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O gelo corre pelo copo entrando em contato com o uísque
escocês Chivas Regal, considerado o mel dos ricos, a
bebida havia sido envelhecida por vinte e um anos,
deixando o sabor ainda mais sofisticado. Levi faz uma
careta ao começa a dirigir a bebida alcoólica, talvez
não estivesse mais acostumado como antes. Tony o
repreende, segurando o recipiente de cristal antes da
próxima golada, com uma feição de preocupado estampada
na face.
- Quer se matar?
- Me deixe em paz, por pelo menos um minuto.
- Nunca.
- Sinto-me que nem um bebezinho de colo.
- Deveria pensar no seu filho antes de cometer qualquer
burrada.
- Ainda não estou cortando os meus pulsos.
Levi abandona aquela ideia insana, havia lido em um
site, que o álcool ajudava na concentração e na
recuperação, o fato aguçou a sua curiosidade, mas
ninguém de sua família iria de permitir a cometer este
deslize. Deve seguir todas as ordens recomendas dos
médicos e não a de um estranho da internet. Barbara se
aproxima, praticamente fuzilando o namorado com aqueles
olhares. Tony deixa o casal sozinho, retornando a ficar
próximo dos outros convidados.
- O que estava acontecendo? – Barbara questiona.
- Você também, querida?
- Sim.
- Só bateu uma curiosidade, apenas isso.
- Não devo ficar preocupada com nada?
- Apenas com o nosso filho. Ligou para a casa?
- A babá disse que ele está no sétimo sono.
A festa termina pontualmente às duas horas da manhã, o
DJ diminui a música gradualmente quando Alice Jones
desceu as escadas, literalmente devastada com a cena que
havia visto acima no segundo andar, os convidados
ficaram em choque, Tomaz havia traído a delegada com a
própria prima. Amália pega um copo de água e se aproxima
da mulher, que continua nervosa acomodada em uma das
cadeiras.
- Calma minha querida. – Disse a senhora.
- Eu não consigo acreditar que ele estava fazendo isto
comigo, embaixo do nosso próprio teto, Amália, é muita
humilhação e cinismo ainda pedir desculpas, como se
fosse tirar aquela imagem da minha cabeça. Nós
planejamos tantas coisas juntos, enquanto ele me
enganava deitado com aquela Claudia.
- Ainda não consigo imaginar que ela se submeteu a este
papel.
- Os dois são culpados, principalmente ele.
- Vá para casa, descanse a cabeça.
Alice se ergue na cadeira, enquanto segue em direção da
saída acompanhada por Tony Federline, que iria de
levá-la para casa, os convidados começam a se retirar
aos poucos, a maioria boquiabertos. Pamela havia saído
pela porta dos fundos, evitando qualquer tipo de contato
com os outros, é constrangedor estar naquela situação,
mas aquela era a prova que necessitava, Tomaz ainda
estava apaixonado, mas queria mais que um fogo nos
lençóis, precisa encará-lo como um amor.
Um novo dia nasce em Arraial D’ Ajuda e o assunto
comentando ao redor da cidade não poderia ser outro, a
festa dada pela elite e o verdadeiro escândalo
envolvendo Claudia Alencar e Tomaz Brayton, primos e
amantes. Tony tranca uma parte do escritório, enquanto o
sócio permanece no notebook, revisando alguns números no
monitor.
Tony senta na cadeira a frente da mesa.
- Existe um fato peculiar nesta história. – Levi fez uma
careta estranha.
- O quê?
- Quando adolescentes Pamela e Tomaz eram namorados e
agora...
- Ele se apaixonou pela irmã gêmea. – Tony afirma.
- É muita coincidência, não é?
- Sim.
- Precisamos descobrir a verdade sobre aquela explosão
na aeronave.
- Não é apenas a respeito disto, existe outra
contrapartida.
- Do que você está falando? – Pergunta Levi.
- De fato, quem morreu na basílica, Pamela ou Claudia?
- Não, minha irmã jamais me enganaria desta maneira. –
Levi nega com a cabeça.
- Levi. Precisamos prestar atenção em tudo.
- E vamos começar pela aonde?
- Pelo princípio, de onde nasceram essas crianças. –
Tony bate as mãos na mesa, causando um leve espanto no
amigo.
- E onde fica este começo?
- Vale-Verde, uma vez visitamos a Neide Alencar, ela
disse que esta filha dela já se encontrava morta, até
agora havíamos engolido toda aquela historinha de ninar
da Claudia, mas será que tudo isso é verdade?
Eles dois mal tiveram tempo de tomar um café da manhã,
seguiram direto para a garagem trajando uma roupa casual
e seguiram com o Maserati Levante que desloca facilmente
pelas alamedas do distrito, após alguns minutos de rush.
Tony olha para o relógio de ouro quando eles
estacionaram próximos a umas árvores na entrada do
vilarejo de grande valor histórico. Ao avistarem o
automóvel de quase um milhão de dólares, os moradores se
aproximam para saber do que se tratavam, eles
reconheciam aqueles dois homens simpáticos,
principalmente o proveniente da família Monteiro.
- Vocês sabem aonde posso encontrar a Dona Neide?
Ela estava num rio lavando roupas, informa um dos
moradores mais velhos. Os dois seguiram em direção de
uma aresta, caminhando sem a menor pressa, chegando ao
curso de água natural, Neide estava terminando de
enxaguar algumas peças, quando contempla o rosto
daqueles dois homens.
- Os senhores novamente? – Ela indaga.
- Viemos até aqui para perguntar a respeito da minha
irmã.
- Ainda estão insistindo neste assunto?
- Vamos continuar a procura da verdade. – Tony disse.
- A verdade está à frente dos olhos de vocês, não
conseguem acreditar?
- Do que a senhora está falando?
- Não posso fazer este sacrifício.
Dona Neide segura à bacia cheia de trajes femininos
imaculados e coloca em cima da cabeça. Um vulto preto é
visto através da mata próximo ao rio. Dois tiros são
deferidos na cabeça da mulher, o sangue começa a melar
toda a sua roupa, em poucos instantes, restava apenas um
cadáver jogado na água que fica vermelha, os olhos dela
fecharam gradualmente, soltando um pequeno gemido de
sofrimento.
Tony saiu correndo atrás do atirador misterioso. Todos
os planos deteriorados de forma restrita. Quando pensava
que havia de o alcançado, encontra apenas o fuzil jogado
no chão. Ele não tocou em nada, tratava-se de um
profissional. O cerco estava se fechando, mas não sabia
para qual lado. Escuta apenas o barulho do vento, que
agora causava agonia de uma maneira inebriante, um frio
no estomago, quando retornou para o local anterior,
encontrou Levi desmaiado no chão ao redor de uma pequena
multidão, as testemunhas. |
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