda - todos estão aqui por esporte, por hobby. É chato ver
companheiros que perdem meses montando uma obra, criando diálogos e, pouco
depois, vem uma chuva de críticas a estrutura do roteiro ou a condução dos
capítulos. Isso desestimula e muito quem escreve... Pare de julgar, de
criticar, saboreie o que há de bom dentro daquilo tudo.
CARLOS: Jesus amado! Segura que é exclusivo (Risos) E é exclusivo, SIM!
Chora haters (risos) Então é isso gente, Wesley foi um enorme prazer contar
com você aqui no programa. Um papo maravilhoso, espero que tenha gostado, e
que o público também tenha curtido.
WESLEY: Agradeço! super curti... Agradeço pela oportunidade e foi bom
relembrar minha trajetória.
CARLOS: Eu que agradeço, foi maravilhoso o papo. Chegamos ao fim de mais um
“Papo com o Autor”, muita confusão, gritarias, declarações e revelações.
Espero que tenham curtido, e como sempre será rotina pra finalizar, deixo
sempre esse recadinho: Curtam, comentem, metam crítica, mas pelo amor de
Deus falem do programa... (Risos) Valeu... E Até a próxima entrevista!
apresentação Carlos Lira
convidado
Wesley Alcântara
música Karol Conka - Tombei feat. Tropkillaz (KondZilla)
produção Bruno Olsen Cristina Ravela
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