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CAPÍTULO 62 - EU SOU PAMELA MONTEIRO... |
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Lotus - Christina Aguilera Pamela prossegue completamente abalada desde os últimos fatídicos acontecimentos que estava ocorrendo contra vossa pessoa, continua tremendo de espanto, consumida pela culpa devastadora de ter traído o próprio irmão. Os dois estavam abraçados e aquele demônio havia fugido com um buraco de bala encravado no estomago, poderia morrer e levar o mandante direto para o inferno. Eles seguem juntos em direção do carro estacionado na frente do cemitério, Levi abre a porta para que Pamela pudesse adentrar no veículo, ela não disse nenhuma palavra durantes os próximos minutos, estava em um estado profundo de choque e não respondia aos chamados do irmão, que segurava as suas mãos a todo instante e também ao volante, existe algo benevolente no coração de Levi em acreditar no ser humano, acreditar em que todo mundo merece o perdão apesar das inexatidões. Ao retornar para a morada e contemplar o rosto de Barbara Novak na cama, Levi constatou que havia um motivo maior para suceder a viver, memora todos os momentos alegres e até mesmos nos tristes ao lado da cronista, era um ensinamento de almas, um completando o outro, é com ela que deve se alinhar para o resto da estória. Naquela manhã o empresário despertou primeiro para preparar um café da manhã digno de uma rainha para a amada, colocando em cima de uma travessa de prata um bolo de chocolate, croissants de doce de leite, pães de cocos e uma jarra de cristal com suco de maracujá, acompanhado de dois copos. Levi trespassa pela porta e coloca a bandeja apoiada com os pezinhos dobráveis no lado direito da dama, que rapidamente desperta com os leves ruídos, seus lábios estavam amargos, mas ele não ligou para isso e a encantou com um intenso beijo de bom dia. - Posso saber o que estamos comemorando? – Barbara pergunta. - As nossas lembranças e a nós dois. - Você recordou tudo? - Na verdade o seu amor me curou. As bochechas de Barbara ficam meio rosada com a declaração do noivo. - Eu prometi que ia te fazer pelo resto da minha existência. – Levi começa a tamborilar com os dedos meio envergonhado. – Você me deu a coisa mais preciosa que tenho, o nosso pequeno David, que aos poucos está começando a falar e engatinhar, futuramente podemos ter mais outros? Uma menina talvez, você sempre quis uma garotinha que se parecesse contigo, uma loira de olhos azuis que nem a mãe, podemos seguir juntos a uma viagem sem volta e esquecer todos esses anos plantados aqui em Arraial D’ Ajuda, vivemos os nossos piores momentos aqui, vamos construir a nossa felicidade em outro lugar, puro de tristezas, eu posso repetir aquela frase clichê agora ou no nosso final feliz? Barbara esboça um sorriso tímido no canto dos lábios. - E este não é o nosso final feliz? – Ela pergunta. - Eu te amo para toda a eternidade. Para todo o sempre. “Eu sou Pamela Monteiro.” – Disse a mulher olhando para a câmera da TV local, Pamela não queria continuar com aquele peso na consciência, havia se entregado a polícia, presa e assumido todos os seus crimes. É uma ladra, uma assassina, manipuladora e calculista, sua alma merece vagar por toda eternidade, para pagar cada um dos erros cometidos em vida, não merece a felicidade e muito menos se entregar ao bondoso coração de Tomaz Brayton, ele merece coisa melhor. Levi acaba por imaginar na pessoa que perseguia Pamela, um tiro não fora o suficiente para capturá-lo, um homem ou uma mulher? As dúvidas estavam às claras. Podia ser qualquer um. Mas agora estava cada vez mais fácil de chegar à isca, o indivíduo tinha ferimento de bala. Tratou de ligar para os hospitais e os postos de saúdes em torno do distrito, mas nenhum indivíduo chegou com as características parecidas. As informações do noticiário, alteram-se rapidamente, a repórter com o microfone nas mãos começa a falar de quatro caminhões apreendidos na fronteira com o estado da Bahia com diversos produtos falsificados e sem nota fiscal, milhares de dólares jogados ao vento, mas este é o risco quando se participa deste negócio. Sempre existe um jogo, o do bem e o do mal. Levi desliga o aparelho com uma raiva estampada no rosto. Pamela se negou de conversar com qualquer pessoa, a polícia local resolveu por exumar o corpo da irmã, para enterrá-lo em Vale Verde, ao lado da sepultura da matriarca. Tomaz entra na sala e pousa dois copos de café acima da mesa, observando a mulher com o macacão laranja de presidiário e com a face inchada. - Vai continuar a permanecer em silêncio? – Tomaz indaga. - Não, não quero que ninguém me ajude. - Você podia muito bem ter fugido, Pamela. - Fugir para quê? Pamela não era uma princesa, nunca esperou um príncipe para salvá-la, é uma rainha independente e com sangue nas mãos. - As pessoas dessa cidade devem estar arrastando o meu nome para lama, se é que isso é possível. – Ela esboça um sorriso debochado. - Não entendo como ainda consegue dar risada de tudo. - É melhor sorrir do que chorar. - Isso é verdade. - O que está fazendo aqui ainda, Tomaz? - Sou o seu amigo, Pamela. - É verdade, mas não quero receber mais as suas visitas. – Pamela engole as palavras a seco e continua. – Não quero que me espere e construa fantasias ao meu lado, isso não vai se concretizar, podem chamar os melhores advogados do país, mas não vou mover um dedo para ser solta, entendeu? Eu mereço isso, mereço o pior de tudo. - Eu te amo. - Estou morta, querido. O Fagner vai conseguir uma maneira de me matar, você vai ver. Tomaz se levanta da cadeira, não precisa se entregar ao passado novamente, precisa reestruturar sua vida, longe daquela mulher, que usou dos seus sentimentos, algumas lagrimas descem de seus olhos, antes de abrir a porta para que a matriarca da família Monteiro pudesse adentrar, Amália limpa o rosto com lenços umedecidos, ela se acomoda na cadeira, enquanto Pamela toma o café, a temperatura da sala estava baixa, devido ao ar-condicionado. - Não me pergunta os motivos, por favor. Pamela observa a parede listrada, não tinha coragem de olhar a face da mãe, estava envergonhada. - Minha princesa. Amália segura as mãos da filha. - Sabe como odeio ser chamada assim. – Ela disse em um teor seco. - Mas para mim, você sempre será a minha princesinha, lembro do dia que te segurei no colo pela primeira vez, tudo o que aconteceu, foi tão magico, como se tivéssemos vivendo um conto de fadas. - Mas nem todo conto de fadas tem um final feliz. - Ainda mais sendo a vida real. o horário de visitas havia acabado, Amália é advertida pelos guardas quando abraçava a filha e lamuriava, sabia que Pamela ia cumprir uma pena de morte, a pessoa que estava a perseguindo, certamente ia mexer os pauzinhos para terminar o que tinha começado. UM MÊS DEPOIS. A van preta dobrou a esquina, passou pelo o cerco de policiais e estaciona metros da porta lateral do tribunal. O carro de Levi Monteiro parou logo atrás e os familiares saltaram. Cinco policiais inspecionavam a área. Minutos depois, a ré Pamela Monteiro, apareceu, com as mãos algemadas, seus pés tocaram no chão, estava absolutamente encurralada por oficiais militares. - Sua cadela. – Disse baixinho ao avistar uma mulher acima da laje com um fuzil na mão. Cada policial escutou um barulho distinto. Os joelhos de Pamela cederam. A multidão ouvia muito bem tudo o que acontecia. A dama caiu no chão, à poça de sangue repugnante aquecia sua alma. O rosto dela, já estava totalmente branco. Já tinha dois novos buracos e dessa vez na cabeça e uma das balas perfurara a van. Levi pisca os olhos, todos ao redor permanecem completamente chocados com o acontecimento, Pamela Monteiro está morta. |
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Inspirada na
música Perfume de Britney Spears autor: Luiz Gustavo
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Perfume - Capítulo 62
Novela de Luiz Gustavo
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