CENA 08. MANSÃO MAGALHÃES. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
JOANNE –
Fica tranquila. Eu vim a trabalho.
MARTA –
Trabalho de cortesã?
JOANNE –
Eu estou a serviço da lei e se continuar me insultando, Marta, serei
obrigada a lhe prender por desacato.
MARTA –
Por que não mandou vir outro policial?
JOANNE –
Porque há trabalhos que eu mesma devo fazer. É um assunto extrapolicial que
pode prejudicar o seu marido. Estou tentando ajudar.
MARTA –
Ajudar? Aposto que isso vai custar um preço muito caro.
JOANNE –
O
mundo não gira em torno do seu marido, Marta. Eu sei perder, mesmo quando a
outra parte joga sujo.
MARTA –
Tá querendo dizer o que com isso?
JOANNE –
Que eu tenho muito mais coisa pra fazer da vida do que ficar segurando
homem. E que vim aqui pra tentar ajudar a sua família.
Marta debocha.
JOANNE –
Por favor, chama o Kléber para mim.
MARTA –
Ele não está.
JOANNE –
Pior pra ele, pra vocês.
MARTA –
Isso foi uma ameaça, delegada?
JOANNE –
Foi um aviso do que pode vir, dá bomba que pode estourar no colo de vocês.
Mas eu já vou indo.
Joanne vai saindo, quando dá de cara com Kléber.
KLÉBER (surpreso) –
Joanne?
JOANNE –
Eu tenho um assunto muito importante a tratar com você. Tem um minuto pra
mim.
Close em Marta, irritada. Em Kléber, surpreso.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 09. MANSÃO MAGALHÃES. GABINETE. INT. DIA.
KLÉBER (chocado) –
O
que, Joanne?
JOANNE –
Falsas. As joias que a Tânia pegou naquele assalto eram falsas.
KLÉBER –
Então quer dizer que uma coleção que eu paguei milhões não valem nada?
Joanne retira da sua bolsa um envelope e entrega à Kléber.
JOANNE –
No caminho para cá eu tirei uma cópia do laudo da polícia técnica. Sugiro
que você leia com calma e chame seu advogado e o avaliador de joias da sua
joalheria e tenham uma conversa muito séria.
KLÉBER –
São anos vendendo peças exclusivas. Milhões e milhões, Joanne. E se esse
pessoal resolver me colocar na justiça?
JOANNE –
Na delegacia tudo corre sob segredo e assim vai continuar por um tempo. O
que sugiro agora é que você mova seus pauzinhos, converse com um advogado e
reveja tudo isso. A sua situação pode se complicar muito.
KLÉBER –
Eu posso ficar pobre.
JOANNE –
Eu preciso ir. Tem uma pessoa me esperando na delegacia.
Joanne vai saindo, quando Kléber a puxa pelo braço. Os dois ficam cara a
cara.
SONOPLASTIA: TE ESPERANDO
– LUAN SANTANA.
KLÉBER –
Eu tô com saudade.
JOANNE –
Enquanto essa sua situação não se resolver, eu não quero errar mais.
KLÉBER –
Mas a gente se ama, não é errado.
JOANNE –
Tem a Marta. Enquanto ela estiver entre nós dois, qualquer aproximação vai
ser errada.
Joanne se desvencilha e sai. Em Kléber.
MÚSICA CESSA.
CENA 10. MANSÃO MAGALHÃES. SALA DE ESTAR. INT. DIA.
Marta está sentada no sofá, tomando champanhe. Pouco depois, Joanne vem
vindo do gabinete, passa por ela e vai saindo.
MARTA –
Aceita uma tacinha, querida?
Joanne vira-se para Marta, dá um sorriso amarelo.
JOANNE –
Não, querida. Aproveita essa tacinha e se afoga no seu ressentimento. Beijos
de luz.
Joanne sai. Kléber aparece.
MARTA –
Dentro da minha casa e essa asinha aí me afrontando. Não sabe perder mesmo.
KLÉBER –
Ela está nos ajudando, Marta.
MARTA –
Eu sei o preço dela. Pode apostar que não é barato.
Marta toma todo o champanhe em uma única vez.
CENA 11. CASA DE DOS ANJOS. COZINHA. INT. DIA.
Yago (7 anos, moreno, uniforme escolar) está sentado a mesa almoçando. Dos
Anjos está lavando louça e assistindo tevê.
DOS ANJOS –
Demora não, Yago. Daqui a pouco a van passa e você ainda está aqui.
YAGO –
Vó, quando é que minha mãe vai voltar?
DOS ANJOS –
Eu já te disse, meu filho, sua mãe foi fazer uma entrega muito, muito longe
e não vai poder estar aqui por esses dias.
Yago olha para a tevê, que passa o velório de Tânia.
YAGO –
Olha, vó. Aquela na tevê não é a senhora?
Dos Anjos olha para a tevê e fica surpresa.
DOS ANJOS –
Malditos repórteres!
YAGO –
O
que a senhora tá fazendo na tevê?
DOS ANJOS –
Nada! Agora trata de escovar dente, pegar a mochila e ir pra calçada esperar
a van.
Yago se afasta. Dos Anjos senta, totalmente estarrecida.
CENA 12. BARRASHOPPING. FACHADA. EXT. DIA.
SONOPLASTIA: CORPO SENSUAL – PABLLO VITTAR FEAT. MATEUS CARRILHO.
Takes da fachada do local.
TAMIRES (V.O) –
Como eu tô, dona Consuelo?
MÚSICA CESSA.
CENA 13. BARASHOPPING. BOUTIQUE. INT. DIA.
Consuelo está sentada numa poltrona com uma taça de champanhe na mão,
olhando horrorizada para Tamires, que está com um vestido rosa-choque curto
e extremamente apertado.
CONSUELO (em choque) –
Mas o que é isso?
Tamires desfila e gira na frente de Consuelo.
TAMIRES –
É
um vestido tubete bafônico. A senhora curtiu?
CONSUELO –
Pode tratar de tirar isso agora. Você quer ser respeitada no meio da alta
roda ou quer ser confundida com uma dessas garotas da Vila Mimosa?
TAMIRES –
Então a senhora não curtiu, né?!
Consuelo se levanta e faz sinal para uma vendedora, que se aproxima.
VENDEDORA –
Pois não, dona Consuelo?
CONSUELO –
Leva a minha amiga lá dentro e escolha peças essenciais para uma jovem da
alta, ok? Terninhos, vestidos, saias, sapatos... Cores elegantes e cortes
nobres.
VENDEDORA –
Mas é claro. Deixa comigo. (a Tamires) Vamos, moça?
Tamires vai saindo com a vendedora. Consuelo dá uma golada no champanhe.
CONSUELO –
Essa menina vai me dar uma mão-de-obra danada.
CENA 14. MANSÃO DE ESTHER. QUARTO DE ESTHER. INT. DIA.
Sabine acaba de fazer um penteado em Esther, que se olha no espelho e sorri.
SABINE –
E
então, dona Esther, gostou?
ESTHER –
Eu amei, minha linda. Simplesmente perfeito.
SABINE –
Fico feliz.
ESTHER –
Você tem o dom com as madeixas.
Sabine começa a guardar seus objetos.
ESTHER –
Será que você teria um tempinho para um café comigo, querida?
SABINE –
Claro que sim.
As duas sorriem.
CENA 15. DELEGACIA. SALA DA DELEGADA. INT. DIA.
Joanne está sentada de frente para Edgar.
JOANNE –
Edgar Zampari, te chamei aqui para um assunto muito importante.
EDGAR –
Eu não sei quem matou aquela motoqueira.
JOANNE –
Eu não te fiz nenhuma pergunta ainda.
EDGAR –
Bom, eu não me lembro de ter cometido qualquer crime.
JOANNE –
Eu vou te explicar o motivo de estar aqui.
Joanne se levanta, fecha a porta e volta para seu lugar.
JOANNE –
Eu preciso que você me ajude na investigação do caso da Tânia.
EDGAR (surpreso) –
Eu? Mas nem policial eu sou.
JOANNE –
Preciso que você use as suas redes sociais. Você é o...como é que chamam
hoje? Ah, lembrei: você é o maior digital influencer que conheço.
Edgar sorri, se enche.
JOANNE –
Eu preciso que você descubra se um dos seus seguidores consegue desvendar
uma carta criptografada, que provavelmente foi escrita e deixada pelo
assassino.
EDGAR –
Carta criptografada?
JOANNE –
Exatamente. Mas eu iria te dando trechos da carta. Você faria tipo um quiz
ou algo do tipo. Mas ninguém pode saber do que se trata, compreendeu?
EDGAR –
Compreendi. Mas o que eu ganharia com isso?
JOANNE –
Reconhecimento da polícia por seu trabalho prestado.
EDGAR –
Não me leve a mal, delegada, mas reconhecimento não é muito a minha praia. A
não ser que esse reconhecimento venha em dólares ou seguidores, se é que me
entende.
JOANNE –
Bom, que pena, nós não trabalhamos com nenhuma dessas opções.
Edgar se levanta.
EDGAR –
Perdi foi meu tempo vindo até aqui. Passar bem, delegada.
Edgar vai saindo.
JOANNE –
Uma pena, pois esse reconhecimento seria numa grande emissora e com
jornalistas e celebridades. Seria o prêmio personalidade do ano.
Edgar para e vira-se para Joanne.
SONOPLASTIA: SOLTA A BATIDA – LUDMILLA.
EDGAR –
Prêmio personalidade do ano? Com artistas?
JOANNE –
É. Mas agora tenho que encontrar outra pessoa.
EDGAR –
Não. Calma aí. Acho que posso te ajudar. Não vai me custar nada.
Edgar se senta e Joanne continua falando.
MÚSICA CESSA.
CENA 16. STOCK SHOTS. EXT. NOITE.
SONOPLASTIA: PRA MINHA MINA – BOM GOSTO.
Tomadas de bairros suburbanos do Rio de Janeiro. Trens cortando a cidade.
Ônibus lotados parando nos pontos. Camelôs e mototáxis circulando.
Close numa placa na Avenida Brasil com o letreiro: PRAZERES.
MÚSICA CESSA.
CENA 17. CASA DE DOS ANJOS. EXT. NOITE.
Bastião (60 anos, branco, rosto bastante enrugado, magro, roupas simples)
vem da rua e entra.
CENA 18. CASA DE DOS ANJOS. QUARTINHO DE SANTO. INT. NOITE.
Uma mulher está de pé com os braços abertos, enquanto Dos Anjos a reza com
um rosário de prata bem em frente a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
DOS ANJOS (rezando/ tom mais baixo) -
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A
vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e
chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois advogada nossa, esses vossos
olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos mostrai
Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre
Virgem Maria.
Nesse instante, Bastião aparece na porta e olha fixamente para Dos Anjos,
que não o nota.
SONOPLASTIA: SUSPENSE.
O rosário arrebenta e cai no chão. Dos Anjos se assusta, olha para a porta e
vê Bastião, que sorri.
CORTA RÁPIDO PARA:
CENA 19. CASA DE DOS ANJOS. COZINHA. INT. NOITE.
CAM abre numa caneca sendo depositada na mesa.
Panorâmica do ambiente. Bastião sentado, dá uma golada no líquido da caneca.
Dos Anjos o observa séria.
BASTIÃO –
Bom esse seu café, hein, nega.
DOS ANJOS –
Fala logo o que tu veio fazer aqui. Sabe que tá proibido de vir aqui.
BASTIÃO –
Não gostou de me ver, nega?
DOS ANJOS –
Fala logo, Bastião. Daqui a pouco Sabine e Yago tão aí. Diz o que veio fazer
aqui.
BASTIÃO –
Vou ser breve: tô precisando de dinheiro.
Dos Anjos se surpreende.
DOS ANJOS –
Mais? Eu te dei o combinado na semana passada.
BASTIÃO –
Acontece que acabou, nega. Aquela mixaria mal dá pra comprar o básico e
pagar luz e aluguel.
DOS ANJOS –
Eu não deveria era te dar nada. Deixar você morrer na miséria. Mendigar na
sarjeta. Isso sim que eu deveria fazer.
Bastião se levanta, se aproxima de Dos Anjos, que fica amedrontada. Os dois
ficam cara a cara.
BASTIÃO –
Experimenta fazer isso, nega. Eu abro essa minha boca maldita e conto toda a
sujeira que tem debaixo desse teto. Aí vamos ver quem vai mendigar na
sarjeta.
DOS ANJOS –
Nós temos um combinado.
Bastião se afasta, mais calmo.
BASTIÃO –
Só que eu não tenho nada a perder, ao contrário de você. Vai me dar a grana
ou eu vou ter que esperar a sua família linda chegar?
Dos Anjos põe a mão sobre o rosto, pensa por um instante.
DOS ANJOS –
Se for pra te ver o mais longe de mim e da minha família, eu aceito. Fica
aqui que vou lá dentro pegar o dinheiro.
Dos Anjos se afasta. Bastião sorri e se serve de mais café.
CENA 20. DELEGACIA. SALA DA DELEGADA. INT. NOITE.
Joanne está sentada, mexendo no celular. Élio entra.
ÉLIO –
Posso falar um pouco com você?
JOANNE –
Mas é claro. Senta aí.
Élio fecha a porta e se senta de frente para Joanne.
JOANNE –
E então, Élio?
ÉLIO –
Quero falar sobre a nossa noite.
Joanne fica visivelmente constrangida.
ÉLIO –
Eu sei que tem alguém na sua, sei que é um laço forte e tal. Sei que a
bebida e carência foram o que te fizeram ir para a cama comigo. Mas eu
queria te dizer algumas coisas. Mesmo que não valha de nada, mesmo que você
me ache um chato.
JOANNE –
É impressionante como você me conhece, Élio. Eu acho que me precipitei
aquele dia e.../
ÉLIO (por cima) –
Há muito tempo que eu gosto de você.
SONOPLASTIA: AMOR MAIOR – JOTA QUEST
ÉLIO –
E você pode não me curtir, não querer nada comigo. Mas saiba que tudo que eu
queria era estar com você. Nos bons e nos momentos difíceis.
Élio se levanta, se aproxima de Joanne e lhe dá um beijo. Em seguida, sai da
sala.
JOANNE (surpresa) –
Meu Deus, o que foi isso?
MÚSICA CESSA.
CENA 21. CASA DE DOS ANJOS. SALA. INT. NOITE.
Bastião está de pé, de frente para Dos Anjos.
DOS ANJOS –
Espero, de verdade, que você não volte aqui nunca mais. Eu te procuro pra
cumprir nosso acordo, como tenho feito religiosamente todos esses anos.
BASTIÃO –
Não sei como o povo acredita nessa sua reza.
DOS ANJOS –
Porque é verdadeira.
BASTIÃO –
Tu tem alma podre, nega. Agora passa a grana pra cá, anda.
Quando Dos Anjos está entregando um maço de dinheiro para Bastião, Yago
chega e vê.
YAGO –
Vó? Que isso?
Yago olha para Bastião.
YAGO –
Quem é você?
Na agonia de Dos Anjos.
CENA 22. APARTAMENTO DE EDGAR. QUARTO. INT. NOITE.
Ayres e Edgar estão deitados assistindo filme e comendo pipoca.
AYRES –
Aquela live sobre as palavras criptografadas ficou ótima, hein, Edgar. Você
ainda vai dar recompensa pra quem conseguir desvendar as três partes.
EDGAR –
É lógico, querida. Tudo para dar um up na minha popularidade. Daqui a pouco
eu desbanco Hugo Gloss. Quer apostar?
Nesse instante o celular de Edgar toca. Ele atende.
EDGAR (cel.) –
Alô. Quem é?
VOZ MISTERIOSA (V.O) –
Edgar Zampari?
EDGAR (cel.) –
O próprio. Quem é?
VOZ MISTERIOSA (V.O) –
Aqui é uma pessoa que te conhece muito bem, sabe de todos os seus passos. Eu
só quero te dar um recado.
EDGAR (cel.) –
Então diga, pessoa.
VOZ MISTERIOSA (V.O) –
Eu decifrei os seus enigmas. E acho bom você parar com o desafio. Ou algo de
muito ruim vai te acontecer.
EDGAR (cel.) –
Tipo o que?
VOZ MISTERIOSA (V.O) –
A morte. Eu tô agora na porta do seu apartamento. Ouve só.
A campainha toca. Edgar se assusta e deixa o celular cair no chão.
No desespero de Edgar.
CENA 23. DELEGACIA. SALA DA DELEGADA. INT. NOITE.
Joanne está guardando alguns pertences em sua bolsa, quando Daiana entra
apressada com uma pequena caixa de som em mãos.
DAIANA (aterrorizada) –
Doutora, por favor, ouve isso.
JOANNE –
Mas o que foi? Como conseguiu entrar aqui?
DAIANA –
A delegacia tá quase vazia, não foi difícil.
Daiana fica inquieta, treme muito.
JOANNE –
Mas o que foi? Por que está assim, Daiana?
Daiana entrega a caixa de som para Joanne.
DAIANA –
Ouça. Ouça e tire suas conclusões.
Joanne põe dá play e ouve o barulho alto de um tiro. Joanne fica sem
entender.
Rapidamente chegam vários policiais a sala dela, entre eles, Élio.
ÉLIO –
Vocês ouviram? Parecia ser daqui.
JOANNE –
Tá tudo bem. Foi a caixa de som. Podem sair.
Os policiais saem, mas Élio permanece.
JOANNE –
Não entendi, Daiana.
DAIANA –
Essa caixa de som tava num teto falso do restaurante. Eu estive lá agorinha
recolhendo meus pertences e lembrei que havia deixado uma bolsa nesse teto.
Quando abri, achei essa caixinha e só tem gravado esse som de tiro.
JOANNE –
Então você tá querendo dizer que.../
DAIANA –
Que o Teodoro não se suicidou com parecia. Alguém o matou e fez parecer um
suicídio.
JOANNE –
Mas quem?
DAIANA –
O Teodoro sabia de muitos segredos do passado da Tânia. E ele andou
chantageando uma pessoa que tinha algo nesse passado.
JOANNE –
Que passado? Que pessoa?
DAIANA –
Eu não sei o nome. Não sei que história é essa.
ÉLIO –
Então voltamos à estaca zero.
DAIANA –
Não. Eu cheguei a ir uma vez com o Teodoro lá. Não saí do carro, mas eu
lembro perfeitamente onde fica.
JOANNE –
Então vamos para lá agora.
Joanne, Élio e Daiana saem apressados.
CENA 24. DELEGACIA. PÁTIO. EXT. NOITE.
Local escuro. Joanne, Élio e Daiana vão andando por ali em direção a uma
viatura da polícia.
JOANNE –
Você sabe pelo menos o nome do bairro, Daiana?
DAIANA –
Prazeres. Na Zona Norte.
Eles continuam andando, quando uma moto se aproxima, põe farol alto no rosto
deles. O motociclista, sem ser identificado, saca uma arma e rapidamente
atira em Daiana, que cai. |
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