|
MARCELO
DELPKIN:
Olá, leitores! Aqui é
Marcelo Delpkin. Vou contar um pouco da minha rotina em meio aos dois programas
que apresento na Cyber TV. O Cyber Backstage e o Observatório da
Escrita são programas que existem desde o início da Cyber TV, quando ainda
era Cyber Séries, mas foram apresentados inicialmente como pequenos esquetes sem
dia certo. Depois o Cyber Show estreou em setembro do ano passado e, logo
depois, o Well Vianna me chamou para reinaugurar o Cyber Backstage aos sábados
de manhã. E ele voltou em 13 de outubro de 2018. Em seguida veio o convite para
o dominical Observatório da Escrita, que recomeçou em 11 de novembro. Desde o
começou, fiquei bem livre para elaborar e postar os quadros do programa.
Hoje exibido aos
domingos, o Backstage consiste de vários quadros. Os principais são o
Entrevista, o Bastidores, o Lançamentos, o Propaganda e
o ClassifiCyber. No Entrevista, o convidado é escolhido na
segunda-feira e contatado na terça. Após uma rápida pesquisa, elaboro as
perguntas e envio para ele ou ela na terça mesmo, por e-mail ou pelo zap. Até
sexta recebo as respostas e copio para a edição do próximo programa. Então
escrevo o ClassifiCyber, que é uma espécie de classificados na qual
indico sites, livros, revistas, emissoras virtuais, canais do YouTube e tudo
mais que me der na telha (rsrs). Recentemente foi divulgada ali a programação do
canal DNA, por exemplo.
Se tiver novela ou
série para estrear na semana seguinte, aí entra em ação o Lançamentos, no
qual apresento a trama e uma pequena sinopse, geralmente a do próprio autor, da
história nova. Teve uma edição na qual apresentei oito. Uma loucura! Foi na
semana das reprises da Cyber e das estreias da DNA, além da novela do Anderson
Silva. O quadro Propaganda tem a mesma função, mas todas as histórias e
programas podem entrar. Nele só ponho as artes gráficas que o Well faz tão bem.
No Bastidores, que é o carro-chefe do programa, seguem as fofocas da
semana. Todos estes são feitos no sábado. No domingo, faço a revisão e agendo a
postagem para as 19h.
Já o
Observatório, que vai ao ar logo antes do Backstage, é formado de quatro quadros
principais: Pérolas, Nossa Língua, Diário de
Leitura e Resenha. Na quarta, faço a pesquisa do tema do Nossa
Língua, o de dicas de ortografia, pontuação e gramática. No próximo programa
os vícios de linguagem ganham destaque. O quadro é escrito na quinta, junto com
o Pérolas e com o Diário de Leitura. No primeiro, deixo frases
engraçadas ou absurdas escritas em provas de redação de vestibulares e
concursos; no outro, comento sobre minhas leituras. No sábado leio o capítulo da
obra a ganhar resenha. Embora apareça no logotipo, odeio a palavra crítica.
Mesmo que “positiva”, dá a impressão de que sou um Monteiro Lobato a descer a
lenha na obra da Anita Malfatti – no caso, outros escritores. E sou tão ou mais
iniciante do que os autores das obras. Prefiro chamar então de resenha ou
feedback. Fica mais harmônico com o que quero passar no Observatório, que
é comentar, dar dicas, trocar figurinhas.
Lembro até hoje
de uma “resenha” que li sobre uma novela de uma emissora que não lembro agora.
Foi pouco antes de escrever O Leão. Fiquei de cara com a maneira com que
destruíram a obra.
Por mais que o
autor seja iniciante, um texto sempre tem pontos positivos. Não tinha elementos
que pudessem ajudar o autor a melhorar seu texto, nada. Enfim, quando a Débora
Costa me chamou pra resenhar no Cyber Show e o Well fez o mesmo para o
Observatório, pensei: “não quero fazer daquele jeito que li no outro site; estou
aqui pra ajudar e não pra pisar”. Voltando ao que interessa, escrevo a resenha
entre sábado e domingo, antes de agendar no sistema da Cyber.
Entre segunda e
quinta, com os programas já encaminhados e enquanto planejo os da semana
seguinte, me dedico à novela Escândalo. Bem, é isso. Espero que tenham
gostado. Um abração pra todos vocês!
|
|
|
RITINHA:
Menina, voltei pra contar os últimos babados do MV. Desce a rolagem e veja as
fofocas...
Menina, a WebTV se empolgou mesmo no segmento
de antologia. Tudo começou em outubro com a estreia da "Antologia Contos
Contemporâneos da Violência Urbana". Já na última semana, a rede chocou ao
anunciar a Antologia "A Magia do Natal" como parte do especial "Fim
de Ano WebTV". Os trabalhos internos da antologia começaram no mês
passado.
Serão ao todo 5 histórias: O Natal do
pequeno David (de Luiz Gustavo), A Maior Riqueza (de Diva Olsen e Gabo
Olsen), Gatinho
de Natal (de Douglas Barres), O Bom Velhinho (de Cesar L. Theis) e Paz (de JF
Martignoni). Os
contos serão apresentados de segunda a sexta, com início no dia 23 e término
em 27 de dezembro.
FIM DE ANO NA WEBTV II
O jornalismo da emissora está trabalhando a todo vapor no Retrospectiva
Mundo Virtual 2019. O especial vai falar sobre os grandes destaques
do ano, vai contar com depoimentos fofos dos artistas e as emissoras vão
ter espaço para relembrar o que marcou durante o ano.
FIM DE ANO NA WEBTV III
Para fechaaaar o pacotão de especiais, a rede vai exibir o tradicional Show
da Virada que reúne os artistas do MV para elegerem a música que
representou o ano de 2019.
COMIC CON VIRTUAL 2019/2020 É ADIADA
Geeente, a Comic Con Virtual 2019/2020, organizada pelo Megapro e
programada para ir ao ar entre os dias 18 e 20 de dezembro foi adiada.
Até o momento a emissora não soltou nenhum comunicado. O
que será que aconteceeeu, menina? Veja como seria o cronograma do evento
divulgado no Blog da Zih:
A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
Vocês virammm? O conto A Sombra do Medo, da Antologia Contos
Contemporâneos da Violência Urbana marcooou a estreia do boss Gabo Olsen
no segmento literário. Menina, eu fiquei sabendo que ele já teve
experiências com o gênero por volta de 2009 e 2010, mas o projeto ficou
arquivado no notebook dele. Ele gostou tanto do resultado que convidou
sua mãe para participar da Antologia A Magia do Natal. A parceria
foi repetida, mãe e filho já trabalharam juntos em 2004 na novela Maria
Cristina, que inclusive já teve sua versão literária, porém nunca foi ao
ar.
A webtvplay, sob o comando da loira Cristina Ravela, estreou no dia 13
de dezembro a 2ª temporada da série baphonica: Maniac de Maureen
Prescott. O cinema também entrou no catálogo da plataforma com o filme Maniac:
Last Christmas. O longa vai mostrar Priscilla Chapman e suas amigas
indo fazer as últimas compras de natal, maaaas uma tempestade de neve
bloqueia todas as saídas e o problema maior vem depois: as meninas
descobrem que um assassino vestido de papai noel veio fazer
companhia, transformando o cenário em uma mistura louca de jingle bells
e muito sangue. Arrasouuuu. O filme estava programado para estrear no
dia 21 de dezembro, porém foi adiado para o domingão. Filme, pipoca e
coca gelada. #Jáquero.
SEM DRAMATURGIA
Rajax, a emissora de Kax Silva não vai contemplar dramaturgia. É
isso mesmo que você leu, menina. A estreia está prevista para janeiro,
logo aí. Paulinho Perigoso, Vinicius Apolo, Renata Landeros são uma das
atrações garantidas. Sucesso, Kax.
A emissora DNA (Dramaturgia Novos Autores) anunciou o
encerramento das atividades. O motivo alegado pelos diretores foi a
falta de apoio por parte dos autores e desta maneira a direção estava
sobrecarregada. O evento DNA Awards seria a última atração a ser
exibida, mas hoje a história teve uma reviravolta.
O DNA lançou um novo site e o anúncio que o DNA não existe mais, agora
eles são a DNA TV a nova emissora do Mundo Virtual. Meninaaa, eu to
passada com a jogada de marketing.
PREMIAÇÕES NO MV
As
emissoras estão se movimentado com as premiações do Mundo Virtual. O
DNA Awards está com as inscrições abertas desde o dia 13 de novembro
e segue até o dia 10 de janeiro de 2020. No último dia 17, o Megapro
liberou as inscrições da segunda edição do Mega Awards. A votação
vai até o dia 06 de janeiro de 2020. No mesmo dia chegou ao fim as
votações do Troféu Imprensa 2019. Já no dia 23 de dezembro vão
começar as votações do Cyber Awards, a lista de indicados foi
liberada no último sábado dia 21. Outra premiação que vai movimentar é o
Infinity Awards. A inscrição está aberta e vai até o dia 02 de
fevereiro de 2019.
BEEEEM CONFUSO
Menina, o Prêmio Gêneros 2019, foi organizado por Felipa
Lima. Algumas atrações estavam em categorias com gêneros errados, como
Anti-Herói e NØ Magic em aventura, isso mesmo menina, aveeentura.
Flashback estava em suspense.
Confira o resultado:
Os
melhores de 2019 pelo Prêmio Gêneros
NOVELA DO ANO - "Debaixo dos Panos" (MEGAPRO) por RENNAN LOPES
SÉRIE DO ANO - "Vidas Idênticas" (MEGAPRO) por EVERTON BRANDÃO
AUTOR DO ANO - "Marcelo Delpkin" (Cyber TV)
PERSONAGEM DO ANO - "Laerte" de "Vidas Idênticas" (MEGAPRO) por
EVERTON BRANDÃO
REVELAÇÃO DO ANO - "May Margret" (MEGAPRO)
MELHOR DRAMA - "Excelsior" (Cyber TV) por DÉBORA COSTA
MELHOR SUSPENSE - "Flashback" (Cyber TV) por MARCELO DELPKIN
MELHOR COMÉDIA - "Debaixo dos Panos" (MEGAPRO) por RENNAN LOPES
MELHOR AVENTURA - "No Magic!" (Cyber TV) por MELQUI RODRIGUES
MELHOR ROTEIRO - "Família 21" (MEGAPRO) por VINÍCIUS GUIMARÃES
MELHOR LITERÁRIO - "Entre Nós" (MEGAPRO) por MAY MARGRET
MELHOR MINISSÉRIE OU ANTOLOGIA - "Amarga Sedução" (MEGAPRO) por
JOÃO SANE
ENTRETENIMENTO DO ANO - "Raça 2" (MEGAPRO) por EVERTON
BRANDÃO/VITOR ABOU
JORNALISMO DO ANO - "Blog da Zih" por CRISTINA RAVELA
HIT DO ANO - "Nós & Ela" (MEGAPRO) por WAGNER JALES
RITINHA: Menina, por hoje é só. Beijuuuuuus.
|
|
|
Desde o início da adolescência
ele se interessava pela escrita, por contar histórias, e foi assim que
Francisco Siqueira narrou pequenas enquetes para alguns colegas e depois
teve coragem de colocar no papel. Sua irmã ajudou bastante neste patamar.
A partir de então, Francisco passou a ler várias histórias, buscando
encontrar um estilo para sua escrita. Em 2016 descobriu o “Séries de Web”,
onde publicou a trama “Depois de tudo” em 12 episódios, e que, segundo o
Domingos Santiago, administrador do site, foi a trama mais acessada daquele
ano.
No ano seguinte teve a oportunidade de publicar duas séries e dois contos no
“Cyber Séries”, que concorreram ao Troféu Mundo Virtual. Hoje ele é
conhecido como autor da série de sucesso "Eu, Kadu" e conquistou vários
leitores. Francisco Siqueira, seja bem-vindo ao Diário do Autor.
FRANCISCO SIQUEIRA: Obrigado, Gabo, pelo convite e pela oportunidade
de poder estar aqui, conversando um pouco com você e com os leitores do
“Diário do Autor.
GABO: Francisco, na adolescência você descobriu o interesse pela
leitura. Foi nessa fase que você narrou algumas histórias para seus colegas.
Como surgiam essas histórias e qual era a reação do público?
FRANCISCO SIQUEIRA: Não sei bem dizer como surgiam. Elas estavam lá.
Na minha mente. Dia e noite. Ideias soltas, algumas com começo, meio e fim,
mas que logo criavam lacunas ao serem depositadas na folha de papel.
Lembro-me que enquanto trabalhava (meu primeiro emprego “amador” com uns
13,14 anos) elas, as histórias, dialogavam na minha cabeça e eu me peguei
muitas das vezes falando “sozinho”.
Em relação ao público, apenas alguns colegas da minha irmã, no colégio,
tiveram acesso a algumas histórias. Um tanto rocambolescas, diga-se de
passagem. “Pobre na chuva” foi a que teve maior audiência rsrsrs.
GABO: A teoria e a prática. Você leu diversos livros para encontrar
um estilo de escrita. Qual foi o livro que você mais se identificou? E o que
você aprendeu durante essa temporada de leitura?
FRANCISCO SIQUEIRA: Três livros pontuais me fizeram, de fato,
encontrar um estilo de escrita com o qual me sentisse confortável e, claro,
me sentisse verdadeiro como autor: “O ladrão do tempo”, de John Boyne”,
“...E o vento levou”, de Margareth Mitchell e “Cem anos de Solidão”, do meu
autor preferido, Gabriel Garcia Márquez.
Sobre a lição que tomei ao ter acesso a esses gênios é a de que sou um grão
de areia dentro do imenso universo da literatura e que, sempre e sempre,
buscarei a excelência.
GABO: O seu primeiro contato com o Mundo Virtual foi através do site
"Séries de Web". Como você conheceu o site?
FRANCISCO SIQUEIRA: Pesquisando na internet. Estava buscando um local
para exibir uma história, pois já havia lido que existiam esses sites, ou
plataformas, que permitiam, davam oportunidades a autores, independente da
carga de conhecimento que traziam.
GABO: A obra "Depois de tudo" marcou a sua estreia no MV. Você
encontrou alguma dificuldade na sua estreia?
FRANCISCO SIQUEIRA: A de querer agradar... rsrsrs
Fiquei tenso e confuso (não que ainda não fique) e foquei todas as energias
no objetivo de querer tornar meu texto palatável, sem considerar o quão real
e convincente eu poderia estar sendo.
GABO: A prática é um trabalho importante para o autor. Fazendo uma
comparação da sua estreia com as tramas atuais, como você avalia sua
evolução?
FRANCISCO SIQUEIRA: Sem modéstia, uma curva ascendente. Até porque me
esforço para isso.
Como já disse agora a pouco: busco a excelência.
Sei que estou galgando por essa estrada (da literatura) e que um bom pedaço
de chão ainda me aguarda, contudo, acredito, venho aprendendo a aceitar e a
dispensar, sem grandes sofrimentos, o que é necessário para minhas
histórias.
GABO: Entre as obras publicadas, qual é a sua preferida? Você tem
planos em transformar a história em livro?
FRANCISCO SIQUEIRA: Todas as tramas publicadas no MV, espero, que se
tornem um livro físico. E pretendo batalhar por isso. Quanto “a uma
preferida”, posso afirmar que não há. Todas as 4 tem suas origens e
motivações para estarem onde estão, além das próprias singularidades.
GABO: A série Eu, Kadu relata a história de um adolescente de 17 anos
que guarda para si a homossexualidade por medo do preconceito. A trama foi
exibida na Cyber TV, além da plataforma Wattpad. Como surgiu essa história
que muitos jovens se identificaram com o garoto Kadu?
FRANCISCO SIQUEIRA: Pela necessidade de ir na contramão da “moda” de
que ser gay em pleno século XXI é super fácil. Sem dramas. Sem “noias”.
Portas abertas...
Só que não!
Mesmo com todo (suposto) avanço moral da sociedade em relação à
homossexualidade, em particular aos adolescentes homossexuais, existem
muitos jovens que ainda temem sair de seus armários por diversos motivos,
sendo os principais a aceitação familiar e a coragem para enfrentar o
estigma que esta orientação, infelizmente, ainda carrega.
Conversei com vários e é triste constatar o quão covarde a nossa sociedade
consegue ser para com essas pessoas que estão entrando na fase adulta, já
confusas e temerosas pelo que as aguarda em relação ao seu lugar no mundo.
GABO: A história alcançou diversos leitores através da Cyber TV e
Wattpad. Alguns jovens se identificaram com a trama e entraram em contato
contigo para falar o quanto a série foi importante em suas vidas. Através
desse feedback, como foi o feedback dos leitores da série?
FRANCISCO SIQUEIRA: Decerto, gratificante. Que autor não se sente
lisonjeado quando sua obra, suas palavras conseguem ultrapassar o limite,
ainda que tênue, que separa o leitor do texto à sua frente? E no caso de
“Eu, Kadu”, a empatia que motivou os jovens que entraram em contato me
surpreendeu, de certa maneira, pois quase todos atravessaram ou atravessam
os dramas pontuados pelo protagonista; desde seu temor em assumir a
orientação sexual ao amor platônico por outrem que, quase sempre, e, claro,
mais que natural, acaba por desaguar sobre aquela pessoa que está bem
próxima.
Como disse antes, fiz pesquisas para ajudar na construção de Kadu, no
sentido de me atualizar, afinal minha fase adolescente já vai um pouco longe
(rsrs), e percebi o quão contemporâneo são as dores e questionamentos que
permeiam essa fase de um jovem gay, independente do tempo e espaço. E ler de
adolescentes “anônimos” esses relatos diversos foi mais que enriquecedor,
contudo me deparar com histórias pontuais, de adolescentes que não se
preocuparam em esconder a identidade, foi (e é) um sentimento que beira o
surreal. Como se esses rapazes quisessem abraçar o Kadu e tornarem-se seus
amigos.
GABO: Como você analisa o investimento do tema "orientação sexual" na
televisão brasileira e na televisão do exterior?
FRANCISCO SIQUEIRA: Tem evoluído de forma considerável, porém ainda é
preciso galgar diversos patamares. Sem sombras de dúvidas o tratamento
estereotipado exacerbado que era dado ao homossexual na literatura ou na
dramaturgia, e me refiro ao cinema e à TV, se tornou peça de museu. Aleluia.
Porém ainda encontramos personagens gays sendo tratados como algo
“fantástico”; um bibelô; um artifício para satisfazer o modismo e aumentar a
audiência, enquanto na verdade, ele deveria ser tratado como “mais um”
personagem dentro de uma trama.
Em pleno século XXI, depois de tantas discussões, livros lançados no intuito
de desmistificar o tabu imposto por uma sociedade machista e preconceituosa,
a medicina e a ciência afirmando que a orientação sexual homossexual não é
“o diferente”, não é a exceção, nos deparamos, infelizmente, com alguns
textos que tratam de mostrar o gay rotulado. “X” ou “Y”. Nunca um ser,
digamos, “normal”.
GABO: Além da série "Eu, Kadu", você assina a trama "A difícil arte
de ser, Lucas". A história do Kadu foi a inspiração para escrevê-la ou você
teve outra inspiração? Conta pra gente.
FRANCISCO SIQUEIRA: Acredito que a fonte primária de inspiração é a
mesma, afinal Lucas e Kadu são adolescentes gays que sabem perfeitamente que
fazem parte do “tal grupo da orientação sexual”, mas as semelhanças entre
ambos termina aí. Busquei retratar através de Lucas um viés contrario ao de
Kadu.
Lucas encara sua homossexualidade sem dramas, estigmas, até porque tem na
figura da mãe, a psicóloga Lucia, uma mulher esclarecida, e nela a base para
entender e enfrentar o que for preciso no que diz respeito a isso. Sem falar
também na existência da melhor amiga, Gabriela, e no (segundo) melhor amigo,
Rômulo, outro jovem que lida com a sua condição sexual sem qualquer problema
relativo ao ponto de vista da sociedade. Algo que Kadu não possui.
As questões que são pontuadas em “A difícil arte de se eu, Lucas” não se
referem à sexualidade. Ok. Ela está lá, claro. Faz parte do essência do
protagonista, mas ele, Lucas, enfrenta, ao contrário de Kaduzinho, dramas
externos que acabam por interferir em seu universo.
GABO: Suas histórias são escritas no formato literário. Você tem
interesse em publicar uma obra em roteiro?
FRANCISCO SIQUEIRA: Não. Admiro e muito os colegas que o fazem, porém
não consigo encontrar o tom num texto roteirizado. Gosto de esmiuçar
sentimentos. De “cutucar” feridas da alma. De viajar pela psiquê humana
(Nicolas Coutinho de um “Homem Singular” e Miguel de “Inimigos” têm suas
almas reviradas). Mas não digo isso no intuito de afirmar que não é possível
demonstrar essas emoções em um roteiro, afinal de contas, a arte é o mais
próximo do impossível que o artista se permite chegar.
GABO: Quem é Francisco Siqueira fora do Mundo Virtual?
FRANCISCO SIQUEIRA: Irei me apropriar das palavras de Margot Chaning,
brilhantemente interpretada por Bette Davis em “A malvada”: “Quando
descobrirem quem eu sou, por favor, me digam.”
GABO: Preparado para o bate-bola?
FRANCISCO SIQUEIRA: Teremos ajudar dos universitários, claro (rsrsr)
BATE-BOLA:
SÉRIES DE WEB: meu “berço” no MV
CYBER TV: nossa casa
WATTPAD: como diz nossa amiga Isa Miranda: Terra de ninguém”
EU, KADU: simplesmente ele, Kadu
A DIFÍCIL ARTE DE SER EU, LUCAS: o inesperado agora
INIMIGOS: “é aquela que fere, que virá mais tranquila... Com a fome
do povo... Com pedaços da vida...”
UM HOMEM SINGULAR: devemos buscar a cura de nossas feridas, não
apenas um tratamento paliativo
DEPOIS DE TUDO: ... Ainda temos uma longa estrada
MUNDO VIRTUAL: Jane Austen ia amar
FRASE: “Seja você mesmo, todos os outros já existem”, Oscar Wilde
FRANCISCO POR FRANCISCO: precisarei de um bom espelho
GABO: Francisco, agradeço sua participação no Diário do Autor. Fico o
espaço para suas considerações finais.
FRANCISCO SIQUEIRA: Eu quem agradeço a oportunidade, Gabo. Um bom
bate papo está difícil de se encontrar.
Um grande abraço a todos do MV.
GABO: O Boletim Virtual fica por aqui. Amanhã estreia a "Antologia: A
Magia do Natal" com 5 capítulos que serão exibidos de segunda a sexta. Não
percam. Feliz Natal a todos do Mundo Virtual. Voltamos no próxima final de
semana.
Até lá.
|
|
Comentários:
0 comentários: