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Perfume - Capítulo 32

Novela de Luiz Gustavo
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CAPÍTULO 32 - LEVI MONTEIRO
 
     
   
 

Depois de se alimentar e colocar os pensamentos nos eixos, Tony Federline toma um comprimido do relaxante muscular e se deita na cama, dormindo profundamente, ao despertar sua boca estava amarga, ele escova os dentes no banheiro e desce as escadas rapidamente, entrando no escritório, acomodando-se na frente do notebook de Levi. 

- Não acredito nisso. – Disse ao sentar-se na poltrona e abrir a página de um  grandioso portal de notícia, Tony se surpreendeu com a nota sobre os produtos falsificados que foram apreendidos na fronteira com Birigui, o motorista foi preso e não revelou a verdade referente aos líderes. – Como isso foi acontecer?

Escondida detrás da porta, Amália escuta fragmentos das falas do rapaz, introduzindo-se abruptamente em seguida. 

- Que tipo de negócio é esse? – Pergunta a matriarca dos Monteiros. 
- Do que está falando? 
- Não tente me enganar ou acha mesmo que sou tola? – Ela muda o teor da voz. – Sei que meu filho está envolvido em algo ilícito e, por favor, peço para que me fale. Essa mentira me mata aos poucos, me faz lembrar o pai dele. 

A mulher mais calma, acomoda-se na poltrona à frente de Tony. 

- Somos sócios na venda de produtos falsificados no Brasil e na exportação em alguns países no mundo.
- O quê? – Ela exclamou. 
 - Abrimos este comércio junto com outros membros.
- Se fosse há outros tempos, até sentiria feliz pelo o dinheiro. Mas atualmente, não. Fui uma péssima mãe para o Levi e a Pamela.
- Não pense assim. – Tony segurou a mão de Amália. – O trabalho dele não forma suas características humanas. Ele é uma boa pessoa, se não fosse, provavelmente a Barbara não o amaria tanto e olha que a escritora é prejudicada com o nosso trabalho.


                               *****

Os dois homens emergem com pouca dificuldade detrás do jatinho particular, parados no heliporto ao redor de uma floresta. A noite está literalmente escura e álgida. Existem diversos seguranças armados, usando ternos e gravatas, andando que nem soldados, mecanicamente. Levi e Jonathan estão preparados para qualquer tipo de eventualidade, mas tem que usar a inteligência. A maior preocupação é a sobrevivência de Barbara Novak, embora pudesse ter sido assassinada. 

- Certo, temos armamento o suficiente para derrubá-los.

Levi consegue entrar nas entranhas da aeronave através da porta de emergência, aqueles caras, arremeda dispor de alguma dificuldade no campo visionar, no entanto, pode ser uma pequena artimanha. Fica surpreso, por não esbarrar com alguém no caminho, nesse momento permanece sozinho, enquanto Jonathan o dava cobertura, vigiando a aérea externa.

Ao virar no corredor, bate de frente com um homem armado, devido ao impacto, ambos caem no chão. Um dos braços envolve no pescoço de Levi, que agarra a mão do oponente, o ferido no estomago com uma faca. Levi dobra o pulso do homem que começa a gritar, ulteriormente o objeto é enterrado no pescoço daquele mísero, morrendo gradualmente.

Levi se levanta e puxa o defunto, que espalha sangue em contexto do piso com carpete e o coloca num armário de produtos de limpeza. Ao fechar a porta, sente uma mão nas costas e encosta o indivíduo na parede, trata-se de Jonathan Sampaio.

- Droga.
- Desculpa, estava preocupado.

Levi o desprende.

- O combinado era você ficar do lado de fora!
- Calma. Encontrou alguma pista?
- Nenhuma.
- Vamos prosseguir cada um por um lado.
- Não! – Ele branda.
- Podemos achar a Barbara mais depressa.

Jonathan fixa os olhos verdes no rosto de Levi e esboça um leve sorriso, posteriormente, segue andando pelo lado esquerdo, desaparecendo naquela caligem.

Levi continua o percurso, sente que está próximo do lugar onde se localiza a namorada, depois de escutar alguns gritos leves. Ela está viva, mas a culpa ainda finca em seu peito. Levi chega a um conjunto de portas duplas e as descerra, Barbara está com uma aparência cansada, desamarra a dama da cadeira e a carrega pela cintura, agora o medo desapareceu, sem dizer uma única palavra entraram no carro escuro, depois do arvoredo. 

- Está tudo bem? – Ele questiona sentado no banco dos passageiros, balançando a cabeça levemente, posteriormente se corrigindo. – Claro que não, me perdoa Barbara.

Barbara o beija, sentindo-se salva ao ser abraçada. 

- Eu te amo. – Ele proclama.
- Também te amo. 

Os dois se calam por alguns segundos.  

- Vamos embora daqui! 
- Não posso, tenho que encontrar o Jonathan. 

Levi entrega o molho de chaves nas mãos da cronista, que começa a chorar, certamente com anseio de perder o grande amor.

O homem salta do veículo, fitando a face loira intensamente, aqueles segundos, agora podem ser eternos. Se Jonathan não fosse tão teimoso, mas ele só quis ajudar ao entrar no jatinho, não pode abandoná-lo desta forma e ainda mais, uma guerra somente acaba, quando uns dos adversários perdem o combate. 

Vou lembrar-me de você para sempre, Barbara. 

 

                               *****

A mulher estaciona o carro na frente do palacete da família Monteiro, o corpo de Barbara permanece exausto e alma jogada nas sombras, quando colocou os pés para fora do veículo, as lagrimas desceram dos olhos dela, tinha sobrevivido, mas do que adianta viver sem o amado? Ela seguiu lentamente, as portas foram abertas por dois rostos conhecidos, trata-se de Tony e Amália. 

- Foram os piores momentos da minha existência. 

Barbara abraçou a sogra, que não se conteve, ambas se jogaram as lamurias. 

- Aquele homem é um sádico, precisa ser preso. 
- Eu vou ligar para a polícia federal agora mesmo. 

Tony retornou para um dos cômodos, deixando as duas sozinhas. 

- Barbara, é verdade que meu filho trabalha com falsificação? 
- Sim, Amália, mas não pense que ele é uma má pessoa. 

Amália não podia enxergar mais nada, os seus dois filhos não estavam mais ao seu lado, será que Levi irá sobreviver a tudo isto? Tenta engolir uma das lágrimas, mas não consegue, sentiu-se perdida. 

- Ele sempre guardou segredo, por proteção as pessoas que ama. 
- Meu filho é um herói, querida. 
- Ele é o nosso herói. 
 
     

 

     

Inspirada na música Perfume de Britney Spears

autor:
Luiz Gustavo

personagens:
Levi Monteiro
Pamela Monteiro

Barbara Novak
Tomaz Brayton

Tony Federline
Amália Monteiro

Jonathan Sampaio
Miguel Xavier
Alice Jones

Olga Novak
Neide Alencar
Marcos Ribeiro

Evelyn
Hugo Rafael
Fagner Lima

Valentim

participações especiais:
Jake Fremont
Tyler
Claúdia Alencar

as crianças:
David Novak
Kevin Jones
Douglas

trilha sonora:
Summertime Sadness - Lana Del Rey (abertura)

colaboração:
Thiago Machado
Márcio Gabriel

agradecimentos:
Juliana Cordeiro
Victor Marçal
William Araújo
Rodrigo Ferreira

produção
Bruno Olsen
Cristin Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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