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CAPÍTULO 37 - NOCAUTE TÉCNICO – PARTE V |
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Música: TKO - Justin Timberlake Pamela recusa a carona de Tomaz Brayton, ficou mais alguns minutos naquele ambiente aconchegante, seu verdadeiro lar. Cada cômodo, eram como detalhes do passado, mas as lembranças insistem em, infelizmente, Hugo Rafael, as imagens eram fortes demais e a cena tomou conta de sua vista: Ela caminha usando um uniforme típico de um colégio cristão, camiseta, saia e uma gravata listrada, segurava alguns cadernos e livros, seguindo em um corredor deserto do prédio verde, quando foi arrastada para dentro da sala de química. Ela deu alguns tapas no rosto de Hugo, mas ele gostava, clamava por mais, a desafiava de uma maneira maquiavélica. A porta principal é trancada na fechadura, ele propôs um desafio, só entregaria a chave se a dama mostrasse seus seios, ele acomodou-se em uma das cadeiras, Pamela parecia um gatinho manhoso e sem jeito, ainda não era uma mulher, ela mostrou os peitos de uma forma tímida, mas isso não bastava apenas, Hugo queria possuir aquela menina definitivamente e a transformou com rigidez em uma mulher, Pamela gritava e arranhava as costas dele, ninguém os escutaria, a sala era um pouco distante de todas e neste momento, os alunos estavam no pátio, certamente nem iriam prestar atenção. Ele conseguiu segurar os braços delas e continuar a meter com toda força, ao menos ligou quando o sangue começou a escorrer da vagina dela, ele a beijou na boca, ela mordeu os lábios dele, Hugo não ligava mais para o ódio, o que queria era prazer e conseguiu, descerrando aquele laço. Quando tudo chegou ao epilogo, Pamela não conseguiu se levantar. Dizem que um ser-humano guarda em vida três segredos que não podem ser revelados, Pamela faz coleção, podia fazer um caderno com todos eles. Por dias a garota não conseguiu voltar a escola, usando alguns atestados médicos e quando retornou, aquele mísero tinha fugido da casa dos pais. Pamela despediu-se de Amália Monteiro com um intenso abraço, encaminhando-se para um táxi que a aguardava, fez um sinal e o motorista ligou o motor, atravessando o munícipio de Porto Seguro. O homem fez uma cara de desentendido quando a moça saltou no meio do nada, próximo do oceano, mas não a questionou, apenas recebeu o dinheiro. A mulher seguiu andando um pouco cansada, entrando no iate, Hugo Rafael é apenas uma memória, a última vez que viu aquele rosto foi através de um jornal da tarde, sendo procurado por roubo seguido de morte, certamente deve ter fugido para fora do país. Ela atracou a embarcação quando chegou na ilha, a tarde estava terminando e um lindo pôr do sol toma conta do mar. Pamela antes de visitar o irmão, foi primeiro tomar um longo banho, lavando o cabelo, aquele dia foi completamente diferente, um novo começo, deve esquecer literalmente aquela pessoa do passado e assumir uma nova personalidade. Não se preocupou em secar o cabelo, apenas pegou um vestido qualquer e o trajou, seguindo lentamente em direção do cômodo aonde mantinha o irmão. Levi não estava mais dormindo quando ela entrou nos aposentos, parece abismado ao contemplar a silhueta da dama. Sua memória parece bem, no entanto, sua constituição física permanece fraca. - Desculpe-me, Levi. Mas isso é apenas negócios. - Não consigo acreditar, é um sonho? - O que achas? Está sentindo dor? Ela aproximou-se rapidamente e acomodou-se na cama, acariciando o rosto dele que estava um pouco ferido, a algema fazia alguns barulhos quando Levi a puxava na tentativa de sair daquela armadilha. A irmã tinha se transformado em um monstro. - O que aconteceu, Pamela? Não consigo te reconhecer, parece outra pessoa usando essas palavras. Quem foi que morreu no altar da igreja? Isso parece coisa de louco, por favor, diga-me que és apenas uma brincadeira de péssimo gosto, estive dormindo durante este tempo todo. - Essa é a única realidade Levi. - Qual é a verdade? - Fui paga por uma pessoa para te assassinar e infelizmente, fracassei. - E enquanto ao casamento? - Quem virou presunto foi aquela sonsa da Cláudia, gosta dela? - Nossa irmã. Mas a Neide Alencar disse... - Aquela velha é uma retardada, não aguento mais. - Ela sabe disso? - Isso é por muito pouco tempo, vou tirar aquela desgraçada da minha vida. - Ela é sua mãe, Pamela. - Mãe é quem cria, quem cuida e dá carinho e atenção, aquela mulher só queria dinheiro do nosso pai, por isso ficava dando em cima direto e finalmente conseguiu o almejado sonho, ganhou uma barriga, duas herdeiras, uma foi comprada e a outra, viveu em outro mundo. - Comprada? - Ah Levi... – Ela fez uma pequena pausa. – É uma longa história, teremos a vida toda pela frente. - Tenho dinheiro. - Isso não se trata mais de dinheiro, Levi. Pamela se levanta, não era mais a respeito de números em sua conta bancária, havia fracassado em um dos planos do desgraçado do Fagner Lima, se aquele homem soubesse desta falha, a mataria. Ela desce uma longa escadaria indo para a cozinha, fazendo um mingau de tapioca com bastante leite, não sabe mais o que fazer e como cuidar de Levi, ele comeu tudo rapidamente, estava com bastante fome. - Porquê você me salvou? - Porque, infelizmente, ainda corre sangue entre as minhas veias. - Preferia estar comendo areia. - Quem sabe você não se mata, tenho um revolver ótimo, me deixaria menos culpada. A campainha começa a tocar, Pamela amarra um pano na boca de Levi. Quem poderia ser a importunando neste momento? Não tinha escutado barulho de embarcação, mas outro iate estava atracado próximo do seu, um pouco menor, certamente alugado. Não conhece muitas pessoas em Arraial D’ Ajuda, exatamente por isso, para não receber visitar. A dama escuta a campainha sendo tocada pela terceira vez quando passava o batom em seus lábios, os cabelos continuam úmidos, deixando-os soltos em torno dos seus ombros, quando desceu a escadaria e abriu a entrada da casa, contemplou aquele rosto que a ajudou naquela manhã, o de Tomaz Brayton. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
personagens: |
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Perfume - Capítulo 37
Novela de Luiz Gustavo
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