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Boletim Virtual: Edição 95 - Entrevista com Marcos Vinicius

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NA EDIÇÃO DE HOJE DO BOLETIM VIRTUAL:

- Construção da CENA: Pérolas do colar no quadro "Entrelinhas" com Hans Kaupfmann
- Resenha do livro "O Homem Duplo", de Philip K. Dick no "Estante Literária" com Davi Busquet
- No literário encontro mais liberdade para descrever sensações, porque no roteiro isso precisa ser mais técnico, diz Marcos Vinicius no Diário do Autor.
- As últimas notícias no Giro Virtual.



BOLETIM VIRTUAL - EDIÇÃO 95
 (DOMINGO, 25 DE OUTUBRO DE 2020)

   

CONSTRUÇÃO DA CENA: PÉROLAS DO COLAR - por HANS KAUPFMANN

HANS KAUPFMANN: Se você acompanhou até aqui nossa série sobre roteiro, já concordou que para a montagem desse colar que é a obra, temos a unidade principal. A CENA.

É importantíssimo saber que a qualidade de uma obra tem cuidado com tudo - Absolutamente tudo - que vai se apresentar. Uma personagem, coadjuvante ou não tem um propósito pois tudo que você demonstra, faz criar uma expectativa de função. E é a cena que confirma esse link entre roteiro e expectador. Mesmo que você subverta isso.

Um close numa peça. Uma descrição de cenário. Um som inserido uma ação fortuita e até mesmo uma pausa dramática, tudo tem que dar o ritmo e o peso da obra que você deseja mostrar. Caso contrário criará no expectador a sensação de perda de tempo.

Portanto uma cena existe por um propósito. É um recorte na vida dos personagens que somam com muito a se dizer sobre eles.

De uma forma genérica pergunte pra si sobre a cena:  Quem?  O que? Quando?

Para quem tem tudo na escaleta e no argumento já sabe a resposta. Mas ao escrever estas 3 perguntas tem que ter a firmeza do autor: É justificar a presença dela.

Mas atenção: o propósito dela quanto mais diluído, mais forte será o desenlace. O jogo de esconde mostra, colocado progressivamente durante a trama faz a curiosidade ser o melhor dos nossos comparsas. Um telefonema misterioso, um retrato na parede estranho, vai dando o timing perfeito para o clímax das revelações.

Outra coisa é fazer o cabeçalho como parte que ajude dramaticamente a cena. O local em si pode nos ajudar a sugerir uns estados de espírito, o que faz economizar diálogos que exijam essa ambiência. Quando 2 policiais discutem coisas importantes enquanto comem um cachorro quente ou quando estão num banheiro público, dá a sensação de urgência das informações , interferindo até na administração do tempo das personagens.

O tempo de uma cena depende do nível de esclarecimento dela. Se há o que se esconder, o tempo curto ajuda. Se a intenção é esclarecer o tempo mais esticado transmite importância. Mas cuidado na dosagem de ambas.

E por fim sempre tenha na mão tudo que escreve. Imagine a cena e descreva. Omita apenas o que conseguira revelar depois. Se a cena tiver perguntas, não esqueça das cenas de respostas depois. Ou pelo menos que avise o espectador que essas respostas não existem.

Quando é você que domina a cena, tenha certeza que a obra é bem-sucedida. Caso contrário você é engolido pela contradição.




RESENHA DO LIVRO "O HOMEM DUPLO" DE PHILIP K. DICK - por DAVI BUSQUET

O outro em cada um dos mesmos
Resenha do livro "O Homem Duplo", de Philip K. Dick

Este é um romance sobre algumas pessoas que foram punidas excessivamente pelo que fizeram. Elas queriam se divertir, mas eram como crianças brincando na rua; podiam ver uma depois da outra sendo mortas — atropeladas, mutiladas, destruídas —, mas continuavam a brincar de qualquer forma. (...) O abuso de drogas não é uma doença: é uma decisão, como a decisão de sair da frente de um carro em movimento. Não se chamaria isso de doença, mas de um erro de julgamento. Quando um monte de pessoas começa a fazer isso, é um erro social, um estilo de vida. (...) Não há moral neste romance, ele não é burguês, não diz que eles estavam errados em brincar quando deviam estar trabalhando; só conta quais foram as consequências.
 (Nota do Autor)



Como se não bastasse a inteligência e o esclarecimento de PKD (Philip K. Dick) ao escrever "O Homem Duplo", ele ainda por cima resenha a própria obra, explicando com clareza a que ela se destina e dispensando com cortesia as palavras insuficientes deste que aqui vos escreve — tudo em apenas duas simples páginas na seção "Nota do Autor".

Reconhecido principalmente por suas publicações de ficção científica, que inspiraram diretores de cinema e diversos outros autores — enriquecendo o gênero como nunca antes —, PKD sempre procura abordar assuntos polêmicos, ora como um protesto particular, ora como meio de conscientização do público.

Sua inteligência, é claro, não se limita tão somente ao seu poder de síntese nessas poucas palavras, mas assoma vertiginosamente aos céus, quando transforma num livro de ficção científica uma questão tão delicada e atual como o uso e o combate às drogas.




Apesar do livro ter sido escrito nos idos de 1977, em uma década aceita como início oficial da guerra às drogas, o tema, em 2020, ainda é recorrente e, portanto, a obra de PKD continua provocando grande reflexão acerca dos limites da personalidade de cada indivíduo e a relação de cada um com as substâncias psicoativas ilegais da sociedade — seja como usuário, opositor, vendedor ou simplesmente testemunha das mazelas que elas trazem ao mundo.

A trama, elaborada numa narrativa que oscila entre o técnico e o vulgar, se desenvolve em capítulos longos e, muitas vezes, maçantes, e trata da vida de Bob Arctor (ou Fred), que é, ao mesmo tempo, um viciado em uma droga fictícia chamada de Substância D e um policial do grupo de controle de drogas de sua cidade.

Quando não está atuando na frente de seus amigos e pessoas que desconhecem sua profissão, Fred (ou Bob) veste um disfarce, um traje misturador, que, assim como sua auto-imagem mental confusa, borra sua aparência física, tornando-o impossível de ser identificado.

A dualidade nas funções desempenhadas pelo protagonista não são por um acaso. No livro, a Substância D (de Death, morte) causa dissociação cognitiva em seus usuários, fazendo com que tendam a desenvolver distúrbios de múltiplas personalidades, paranoia, psicose grave, incapacidade e debilidade total, e, finalmente, a morte.

Bob (ou Fred), como usuário dessa droga, com o tempo deixa de se ver como a identidade secreta de Fred (ou Bob), e vice-versa, entendendo a si mesmo como um estranho e o outro em si como alguém à parte dele próprio. O conceito da personalidade dividida, que a princípio pode parecer confuso, é bem demonstrado na própria estrutura narrativa do livro, o qual por vezes provoca desorientação no leitor, além da sensação de não saber de que personagem está sendo falado.

Ainda, em outros trechos, excepcionalmente naqueles em que os amigos viciados de Bob (ou Fred) conversam e debatem sobre algum tema, a leitura torna-se extremamente arrastada e sem informação alguma para se acrescentar ao leitor, o que lhe dá a impressão de estar perdido no meio de um diálogo com pessoas completamente drogadas e desorientadas — o dito papo de doidão.

Tais passagens (e as sensações que elas provocam) são plenamente propositais, e é justo nesse ponto que o esclarecimento de PKD vem à tona. Tendo sido ele mesmo (o autor) um viciado em drogas, e experimentado, além das consequências de seu vício, estadias em clínicas de recuperação, tentou demonstrar através desse livro todas as sensações vivenciadas por ele e muitos de seus amigos da época.






Os debates intermináveis e sem sentido entre viciados, a confusão mental, a perda gradual de sua personalidade, a condição subumana à qual se sujeitavam, a degeneração, sujeira, desespero e, enfim, a morte — ou, como foi o caso de PKD e alguns de seus personagens na trama, a internação em clínicas de recuperação, que nem sempre tinham a melhor das intenções ao abrigar ex-viciados.

A noção de realidade alterada e o pano de ficção científica vestindo temas polêmicos — marcas registradas das obras de PKD — foram usados de maneira mais modesta em "O Homem Duplo", de modo a demonstrar as consequências de se envolver com as drogas, contudo, sem perder o caráter ficcional ao qual se propõe.

Embora, a princípio, o livro pareça uma narrativa romantizada sobre a vida de usuários de drogas e seus relacionamentos, logo ele entra numa cética descrição do único fim possível para aqueles que ingressam nessa vida. É nesse ponto que se identifica, por parte do autor, um desabafo, feito de maneira sutil, mas com um recado direto e bastante contundente ao leitor.

E ainda que o tom da narrativa tente, da melhor maneira possível, ficar entre o conservador e o científico, inevitavelmente a leitura provoca o sentimental do leitor, levando-o a olhar com cuidado esse universo, ao passo que se ressente das mortes provocadas por motivos tão banais, negligentes e infantis.

O outro em Bob (ou Fred), assim como em cada personagem de todo livro de PKD — e também em muitas pessoas pelo mundo —, é aquele que se perde, que não sabe distinguir o real da fantasia, que vive num mundo cujas bases são as ilusões, os sonhos fáceis e as mentiras; o outro é a droga, a imagem borrada (como aquela no traje misturador do policial disfarçado), a oferta fácil e a consequência definitiva, tudo junto num único comprimido — este vendido em grandes quantidades, a um preço acessível e em qualquer esquina de toda cidade no mundo.


Por Davi Moreira Busquet
Autor de contos, livros e resenhas; participante da antologia Lua
Negra, pela WebTV, com o conto Rokitansky; vídeo-resenhista
do canal Um Livro em Mente, no YouTube; ávido leitor e agora
com material exclusivo para o quadro Estante Literária, também da WebTV.


DOIS SITES ESTÃO FICANDO MAIS VELHOS, ALGUÉM VIU O INFINITY AWARDS E O TROFÉU IMPRENSA 2020? - por RITINHA

RITINHA: Olá, meninas e meninos. Turo bom? Alguém dois sites estão ficando mais velhos. Quem será? Algum palpite? Infinity e Troféu Imprensa 2020, qual premiação virá primeiro?


Sucesso


O especial Por Dentro da WebTV rendeu ótimas curiosidades sobre a emissora. A comemoração sobre os 15 anos do dinossauro do MV (emissora mais antiga) foi emocionante. Com vários depoimentos e curiosidades, foi possível reviver momentos que marcaram, além de mostrar layouts da primeira fase do canal, vídeos e aberturas em gifs, uma era importante para o crescimento da rede.



Pronúncia

Ainda sobre o especial da WebTV, o mistério chegou ao fim. Finalmente foi revelado a pronúncia correta da WebTV. O público teve a oportunidade de votar em uma enquete no stories do Instagram da emissora e entre uébeteve ou uébitivi, o público mostrou que eles não brincam em serviço... Com 65% eles acertaram a alternativa correta. A pronúncia certa é uébeteve.



A festa continua I

Alguém chama a Ivete Sangalo pra animar a festa? A webtvplay vai completar um aninho no próximo dia 27. Viva. O canal de streaming possui novela, série, minissérie, filme, conto, programa e jornalismo. Recentemente o canal adicionou o top 5 com as atrações mais acessadas. É luxo que fala, mores? E tem série inédita chegando no streaming, Cruel Summer é a grande novidade da webtvplay para fechar o mês do Halloween. Ameeei, menina.






O promocional do sorvete babadeiro causou tanto que recebeu mais de 15 curtidas no Instagram em menos de meia hora e gerou expectativa.



A festa continua II


Fazendo parte do combo dos 15 anos do canal, além do novo site que foi lançado no ano passado e do recente especial "Por Dentro da WebTV", ficou faltando algo, não? Quem acompanhou a edição 83 do Boletim ficou sabendo que eu falei sobre um especial do boss, não foi? Pois é, menina. O especial está em produção e será exibido ainda esse ano viu? E a partir do dia 26 de outubro, a WebTV troca de idade. A emissora completa 16 anos compartilhando leitura no MV. 



Homenagem

Menina, o novo logotipo da CyberTV lembra duas empresas a "Monday" e a "Warner Music". 



Será que foi uma homenagem?



Cadê?

Programado inicialmente para o dia 11 de outubro, o Infinity Awards foi adiado para o dia 18, porém a data passou batida e a premiação da OnTV foi adiada novamente. Neste ano o evento será apresentado através de um podcast e a trabalhosa edição da gravação seria o motivo do atraso do Infinity. Vamos torcer para sair antes do Troféu Imprensa Virtual 2020 da WebTV, outro evento que tá atrasado. Hello, produção, qual premiação virá primeiro? To indo atrás de alguma informação.




Mais histórias


O investimento no literário não para! A WebTV recebeu novas inscrições e a seleção dos "Contos Literários" garante novas histórias até abril de 2021. Por hora as inscrições seguem abertas e em breve novos editais de antologias serão lançados. Eita.



RITINHA: Por hoje é só. Até uma próxima. Beijos de luz.



NO LITERÁRIO ENCONTRO MAIS LIBERDADE PARA DESCREVER SENSAÇÕES, PORQUE NO ROTEIRO ISSO PRECISA SER MAIS TÉCNICO, diz MARCOS VINICIUS

Ele mora em Caxias do Sul/RS. É escritor, roteirista e storyteller. Chegou ao Mundo Virtual através do amigo Geraldo Medeiros, em 2019, onde publicou a minissérie em roteiro “O Assassino dos meus Sonhos”. Em seguida, Marcos Vinicius lançou a minissérie literária “En las cercanías de Alcatraz”, spin-off da minissérie “No Magic” de Melqui Rodrigues. Já em 2020 estreou o conto “Bem-vinda a Stanley's de Leicester” e a trilogia de contos “Estandarte Negro”. Na WebTV estreou no “Giro Virtual” no Boletim Virtual, “Jornal Online” e assumiu o comando do talk show “Web Show” atualmente na 4ª Temporada. Marcos, seja bem-vindo ao Diário do Autor.







MARCOS VINICIUS: Olá, Gabo. Uma honra participar aqui contigo. Pode mandar ver aí que eu tô preparado!

 

GABO: Marcos, vamos voltar um pouco no tempo. Quando você percebeu o interesse pela escrita? A primeira experiência foi com o roteiro ou o literário?

 

MARCOS VINÍCIUS: Sempre gostei muito de ler e escrever. Tenho um irmão escritor com cinco livros já publicados. Cursei dois anos de jornalismo também. Minha primeira experiência foi com histórias curtas, contos propriamente dito, mas nunca os publiquei em lugar nenhum. Como também amo filmes e séries, comecei me interessar pra escrita de roteiros. E no MV a primeira experiência foi com roteiro, porém hoje relendo este, vejo que foi bem cru. Estou para revisá-lo e publicá-lo novamente em outra emissora.

 

GABO: Logo depois do roteiro veio a experiência com o literário. Quais diferenças você percebeu entre as duas modalidades?

 

MARCOS VINÍCIUS: No literário encontro mais liberdade para descrever sensações, porque no roteiro isso precisa ser mais técnico. Mas amo os dois estilos, porém pretendo focar mais em roteiros para séries e minisséries e literário somente para alguns contos.

 

GABO: Durante os trabalhos do roteiro de um curta metragem com o autor Geraldo Medeiros você conheceu o MV. O que você achou de imediato?

 

MARCOS VINÍCIUS: Achei magnífico. Não conhecia e me encantei de primeira. Muitas obras boas, autores de primeira. Muito feliz hoje em dia ao fazer parte.

 

GABO: “O Assassino dos meus Sonhos” marcou a sua estreia no MV. Qual foi a inspiração para criar a história de Jony Stela?

 

MARCOS VINÍCIUS: Minhas inspirações para a história vieram de alguns filmes e séries de suspense policial. Acho o nicho muito rico onde se pode criar personagens bastante marcantes. Fico feliz em ter alcançado este objetivo, pois Jony Stela faz sucesso no MV. Pretendo trazer ele de volta em uma segunda temporada, mas este ano não rola, não.

 

GABO: Como foi a receptividade da sua primeira obra que conquistou prêmios no MV?

 

MARCOS VINÍCIUS: Fiquei muito surpreso porque realmente não esperava. Primeira obra, como disse anteriormente, um roteiro cru com muitos pontos à melhorar. E assim mesmo conquistando alguns prêmios. Muito feliz!

 

GABO: Marcos, a minissérie “En las cercanías de Alcatraz” é um spin-off da minissérie “No Magic” do autor Melqui Rodrigues. Como surgiu a oportunidade de escrever o spin-off?

 

MARCOS VINÍCIUS: Sou apaixonado pela história de No Magic e pelo personagem do homem da cabana. Quando li me veio à mente a ideia de contar a história daquele personagem. Pedi autorização pro Melqui, que de imediato autorizou. En las cercanías de Alcatraz já chegou com sua Season II, não contando mais a história daquele personagem, mas seguindo a linha da história.





 

GABO: Como foram os bastidores do spin-off que conta a história da detetive Carmen Sanchez? Conta pra gente curiosidades sobre o processo criativo e dificuldades encontradas durante os trabalhos.

 

MARCOS VINÍCIUS Foi incrível. Quando li No Magic e a cena do homem da cabana já me veio mil ideias. Precisava contar a história daquele personagem. Ele seria um vilão, consequentemente, precisaria de um mocinho ou mocinha para a história. Foi aí que veio Carmen Sanchez, uma detetive bastante eficiente para o caso. Uma protagonista com seus altos e baixos, mas com um objetivo a cumprir. A partir daí foi que surgiram outros personagens bastante importantes para esta história. Convido todos que não conhecem, à procurarem no acervo da CyberTV, En las cercanías de Alcatraz e suas duas temporadas disponíveis.

 

GABO: Vamos falar de inspiração. Quais são as suas referências? Na escrita você prefere o ambiente calmo ou coloca uma trilha sonora no fundo?

 

MARCOS VINÍCIUS: Cara, quando assisto algo que eu realmente gosto sempre me surgem ideias de histórias. Foi assim com A Escudeira e, consequentemente, a série A Escudeira de Gudwangen. Minhas inspirações vieram depois de assistir todas as temporadas de Vikings e The Last Kingdom. Com Estandarte Negro foi a mesma coisa. Agora falando do momento de escrever, pra mim é em qualquer lugar, qualquer ambiente. Haha podem achar engraçado e estranho, mas é verdade. Às vezes tô no ônibus indo trabalhar e vem uma ideia, já abro o bloco de notas e anoto tudo. Um dia pode se tornar algo maior.

 

GABO: Marcos, você já publicou vários contos, participou de antologia e escreveu uma trilogia. Diferente da minissérie ou série, o processo do conto é mais ágil por ser um único episódio. Dentre os contos e antologias concluídos, qual é o seu preferido e porquê?

 

MARCOS VINÍCIUS: O meu favorito dos contos que eu já escrevi para o MV é o "Bem vinda aos Stanley's de Leicester". Como falei anteriormente, minhas ideias surgem depois de assistir algo que verdadeiramente tenha me impactado. Assisti a série Peaky Blinders e a ideia veio. Escrevi o conto em primeira pessoa, nunca tinha escrito assim, mas achei o resultado magnífico. Achei que ficou perfeito. Tô escrevendo atualmente uma minissérie em três episódios, em formato roteiro, contando a história depois de Bem-vinda aos Stanley's de Leicester. Quanto ao conto acho que se sairá muito bem nas premiações do MV ano que vem.

 

GABO: Qual foi o personagem mais complexo que você criou? Ele foi inspirado em alguém?

 

MARCOS VINÍCIUS: Acho que Carmen Sanchez e Jony Stela, de En las cercanías de Alcatraz e O assassino dos meus sonhos, respectivamente. Dois protagonistas muito fortes para histórias que necessitavam de alguém assim à frente. Não foram inspirados em alguém propriamente dito.

 

GABO: Da dramaturgia para o entretenimento e jornalismo. Como foi essa transição? O que você destaca desse momento?

 

MARCOS VINÍCIUS: Como falei, cursei dois anos de jornalismo. Achei que talvez seguisse minha carreira profissional nesta área, mas mudei. Porém a paixão pela escrita se manteve. Quando surgiu a oportunidade não pensei duas vezes. É bom estar à frente do jornalismo e do entretenimento no MV.

 

GABO: Quando você assumiu o comando do Web Show, você teve algum receio por ser um programa que já estava em andamento?

 

MARCOS VINÍCIUS: Sim, com certeza. Medo de não corresponder ao que já vinha sendo feito. Mas, aos poucos, fui me soltando.

 

GABO: Falando sobre os bastidores do Web Show, como é feita a seleção dos participantes, roteiro do programa e o feedback do público?



 

MARCOS VINÍCIUS: Na primeira temporada que assumi escolhia os participantes a cada episódio em uma conversa com o produtor Gabo. Agora nesta temporada já fiz uma lista dos participantes que irão participar até o final. O roteiro do programa não tem uma receita. Eu levanto algumas questões pertinentes sobre os gostos do participante e, em cima disso, elaboro algo muitas vezes mirabolantes, cheio de efeitos, o que para minha surpresa, está dando muito certo. A partir do que elaboro inicialmente vou deixando a conversa fluir com os quadros e questões levantadas durante o episódio.

 

GABO: Atualmente você participa de três emissoras virtuais: Cyber TV, WebTV e DNATV. Além disso, tem a rotina fora da tela virtual. Como é a sua organização conciliando o MV e a rotina pessoal?

 

MARCOS VINÍCIUS: É bastante corrido. Na CyberTV estou como revisor de séries e minisséries, o que adoro fazer, pois fico por dentro de muitas tramas que são enviadas para análise. Na DNATV estou com o Leitornático, atualmente em hiatus, resenhando obras virtuais e fora do MV também e ainda como diretor da Sessão Fantasma. Na WebTV estou à frente do Web Show, no Boletim Virtual e no Jornal Online. Além disso, tenho minhas publicações, minhas histórias, que é o que mais amo fazer. Uma rotina bastante corrida, mas gratificante que a gente vai conciliando da melhor maneira possível, sem prejudicar nenhum lado.

 

GABO: Quem é Marcos Vinicius fora do Mundo Virtual?

 

MARCOS VINÍCIUS: Um profissional, pai e esposo dedicado que sempre busca dar o melhor de si em cada coisa que faz!

 

GABO: Marcos, chegou a hora do nosso bate-bola. O jogo rápido do Diário do Autor. Preparado?

 

MARCOS VINÍCIUS: Preparado, com certeza!

 

BATE-BOLA: Adoro.

 

ROTEIRO: Quero me especializar cada vez mais.

 

LITERÁRIO: Um formato que me permite descrever as melhores sensações.

 

CONTO: Onde as ideias gerais se tornam realidade.

 

SPIN-OFF: Foi e ainda é uma obra incrível. Agradeço ao Melqui por ter alavancado esta ideia.

 

O ASSASSINO DOS MEUS SONHOS: Um carinho enorme por esta obra, minha primeira no MV.

 

EM LAS CERCANÍAS DE ALCATRAZ: O resultado de uma ideia intensa.

 

ESTANDARTE NEGRO: Um mundo, uma religião, um tema que adoro estudar.

 

JORNAL ONLINE: Estar por dentro de tudo que acontece no MV.

 

BOLETIM VIRTUAL: modo de levar a informação do MV de modo descontraída.

 

WEB SHOW: Fantástico! Adoro entrevistar e conhecer os nomes por trás do MV.

 

FRASE: "Como os porquinhos grunhirão quando souberem como o velho javali sofreu?" Ragnar, série Vikings

 

MARCOS POR MARCOS: Dedicado ao extremo.

 

GABO: Marcos, agradeço pela participação no Diário do Autor. Fica o espaço para as considerações finais.

 

MARCOS VINÍCIUS: Muito obrigado pelo convite, Gabo. É sempre uma honra participar. Todo o sucesso do mundo pra você e seus quadros. E que o MV esteja sempre repleto de pessoas como você. Um abraço a todos!

 

GABO: Marcos, obrigado pelas palavras. Parabéns pelo papel que você desenvolve no MV. São vários projetos e eu vejo o quanto você é feliz no desenvolvimento deles. O Diário do Autor fica por aqui e eu volto no próximo episódio. Uma ótima semana a todos e parabéns pra WebTV que completa 16 anos nesta segunda, dia 26. Boa noite.




 editor-chefe
 
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Davi Busquet
Gabo
Hans Kaupfmann
Ritinha

entrevista
Marcos Vinicius

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