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Boletim Virtual - Edição 94: Entrevista com João Victor Walchak

Boletim Virtual - Edição 94
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NA EDIÇÃO DE HOJE DO BOLETIM VIRTUAL:

- Escaleta: O céu e o inferno no diálogo no quadro "Entrelinhas" com Hans Kaupfmann
- Resenha do livro "A Metamorfose", de Franz Kafka no "Estante Literária" com Davi Busquet
- Aprendi a lidar melhor com meus problemas, além de ver o mundo de uma outra forma, e tentar passar isso aos meus roteiros, diz João Victor Walchak no Diário do Autor.
- Web Show só tende a manter o ritmo frenético desde que estreou com Marcos Vinicius no Visão Crítica com Marcelo Delpkin
- As últimas notícias no Giro Virtual.



  BOLETIM VIRTUAL - EDIÇÃO 94
 (SEXTA, 16 DE OUTUBRO DE 2020)

   

O CÉU E O INFERNO DO DIÁLOGO - por HANS KAUPFMANN

HANS KAUPFMANN: Chegando no texto primordial dessa série quando se trata do mundo virtual: O diálogo. Em se tratando de novelas e séries  (o foco de 90 % das obras virtuais) é no diálogo que sentimos a verdadeira tridimensionalidade do que se lê. É nele que nos identificamos já que a ligação primeira  entre personagem e expectador é "o que se diz". Com falas e ações mas muito mais pela fala, já que é a exposição maior do caráter do personagem.

Muitas obras perdem a oportunidade de ficar caladas. Uma cena de muito valor pode ser destruída por uma fala errada, e, em  compensação, um diálogo (e até mesmo um monólogo) pode salvar uma obra.

Nesse quisito mais do "O que fazer"  é estar atento ao "o que não fazer ": Exemplo

- Fala é sagrada numa cena. Se a cena exige diálogo, que seja relevante. Senão, melhor ficar mudo e trocar por uma ação.

-  Expressões e sotaques esteriotípam muito mais que a descrição física. Cuidado. Um rótulo posto não é fácil tirar.

- Escolha as cenas onde cuidadosamente exponha o personagem pela fala. Nem menos, nem mais.

- Sentimentos verbalizados só valem se não podem ser expressos por ações.

- Cuidado com o for prolixo. Uma história contada 2 vezes é encheção de linguiça.

Apesar de não existir fórmula, é de consenso entre roteiristas que um diálogo seja uma cena de propósito. O que sai de toda boca tenha uma importância para um objetivo. Isso faz com que crie no expectador uma memória de informações que por ventura seja util para entender outra cena de um momento futuro. E assim a obra como um todo esteja amarrada de alguma forma e isso conta muito.

Mas nem por isso toda fala tenha que ter uma frase de efeito. A cena é constituída de sequencias naturais de informação. Ou seja. Uma fala trivial sustenta a fala essencial da cena.

Está ai o ponto de equilíbrio do timing do diálogo.

Outra coisa: Falar  é se expor. Se você coloca tudo que seu personagem é na primeira cena de diálogo ele torna-se monótono com o tempo. Vale muito em obras principalmente longas que as personagens sejam expostas com administração.

Pra finalizar lembre-se que a emoção é o tempero do diálogo. Coloque sempre com maestria uma dose emotiva e seus diálogos sempre serão fartos de atenção.

Até a próxima.




RESENHA DO LIVRO "A METAMORFOSE" - por DAVI BUSQUET

Excluído, como humano, mas não de humanidade
Resenha do livro "A Metamorfose", de Franz Kafka

Ele ainda vivenciou o início do clarear geral do dia lá do lado de fora da janela. Depois, sem intervenção da sua vontade, a cabeça afundou completamente e das suas ventas fluiu fraco o último fôlego. (final da parte III)




Das muitas metáforas usadas por autores ao longo de toda a história para descrever um tema amplo e contundente como a exclusão, nenhuma foi mais precisa e, ao mesmo tempo, abrangente como a descrita por Kafka no livro "A Metamorfose". Muito embora, como espécie, tendamos, assim como quase todos os demais mamíferos, para a vida social, há sempre elementos de diferenciação — que podem ir desde peculiaridades comportamentais até orientações internas que definem cada indivíduo. Cores, atitudes e gostos — elementos muitas vezes tão superficiais que é difícil acreditar que possam representar tamanha dor, quando não são tolerados pelos demais membros da espécie humana.

Infelizmente a capacidade para mesclar essas diferenças no todo e enriquecer a diversidade encontram-se no próximo, e não no mesmo. Tão complexo quanto o homem é, este esqueceu-se do fato de que é da sua variedade e diversidade que vem boa parte de sua grandeza. Em sua obra, Kafka narra a trágica consequência de ser uma vítima dessa intolerância, e mostra, através da ficção absurdista, como se sente um membro de uma família ao acordar e se ver, daquele dia em diante, como um inseto asqueroso dentro de sua própria casa.

A metáfora utilizada, não por um acaso, choca e impressiona, e, ao longo de um texto forte e bem construído, é quase que abandonada pela percepção do leitor, quando este se depara com tamanha desumanização do personagem principal, Gregor Samsa. Isto significa que, passado o susto inicial com a transformação animalesca do protagonista, qualquer um em sã consciência redireciona sua atenção para a verdadeira tragédia — a gradual e irreversível descaracterização das relações sociais e humanas em torno daquela pobre vítima.

O jovem caixeiro viajante — algo equivalente, hoje em dia, a um representante de vendas —, que ao acordar se encontra já completamente metamorfoseado em um inseto monstruoso, de todas as maneiras possíveis tenta se comunicar com sua família, seu empregador e, em um momento futuro, com visitantes de sua casa. Contudo, como logo descobre, não apenas sua forma humana se foi, mas também suas capacidades de expressar-se; e, mesmo que em pensamentos e atitudes ainda permaneça fundamentalmente humano — ansiando por falar com seus pais e irmã, demonstrar interesse em retornar ao trabalho e contribuir novamente para o sustento do lar —, foi enxotado de volta ao seu quarto, para debaixo dos móveis e, dali pra frente, alimentado com sobras e retirado do convívio humano geral (familiar, doméstico e público).

A princípio, como qualquer leitor desavisado faria, muitos encontram na história, no máximo, um devaneio particular e cômico da parte de Kafka. Entretanto, ao acompanhar a mágoa profunda e humana daquele inseto que antes fora Gregor — sua dor pelos pais que o ignoram, o lamento por uma irmã que se sacrifica para alimentá-lo e a própria frustração por não ser nada além de um estorvo para sua família —, é possível associar tal situação a quase qualquer realidade onde a incompreensão carrega consigo a exclusão, a violência e, enfim, a morte.

Não é um exagero. Afinal, de que muitas maneiras possíveis consegue-se enxergar, hoje em dia, pessoas tratadas como insetos repulsivos em seu próprio lar? Talvez por uma escolha pessoal, uma decisão de vida ou mesmo um conceito moral tido como deslocado, muitos se tornem, da noite para o dia (assim como Gregor), um estranho em sua família, no trabalho ou perante a sociedade.

Rejeição, repulsa e violência — um filho que escolhe determinada carreira, uma filha que descobre sua sexualidade, uma esposa que encontra sua fé em outra religião. A incapacidade de tolerar as diferenças gera insetos repugnantes em incontáveis famílias todos os dias — e jamais por culpa daqueles tidos como diferentes —, sem contar os que são enxotados de comunidades ou varridos para longe de determinadas carreiras.




Na narrativa, Kakfa ainda apresenta a rejeição do empregador de Gregor, o qual exige uma postura profissional do jovem, como se sua então forma física — corpo bulboso, rastejante e patinhas de centopeia —, inviável para o cargo que desempenhava, não fosse sequer contemplado pelo chefe desagradável. Mais uma vez é a brilhante metáfora do autor exemplificando como o mercado de trabalho vê um funcionário como inadequado, tão logo este se torne algo que difira dos padrões pré-estabelecidos ou se enquadre num grupo de pouco prestígio para esta ou aquela carreira.

Enfim, num terceiro momento, quando da casa da família Samsa é feito um pensionato — de modo a compensar a perda financeira causada pela demissão de Gregor, este então relegado ao seu quarto transformado em depósito —, os inquilinos, representando, na obra, a sociedade de uma maneira geral, sentem pelo inseto incompreendido, num primeiro momento, curiosidade e, depois, o mesmo asco que todos os demais que com ele tiveram contato. É a insípida sensibilidade coletiva em ação: um momento de solidariedade falsa seguida por uma vida de rejeição das diferenças.

O livro, dividido de maneira simplista em apenas três partes, cativa através da tragédia inevitável, da insensibilidade geral e da humanidade inexpressível do personagem de aparência mais inumana da narrativa. Colocando-se no lugar de Gregor — mesmo para aqueles que talvez nunca tenham sofrido com a exclusão a nível familiar, trabalhista ou social —, é possível sentir seu isolamento, abandono, sua fome, violência, auto-imagem distorcida, exclusão do processo produtivo e econômico, morte e, por consequência, seu esquecimento.

Inclusive a irmã, que no começo da história cuida e zela pela tolerância a Gregor, uma hora cansa e declara que todos seriam mais felizes se desfazendo do irmão — uma alusão interessante se pensarmos em pacientes terminais e inválidos no seio familiar, onde, nem sempre, se tem a totalidade dos cuidados que tal tipo de pessoa demanda.
O destino de Gregor é, sob muitos aspectos, o mesmo que o de inúmeras pessoas no mundo inteiro, e por toda a história da sociedade humana organizada — ser visto como um inseto, varrido pra debaixo da cama, eliminado da sociedade, sustentado com lixo e sobras, agredido com indiferença e esquecido depois de sua morte. A exclusão por diferenças, do modo que Kafka apresenta, continua atual, cruel e mascarada das mais cínicas metáforas que a espécie humana ainda é capaz de criar.


Por Davi Moreira Busquet
Autor de contos, livros e resenhas; participante da antologia Lua
Negra, pela WebTV, com o conto Rokitansky; vídeo-resenhista
do canal Um Livro em Mente, no YouTube; ávido leitor e agora
com material exclusivo para o quadro Estante Literária, também da WebTV.


RITINHA APRESENTA O ESPECIAL "POR DENTRO DA WEBTV", SÉRIES DE WEB ESTÁ DE VOLTA, VEM AÍ NOVA FAIXA DE ANTOLOGIA - por MARCOS VINICIUS

MARCOS VINICIUS: Boa  noite galera, tudo certo com vocês? Chegamos para mais uma edição do nosso Giro Virtual. Curiosos sobre as novas do MV? Acompanhem comigo!


Uma década e meia


Em comemoração aos 15 anos da WebTV, Ritinha vai mostrar os bastidores da emissora no especial "Por Dentro da WebTV". Agora tem uma pergunta que não quer calar, será que ela conseguiu invadir a sala secreta da emissora? Fiquei sabendo que lá contém sinopses, obras e pilotos de programas nunca exibidos. A estreia será na próxima segunda, dia 19. 



Dose Dupla I

Duas séries entram na grade de programação da WebTV. No último dia 11 de outubro estreou a série "Coisas da Vida" de Douglas Souza. Na trama, Dog (Simon Bird), Leo (Matt Bush), Jú (Stacey Farber) e Pato (Martin Star), vão descobrindo aos poucos o quanto amadurecer pode ser difícil. 


Ficou curioso? Então não perca esta história!



Dose Dupla II

A outra série que irá ao ar é "O Dom - Vidas do Árido" de Vitor Zucolotti. A trama estreia dia 23 de outubro. E se você pudesse curar? Que preço cobraria? Será que Deus é capaz de nos presentear com um Dom? Até quando este Dom pode ser de fato um presente e não um castigo divino? A história conta com Lázaro Ramos (Domênico), João Miguel (padre Emerenciano) e Alice Braga (Alice).



Não vai perder esta série também, né?




Um novo desafio

Samuel Brito, autor da minissérie PSI, estreou sua novela na CyberTV. A trama intitulada "Pedra de Tropeço" é ambientada nos anos 60 no sertão nordestino, onde uma menina é vendida pelo pai por um punhado de sal. Após viver anos como acompanhante de luxo em Nova York volta à cidade natal para reencontrar a família e acaba se apaixonando pelo cunhado gerando uma grande intriga. 


Uma história cheia de idas e vindas com a marca do autor. Vale a pena conferir!




Ele está de volta


O grande autor Francisco Siqueira, da premiada e aclamada trama "Eu, Kadu", retorna com mais uma grande história à CyberTV. Trata-se da minissérie "Os pecados de cada um". Confira a sinopse abaixo e se delicie com a história. A minissérie estreia dia 26 de outubro na faixa das 23:00 horas. Imperdível!

"Personagens mergulhados em seus conflitos particulares, impulsionados pelas incertezas, desejos e até mesmo fantasmas de um passado traumático, desfilando sob uma narrativa sombria, por vezes angustiante e nem um pouco linear, onde temas como questões psicológicas, sexuais e familiares passeiam alguma das vezes no limite entre sonho e realidade — deslocadas, transfiguradas.


Passado e presente caminham lado a lado, enquanto as teias do destino, ou do livre arbítrio, tecem uma cortina de retalhos permeada pela complexidade humana e seus lugares mais assustadores, doentios e bizarros."




E o que nos une


A novela de Igor Fonseca está chegando no fim na DNAtv. A trama intitulada "O que nos une" se despede da grade de programação com bons números de audiência, embora a emissora ainda esteja enfrentando grandes problemas de divulgação. 


Ainda não conhece a trama? Corre lá na DNA e acompanhe esta história cheia de reviravoltas que você não irá se arrepender.




O Poder da Escrita

E o famoso jornalista e apresentador Pedro Bial resolveu compartilhar toda a sua experiência com o público. De 15 a 19 de outubro, ele vai ministrar e apresentar a websérie gratuita mostrando as mesmas técnicas utilizadas por ele há mais de 40 anos. Imperdível, não é? Se inscrevam e aproveitem esta rara oportunidade de ampliar os conhecimentos na escrita.




O sucessos das Antologias

Contos Contemporâneos da Violência Urbana foi um sucesso. Foram 29 contos aprovados e ao invés de lançar a uma temporada, a WebTV vai lançar duas temporadas, ou seja, a 2ª temporada terá 15 episódios e a 3ª terá 14. A estreia será no dia 6 de novembro, inaugurando a nova faixa de antologias da emissora. 

Já a Antologia Nosso Amor substituirá a Antologia Lua Negra. A estreia será no dia 20 de novembro. Elas vão dividir o horário até o dia 4 de dezembro. Ao todo serão 8 episódios.




De voltaaaa!!!

O Series de Web voltou oficialmente no dia 27 de setembro, sob o comando de Lucas Serejo, Gabriel Fonsêca, Lucas Gomes, com apoio de Domingos Santiago.

Na volta do site, as obras que marcaram presença foram: Dark King de Thay Marapon Kin, Meu Rio de Lucas Serejo, Insônia: contos de horror e suspense de Gabriel Fonsêca, Armadilha de Douglas Oliveira e Destinos Cruzados de Cleiton Barbosa. No entretenimento o destaque ficou por conta do programa Rumo aos 10 anos apresentado por Gabriel Fonsêca.




Bom, galera, por isso era hoje. Fiquem com Deus. Fiquem em paz. E não deixem de conferir as tantas novidades do nosso glorioso MV.



WEB SHOW SÓ TENDE A MANTER O RITMO FRENÉTICO DESDE QUE ESTREOU COM MARCOS VINICIUS - por MARCELO DELPKIN

MARCELO: Olá!!! Marcelo Delpkin na área… de novo. Estive afastado do Mundo Virtual por um tempo pra cuidar da saúde, estou de volta pronto pra mais.

 

 

Há alguns meses, fiz uma resenha sobre o programa Web Show, daqui da WebTV, no Plantão Backstage (CyberTV). Desde então, o programa de Marcos Vinicius passou por atualizações e por entrada de novos quadros. É sobre eles que vou comentar no Boletim Virtual de hoje.

 

O último programa exibido foi o 4x02, com Jaime Lucas Mattos como entrevistado. A edição começa com um suposto diálogo entre pai e filha – seriam Marcos e sua pequena herdeira? Pelo sim pelo não, a cena dá lugar a uma apresentação de Katy Perry com Fireworks, seguida pela entrada do entrevistado. Como de praxe, segue a ficha técnica do rapaz. A conversa acontece de forma descontraída e cheia de assuntos.

 


 


No quadro Desafio, Jaime deve escolher cinco obras do mundo editorial e mais cinco do virtual que considera mais marcantes. A Metamorfose, Dom Casmurro, Anti-Herói e Caminho Único estão entre elas. E Se Eu Pudesse Ser? é a principal novidade do programa. Jaime disse que gostaria de ser o Dr. Addan de Vale Dicere dentre os antagonistas das histórias do MV. Uau! A dinâmica é justamente o convidado dizer que personagens protagônicos e antagônicos gostaria de ser na literatura virtual e na “oficial”. Após o básico Bate-Bola de todo programa do MV e da TV, eis que surge o felino da WebTV. Não, o Leão e o Gato Preto não vieram para cá (ainda): estou falando do mascote Castiel, acariciado por um convidado sim e por outro também. Miau! Em O Público Quer Saber, no qual o público são alguns escritores do MV, há perguntas de Failon Teixeira, Glaydson Silva e da moça da foto abaixo:

 


 


Se fosse presidente de uma emissora de MV, Jaime escolheria a Rajax e ampliaria a divulgação no sentido de chamar novos leitores. O programa termina com declarações pra lá de positivas ao coleguismo e à amizade de João Paulo Ritter.

 

Marcos Vinicius não deixa a peteca cair e faz com que as entrevistas estejam sempre animadas e cheias de revelações. O garçom cenográfico Altair e o gato Castiel são uma atração a mais. Web Show só tende a manter o ritmo frenético desde que estreou com o autor de O Assassino dos Meus Sonhos.

 

 

Até á próxima, pessoal!



APRENDI A LIDAR MELHOR COM MEUS PROBLEMAS, ALÉM DE VER O MUNDO DE UMA OUTRA FORMA, E TENTAR PASSAR ISSO AOS MEUS ROTEIROS, diz JOÃO VICTOR WALCHAK

Ele mora em Sorriso/MT. Conheceu o Mundo Virtual a partir do TV Mix. Na OnTV publicou série “Mefistofélica”. De volta o TV Mix, João Victor Walchak escreveu um especial de ano novo chamado "Sete Dicas Para o Infinito", que contou a história de uma mulher que perdeu seu marido, companheiros de um ritual de fim de ano. No primeiro fim de ano, após a perda de seu amor, ela teve que realizar os 7 passos sozinha. João escreveu outro especial, chamado "Uma nova Chance de Amar". A novela 1ª novela escrita por João foi “Encontros Mortais” que apostou no gênero horror. Em seguida produziu a série “Tormentos” do gênero terror psicológico, que entrou para o projeto de Insane Fears. Atualmente trabalha na produção do roteiro de duas séries de temas totalmente opostos. João, seja bem-vindo ao Diário do Autor.




JOÃO VICTOR WALCHAK: Muito obrigado Gabo, é uma honra estar aqui hoje participando dessa entrevista, e olá a todos os leitores, um beijo de luz.


GABO: João, com que idade você descobriu a paixão pela escrita? Qual foi a maior dificuldade enfrentada no início?


JOÃO VICTOR:
Olha, eu não lembro muito bem, mas recordo que quando eu tinha uns 12 anos ou menos, eu queria escrever um livro, mas nada saiu do papel kkk. Acredito que a minha maior dificuldade, assim como a de maioria, é não sair tudo conforme o planejado, isso acaba frustrando muito, além de do meu tempo escasso, e minha TDAH, isso me trás muita dificuldade ao realizar um projeto.


GABO:
Além de escritor, você é ator. De que maneira a experiência da atuação te ajudou como autor?


JOÃO VICTOR:
Sempre quando eu pego um personagem, eu gosto de desmembrar ele, e construir cada ponto dele, pois é muito importante para uma atuação, e isso ajuda ao escrever, quando escrevo, eu faço o mesmo, tento desmembrar e construir o máximo de camadas a cada personagem, pois isso é muito importante. E quando digo em desmembrar, falo sobre saber desde a cor, cantora e comida favorita, até o maior trauma já vivido.


GABO:
Quando você conheceu o MV, quais foram as suas primeiras impressões? Alguma vez já pensou em desistir?


JOÃO VICTOR:
Um mundo tóxico rsrs, e minha opinião não mudou muito, porém, como eu construí grandes amizades, é um lugar que eu ainda frequento, pelos laços que fiz, e acredito eu, que por ter se tornado parte da minha rotina. Já pensei em desistir várias vezes, mas como eu estou ligado a amizades dentro desse meio, é impossível me desvincular.


GABO:
Todo autor possui uma referência. Quem você considera sua grande inspiração?


JOÃO VICTOR:
Atualmente, minha grande inspiração é o Cao Hamburger, que escreveu Malhação – Viva a Diferença, Pedro e Bianca, Castelo Rá-tim-bum entre outros projetos sensacionais (E vem As Fives aí, assistam) e além dele, possui Paulo e Rosane, Giba, Glória Perez, entre outros.


GABO:
Você já escreveu contos, novelas e séries em roteiro. Dentre os diferentes formatos, o que você aprendeu com eles e qual foi a obra que você mais gostou?


JOÃO VICTOR:
Aprendi sobre grandes causas sociais (nas pesquisas), aprendi a lidar melhor com meus problemas, além de ver o mundo de uma outra forma, e tentar passar isso aos meus roteiros. Uma das obras que mais gostei de escrever, foi Sete Dicas Para o Infinito, pois ela fala muito sobre o amor, um sentimento lindo, e real.


GABO:
João, com qual personagem criado você mais se identifica? Quais afinidades vocês possuem?


JOÃO VICTOR:
Com um que ainda não escrevi sobre q. Mas acredito que com o Arthur de Insane Fears – Tormentos, pois ele é um personagem frágil, que nutre dentro dele um sentimento de falta, e que faz ele não se encontrar no mundo e a realidade em que vive.


GABO:
O projeto “Insane Fears” consistia na produção de séries com temáticas de terror e suspense sem conexão direta entre si. Você foi responsável pela história “Tormentos”, que teve como enredo um jovem que sofre de pesadelos e uma jovem que sofre de paralisia do sono e ambos eram unidos no sono e mundo real pela figura de um homem misterioso. Como surgiu a história central da série? E como foi o feedback do público?


JOÃO VICTOR:
A história surgiu quando eu pesquisei a fundo sobre a paralisia do sono, porém eu precisava de algo a mais, e foi quando eu adentrei ao projeto Insane Fears, onde se encaixou perfeitamente. O público reagiu de forma boa, claro que poderia ser muito melhor, mas em um geral, digo que foi nota 3.


GABO:
Como foi participar do projeto “Insane Fears”? O que você pode contar dos bastidores onde outros autores também participaram?


JOÃO VICTOR:
Aí foi incrível, a troca entre os autores foi maravilhosa. Sobre os bastidores, ahhh, Mefistofélica era para  ser no TV Mix, em Insane Fears, mas não foi aceita, por que será? rsrs


GABO:
Fazendo uma análise entre a série “Mefistofélica” sua estreia no MV com o último trabalho publicado “Tormentos“ como você se auto avalia? Quais são os pontos positivos e negativos desta etapa da sua trajetória?


JOÃO VICTOR:
Acredito que a condução da história e de cada personagem, eu apresentei uma enorme evolução, porém em ambos eu falhei no final.


GABO:
Durante os trabalhos em uma obra, incluindo argumento, resumo, ideias, como é a sua organização e rotina ao longo da trama? Quanto tempo em média você leva para escrever um episódio?


JOÃO VICTOR:
Eu demoro horrores, 1 mês cada ep qqqq kkkkkkk. O processo requer pesquisas, e tempo me falta tempo, então é um problema, e faz o processo ser demorado, porém tento ao máximo construir cada camada de meus personagens, antes de iniciar.



Uma Nova Chance para Amar foi um especial escrito por João Victor Walchak



GABO:
Com vários trabalhos em roteiro, você tem pretensões de escrever histórias literárias? Tem possibilidade de lançar um livro futuramente?


JOÃO VICTOR:
Tenho sim, porém lá para frente, um dos meus projetos é lançar um livro de suspense, mas será um processo mais demorado ainda...


GABO:
Quando o assunto é crítica o que você pensa a respeito? Até que ponto ela pode chegar?


JOÃO VICTOR:
Acho que toda critica construtiva é válida, ao momento que a critica passa a humilhar, deixa de ser crítica, e se torna apenas uma prepotência de quem faz a “critica”.


GABO:
João, o que você faz quando surge o bloqueio criativo? Tem algum momento que você ficou preocupado diante do bloqueio?


JOÃO VICTOR:
Nossa, sim, na metade de Encontros Mortais, eu não sabia o que fazer, cheguei até a reescrever capítulos, devido ao que eu apresentei. Porém o Glaydson me ajudou muito, e deu tudo certo (ou quase tudo).


GABO:
Quem é João Victor fora do Mundo Virtual?


JOÃO VICTOR:
Um ser qualquer. Não sou nada além de mim, um mero mortal.


GABO:
João, agora vamos para o nosso bate-bola. Preparado?


JOÃO VICTOR:
Eu não, hm


BATE-BOLA:


ROTEIRO:
Vida
LER:
Fundamental.
ESCREVER:
Libertar-se
TV MIX:
Passado
ONTV:
Presente
MEFISTOFÉLICA:
Ícone atemporal (Ironia)
ENCONTROS MORTAIS:
Parte de mim.
TORMENTOS:
Fim de um ciclo.
FRASE:
Uma produção artística séria, nada mais é que o espelho social de sua época.
JOÃO VICTOR POR JOÃO VICTOR:
Toma vergonha na cara e tira os seus projetos do papel.


GABO:
João, obrigado pela entrevista aqui no Diário do Autor. Fica o espaço para as considerações finais.


JOÃO VICTOR:
Eu que agradeço Gabo, foi incrível estar aqui com você hoje! Tchau a todos, beijos. Não tenho o que falar rsrs


GABO:
Valeu, João pela participação no Diário do Autor. O Boletim Virtual fica por aqui. Até a próxima edição. Um ótimo final de semana pra vocês.




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Marcelo Delpkin
Marcos Vinicius

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João Victor Walchak

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