Ela mora em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro. Aos 15 anos começou a desenvolver
a criação e interpretação de personagens através da experiência com jogos de
RPG em fóruns.
Em 2017, 9 anos depois, foi convidada por Isa Miranda para escrever uma
história para o Cyber Séries, atual Cyber TV.
Depois, Fabi Prieto foi convidada pela Andrea Bertoldo para participar de
uma Antologia e acabou mergulhando de cabeça. Ela estava passando por um
período pessoal difícil e a escrita ajudou muito como um escape e terapia.
Em cerca de um ano, Fabi já havia sido aceita em mais de 20 antologias
diferentes e descoberto que ela era uma contista e escritora.
Atualmente Prieto participa de mais de 30 antologias, contando também com
alguns contos e histórias na Cyber TV, além de ter lançado em setembro o seu
primeiro livro solo, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Esse livro é o
"Florescer de Espinhos", romance fantasioso sobre a mitologia oriental, e
que ela tem muito carinho pois foi a primeira história que escreveu em sua
estreia no Cyber e na literatura como escritora. Fabi Prieto, seja bem-vinda
ao Diário do Autor.
FABI PRIETO:
Obrigada pela oportunidade de participar dessa interação.
☺
GABO:
Fabi, por meio dos jogos de RPG você encarou seu primeiro desafio no ramo da
criação. Como você analisa a época que viveu essa aventura, e hoje com o
conhecimento que você adquiriu?
FABI PRIETO:
O RPG foi importante para ver os pontos de vistas e ações dos personagens de
outras pessoas. Isso ajuda bastante no processo criativo e te faz aprender a
lidar com situações inusitadas e pensar rápido.
Foi graças a isso que aprendi a inserir conflitos na história e como poderia
solucioná-los, a como conectar fios de uma possível trama e a sair do mesmo
perfil de personagem. É claro que ainda estou em aprendizado e espero criar
personagens melhores e diferentes uns dos outros.
GABO:
Como você conheceu a Isa Miranda e como surgiu o convite para escrever uma
história no Cyber TV?
FABI PRIETO:
Conheci a Isa desde quando comecei a jogar RPG, mais ou menos. Nos
conhecemos graças ao amor pelo mangá Vampire Knight em um fórum sobre isso
na época e depois pelos grupos do falecido msn. São tantos anos que nem
lembro mais.
Como nós já jogávamos por vários anos, ela me convidou para escrever alguma
história, eu resolvi aceitar e foi como tudo começou. Eu me via mais como
ilustradora do que como escritora nessa época.
GABO:
Uma história demanda uma dedicação maior e o trabalho é intenso. Já na
Antologia, o autor escreve uma história mais curta sobre determinado tema.
Você já participou de mais de 30 Antologias. Qual foi o gênero que você mais
gostou de escrever? Tem algum gênero que você descarta e quer não mais
escrever sobre ele?
FABI PRIETO:
Por incrível que pareça, escrevi muitas histórias de terror. Nunca tinha me
imaginado escrevendo esse gênero antes, mas acabei me identificando (o que é
uma ironia, por que eu sou uma pessoa muito medrosa). Também gostei de
escrever em estilo suspense, mais policial (as temporadas de CSI Miami
serviram pra algo kkk), mas meu favorito ainda é o ramo da fantasia.
Algum gênero que eu não curta? Poesia. Sério, eu não sirvo pra isso,
simplesmente não flui. Admiro quem consegue, pra mim é muito difícil,
principalmente rimando.
Também não curto o estilo roteiro, mas não lembro agora se já escrevi algo
nesse formato. De qualquer forma não serviria para escrevê-lo, sinto falta
quando não escrevo as descrições de cenário, expressão, reação e pensamento
dos personagens da forma que o romance faz.
GABO:
Qual é o seu personagem favorito? Ele foi inspirado em alguém?
FABI PRIETO:
Até agora meu favorito ainda é o Yukito, o protagonista do meu romance. A
maior inspiração foi para o nome dele, que veio de um personagem do anime
Sakura Card Capt
GABO:
A oportunidade de lançar um livro é uma sensação inexplicável para o autor.
Como surgiu a oportunidade de publicar um livro?
FABI PRIETO:
Eu já tinha participado de uma antologia da editora e sabia que nós autores
tínhamos descontos caso quiséssemos publicar com eles. Já havia mandado a
história para outras duas editoras, mas não obtive resposta. Então com essa,
uma editora que estava começando, tive a oportunidade de lançar meu livro
finalmente.
GABO:
Do virtual para o real. Você transformou a história “Florescer dos Espinhos”
a sua primeira história publicada no MV em livro. Além disso, você
participou da Bienal do Livro. Sei que é difícil, mas defina esses momentos
pra gente.
FABI PRIETO:
Indescritível. A revisão não foi nenhum problema ou novidade, mas a ficha
começou a cair quando a capa finalizada foi entregue. Sou uma manteiga
derretida, então sei que a capa é certa quando eu choro a vendo. Outra parte
que me deixou animada e deu a sensação de real foi ter os botons e canecas
comigo. Depois, enfim, o livro. Pra ser sincera, às vezes ainda olho o livro
e folheio sem acreditar que é uma história minha.
Participar da Bienal foi outra emoção. A editora que publiquei é de SP,
então não tinham como vir para o Rio. Mas a oportunidade surgiu de outra
editora que participei em uma das antologias, que permitiram as autoras
terem suas sessões de autógrafos no estande (meninas da Portal, amo vocês).
Já estava exausta no dia do meu lançamento por ser o último dia da bienal,
mas fui feliz. Vesti um kimono que encomendei, me maqueei e fui à caráter.
Estava ansiosa, mas não imaginava o apoio que eu teria. Alguns amigos,
autores e leitores, foram, além da minha família e a do meu namorado. Foi
muito emocionante, chorei muito e rezei para não estragar a maquiagem. Ter o
apoio deles foi o que fez tudo ainda mais especial.
GABO:
Sem dúvidas um momento que você sempre vai lembrar com um grande sorriso no
rosto e a missão de dever cumprido. Agora nos conte, quais são seus planos
para o futuro no ramo da escrita?
FABI PRIETO:
Por causa da faculdade e do trabalho eu não tenho mais tanto tempo para
escrever. Apesar disso, não pretendo parar. Ainda estou em algumas
antologias, mas em um ritmo beeeem menor. Além disso, tenho mais umas 3
histórias sendo escritas bem devagarzinho, e até metade do ano que vem devo
lançar um livro vira-vira ilustrado com dois contos, que já está em
andamento (e morrendo de ansiedade para ver a capa).
GABO:
A crítica é um fator que sempre está presente em nossa vida. No MV não é
diferente. Como você lida com ela?
FABI PRIETO:
É difícil e não minto que isso dê certa insegurança. Mas temos que estar
prontos para melhorar e saber que não dá para agradar a todos.
GABO:
De todos os desafios que você já enfrentou nas fases da escrita, tem algum
que você se arrepende?
FABI PRIETO:
Algumas antologias eu me arrependo de ter participado. Mas eu me arrependo
mais das fases de cobrança. Em um momento tive tantos prazos que depois
entrei em um bloqueio criativo. Nunca mais farei isso, não vale a pena se
esforçar e depois terminar esgotada. Se é algo que gosto de fazer, mesmo com
compromisso, não posso me cobrar mais do que consigo fazer.
GABO:
Você tocou em um assunto importante pro autor, o bloqueio criativo. Como
encará-lo? O que você faz para driblar o bloqueio?
FABI PRIETO:
Esqueça um pouco a escrita e procure algo para se inspirar. Leia, assista
algum filme, série ou desenho. Saia e vá passear. Sempre vai haver algo que
possa te dar uma boa ideia.
GABO:
Fabi, qual é a sua fonte de inspiração na escrita? Usa algum autor como
referência?
FABI PRIETO:
Me inspiro muito em animes, filmes, séries e RPG. Quanto à escrita, me
inspiro em Sarah J. Maas, Dan Brown, André Vianco e outros.
GABO:
Quem é Fabi Prieto fora do Mundo Virtual?
FABI PRIETO:
Uma universitária pra lá de cansada, que adora gatos, chocolate, desenho e
artesanato. Além de gostar de ler e sempre estar jogando algum joguinho nem
que seja pelo celular.
GABO:
Chegamos ao bate-bola. Jogo Rápido. Preparada?
FABI PRIETO:
Manda ver.
BATE-BOLA:
FLORESCER DOS ESPINHOS:
Meu primogênito
❤
MUNDO VIRTUAL:
onde minhas primeiras experiências vieram
CYBER TV: o local onde minha carreira iniciou, sempre serei grata
❤
ISA MIRANDA: amiga que me apoiou, aturou e puxou a orelha quando
necessário
ANDREA BERTOLDO: amiga que me puxou para o mundo das antologias, minha
carreira começou graças a ela
ANIME: My Hero Academia
RPG: Tormenta RPG e todos dae Storytelling (Changeling é meu queridinho)
LIVRO: Enquanto eles não vêm - Robson Gundim
BIENAL DO LIVRO: correria, canseira, falência e felicidade
FRASE: Nunca desista, você consegue
FABI POR FABI: Nerd, escritora, chocólatra e gateira.
GABO:
Fabi, fica o espaço para você deixar uma mensagem para o público.
FABI PRIETO:
Muito obrigada a todos! Espero que gostem do meu trabalho e, aos colegas
escritores, nunca desistam de continuar escrevendo! Vocês são demais!
GABO: Obrigado, Fabi pela participação no Diário do Autor. No próximo
dia 13, estreia a nova temporada do Jornal Online. O lançamento será na
webtvplay, os episódios seguintes serão transmitidos pela WebTV e, após um
mês, ficarão disponíveis na webtvplay. Uma novidade da plataforma de
streaming. A equipe de jornalismo da emissora espera vocês. O Boletim
Virtual fica por aqui. Até dia 13 no Jornal Online. Boa noite. |
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