|
Marcos Ribeiro atravessa o corredor da delegacia,
rapidamente. Bate duas vezes na porta de madeira. O
amigo Tomaz Brayton permanece inquieto, na poltrona de
lado para a janela, a vista é apenas da ala externa do
edifício. Os pensamentos estavam focados no insucesso de
uma grande paixão, Claudia Alencar.
- Aconteceu alguma coisa? – Interpela o legista. –
Preocupado com o Levi?
- Não. No que ocorreu entre eu e a Claudia.
- Não entendo essa fixação nesta mulher. Cara, você
merece coisa melhor.
- Tipo quem?
- Alice Jones.
Marcos tem apenas 27 anos, apesar da idade, não estava
em completa forma física. É cansativo exercer sua
função, ser casado com uma grande médica e ter um filho
de três anos de idade.
- A nova delegada?
- Sim, ambos estão solteiros e prestes a se tornar
balzaquianos...
- A idade é uma grande trapaça.
- Você está melhor que muito novinho por aí.
- Obrigado pela ajuda Marcos.
Tom se sente como um adolescente, quando entra na sala
principal do pequeno prédio. As palavras o aniquilavam
por dentro e lutavam para serem ditas.
- Tom! – Exclama Alice.
- Estamos quase completando 30 anos.
- O espelho me lembra disso, todos os dias.
- Nós conhecemos há algum tempo e nunca conversamos
direito.
- Está me convidando para sair? – Alice acelera os rumos
da conversa.
- Sim.
- Quando?
- Hoje, depois do trabalho, por volta das oito. Busco
você em sua casa, aceita? - Claro.
O paletó de Tom estava completamente molhado, por causa
da descarga de adrenalina soltada durante a conversa.
Assim que o homem saiu do cômodo, Alice gritou por
dentro, aguardava aquele momento nos últimos meses sem
grandes expectativas, estava nervosa enquanto o jantar e
do que iria de acontecer depois. Ela fez uma rápida
ligação, conversando com uma dona de uma loja de roupas,
certamente para separar um dos melhores trajes, para
encantar aquele homem.
O trabalho naquela data tinha chegado ao fim
abruptamente, certamente envolvido com as emoções. A
mulher desce as escadas, passando por algumas salas
chegando ao estacionamento, o trabalho de uma delegada
nunca acaba quando bate o ponto, é um cargo de confiança
e precisa ser exercido a qualquer hora. Alice
experimenta o vestido, caríssimo comprando em um
estabelecimento na rua Mucugê, criou expectativas a
respeito do local do jantar, Tomaz é um homem
inteligente e educado, ao contrário do seu ex-marido.
A babá estava em casa quando ela chegou, Kevin corre
para abraçar a mãe, os dois se beijaram, ele é sua
estrela da manhã. Ela demorou na banheira, certamente
para o aroma de jabuticaba continuar no seu corpo, ela
despede-se da morada.
O Focus estaciona em uma rua sem saída, algumas folhas
remanescentes caiam. O homem salta primeiro, anda por
volta do veículo e abre a porta para que a bela mulher,
trajando uma roupa vermelha que combinava com sua pele
branca, descesse. Andaram juntos, como dois namorados
até a entrada da residência. Tom estava trajado de uma
maneira informal, jeans, camisa de algodão e jaqueta de
couro.
- Se tivesse me falado que era um simples jantar. Eu
viria vestida... – Alice busca na memória, a melhor
palavra para aquele momento: Natural.
- Desculpa. – Ele parece pouco tímido, próximo à mulher.
– Aceita uma bebida?
- Um vinho branco.
Tomaz some diante dos cômodos, certamente para buscar a
bebida. Alice permanece admirada pela sala com cortinas
romanas feitas por decorador, papel de parede e o piso
de mármore. Ele regressa com duas taças de cristais em
uma mão e a garrafa de vinho em outra, colocando na mesa
de centro, fazendo a cortesia da casa. Alice bebe apenas
um único gole.
- Obrigado. Trabalha para polícia há muito tempo?
- Cinco anos, me formei em São Paulo, onde exerci por
algum tempo e ano passado consegui uma vaga aqui.
- E porque Arraial D’ Ajuda? – Indaga à delegada.
- Nasci nesta cidade e depois do acidente de carro, qual
matou os meus pais, senti que era a hora de voltar.
Alice toma outro gole do vinho, o observa novamente,
estava claro que aquele homem loiro e másculo, sentado
ao seu lado de costas ereta, aparenta forte nervosismo.
Tom se levantou, olhou para ela e a conduziu para depois
do corredor, a sala de jantar.
- Desculpe ter feito você se arrumar toda, para comer
algo pronto. – Ele havia finalizado o alimento, uma
lasanha de massa pronta, mas a luz de velas e o aroma do
incenso absinto tornava o ambiente agradável, nem os
melhores restaurantes em torno do distrito, os deixariam
assim, ele fez uma excelente escolha.
- Me sinto como o meu filho.
- Fale mais sobre ele, gosto de crianças. – Ele não a
enganou para leva-la para cama, simplesmente se
interessa na ideia de ser pai, mesmo sendo um padrasto,
passaram um longo tempo, falando a respeito do garoto de
onze anos idade.
- Acho que acabou o papo de ‘mãe solteira’.
- Você na verdade é uma mulher guerreira.
- Muito obrigado.
- O seu filho quer seguir nesta área?
- Ele é novo, mas tem interesse em ser detetive que nem
você, ama o Dick Tracy.
Tom pôs as mãos na coxa de Alice e a acaricia para cima
e para baixo. Ela não resistiu e aproximou ainda mais. A
mão dele sumiu debaixo do vestido, subindo por sua
barriga firme, passando para a parte inferior dos seios.
Passa o outro braço pela cintura, colocando-a próxima de
si e apertou sua bunda. Ela respirou profundamente e
soltou o ar suavemente, recostando-se no ombro dele.
Alice levou a mão ao pênis dele e apertou, depois o
beijou na boca.
Alice larga a taça e lentamente, puxa o vestido pela
cabeça, o deixando ainda mais provocado. Tom se apertou
contra ela, as mãos mexendo no sutiã até soltá-los e ela
se ofereceu a ele. Brayton enterrou a cabeça entre os
seus seios volumosos. Em seguida, arrancou a última peça
de roupa dela, uma calcinha de renda vermelha e sem
muitos esforços a pegou no colo e a leva para o quarto. |
|
Comentários:
0 comentários: