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Perfume - Capítulo 48

Novela de Luiz Gustavo
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CAPÍTULO 48 - FAÍSCAS
 
     
   
 

Música: A Song About Love - Jake Bugg

Quando a mulher despertou do entorpecimento, os pontos de contato entre as células nervosas começam a enviar mensagens de dores para toda sua constituição física, não existe nada mais entre seu campo visionar do que uma tremenda escuridão. Ela estava presa em algum lugar, uma caixa de metal, aquele material não era composto de madeira, certificou-se depois disparar alguns tapas. A última coisa que enxergou pela última vez foi o rosto de Tomaz Brayton.

Pamela poderia reconhecer aquela voz que a atormentava do lado externo do porta-malas, ela teve a certeza quando Hugo Rafael destravou o alarme, para poder xingá-la cada vez mais, ele estava sozinho nesta empreitada ou havia mais alguma pessoa nisto? É claro que existe um outro indivíduo. Fagner Lima não havia de a procurado nos últimos dias e ao menos sentindo a falta da dama, o que é completamente estranho, já que aquele demônio controla cada um de seus passos, certamente este mísero procura a retaliação por sua falha humana. 

- Fala que está com medo sua cadela. – Ele disse. 
- O que é isso, Hugo? 
- Uma pequena vingança de maneira detalhada. 
- Não pode ser. 

Ele bate o porta-malas que ainda permanece aberto, certamente por ausência de lubrificação. Ele não percebeu o erro. Aquele carro é uma joia preciosa, um dos mais caras do patrimônio Monteiro, as chamas começam a tomar conta primeiro dos matos, as labaredas chegam em direção do automóvel estimado em quinhentos mil reais, Pamela estava fraca, mas consegue se livrar daquele ambiente. A explosão é forte e infringe a atmosfera do distrito, ela esboça um sorriso ao divisar o homem comemorando o feito, cantarolando uma música da banda australiana AC/DC. O fogo brilha adiante dos olhos de Hugo Rafael como um espelho, ele estava finalmente contente por ter finalizado o serviço com êxito, certamente ganhará bem por essa loucura.

- Festejando antes da hora seu desgraçado? – Ela indaga. 

Pamela está vestindo uma calça jeans preta e uma blusa em malha com manga sino, segurando um pedaço de madeira na mão direita, batendo diretamente na cabeça de Hugo Rafael que desaba no chão, o carro ainda continua em fogaréu e o corpo de bombeiros provavelmente poderá aparecer a qualquer momento ou provavelmente não, aquele lugar foi muito bem escolhido, por uma pessoa que conhece cada detalhe da cidade, afastado do centro comercial. 

- Você não passa de um verme, seu miserável. 

Ela cuspiu no rosto dele ensanguentado e sujo de areia, erguendo a cabeça e observando céu enquanto ainda continua com a estaca nas mãos, começa a cair pequenas partículas de água em direção do seu corpo. Pamela não teve pena, não daquele momento e muito menos daquele desgraçado que abusou de sua inocência, este é o final único de Hugo Rafael, ela o espancou até a morte, estava surda de raiva quando escutava as suplicas daquele facínora, só parou quando restava no chão apenas um presunto, sem nenhuma serventia a raça humana. 

- Não quis brincar com fogo? 

Suas pernas estavam doendo, ela mal consegue andar direito, mas não tem o direito de descansar, precisa percorres as milhas adiante, pegar o carro daquele miserável e simplesmente dirigir, sua carteira e o seu aparelho celular estavam no porta-luvas do pálio, ela arrumou suas madeixas enquanto observa pelo espelho do retrovisor os outros veículos a ultrapassando. Pamela precisa simplesmente dar um sumiço naquele automóvel, caso contrário muitas pistas vão ser postas em evidências. O Lar dos Demônios, este é o nome da sua salvação, o antigo parque de diversões da sua família. Ela apenas o estaciona, deixando dentro de um dos brinquedos, o castelo dos horrores, ninguém desconfiaria do seu truque. 

Pamela caminha mecanicamente, suas botas permanecem extremamente sujas de lamas, os mosquitos começam a irritá-la, sobe algumas ladeiras, para finalmente chegar a mansão. Toma um longo banho gelado, para tirar as impregnações de seu corpo, mas sua mente continua ocupada. O seu celular vibra diversas vezes, trata-se das mensagens, Levi havia aberto os olhos, retornando a vida, mas sem memória, mais cedo ou mais tarde chegaria a este momento. Ela jogou as antigas vestes num lixo, a picotando primeiramente e colocando junto com os detritos domésticos, pedindo a um dos empregados para o colocar imediatamente no lado externo. 

Ela traja um vestido longo e escuro, acobertando grande parte do corpo, o salto metalizado de dez centímetros provoca ecos nos corredores vazio da casa. Pamela entra em um dos carros, provavelmente todos da família estavam presentes no hospital. 

- Onde esteve o dia todo, Claudia? – Indaga Amália Monteiro. 
- Com a mamãe, o sinal lá em Vale Verde não é muito bom. – Ela justifica. 

Erros podem destruir uma pessoa ou ajudar a construir um ser humano. Ela sentiu uma fincada no peito acompanhada de uma culpa, era responsável por tamanha descarga de desgraça nos últimos anos na vida daqueles indivíduos, destruiu por primeiramente a irmã, ao entregar a uma garota ingênua o cargo de ser a mais cobiçada, a matando na igreja e posteriormente aniquilou os familiares, com o sentimento de amargura do luto, enquanto ela luxava.

Levi não pode mais receber visitas, precisa descansar agora. Pamela acaba por se oferecer a ficar no hospital naquela madrugada com Tony, Barbara e Amália precisam dormir, por pelo menos uma noite, repousarem de todas as ocorrências agonizantes. 

Tony e Pamela estavam a frente um do outro, tomando ambos uma xícara de café expresso. Pamela permanece com um esboço de felicidade estampado na face, este é o semblante de Claudia Alencar, feliz pelas conquistas dos Monteiros, enquanto Tony continua inquieto, com algumas palavras na cabeça e pouca coragem de se expressar, mas precisa de determinação. 

- Esses dias estava caminhando pelo palacete dos Monteiros, um lugar que acabou por se tonar a nossa casa, algo estranho me moveu para dentro do seu quarto, Claudia, aquele não parecia um ambiente seu e sim da Pamela, inclusive o perfume impregnado no cômodo. Peço desculpas primeiramente por ter invadido o seu universo, mas existia muitas coisas girando e precisava encontrar uma resposta. – Ele fica calado por alguns segundos, prosseguindo. – Quem é você, afinal? 

Pamela permanece inquieta com as esferas castanhas um pouco marejando, mas não precisa revelar nada, ainda não chegou o momento exato da verdade e provavelmente, nunca chegará. 

- Claudia. 
- É este o seu nome? – Tony persiste. 
- Para que essas perguntas? 
- Só preciso de uma resposta, você chegou de uma maneira abrupta, disse muitas palavras, contou uma história digna de novela, mas incrivelmente falsa. 
- Não preciso provar nada a ninguém. 
- É mesmo? 
- Obviamente. 
- A morte da sua irmã continua sendo um enigma. 
- Assim como o sumiço do Levi e a explosão, muitas histórias seguidas em alinhamento, por atitudes, certamente. Ás vezes a grandeza do Levi pode ter causado a inveja de alguém, o topo não é nada para certas pessoas. 

Tony fez por se desentender da conversa, aquela mulher não poderia saber a respeito dos negócios, este é um segredo que deve ser preservado. 

- Tony, não sei muito sobre a vida de vocês, mas acredito que existe muito dinheiro envolvido, não devia inquirir uma pessoa que chegou praticamente ontem e sim as que conhecem durante esses anos. Não sou uma inimiga e muito menos anseio em dominar o seu coração, mas a única coisa que exijo a partir deste momento é apreço, espero que pare com seus olhares maldosos e explanação irônicas. 

 
     

 

     

Inspirada na música Perfume de Britney Spears

autor:
Luiz Gustavo

personagens:
Levi Monteiro
Pamela Monteiro

Barbara Novak
Tomaz Brayton

Tony Federline
Amália Monteiro

Jonathan Sampaio
Miguel Xavier
Alice Jones

Olga Novak
Neide Alencar
Marcos Ribeiro

Evelyn
Hugo Rafael
Fagner Lima

Valentim

participações especiais:
Jake Fremont
Tyler
Claúdia Alencar

as crianças:
David Novak
Kevin Jones
Douglas

trilha sonora:
Summertime Sadness - Lana Del Rey (abertura)
A Song About Love - Jake Bugg

colaboração:
Thiago Machado
Márcio Gabriel

agradecimentos:
Juliana Cordeiro
Victor Marçal
William Araújo
Rodrigo Ferreira

produção
Bruno Olsen
Cristin Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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