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CAPÍTULO 30 - 1113 |
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De uma hora para outra, milhares de problemas começam a
surgir, os sonhos de Levi estavam certo, se tivesse ido
buscá-la naquela manhã, certamente não estaria chorando
agora. A namorada continua desaparecida, precisa de ao
menos uma pequena informação para encontrá-la, mesmo que
seja embaixo da terra. Permanece sentado na poltrona do
escritório, isso deve acabar, mas por onde começar? Ele
se levanta lentamente e caminha para o bar ao lado da
sala de estar, próximo da escadaria, pega dois cubos de
gelo do balde de inox e coloca no pequeno copo de vidro
e o recheia, com uma vodca russa, engolindo a seco. O
aparelho celular vibra no bolso, trata-se de um número
restrito, a primeira esperança. Levi atende rapidamente
e percebe um timbre grosso masculino, que não se
identifica. Tony para o automóvel escondido detrás de algumas árvores e segue a rota em rápidas pernadas, ajusta os binóculos e tenta impedir que o coração, bata de forma tão violenta. Finalmente aparece um caminhão da Mercedes, modelo 1113. - E agora, Levi? Tony se encontra perto o suficiente, para ouvir fragmentos da conversa, está claro que o homem alto que se parece uma gigantesca rocha adiante de Levi, é um dos sequestradores da escritora Barbara Novak. O rapaz pensa em usar o telefone para chamar a polícia, mas ao parecer das armas começa a correr e se vira, quando um som o paralisa. O primeiro disparo. À sua esquerda, uma onda negra se move pela floresta, ele se joga no chão tentando afundar ainda mais, mesmo que aquela posição machucasse o seu braço. Talvez o extinto, o fez fitar pelos binóculos, corpos literalmente se abrindo, inundando sangue e caindo mortos no chão, sem emitir som algum. Enquanto continua a observar, Levi consegue tirar uma submetralhadora do cara gigante e um aparelho celular, de uma força e agilidade que surge do nada, fazendo o restante se esconder dentro do veículo. Levi se oculta na retaguarda do caminhão, não por medo, apenas para ler as mensagens no aparelho, escapando por poucos centímetros das rajadas de balas. O compromisso é salvar Barbara, mas tem outras abstrações na cabeça que possui 75% chance de ser concluída com sucesso. Os capangas não param de atirar, pelo jeito o serviço é único: matar o líder do negócio ilegal. O homem consegue controlar a submetralhadora, configurando em direção dos embusteiros, dois caem no pavimento com os corpos perfurados. Em passos apressados, Levi puxa o rapaz de aproximadamente 25 anos do banco de motorista e o joga longe, assumindo o domínio da Mercedes 1113. Agora, tem informações o suficiente para encontrar a namorada. Aciona o motor, outros disparos estilhaçam o para-brisa. Da testa, o sangue sai de um minúsculo machucado, isso é apenas um alívio. Ele coloca o pé no acelerador e o veículo salta para frente, segurando a MP5 para fora da janela, descarrega o pente em direção do Ford Raptor, seu antigo carro, dando o fim em alguns capangas de Xavier. Tiros acertam o veículo por todos os lados. Parece estar em um labirinto, Levi regressa à posição inicial na estrada de paralelepípedo, vira o volante, dando um cavalo de pau, completando o ângulo de 180 graus e o lança para frente alcançando a velocidade de 100 quilômetros por hora. Ao olhar para trás, divisa dois idiotas armados e diversos corpos jogados no chão. Quando tem certeza que se encontra sem a presença daqueles miseráveis, abandona o caminhão e segue caminhando, entrando na Lamborghini do amigo, que corre sob a estrada, parando depois de 10 quilômetros de distância do último local. Tony nota uma mancha vermelha no ombro de Levi e um pequeno ferimento no rosto, mas nada de tão grave. - Cara, que loucura! Você podia ter sido assassinado, sabe disso? - Sim, mas não quero que seja tão fácil. - E enquanto a Barbara? - Dentro de um jatinho particular, no heliporto do resort. - Como sabe que ela está lá? - Eu li umas mensagens no celular de um dos caras, simples assim. Tony olha curioso para o corpo do amigo. - Está bem? - Nunca me senti tão vivo em toda minha existência. Os dois sorriem, sentindo-se meio aliviados. - Vamos para casa, Tony. – Levi faz uma rápida pausa. – Por favor, fique com a minha mãe, dessa vez, continuo sozinho. Tony segue a rota para a morada, próximo à praia do Mucugê. Levi salta do carro, sem se dar o trabalho de comer alguma coisa, somente troca de roupa. Apesar de ter tudo na ponta das mãos como um tabuleiro, não pode chamar a polícia, quem irá acreditar? Trata-se de um dos homens mais poderosos da cidade e que mantém todos os lucros operacionais. O homem desce as escadas, usando uma camisa de manga cumprida com capuz e calça jeans, fita um rapaz próximo da porta de entrada o encarando. - O que você deseja, Jonathan? - Em primeiro lugar te agradecer novamente por tudo. - Tudo bem. - Em segundo, como lealdade, quero ir contigo encontrar a Barbara. Não tente recusar. - Eu posso voltar morto. - É o risco, mas ao menos, seremos defuntos vingados. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
personagens: |
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Perfume - Capítulo 30
Novela de Luiz Gustavo
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