Sinopse: Quando a escuridão é real e todos são pegos de surpresa, não há nada que possa ser feito.
Em uma cidade, não relativamente pequena, no interior da Paraíba, duas garotas descobrem o quanto a escuridão pode ser aterrorizante, quando a luz e o som são consumidos pelo breu.
Sem informação do que poderia ser, elas tentam sobreviver em meio a uma catástrofe vinda do fundo do universo.
Breu
de Joamir Barros
Até quanto o escuro pode ser escuro?
Essa foi uma frase, de inúmeras falas que nos
acordam, naquele sono que já se esvai pela manhã e, como eco, ressoa dentro do
cérebro feito bola de ping-pong.
Foi assim que aconteceu com Poliana, moradora
de uma pequena cidade do interior da Paraíba.
Como de costume, as cortinas do seu quarto
são desbravadas pelos raios, daquele horário, pela mira solar que insiste em
fazê-la levantar. Não tem como evitar, a janela do quarto fica de frente à
alvorada, sempre o sol nasce com a cara apontada à sua janela.
- Tenho que comprar cortinas escuras, mas que
droga de claridade incômoda! – Murmura irritada Poliana.
Era domingo, o dia para se estender um pouco
mais na cama, e por que não?
Sem mais delongas, ela se prepara para
transformar o dia, fazer dele o melhor, pois isso era sua meta diária, viver um
dia por vez, sem nunca negligenciar o amanhã.
Após todas as obrigações matinais, toma um
açucarado café com leite, um pão com manteiga assado na frigideira, com um bom
bocado de requeijão, pois era assim que gostava.
Vai para a sala, liga o som e faz tocar sua
música favorita, já estava com o livro da vez em mãos, ela estava ansiosa para
iniciar o quinto capítulo.
Alguns minutos depois de começar sua leitura,
seu celular quebra a sua concentração, era Elaine, sua amiga de infância que
preparou outros planos para ela.
- Não acredito! Sempre vai existir algo para “quebrar
minhas pernas”? Alô!?
- Você não sabe o que eu te preparei, não
responda!
- Oi Lane, o que foi agora?
- Vamos para uma festa hoje à noite na casa
de Liandra!
- Não Elaine, eu não vou e, também, não quero
ir para festa alguma. Hoje é o meu dia!
- Vai sim! Já confirmei nossa presença, ligo-te
mais tarde, beijos!
Poliana suspira profundamente, não se sentia
motivada para uma festa, mas o psicólogo em sua cabeça a fez lembrar: “Viva
intensamente cada dia”!
- É! Eu posso fazer isso!
Ela joga o livro no sofá, coloca seu tênis, veste sua
roupa de ginástica e vai para praça fazer sua bela corrida matinal.
Todo o seu esforço sempre estava voltado em
corrigir o que se desajeitava, solucionar o que problematizou e, nunca ser
vítima, pois sê-la, era como entrar em um beco sem saída.
O dia estava, até o momento, perfeito, porém,
Poliana, quando já estava no meio do seu percurso, percebe o céu ficando aos
poucos, de longe, nublado, as nuvens cinzas se aglomeravam e o óbvio escapou de
sua boca.
- Chuva? Já deveria ter amanhecido chovendo,
ao menos eu teria ficado na cama, mas que inferno!
Quando percebe as inúmeras palavras negativas,
para, pensa e volta atrás em seus resmungos.
- Não! Legal! Vai chover! Vou inventar algo
para fazer, caso ela insista em se estender até a noite, chamo Elaine para
dormir lá em casa.
Poliana, então, dá meia volta e pega o
caminho de casa, um duplex simples e bem estruturado que financiou no ano
anterior e que pagaria suas prestações ainda por alguns anos a fio.
Ela percebe as nuvens se comportarem de uma
maneira diferente, no mínimo, incomum, pois percebe que se forma uma
tempestade, carregam-se com água, entretanto, nem um raio, nem um trovejar e,
realmente, para uma tempestade dessa magnitude, é estranho.
Passa pela frente da casa de Elaine, sua
amiga, que naquele instante, regava suas plantas no jardim.
Ela era deficiente visual total, porém, nada
poderia ser diferente, nada a poderia impedir as conquistas que inflava sua
vida, sabia ir e vir, cuidava de suas plantas, dois gatos e um cachorro, morava
sozinha e tinha o olfato e audição bem mais desenvolvida que o normal.
Elaine reconheceu Poliana pelos passos, pelo perfume
que usava e por dizer “oi sua louca, bom dia para você também”.
- Lane! Não precisa regar as plantas hoje,
não sente a tempestade que se aproxima?
- Tempestade? Estranho! Não sinto nenhuma
tempestade, nem cheiro, nem mudanças no clima... Hum! Muito estranho, será que
estou perdendo meus superpoderes? – Fala sorridente, usando o seu bom humor, entretanto,
ficou realmente pensativa com o fato.
- Passa lá em casa daqui a pouco? Vou fazer
aquele suco delicioso que você gosta. – Convida Poliana.
- Tá bom, passo sim, Poli.
As horas se adiantaram e Elaine foi até a
casa de Poliana. Ao chegar, foi entrando sem avisar.
- Poli? – Assusta ao chegar sem ser vista por
Poliana que estava na cozinha preparando um lanche.
- Que susto sua louca! Deveria ter ao menos
batido na porta!
- Desculpa! – Redime-se Elaine rindo da
situação.
- Olha aqui, o suco delicioso que preparei.
Está em cima da mesa! Já está chovendo?
- Poli, sério, você está brincando comigo?
Vai chover mesmo? Pois se for verdade, eu não estou conseguindo sentir chuva
vindo de nenhuma parte!
Poliana confiava nas intuições de sua amiga,
e ficou bastante confusa por parte dela, então, foi até a janela para
verificar.
Ao abrir a janela, ela fica perplexa. Sua
janela tinha uma vista privilegiada para a cidade e, naquele momento,
simplesmente, toda a cidade sumiu em meio a uma inexplicável escuridão.
- Lane, eu estou achando que não é chuva
alguma! Sabe, a cidade desapareceu na escuridão. Pode ser um eclipse!
- Eclipse? Não ouvi notícia alguma sobre
isso!
- O estranho é que eu vejo como uma espécie
de fumaça, nevoeiro negro, sei lá! Está descendo do céu, a lua cheia está
avermelhada e desaparecendo devagar.
Poliana, nervosa, fecha a janela e tranca a
porta, liga a televisão e procura pela internet alguma notícia sobre o que
estaria acontecendo e, para a sua surpresa, tudo estava em off-line, o celular
estava sem sinal e a televisão não se conectava a nenhum canal.
Ela senta no sofá sem ter o que dizer, olhos
arregalados, frio pelo estômago, até que, Elaine faz a inevitável pergunta.
- Poli? O que está acontecendo amiga?
- Senta, pois não faço a mínima ideia. Acho
que o mundo está acabando!
- Como assim acabando?
- Lá fora, uma escuridão está vindo em nossa
direção, eu não sei o que é! Não temos conectividade com nada nos aparelhos,
tudo está sumindo e não sei se é passageiro.
- Menina! Pare de se preocupar, se o mundo
estivesse se acabando eu já teria sentido. Bobinha.
- Lane! Sério! Eu nunca vi o que está
acontecendo, acho melhor você ficar aqui comigo, porque estou morrendo de medo.
- Calma Poli, vou ficar aqui com você, se o
mundo se acabar, estaremos mais uma vez, juntas nessa.
As horas passaram, Elaine, para quebrar o
clima de terror, coloca uma música em um volume ambiente.
- Poli, acho que você deveria dar uma olhada
pela janela, vê se essa escuridão já passou!
Poliana respira fundo, levanta-se, vai à
cozinha para beber uma água, quando de repente, a luz que entrava pela janela
desaparece. Ela deixa cair o copo que se despedaça pelo chão, põe a mão na boca
e começa a se tremer por completa.
- Poli? Poliana! O que aconteceu?
- Chegou aqui! Está aqui!
- O que está aqui?
- O nevoeiro negro está dissolvendo a luz de
fora da janela, está escurecendo tudo.
Elaine se levanta, vai até o interruptor e
acende a lâmpada da sala.
- Acendeu?
- Ah? Acedeu!
- Viu? Não é o fim de nada, se não, como
estaríamos no claro? Deve haver alguma explicação lógica para isso, então,
esperemos.
Poliana, mesmo nervosa, caminha em passos
lentos até o sofá e senta junto à amiga, que a abraça.
Uma hora se passa, Elaine pede para Poliana
abrir a janela e olhar como estava do lado de fora. Ela levanta, abre a janela
e não via nada, tudo estava um pleno breu, escuridão total, não havia céu e nem
terra, era como se nada existisse do lado de fora, e o mais impressionante, não
se ouvia nenhum som, nada, nem mesmo o vento.
Ela chama sua amiga com audição mais apurada
e pede para ela tentar ouvir algo.
- Poli, eu nunca ouvi um silêncio tão fosco
assim.
Neste instante, Poliana percebe a escuridão
tentar entrar por sua janela, que imediatamente, fecha-a assustando Elaine.
- O que foi?
- Ela quis entrar! Ela quis entrar!
- O que quis entrar Poliana?
- A escuridão!
- Como isso é possível?
Poliana pega sua amiga pelo braço e se afasta
da janela, voltando para o sofá.
- É impossível, ainda nem é meio-dia! Como isso
está acontecendo?
O medo encobre as duas amigas, deixam-nas
paralisadas, porém, após alguns minutos, vendo que nada mais acontecia, elas
foram se acalmando, pois esperar, era o único remédio.
Após passadas uma média de três horas,
Poliana volta à cozinha para pegar algumas guloseimas, como batatas
industrializadas e refrigerantes, enfim, aquele momento pedia para deixar a
vida fitness de lado.
- Poli, eu tive uma ideia, como eu não
enxergo nada mesmo, poderia ir lá fora sentir o que está acontecendo!
- Não! Pode ser perigoso, sabe lá uma arma
biológica?
- Arma biológica? – Repete Elaine aos risos.
– Se fosse, com o tempo que passou, estaríamos mortas a muito tempo.
- Mas, ainda não acho uma boa ideia e não vou
deixar você ir. Encerrado o assunto.
- Certo! Não vou, por enquanto!
Poliana, pensando no que sua amiga tinha
dito, vai até a janela novamente, abre-a e nada tinha mudado desde a última
vez, porém, ela sente como se algo tivesse passado bem perto de seu rosto,
então, fecha a janela apressadamente, assim que fecha, algo bate no vidro.
- Pareceu um pássaro! – Disse Elaine.
- É! Pareceu mesmo! Coitados, voam sem nada
verem.
- Está vendo, Poli? A vida lá fora está
totalmente normal para mim, eu não preciso enxergar. Vamos fazer assim, irei
até o portão e, se eu sentir que está tudo bem, vou em casa e volto, caso não,
volto imediatamente.
- Ok, mas eu vou com você!
- Tá bem, mas segura em meu ombro para não
bater em nada!
Elas decidem então enfrentar o breu, Poli
abre a porta e se assusta, era como estivesse no espaço sideral, só que sem
luminares. Elaine sente a presença de um vácuo assim que entram na escuridão,
entretanto, a respiração continuava normal.
As duas descem as escadas com bastante calma,
não era mais possível ver e ouvir nada, o tato e olfato eram os únicos sentidos
que funcionavam.
No término da escada, Poli tropeça em algo e
sua mão sai do ombro de Elaine, desesperadamente, ela grita, mas não ouve nem a
sua própria voz.
Ela tateia tentando encontrar novamente a
amiga, encontra um ombro, só que este bem mais alto, que logo é seguido com uma
mão gelada que cobre a sua mão. Imediatamente, ela puxa com esforço sua mão e
corre em sentido contrário, buscando encontrar as escadas, a fim de voltar para
dentro de casa.
Ela encontra, sobe tropeçando a todo tempo e,
enfim, chega até a porta de casa, onde entra aterrorizada.
- Que era ou o que era aquilo? - Fica a repetir em voz baixa, sentada aos pés
da porta trancada. – Ai meu Deus! Elaine!
Poliana pensa em voltar, mas como a
encontraria?
Ela correu para a sua caixa de ferramentas em
busca de uma lanterna, que sabe funcionasse? Pegou, também, um canivete que era
de seu pai, cada um em uma mão e decide voltar para ajudar a sua amiga, quando
de repente, a maçaneta da porta gira rapidamente, desesperadamente, logo em
sequência, batidas.
Com medo, porém, com a possibilidade de ser
Elaine, ela corre, prepara sua arma branca e abre e, do meio da escuridão,
aquele vulto sai pulando em cima de Poliana, que grita forte.
- Elaine? É você?
- Fecha logo essa porta!
Poliana se levanta rapidamente e tranca a
porta.
- O que aconteceu lá fora? – Pergunta
Poliana.
- Eu estava chegando no portão daqui da tua
casa, percebi que você tinha me soltado e comecei a andar mais devagar para
você me encontrar novamente. À medida que fui chegando ao portão, senti um
calor, como se houvesse um incêndio próximo, era cheiro de gasolina queimada,
eu tenho certeza que era fogo, mas o pior, foi aquela mão fria que me tocou o
ombro, quando percebi que não era você, sabendo por onde correr, livrei-me e
vim direto para cá.
Após Poliana contar a sua semelhante
história, elas ficaram a especular o que poderia estar acontecendo lá fora, mas
sem chegar a uma conclusão de quem era o estranho.
O medo piorou ao pensar os inúmeros acidentes
que possam estar havendo, sem ninguém poder pedir ajuda, pois todos estavam sem
visão e audição do lado de fora.
Mais horas angustiantes se passaram, pelo
relógio, era noite, porém, fora noite o dia inteiro, de tanto esperar pelo
nada, adormeceram.
Dormiram por um bom tempo até serem acordadas
com batidas na porta.
- Que é? - Grita Elaine.
- Que adianta, mesmo que grite, não podemos
ouvir, assim foi com você quando chegou da outra vez!
As batidas na porta se intensificaram, a
maçaneta girava e voltava desesperadamente, e quando a porta parecia enfim
ceder, tudo silenciou.
Novamente e educadamente, agora, uma outra
batida na porta se inicia, pausadamente.
- Não vamos abrir! – Diz Poliana.
- E se for alguém precisando de ajuda?
- Talvez a primeira pessoa estivesse, mas
esse ai, suspeito demais!
- É! Pensando assim, não vamos abrir a porta.
Poliana ficou com o canivete em mãos, sentada
com Elaine no canto da parede a olhar à porta, até que as batidas pararam.
- Com certeza, Poli, há algo lá fora que não
é bom!
As luzes começam a falhar, apagam e acedem,
piscam, apagam por um tempo, acedem por mais algum. Poliana, por causa disso,
pega a lanterna e deixa acesa todo o tempo, sempre apontada para a porta, sem
dizer à sua amiga o que estava acontecendo para não causar mais terror.
- Poli, não seria melhor encostar o sofá na
porta?
- Boa ideia. Vamos fazer isso!
Elas colocaram o sofá pressionando a porta,
vão à cozinha e Poliana senta à mesa voltada para a entrada, vigiando-a.
Elaine, após alguns minutos, começa a passar
mal.
- Elaine, você está bem?
- Ah? Estou sim, é só uma fraqueza que me
bateu de repente.
- O que foi isso em seu braço?
- Devo ter cortado nos ferros do portão
quando fugi daquilo.
A ferida que estava no braço de Elaine
estava, em pouco minutos de ferido, totalmente infeccionado com sangue
coagulado e escurecido que saia dela.
Preocupada, Poliana presta os primeiros
socorros, lavando a ferida com soro e fazendo um curativo, ainda, dando-lhe uma
injeção anti-inflamatória, porém, Elaine não melhora, passa a ter febre e seus
olhos começam a avermelhar. Era um vermelho escuro, logo depois, todo o olho,
que antes eram esbranquiçados, tornam-se negros.
Ela começa a perder os sentidos, suas mãos
ficaram geladas e todo seu corpo iniciou um processo de emagrecimento, como se
secasse um balão inflável lentamente.
Em meio à preocupação e medo, Poliana leva
Elaine até o quarto, deita-a em sua cama.
- Lane! Você vai ficar bem, descanse um
pouco! Vou buscar um pouco de água para você, está bem?
- Poli, por favor, desliga a lâmpada! Está me
incomodando!
- Claro! Já vou buscar água e já volto!
Ao sair do quarto em direção à cozinha, algo
bate em seu “desconfiômetro”.
- Como assim apagar a lâmpada? Como ela sabia
que estava ligada? Incomodando?
Assim que ela liga os pontos, para a onde
estava e olha para trás, então ela vê aquela silhueta de pé em sua cama. Com
toda certeza, aquilo não era mais sua amiga.
Ela corre em sua direção enquanto a sombra
começa a se mexer devagar ao seu encontro. Poliana chega primeiro a porta e a
tranca dentro do quarto, a coisa lá dentro bate incontrolavelmente, mexendo na
maçaneta e com uma voz grave, rosnava seu nome.
Poliana, desesperada, chora, quando então,
tudo fica em total silêncio.
Ela anda devagar para a cozinha, pega alguns
alimentos e líquidos, arrasta a geladeira para o outro quarto e se tranca lá
dentro, encostando o que podia na porta. Cinco dias depois, toda a energia
acabou.
Três meses e meio depois, ouve-se sons de
carros do lado de fora, a energia volta, o sol retorna a brilhar pela janela do
quarto e uma voz em um megafone a chamar.
- Atenção! Somos do exército brasileiro, se há
algum sobrevivente por essa rua, por esse bairro, estamos aqui para resgatar
vocês, saiam e entrem no ônibus.
Isso era repetido por quarteirões, porém, pouquíssimas
pessoas conseguiram sobreviver.
No rádio, a notícia era científica, lembrava
muito uma ficção, porém, real.
“A terra foi acometida por um evento
incompreensível. Segundo os cientistas, um imenso oceano de matéria escura está
passando pela borda de nosso sistema solar e, no movimento de translação da
terra, ela passa dentro desse mar negro levando três meses até sair dele, nos
dando nove meses para nos preparar até o próximo mergulho. Não existe previsão
para o fim desse ciclo, pode durar milênios. O que sabemos, é que existem
organismos vivos nessa matéria que invadem qualquer organismo vivo exposto a
ele. Quando dentro, o som e a luz são consumidos e a melhor maneira de se
proteger é ficar em lugares fechados. Os seres transformados são sensíveis a luminosidade”.
Alguns
militares entraram nas casas em busca de sobreviventes, por fim, entrando na
casa de Poliana.
Arrombam a porta e entram no quarto onde
Elaine estava, o ser totalmente modificado, com olhos negros, que se espanta
por causa da imensa luz e tenta se esconder debaixo da cama, e é alvejado por
tantas balas que possível.
Tiveram que usar um machado para entrar no
quarto que Poliana estava e, ao entrar, percebem aquele corpo todo enrolado,
sem se mexer e, com cuidado, um soldado se aproxima para averiguar a situação.
Ao mexer no corpo, ele não se mexe, ao virar,
Poliana estava morta, em uma de suas mãos, um frasco de comprimidos.
- Ela cometeu suicídio senhor! – Diz o
soldado.
- Vamos! Não temos mais nada a fazer por
aqui.
Os militares voltaram para o caminhão, então,
alguém faz um questionamento.
- Acho que ela se suicidou a pouco tempo. Se
não, ela já estaria em estado de decomposição!
- Você verificou o pulso dela?
- E precisava? Ela estava... ops!
- Seca? Vamos! Voltem lá e matem aquele
bicho!
Quando retornaram à casa, ela ainda estava
deitada.
- Viu? Morta.
- Atirem!
Depois de uma rajada de metralhadora, apenas
uma casca seca se desmonta, e um ser sombrio sai debaixo da cama coberto por
uma coberta, gigantesco, que ataca todos que estavam no quarto, alimentando-se
dos seus sangues.
Quando o comandante que estava do lado de
fora, encostado no caminhão ouve os gritos e rosnado, chamam os outros para
atacarem e, quando estavam entrando na casa, um imenso tentáculo sai de dentro
para matá-los, mas é alvejado por tantas armas que eram possíveis ter naquele
momento.
- É mais sério do que pensávamos! Não sabemos
o que iremos encontrar daqui por diante. A humanidade nunca mais será a mesma.
Conto escrito por
Joamir Barros
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução
Sinopse: Uma chacina sem precedentes assolou as ruas da capital do país como nunca visto antes, quinze anos depois, uma família vive tranquilamente em sua mansão em Tocantins, quando a verdade desse passado assustador volta na forma de uma vingança terrível e implacável.
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