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CAPÍTULO 20 - LÁGRIMAS DE MENINOS |
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O garoto de 11 anos de idade anda mancando pelas vias públicas do
distrito, o cansaço o consome por completo, tinha acabado de fugir da
clínica de emergência, literalmente apavorado, o pavor o movimenta
inteiramente, se ele não tivesse visto o assassino, tudo seria diferente
agora, deve engolir essa nova verdade e buscar um novo destino. Douglas
apesar de ter morado toda vida em alamedas, é uma criança como qualquer
outra que cultua na mente, grandes sonhos, como formar uma bela família
e fazer faculdade talvez, mas não se sente tão confiante assim. A
realidade obscura dos meninos de rua, o persegue feito um fardo,
tornando-se um pesadelo. Muitos acabam mortos, viciados em drogas e
consequentemente presos, uma quantidade mínima consegue chegar a ter um
lugar sob o sol. Douglas começa a seguir um canário belga chegando a uma rua sem saída, formada apenas de arvores e algumas pousadas, provavelmente vazias devido à baixa temporada, a ave estava tão próxima. No começo da alameda aparece um carro com o símbolo da Volkswagen com o farol apagado, trata-se de um GOL, modelo antigo, do ano de 1999, que se aproxima lentamente e depois mais rápida em direção do menino, que não tem para aonde correr, sendo atropelado e caindo no capô cinza do automóvel, que anda para trás, fazendo o corpo desabar no chão, sujo de sangue. O veículo acabou por sumir gradualmente. O cadáver permanece na pista, completamente intacto, com os olhos cheios de lágrimas e o rosto, sujo de areia, este era o fim.
Os dias que se passaram, tornaram-se eternidades para
aqueles envolvidos na investigação e principalmente para
Valentim. Porque Douglas teve que ser tão teimoso? Será
que não tinha pensado que ao sair de perto do apoio dos
policiais e dos médicos, foi como se estivesse assinando
sua sentença de morte? O delegado aciona a campainha da grandiosa casa, de uma das famílias mais poderosas do distrito, todos estavam acomodados na sala de estar, quando finalmente ele fala a respeito do verdadeiro motivo da visita. O habeas corpus de Jonathan pode sair a qualquer momento, a reação dos Monteiros, é apenas a felicidade, para repleta surpresa do servidor público, que acabou não entendo nada. Nenhum deles acreditam na culpa do estudante de administração, se é uma armação, como afirmam, existe alguém comandando cada ato neste cenário. Sempre a dois passos à frente de qualquer um. Pode ser qualquer indivíduo, pode estar dentro da família ou presente na polícia. Uma sombra, capaz de fazer de tudo, para eliminar aqueles que o ameaçam, primeiro Pamela Monteiro, posteriormente, a única testemunha do caso, uma criança de onze anos de idade e agora? Valentim ao sair da residência, fita a retaguarda rapidamente, em anos de profissão, essa é a primeira vez que o medo o aflige. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
personagens: |
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Perfume - Capítulo 20
Perfume - Capítulo 20
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