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CAPÍTULO 41 - EXORCISMOS |
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O arrependimento é a diretriz dos fracos, mas não pode
permanecer em um relacionamento em que a base é a
mentira, por mais que amasse cada detalhe do corpo de
Tomaz Brayton, Pamela não tinha muito a oferecer, além
da carne e do sexo. Lamentou o termino, mas todo aquele
caso tinha chegado longe demais, no começo fez planos,
que começaram a desmoronar gradativamente. Nunca mais
teve relatos do irmão e aquele bilhete, permanece sendo
uma esfinge, existe uma pessoa mais esperta que a dama,
a controlando em todos os momentos, estava a dois passos
atrás, tornou-se um fantoche. Ela tinha limpado o rosto
e observado sua face no espelho, é o momento de ser
forte e lutar, sem temer. Pamela toma um longo banho na
banheira, tentando espairecer os pensamentos, que estão
literalmente trancados. Ela se seca rapidamente, colocando uma vestimenta qualquer do closet, suas roupas antigas haviam sido doadas para uma instituição de caridade. Morar naquele palacete a transcende ao passado, mas precisa desapegar daquelas pessoas e seguir o próprio percurso longe do município, mas antes precisa encontrar o Levi. Pamela estava descendo a escadaria quando a campainha começa a tocar, Amália segue para atender a entrada, trata-se da nova delegada da cidade, Alice Jones, uma mulher determinada, dona de belos cabelos castanhos, pele branca, provavelmente tinha por volta 1 metro e 75 de altura e a beleza que atrai diversos homens, se não fosse pelo o jeito de durona. - Amália Monteiro? - Sim. - Meu nome é Alice Jones, a nova delegada da cidade. - Aconteceu alguma coisa? - Nós encontramos o Levi Monteiro. Pamela permanece intacta na escada, enquanto os choros do pequeno David começam a ecoar no segundo andar. Tinha se tornando um verdadeiro fracasso e será punida de qualquer maneira por Fagner Lima, se suas derrotas não fossem íntegras, Levi estaria carbonizado e isso jamais transcorreria. Barbara e Amália estavam chorando de emoção, as duas precisavam ir ao hospital em Porto Seguro. Amália mal consegue falar direito, tremendo com a notícia, enquanto Barbara tenta ficar tranquila, mas o abalo emocional é pesado demais, Olga Novak resolve acompanhá-la, não pode deixar a filha sozinha. Pamela então assume a responsabilidade de cuidar do bebê, gostava muito daquela criança, cada detalhe do sobrinho a deixa simplesmente deslumbrada. As horas passaram rapidamente, o menino estava dormindo no berço em um dos cômodos no segundo andar. Ela tinha acabado de tomar um copo de suco de cupuaçu, a entrada principal é descerrada, Pamela caminha para a sala principal, contemplando Tony Federline, aquele homem parece ser uma boa pessoa, mas ao mesmo tempo desconfiava da dama, as palavras dele eram meramente calculadas. - Pamela, onde está todo mundo desta casa? – Ele indaga. - Meu nome é Claudia. - Desculpe-me. - Respondendo a sua pergunta, Barbara e Amália neste momento estão em Porto Seguro, pensava que você estava no hospital, Tony. Felizmente encontraram o corpo do Levi. Tony fez uma cara de abismado, certamente não estava acreditando que fosse verdade, nem mesmo se despediu, retornou ao veículo, que saiu disparado, sumindo através da alameda. Ela tranca a porta e aciona o alarme, acomodando-se no estofado no primeiro andar, assistindo à programação local da televisão, quando escuta um leve ruído vindo da cozinha, anda lentamente e com medo, mas é apenas a báscula de vidro aberta, acima da pia, sendo fechada rapidamente. Ao imaginar que tudo estava tranquilo, ela sentiu uma mão masculina a puxando, ela pode ficar adiante de Fagner Lima, que tascou-lhe um beijo na boca, Pamela limpa os lábios vertiginosamente com a ponta dos dedos. - Não acreditei quando contemplei os meus e-mails, Pamela. Pensava realmente que o Levi estava morto e graças a um grande deslize, aquele desgraçado permanece vivo, não é mesmo? Era por causa dele que ficava a todo instante isolada na ilha? Sempre desconfiei que tudo estava dando certo demais e agora vem com essa? Pamela continua sem palavras. - Mas isso tem um perdão, querida. - Tem? - Eu entendo o seu lado, case-se comigo que esqueço este erro. - Nunca, jamais ficaria contigo. Prefiro morrer. - É mesmo? Pamela quase caiu do salto quando o homem fincou os punhos no seu rosto, as chamas estavam presentes no olhar de Fagner, certamente bastante enfurecido com o erro da dama. Fugir é necessário, mas lembrou que aquele miserável a encontraria até mesmo no inferno, e a defumaria. - Sabes muito bem que terás de acabar com essa história idiota. - Do que você está falando? - Finalizar o serviço. - Matar o Levi? - Obviamente, não erre desta vez, caso contrário, será você. Toda a cena continua gravada na memória da mulher, não pode ser apagada. Ela deitou-se em uma cama ao lado do berço, caso o pequeno David despertasse durante a madrugada, o que não aconteceu. A criança não dava muito trabalho, apenas de manhã trocou umas fraudas sujas e deu uma mamadeira de leite, o segurando no colo. Ele estava sorridente, certamente algum lanço o conectava com o patriarca, pois Pamela nunca tinha divisado David daquela maneira, completamente eufórico e brincando a todo instante. Não pode seguir adiante com aquele plano, aliás nunca teve coragem de o concluir, Levi precisa criar o filho e saber de cada passo do crescimento daquele garotinho, será um grande campeão. Estava literalmente enforcada em um jogo perigoso de se dominar. - David, serás muito feliz junto com o seu papai, mesmo que isso custe o sangue que corre dentro das minhas veias, a vida de um demônio não vale nada perante a um anjo. Pamela teve vontade de jogar o seu celular pela janela, quando recebeu uma mensagem de um número desconhecido: “Além de ser uma excelente vagabunda, a vadia é prendada, sabe até cuidar de criança, cuidado para não o assassinar assim como fez com o Levi, limpe o veneno e não pense que chegou ao epilogo.” Ela fez o idealizado, rumou o aparelho para longe, precisava ficar livre daquele desgraçado que fica brincando com seus pensamentos. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
personagens: |
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Perfume - Capítulo 41
Novela de Luiz Gustavo
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