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Perfume - Capítulo 20

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CAPÍTULO 20 - LÁGRIMAS DE MENINOS
 
     
   
 

O garoto de 11 anos de idade anda mancando pelas vias públicas do distrito, o cansaço o consome por completo, tinha acabado de fugir da clínica de emergência, literalmente apavorado, o pavor o movimenta inteiramente, se ele não tivesse visto o assassino, tudo seria diferente agora, deve engolir essa nova verdade e buscar um novo destino. Douglas apesar de ter morado toda vida em alamedas, é uma criança como qualquer outra que cultua na mente, grandes sonhos, como formar uma bela família e fazer faculdade talvez, mas não se sente tão confiante assim. A realidade obscura dos meninos de rua, o persegue feito um fardo, tornando-se um pesadelo. Muitos acabam mortos, viciados em drogas e consequentemente presos, uma quantidade mínima consegue chegar a ter um lugar sob o sol.

Douglas, não sabe de onde apareceu esse nome, e muito menos tem o conhecimento do sobrenome, suas lembranças de pequeno foi uma de uma mulher, de cabelos lisos e castanhos e olhos escuros feito duas pérolas negras e nada mais, era ela a sua mãe?

Uma pequena parte de sua existência viveu em um orfanato católico no interior de São Paulo, quando um homem apareceu, ele trabalhava de zelador, prometeu ao garoto que ia tirá-lo daquele lugar para sempre, mas abusou de sua inocência durantes duas semanas, ele ainda tem apatias com os hálitos amargos daquele nojento, tenta esquecer, mas o sofrimento ás vezes é mais forte que a felicidade.

Poucos foram os momentos alegres na vida dele, quando fugiu do orfanato e abraçou a estrada, sentiu um pequeno alívio, mas não chegou a ser felicidade, não conhece o significado dessa palavra. Na praia quando descansava e jogava bola com os outros meninos ele via as famílias de verdade, pais, filhos e irmãos, como ele queria ter um irmão mais novo ou ser um irmão mais novo na vida de alguém, mas nunca pode ser, nem irmão, nem filho, nem neto. 

Faltam poucos meses para as festas de final de ano, os amigos, provavelmente foram encaminhados para uma fundação em Porto Seguro, para dar outra imagem da cidade aos turistas do Brasil e do exterior. A fome começa o absorber, continua o percurso onde um homem conhecido, vendedor de cachorro-quente, o oferece o alimento. Douglas acomoda-se no pequeno restaurante, deliciando-se com a refeição e tomando um copo de suco de laranja. 

Os veículos passam na avenida, provocando um pequeno trânsito. Depois de agradecer a ajuda, Douglas regressa as pernadas, como doíam, mas ficar naquele local fechado e repulsivo, chamado de emergência, não é tão seguro, isso é o que ele imagina. 

O mundo do lado de fora, pode ser mais perigoso.

Douglas começa a seguir um canário belga chegando a uma rua sem saída, formada apenas de arvores e algumas pousadas, provavelmente vazias devido à baixa temporada, a ave estava tão próxima. No começo da alameda aparece um carro com o símbolo da Volkswagen com o farol apagado, trata-se de um GOL, modelo antigo, do ano de 1999, que se aproxima lentamente e depois mais rápida em direção do menino, que não tem para aonde correr, sendo atropelado e caindo no capô cinza do automóvel, que anda para trás, fazendo o corpo desabar no chão, sujo de sangue. O veículo acabou por sumir gradualmente. O cadáver permanece na pista, completamente intacto, com os olhos cheios de lágrimas e o rosto, sujo de areia, este era o fim.

Os dias que se passaram, tornaram-se eternidades para aqueles envolvidos na investigação e principalmente para Valentim. Porque Douglas teve que ser tão teimoso? Será que não tinha pensado que ao sair de perto do apoio dos policiais e dos médicos, foi como se estivesse assinando sua sentença de morte? 

O caixão foi branco, não tinha ninguém no velório e muito menos no enterro, pago pela prefeitura, apenas o delegado e os poucos amigos que conheceu o menino em Arraial D’ Ajuda. 

A estaca zero novamente.

O delegado aciona a campainha da grandiosa casa, de uma das famílias mais poderosas do distrito, todos estavam acomodados na sala de estar, quando finalmente ele fala a respeito do verdadeiro motivo da visita. O habeas corpus de Jonathan pode sair a qualquer momento, a reação dos Monteiros, é apenas a felicidade, para repleta surpresa do servidor público, que acabou não entendo nada.

Nenhum deles acreditam na culpa do estudante de administração, se é uma armação, como afirmam, existe alguém comandando cada ato neste cenário. Sempre a dois passos à frente de qualquer um. Pode ser qualquer indivíduo, pode estar dentro da família ou presente na polícia. Uma sombra, capaz de fazer de tudo, para eliminar aqueles que o ameaçam, primeiro Pamela Monteiro, posteriormente, a única testemunha do caso, uma criança de onze anos de idade e agora? Valentim ao sair da residência, fita a retaguarda rapidamente, em anos de profissão, essa é a primeira vez que o medo o aflige.
 
     

 

     

Inspirada na música Perfume de Britney Spears

autor:
Luiz Gustavo

personagens:
Levi Monteiro
Pamela Monteiro

Barbara Novak
Tomaz Brayton

Tony Federline
Amália Monteiro

Jonathan Sampaio
Miguel Xavier
Alice Jones

Olga Novak
Neide Alencar
Marcos Ribeiro

Evelyn
Hugo Rafael
Fagner Lima

Valentim

participações especiais:
Jake Fremont
Tyler
Claúdia Alencar

as crianças:
David Novak
Kevin Jones
Douglas

colaboração:
Thiago Machado
Márcio Gabriel

agradecimentos:
Juliana Cordeiro
Victor Marçal
William Araújo
Rodrigo Ferreira

produção
Bruno Olsen
Cristin Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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