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Música: A Song About Love - Jake Bugg
Quando a mulher despertou do entorpecimento, os pontos
de contato entre as células nervosas começam a enviar
mensagens de dores para toda sua constituição física,
não existe nada mais entre seu campo visionar do que uma
tremenda escuridão. Ela estava presa em algum lugar, uma
caixa de metal, aquele material não era composto de
madeira, certificou-se depois disparar alguns tapas. A
última coisa que enxergou pela última vez foi o rosto de
Tomaz Brayton.
Pamela poderia reconhecer aquela voz que a atormentava
do lado externo do porta-malas, ela teve a certeza
quando Hugo Rafael destravou o alarme, para poder
xingá-la cada vez mais, ele estava sozinho nesta
empreitada ou havia mais alguma pessoa nisto? É claro
que existe um outro indivíduo. Fagner Lima não havia de
a procurado nos últimos dias e ao menos sentindo a falta
da dama, o que é completamente estranho, já que aquele
demônio controla cada um de seus passos, certamente este
mísero procura a retaliação por sua falha humana.
- Fala que está com medo sua cadela. – Ele disse.
- O que é isso, Hugo?
- Uma pequena vingança de maneira detalhada.
- Não pode ser.
Ele bate o porta-malas que ainda permanece aberto,
certamente por ausência de lubrificação. Ele não
percebeu o erro. Aquele carro é uma joia preciosa, um
dos mais caras do patrimônio Monteiro, as chamas começam
a tomar conta primeiro dos matos, as labaredas chegam em
direção do automóvel estimado em quinhentos mil reais,
Pamela estava fraca, mas consegue se livrar daquele
ambiente. A explosão é forte e infringe a atmosfera do
distrito, ela esboça um sorriso ao divisar o homem
comemorando o feito, cantarolando uma música da banda
australiana AC/DC. O fogo brilha adiante dos olhos de
Hugo Rafael como um espelho, ele estava finalmente
contente por ter finalizado o serviço com êxito,
certamente ganhará bem por essa loucura.
- Festejando antes da hora seu desgraçado? – Ela
indaga.
Pamela está vestindo uma calça jeans preta e uma blusa
em malha com manga sino, segurando um pedaço de madeira
na mão direita, batendo diretamente na cabeça de Hugo
Rafael que desaba no chão, o carro ainda continua em
fogaréu e o corpo de bombeiros provavelmente poderá
aparecer a qualquer momento ou provavelmente não, aquele
lugar foi muito bem escolhido, por uma pessoa que
conhece cada detalhe da cidade, afastado do centro
comercial.
- Você não passa de um verme, seu miserável.
Ela cuspiu no rosto dele ensanguentado e sujo de areia,
erguendo a cabeça e observando céu enquanto ainda
continua com a estaca nas mãos, começa a cair pequenas
partículas de água em direção do seu corpo. Pamela não
teve pena, não daquele momento e muito menos daquele
desgraçado que abusou de sua inocência, este é o final
único de Hugo Rafael, ela o espancou até a morte, estava
surda de raiva quando escutava as suplicas daquele
facínora, só parou quando restava no chão apenas um
presunto, sem nenhuma serventia a raça humana.
- Não quis brincar com fogo?
Suas pernas estavam doendo, ela mal consegue andar
direito, mas não tem o direito de descansar, precisa
percorres as milhas adiante, pegar o carro daquele
miserável e simplesmente dirigir, sua carteira e o seu
aparelho celular estavam no porta-luvas do pálio, ela
arrumou suas madeixas enquanto observa pelo espelho do
retrovisor os outros veículos a ultrapassando. Pamela
precisa simplesmente dar um sumiço naquele automóvel,
caso contrário muitas pistas vão ser postas em
evidências. O Lar dos Demônios, este é o nome da sua
salvação, o antigo parque de diversões da sua família.
Ela apenas o estaciona, deixando dentro de um dos
brinquedos, o castelo dos horrores, ninguém desconfiaria
do seu truque.
Pamela caminha mecanicamente, suas botas permanecem
extremamente sujas de lamas, os mosquitos começam a
irritá-la, sobe algumas ladeiras, para finalmente chegar
a mansão. Toma um longo banho gelado, para tirar as
impregnações de seu corpo, mas sua mente continua
ocupada. O seu celular vibra diversas vezes, trata-se
das mensagens, Levi havia aberto os olhos, retornando a
vida, mas sem memória, mais cedo ou mais tarde chegaria
a este momento. Ela jogou as antigas vestes num lixo, a
picotando primeiramente e colocando junto com os
detritos domésticos, pedindo a um dos empregados para o
colocar imediatamente no lado externo.
Ela traja um vestido longo e escuro, acobertando grande
parte do corpo, o salto metalizado de dez centímetros
provoca ecos nos corredores vazio da casa. Pamela entra
em um dos carros, provavelmente todos da família estavam
presentes no hospital.
- Onde esteve o dia todo, Claudia? – Indaga Amália
Monteiro.
- Com a mamãe, o sinal lá em Vale Verde não é muito bom.
– Ela justifica.
Erros podem destruir uma pessoa ou ajudar a construir um
ser humano. Ela sentiu uma fincada no peito acompanhada
de uma culpa, era responsável por tamanha descarga de
desgraça nos últimos anos na vida daqueles indivíduos,
destruiu por primeiramente a irmã, ao entregar a uma
garota ingênua o cargo de ser a mais cobiçada, a matando
na igreja e posteriormente aniquilou os familiares, com
o sentimento de amargura do luto, enquanto ela luxava.
Levi não pode mais receber visitas, precisa descansar
agora. Pamela acaba por se oferecer a ficar no hospital
naquela madrugada com Tony, Barbara e Amália precisam
dormir, por pelo menos uma noite, repousarem de todas as
ocorrências agonizantes.
Tony e Pamela estavam a frente um do outro, tomando
ambos uma xícara de café expresso. Pamela permanece com
um esboço de felicidade estampado na face, este é o
semblante de Claudia Alencar, feliz pelas conquistas dos
Monteiros, enquanto Tony continua inquieto, com algumas
palavras na cabeça e pouca coragem de se expressar, mas
precisa de determinação.
- Esses dias estava caminhando pelo palacete dos
Monteiros, um lugar que acabou por se tonar a nossa
casa, algo estranho me moveu para dentro do seu quarto,
Claudia, aquele não parecia um ambiente seu e sim da
Pamela, inclusive o perfume impregnado no cômodo. Peço
desculpas primeiramente por ter invadido o seu universo,
mas existia muitas coisas girando e precisava encontrar
uma resposta. – Ele fica calado por alguns segundos,
prosseguindo. – Quem é você, afinal?
Pamela permanece inquieta com as esferas castanhas um
pouco marejando, mas não precisa revelar nada, ainda não
chegou o momento exato da verdade e provavelmente, nunca
chegará.
- Claudia.
- É este o seu nome? – Tony persiste.
- Para que essas perguntas?
- Só preciso de uma resposta, você chegou de uma maneira
abrupta, disse muitas palavras, contou uma história
digna de novela, mas incrivelmente falsa.
- Não preciso provar nada a ninguém.
- É mesmo?
- Obviamente.
- A morte da sua irmã continua sendo um enigma.
- Assim como o sumiço do Levi e a explosão, muitas
histórias seguidas em alinhamento, por atitudes,
certamente. Ás vezes a grandeza do Levi pode ter causado
a inveja de alguém, o topo não é nada para certas
pessoas.
Tony fez por se desentender da conversa, aquela mulher
não poderia saber a respeito dos negócios, este é um
segredo que deve ser preservado.
- Tony, não sei muito sobre a vida de vocês, mas
acredito que existe muito dinheiro envolvido, não devia
inquirir uma pessoa que chegou praticamente ontem e sim
as que conhecem durante esses anos. Não sou uma inimiga
e muito menos anseio em dominar o seu coração, mas a
única coisa que exijo a partir deste momento é apreço,
espero que pare com seus olhares maldosos e explanação
irônicas. |
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