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CAPÍTULO 40 - EMERGÊNCIAS |
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Música:
Last Night - Diddy ft Keyshia Cole O despertador toca como em todos os outros dias, tirando o detetive da cama. Tomaz Brayton é um homem bem aperfeiçoado, deve ter quase dois metros de altura, olhos escuros e o apetite sexual de deixar qualquer mulher satisfeita. Estava prestes a se tornar um balzaquiano e não havia realizado todos os desejos ao longo da vida, como diz o ditado: “Sorte no jogo, azar no amor”. Nos últimos meses, transava com alta frequência com sua prima por parte materna. E que prima, Claudia era a mais cobiçada da cidade de Arraial D’ Ajuda, por ser igual à irmã assassinada, todos a clamavam na cama e em todas as posições possíveis e inimagináveis. Tomaz desejava casar e ter filhos. Mas será que todos os seus sonhos, eram os mesmos da sua parceira de cópula? Claudia havia mudado completamente desde aquele dia que se conheceram na beira da estrada, tornando-se praticamente uma cópia idêntica de Pamela, o que o assustava ás vezes. O Mercedes GLS 63 branco deixa a garagem do palacete, deslocando em torno do distrito, percorrendo poucos quilômetros para chegar a delegacia. Ele salta do veículo, está uniformizado com trajes sociais e usando o distintivo da polícia no pescoço, entrando no pequeno prédio branco. A delegada da cidade é Alice Jones, que antes ocupava o cargo de investigadora, mas pouco conversa com Tomaz, sempre o observava com um aspecto de desdém. Ele não ligava para isso, a achava muito bonita, os dois tinham quase a mesma idade e se não estivesse com Claudia, certamente Alice seria uma grande aposta. A cidade é pacata e não dificulta o seu trabalho, apesar dos mistérios que ainda acercam a respeito da morte de Pamela e o sumiço do seu primo Levi, mas parece que tudo estava retornando aos eixos, aqueles coisas ruins atualmente são apenas lembranças. A casa dele fica numa rua sem saída. A herança herdada pela a família, o salário de detetive e anos de investimentos, o tinha colocado numa boa situação financeira. Ao retornar tomou um banho de longos minutos, cerca de trinta, o suficiente para tirar toda a sujeira, até a campainha tocar. Imaginava quem seria a pessoa e por isso, mal se deu o trabalho de se vestir, teria que ficar nu de qualquer forma. Atende a porta com a toalha em volta do quadril. As próximas horas seriam quentes. A porta é trancada bruscamente. Os lábios se encontram, sem dizer muitas palavras, eles caminham se beijando em direção do quarto no segundo andar, quase caíram da escada, deram leves risadas. Ela joga a toalha no chão e se abaixa. Deliciando-se ao fazer sexo oral. Alguém tinha ligado o alarme de sexo. Tom tirou todas as roupas da prima e as jogou no pavimento. Ela estava deitada embaixo dele quando houve a penetração, arranhando aquelas costas largas e mordiscando as orelhas, falando deveras putarias. Pamela gemia e clamava por mais, o ansiava com toda a força. Os ventos batem contra a cortina e ela estava entregue. A cama balança a cada metida e posição, que se inverte com muita frequência, ela gosta de ficar por cima e dominar o macho alfa, conduzir a transa. O suor amargo que escorre por todo o corpo feminino, deixava-a completamente ensopada e satisfeita. Tomaz Brayton é um dos poucos homens que a faz chegar ao orgasmo e isso a fascinava. Depois de duas ardentes e deliciosas relações amorosas. Pamela anda para fora da cama e tira da bolsa, um maço de cigarros. Ela o ascende, traga e solta a fumaça. O corpo dela estava completamente nu e Tom, acima da cama, com o lençol acima das partes intimas a olhava com satisfação. - Devia parar de fumar. – Disse ele. - Já tentei várias vezes.
Pamela volta para cama e aninhou-se nele de costas,
soltando um belo sorriso, seus dentes eram brancos e
saudáveis, nem parece que possuí o terrível habito de
tabaquear. - Conte-me. - No simbolismo budista, o significado da flor de lótus é pureza do corpo e da mente. A água lodosa que acolhe a planta é associada ao apego e aos desejos carnais. Ela que se desabrocha sobre a água em busca de luz é a promessa de limpidez e elevação espiritual, se mantém inquebrável. Invicto. Minha mãe contou essa história, antes do acidente que levou ao falecimento. Eu tinha 18 anos na época. – Tom foi criado por uma tia em um bairro nobre de São Paulo, depois da morte dos pais em um terrível acidente de carro e cursou direito na USP. - Já ouvi falar a respeito, mas na clássica cultura japonesa. - É assim que sinto, sobre os nossos sentimentos. - Tomaz, é melhor não nos encontrarmos mais, sabe? Não existe amor diante tudo isso, o que sentimentos aqui é feito de carne e infelizmente, não dura para sempre. Nossas noites de alegria chegaram ao fim, me desculpa. Você é um homem incrível, merece uma mulher fantástica ao seu lado e sinceramente, essa mulher não sou eu. Ela se levanta da cama e começa a trajar o vestido escuro e por último, calçar a bota de couro sintético, saindo sem se despedir. Tomaz havia acabado de levar um toco por uma pessoa que parecia perdida, aquela não era a verdadeira Claudia que tinha conhecido, aquela Claudia era uma pessoa simpática e parece ter morrido junto com o tempo que se relacionaram. Deve apenas engolir a verdade a seco. O seu aparelho celular começa a tocar várias vezes, não gostava de receber ligações a respeito de trabalho, mas trata-se de uma emergência. Vestiu-se rapidamente, um corpo é encontrado próximo da costa do Mucugê. Ele desceu as escadas e posteriormente entrando no carro, seguindo direto para a praia que fica a poucos metros. Os curiosos estavam em torno do local, os bombeiros estavam chegando e mal pode acreditar quando contemplou aquele homem moreno com diversos ferimentos no corpo e sujo de areia, possivelmente sem vida, trata-se do seu primo: Levi Monteiro. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
personagens: |
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Perfume - Capítulo 40
Novela de Luiz Gustavo
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