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Antologia Lua Negra | Capítulo 10: Breu

Conto escrito por Joamir Barros
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Sinopse: Quando a escuridão é real e todos são pegos de surpresa, não há nada que possa ser feito.

Em uma cidade, não relativamente pequena, no interior da Paraíba, duas garotas descobrem o quanto a escuridão pode ser aterrorizante, quando a luz e o som são consumidos pelo breu.

Sem informação do que poderia ser, elas tentam sobreviver em meio a uma catástrofe vinda do fundo do universo.

Breu
de Joamir Barros


Até quanto o escuro pode ser escuro?
Essa foi uma frase, de inúmeras falas que nos acordam, naquele sono que já se esvai pela manhã e, como eco, ressoa dentro do cérebro feito bola de ping-pong.
Foi assim que aconteceu com Poliana, moradora de uma pequena cidade do interior da Paraíba.
Como de costume, as cortinas do seu quarto são desbravadas pelos raios, daquele horário, pela mira solar que insiste em fazê-la levantar. Não tem como evitar, a janela do quarto fica de frente à alvorada, sempre o sol nasce com a cara apontada à sua janela.
- Tenho que comprar cortinas escuras, mas que droga de claridade incômoda! – Murmura irritada Poliana.
Era domingo, o dia para se estender um pouco mais na cama, e por que não?
Sem mais delongas, ela se prepara para transformar o dia, fazer dele o melhor, pois isso era sua meta diária, viver um dia por vez, sem nunca negligenciar o amanhã.
Após todas as obrigações matinais, toma um açucarado café com leite, um pão com manteiga assado na frigideira, com um bom bocado de requeijão, pois era assim que gostava.
Vai para a sala, liga o som e faz tocar sua música favorita, já estava com o livro da vez em mãos, ela estava ansiosa para iniciar o quinto capítulo.
Alguns minutos depois de começar sua leitura, seu celular quebra a sua concentração, era Elaine, sua amiga de infância que preparou outros planos para ela.
- Não acredito! Sempre vai existir algo para “quebrar minhas pernas”? Alô!?
- Você não sabe o que eu te preparei, não responda!
- Oi Lane, o que foi agora?
- Vamos para uma festa hoje à noite na casa de Liandra!
- Não Elaine, eu não vou e, também, não quero ir para festa alguma. Hoje é o meu dia!
- Vai sim! Já confirmei nossa presença, ligo-te mais tarde, beijos!
Poliana suspira profundamente, não se sentia motivada para uma festa, mas o psicólogo em sua cabeça a fez lembrar: “Viva intensamente cada dia”!
- É! Eu posso fazer isso!
Ela joga o livro no sofá, coloca seu tênis, veste sua roupa de ginástica e vai para praça fazer sua bela corrida matinal.
Todo o seu esforço sempre estava voltado em corrigir o que se desajeitava, solucionar o que problematizou e, nunca ser vítima, pois sê-la, era como entrar em um beco sem saída.
O dia estava, até o momento, perfeito, porém, Poliana, quando já estava no meio do seu percurso, percebe o céu ficando aos poucos, de longe, nublado, as nuvens cinzas se aglomeravam e o óbvio escapou de sua boca.
- Chuva? Já deveria ter amanhecido chovendo, ao menos eu teria ficado na cama, mas que inferno!
Quando percebe as inúmeras palavras negativas, para, pensa e volta atrás em seus resmungos.
- Não! Legal! Vai chover! Vou inventar algo para fazer, caso ela insista em se estender até a noite, chamo Elaine para dormir lá em casa.
Poliana, então, dá meia volta e pega o caminho de casa, um duplex simples e bem estruturado que financiou no ano anterior e que pagaria suas prestações ainda por alguns anos a fio.
Ela percebe as nuvens se comportarem de uma maneira diferente, no mínimo, incomum, pois percebe que se forma uma tempestade, carregam-se com água, entretanto, nem um raio, nem um trovejar e, realmente, para uma tempestade dessa magnitude, é estranho.
Passa pela frente da casa de Elaine, sua amiga, que naquele instante, regava suas plantas no jardim.
Ela era deficiente visual total, porém, nada poderia ser diferente, nada a poderia impedir as conquistas que inflava sua vida, sabia ir e vir, cuidava de suas plantas, dois gatos e um cachorro, morava sozinha e tinha o olfato e audição bem mais desenvolvida que o normal.
Elaine reconheceu Poliana pelos passos, pelo perfume que usava e por dizer “oi sua louca, bom dia para você também”.
- Lane! Não precisa regar as plantas hoje, não sente a tempestade que se aproxima?
- Tempestade? Estranho! Não sinto nenhuma tempestade, nem cheiro, nem mudanças no clima... Hum! Muito estranho, será que estou perdendo meus superpoderes? – Fala sorridente, usando o seu bom humor, entretanto, ficou realmente pensativa com o fato.
- Passa lá em casa daqui a pouco? Vou fazer aquele suco delicioso que você gosta. – Convida Poliana.
- Tá bom, passo sim, Poli.
As horas se adiantaram e Elaine foi até a casa de Poliana. Ao chegar, foi entrando sem avisar.
- Poli? – Assusta ao chegar sem ser vista por Poliana que estava na cozinha preparando um lanche.
- Que susto sua louca! Deveria ter ao menos batido na porta!
- Desculpa! – Redime-se Elaine rindo da situação.
- Olha aqui, o suco delicioso que preparei. Está em cima da mesa! Já está chovendo?
- Poli, sério, você está brincando comigo? Vai chover mesmo? Pois se for verdade, eu não estou conseguindo sentir chuva vindo de nenhuma parte!
Poliana confiava nas intuições de sua amiga, e ficou bastante confusa por parte dela, então, foi até a janela para verificar.
Ao abrir a janela, ela fica perplexa. Sua janela tinha uma vista privilegiada para a cidade e, naquele momento, simplesmente, toda a cidade sumiu em meio a uma inexplicável escuridão.
- Lane, eu estou achando que não é chuva alguma! Sabe, a cidade desapareceu na escuridão. Pode ser um eclipse!
- Eclipse? Não ouvi notícia alguma sobre isso!
- O estranho é que eu vejo como uma espécie de fumaça, nevoeiro negro, sei lá! Está descendo do céu, a lua cheia está avermelhada e desaparecendo devagar.
Poliana, nervosa, fecha a janela e tranca a porta, liga a televisão e procura pela internet alguma notícia sobre o que estaria acontecendo e, para a sua surpresa, tudo estava em off-line, o celular estava sem sinal e a televisão não se conectava a nenhum canal.
Ela senta no sofá sem ter o que dizer, olhos arregalados, frio pelo estômago, até que, Elaine faz a inevitável pergunta.
- Poli? O que está acontecendo amiga?
- Senta, pois não faço a mínima ideia. Acho que o mundo está acabando!
- Como assim acabando?
- Lá fora, uma escuridão está vindo em nossa direção, eu não sei o que é! Não temos conectividade com nada nos aparelhos, tudo está sumindo e não sei se é passageiro.
- Menina! Pare de se preocupar, se o mundo estivesse se acabando eu já teria sentido. Bobinha.
- Lane! Sério! Eu nunca vi o que está acontecendo, acho melhor você ficar aqui comigo, porque estou morrendo de medo.
- Calma Poli, vou ficar aqui com você, se o mundo se acabar, estaremos mais uma vez, juntas nessa.
As horas passaram, Elaine, para quebrar o clima de terror, coloca uma música em um volume ambiente.
- Poli, acho que você deveria dar uma olhada pela janela, vê se essa escuridão já passou!
Poliana respira fundo, levanta-se, vai à cozinha para beber uma água, quando de repente, a luz que entrava pela janela desaparece. Ela deixa cair o copo que se despedaça pelo chão, põe a mão na boca e começa a se tremer por completa.
- Poli? Poliana! O que aconteceu?
- Chegou aqui! Está aqui!
- O que está aqui?
- O nevoeiro negro está dissolvendo a luz de fora da janela, está escurecendo tudo.
Elaine se levanta, vai até o interruptor e acende a lâmpada da sala.
- Acendeu?
- Ah? Acedeu!
- Viu? Não é o fim de nada, se não, como estaríamos no claro? Deve haver alguma explicação lógica para isso, então, esperemos.
Poliana, mesmo nervosa, caminha em passos lentos até o sofá e senta junto à amiga, que a abraça.
Uma hora se passa, Elaine pede para Poliana abrir a janela e olhar como estava do lado de fora. Ela levanta, abre a janela e não via nada, tudo estava um pleno breu, escuridão total, não havia céu e nem terra, era como se nada existisse do lado de fora, e o mais impressionante, não se ouvia nenhum som, nada, nem mesmo o vento.
Ela chama sua amiga com audição mais apurada e pede para ela tentar ouvir algo.
- Poli, eu nunca ouvi um silêncio tão fosco assim.
Neste instante, Poliana percebe a escuridão tentar entrar por sua janela, que imediatamente, fecha-a assustando Elaine.
- O que foi?
- Ela quis entrar! Ela quis entrar!
- O que quis entrar Poliana?
- A escuridão!
- Como isso é possível?
Poliana pega sua amiga pelo braço e se afasta da janela, voltando para o sofá.
- É impossível, ainda nem é meio-dia! Como isso está acontecendo?
O medo encobre as duas amigas, deixam-nas paralisadas, porém, após alguns minutos, vendo que nada mais acontecia, elas foram se acalmando, pois esperar, era o único remédio.
Após passadas uma média de três horas, Poliana volta à cozinha para pegar algumas guloseimas, como batatas industrializadas e refrigerantes, enfim, aquele momento pedia para deixar a vida fitness de lado.
- Poli, eu tive uma ideia, como eu não enxergo nada mesmo, poderia ir lá fora sentir o que está acontecendo!
- Não! Pode ser perigoso, sabe lá uma arma biológica?
- Arma biológica? – Repete Elaine aos risos. – Se fosse, com o tempo que passou, estaríamos mortas a muito tempo.
- Mas, ainda não acho uma boa ideia e não vou deixar você ir. Encerrado o assunto.
- Certo! Não vou, por enquanto!
Poliana, pensando no que sua amiga tinha dito, vai até a janela novamente, abre-a e nada tinha mudado desde a última vez, porém, ela sente como se algo tivesse passado bem perto de seu rosto, então, fecha a janela apressadamente, assim que fecha, algo bate no vidro.
- Pareceu um pássaro! – Disse Elaine.
- É! Pareceu mesmo! Coitados, voam sem nada verem.
- Está vendo, Poli? A vida lá fora está totalmente normal para mim, eu não preciso enxergar. Vamos fazer assim, irei até o portão e, se eu sentir que está tudo bem, vou em casa e volto, caso não, volto imediatamente.
- Ok, mas eu vou com você!
- Tá bem, mas segura em meu ombro para não bater em nada!
Elas decidem então enfrentar o breu, Poli abre a porta e se assusta, era como estivesse no espaço sideral, só que sem luminares. Elaine sente a presença de um vácuo assim que entram na escuridão, entretanto, a respiração continuava normal.
As duas descem as escadas com bastante calma, não era mais possível ver e ouvir nada, o tato e olfato eram os únicos sentidos que funcionavam.
No término da escada, Poli tropeça em algo e sua mão sai do ombro de Elaine, desesperadamente, ela grita, mas não ouve nem a sua própria voz.
Ela tateia tentando encontrar novamente a amiga, encontra um ombro, só que este bem mais alto, que logo é seguido com uma mão gelada que cobre a sua mão. Imediatamente, ela puxa com esforço sua mão e corre em sentido contrário, buscando encontrar as escadas, a fim de voltar para dentro de casa.
Ela encontra, sobe tropeçando a todo tempo e, enfim, chega até a porta de casa, onde entra aterrorizada.
- Que era ou o que era aquilo?  - Fica a repetir em voz baixa, sentada aos pés da porta trancada. – Ai meu Deus! Elaine!
Poliana pensa em voltar, mas como a encontraria?
Ela correu para a sua caixa de ferramentas em busca de uma lanterna, que sabe funcionasse? Pegou, também, um canivete que era de seu pai, cada um em uma mão e decide voltar para ajudar a sua amiga, quando de repente, a maçaneta da porta gira rapidamente, desesperadamente, logo em sequência, batidas.
Com medo, porém, com a possibilidade de ser Elaine, ela corre, prepara sua arma branca e abre e, do meio da escuridão, aquele vulto sai pulando em cima de Poliana, que grita forte.
- Elaine? É você?
- Fecha logo essa porta!
Poliana se levanta rapidamente e tranca a porta.
- O que aconteceu lá fora? – Pergunta Poliana.
- Eu estava chegando no portão daqui da tua casa, percebi que você tinha me soltado e comecei a andar mais devagar para você me encontrar novamente. À medida que fui chegando ao portão, senti um calor, como se houvesse um incêndio próximo, era cheiro de gasolina queimada, eu tenho certeza que era fogo, mas o pior, foi aquela mão fria que me tocou o ombro, quando percebi que não era você, sabendo por onde correr, livrei-me e vim direto para cá.
Após Poliana contar a sua semelhante história, elas ficaram a especular o que poderia estar acontecendo lá fora, mas sem chegar a uma conclusão de quem era o estranho.
O medo piorou ao pensar os inúmeros acidentes que possam estar havendo, sem ninguém poder pedir ajuda, pois todos estavam sem visão e audição do lado de fora.
Mais horas angustiantes se passaram, pelo relógio, era noite, porém, fora noite o dia inteiro, de tanto esperar pelo nada, adormeceram.
Dormiram por um bom tempo até serem acordadas com batidas na porta.
- Que é? - Grita Elaine.
- Que adianta, mesmo que grite, não podemos ouvir, assim foi com você quando chegou da outra vez!
As batidas na porta se intensificaram, a maçaneta girava e voltava desesperadamente, e quando a porta parecia enfim ceder, tudo silenciou.
Novamente e educadamente, agora, uma outra batida na porta se inicia, pausadamente.
- Não vamos abrir! – Diz Poliana.
- E se for alguém precisando de ajuda?
- Talvez a primeira pessoa estivesse, mas esse ai, suspeito demais!
- É! Pensando assim, não vamos abrir a porta.
Poliana ficou com o canivete em mãos, sentada com Elaine no canto da parede a olhar à porta, até que as batidas pararam.
- Com certeza, Poli, há algo lá fora que não é bom!
As luzes começam a falhar, apagam e acedem, piscam, apagam por um tempo, acedem por mais algum. Poliana, por causa disso, pega a lanterna e deixa acesa todo o tempo, sempre apontada para a porta, sem dizer à sua amiga o que estava acontecendo para não causar mais terror.
- Poli, não seria melhor encostar o sofá na porta?
- Boa ideia. Vamos fazer isso!
Elas colocaram o sofá pressionando a porta, vão à cozinha e Poliana senta à mesa voltada para a entrada, vigiando-a.
Elaine, após alguns minutos, começa a passar mal.
- Elaine, você está bem?
- Ah? Estou sim, é só uma fraqueza que me bateu de repente.
- O que foi isso em seu braço?
- Devo ter cortado nos ferros do portão quando fugi daquilo.
A ferida que estava no braço de Elaine estava, em pouco minutos de ferido, totalmente infeccionado com sangue coagulado e escurecido que saia dela.
Preocupada, Poliana presta os primeiros socorros, lavando a ferida com soro e fazendo um curativo, ainda, dando-lhe uma injeção anti-inflamatória, porém, Elaine não melhora, passa a ter febre e seus olhos começam a avermelhar. Era um vermelho escuro, logo depois, todo o olho, que antes eram esbranquiçados, tornam-se negros.
Ela começa a perder os sentidos, suas mãos ficaram geladas e todo seu corpo iniciou um processo de emagrecimento, como se secasse um balão inflável lentamente.
Em meio à preocupação e medo, Poliana leva Elaine até o quarto, deita-a em sua cama.
- Lane! Você vai ficar bem, descanse um pouco! Vou buscar um pouco de água para você, está bem?
- Poli, por favor, desliga a lâmpada! Está me incomodando!
- Claro! Já vou buscar água e já volto!
Ao sair do quarto em direção à cozinha, algo bate em seu “desconfiômetro”.
- Como assim apagar a lâmpada? Como ela sabia que estava ligada? Incomodando?
Assim que ela liga os pontos, para a onde estava e olha para trás, então ela vê aquela silhueta de pé em sua cama. Com toda certeza, aquilo não era mais sua amiga.
Ela corre em sua direção enquanto a sombra começa a se mexer devagar ao seu encontro. Poliana chega primeiro a porta e a tranca dentro do quarto, a coisa lá dentro bate incontrolavelmente, mexendo na maçaneta e com uma voz grave, rosnava seu nome.
Poliana, desesperada, chora, quando então, tudo fica em total silêncio.
Ela anda devagar para a cozinha, pega alguns alimentos e líquidos, arrasta a geladeira para o outro quarto e se tranca lá dentro, encostando o que podia na porta. Cinco dias depois, toda a energia acabou.
Três meses e meio depois, ouve-se sons de carros do lado de fora, a energia volta, o sol retorna a brilhar pela janela do quarto e uma voz em um megafone a chamar.
- Atenção! Somos do exército brasileiro, se há algum sobrevivente por essa rua, por esse bairro, estamos aqui para resgatar vocês, saiam e entrem no ônibus.
Isso era repetido por quarteirões, porém, pouquíssimas pessoas conseguiram sobreviver.
No rádio, a notícia era científica, lembrava muito uma ficção, porém, real.
“A terra foi acometida por um evento incompreensível. Segundo os cientistas, um imenso oceano de matéria escura está passando pela borda de nosso sistema solar e, no movimento de translação da terra, ela passa dentro desse mar negro levando três meses até sair dele, nos dando nove meses para nos preparar até o próximo mergulho. Não existe previsão para o fim desse ciclo, pode durar milênios. O que sabemos, é que existem organismos vivos nessa matéria que invadem qualquer organismo vivo exposto a ele. Quando dentro, o som e a luz são consumidos e a melhor maneira de se proteger é ficar em lugares fechados. Os seres transformados são sensíveis a luminosidade”.
 Alguns militares entraram nas casas em busca de sobreviventes, por fim, entrando na casa de Poliana.
Arrombam a porta e entram no quarto onde Elaine estava, o ser totalmente modificado, com olhos negros, que se espanta por causa da imensa luz e tenta se esconder debaixo da cama, e é alvejado por tantas balas que possível.
Tiveram que usar um machado para entrar no quarto que Poliana estava e, ao entrar, percebem aquele corpo todo enrolado, sem se mexer e, com cuidado, um soldado se aproxima para averiguar a situação.
Ao mexer no corpo, ele não se mexe, ao virar, Poliana estava morta, em uma de suas mãos, um frasco de comprimidos.
- Ela cometeu suicídio senhor! – Diz o soldado.
- Vamos! Não temos mais nada a fazer por aqui.
Os militares voltaram para o caminhão, então, alguém faz um questionamento.
- Acho que ela se suicidou a pouco tempo. Se não, ela já estaria em estado de decomposição!
- Você verificou o pulso dela?
- E precisava? Ela estava... ops!
- Seca? Vamos! Voltem lá e matem aquele bicho!
Quando retornaram à casa, ela ainda estava deitada.
- Viu? Morta.
- Atirem!
Depois de uma rajada de metralhadora, apenas uma casca seca se desmonta, e um ser sombrio sai debaixo da cama coberto por uma coberta, gigantesco, que ataca todos que estavam no quarto, alimentando-se dos seus sangues.
Quando o comandante que estava do lado de fora, encostado no caminhão ouve os gritos e rosnado, chamam os outros para atacarem e, quando estavam entrando na casa, um imenso tentáculo sai de dentro para matá-los, mas é alvejado por tantas armas que eram possíveis ter naquele momento.
- É mais sério do que pensávamos! Não sabemos o que iremos encontrar daqui por diante. A humanidade nunca mais será a mesma.





Conto escrito por
Joamir Barros

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO



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Proibida a cópia ou a reprodução



Sinopse: Uma chacina sem precedentes assolou as ruas da capital do país como nunca visto antes, quinze anos depois, uma família vive tranquilamente em sua mansão em Tocantins, quando a verdade desse passado assustador volta na forma de uma vingança terrível e implacável.


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