ENTREVISTA COM O AUTOR
Conto: O Meu Pé de Tomate
Autor: Francisco Alonso
Sinopse: Quando a ambição, a ganância desenfreada e a falta de fé sobrepujam a razão, tudo vira pó. Mas o poder superior, por mais que o ser humano seja mesquinho, sempre lhe oferece outra oportunidade.
GABO: Francisco, qual foi a inspiração para criar o conto "O Meu Pé de Tomate"?
FRANCISCO: Um pé de tomate que tinha em casa e um dia uma ventania o derrubou, o que me deixou muito triste.
GABO: O que o público pode esperar da história?
FRANCISCO: O público pode esperar muita emoção, mistério e uma grande lição de vida.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
FRANCISCO: Meus contos e livros sempre deixam uma grande lição de vida.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
FRANCISCO: Eu não tenho desafios para escrever. escrever, para mim, é como respirar.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
FRANCISCO: Minhas expectativas são que o publico goste do conto e que sirva
para complementar suas vidas.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
FRANCISCO: Posso definir: a ambição nem sempre é boa companheira.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
FRANCISCO: Que o público goste do conto, que nem tudo está perdido em nossa vida. que devemos ter ter fé. sempre.
Conto: O Caso do Arroz
Autora: J. Brandão
Sinopse: Voltando do mercado depois de discutir com uma atendente carrancuda, uma senhorinha faladeira é abordada por um assaltante numa ruela na Av. Santiago em São Paulo. Mas aquele não era o dia do assaltante.
GABO: J. Brandão, qual foi a inspiração para criar o conto "O Caso do Arroz"?
J. BRANDÃO: Me inspirei no preço do arroz. Imaginei uma senhorinha reclamando. Sem dúvida, seria eu mais velha.
GABO: O que o público pode esperar da história?
J. BRANDÃO: O público pode esperar uma história engraçada (risos)
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
J. BRANDÃO: Sim. Primeira vez. Eu não costumo escrever no gênero humor. Em geral, eu escrevo suspense ou terror. Essa foi uma tentativa e gostei do resultado.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
J. BRANDÃO: Na realidade, eu não tive exatamente um desafio. A história me veio e eu escrevi. Só me preocupei se realmente ficaria interessante, se prenderia o leitor e se seria cômico.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
J. BRANDÃO: Minhas expectativas são pequenas. Sendo bem honesta só o fato de a análise de vocês considerar que o meu conto vale a pena ser lido, já me deixa bem motivada a continuar escrevendo.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
J. BRANDÃO: Brincalhão.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
J. BRANDÃO: Espero que se divirtam. Quem pode ser mais engraçada que uma senhorinha revoltada e faladeira?!
Conto: O Amigo da Onça
Autora: Roseli Biage
Sinopse: Amigo da Onça é a prova viva de que as revelações de um amigo pode te elevar a condição de heroína ou bandida em poucos minutos.
GABO: Rosei, qual foi a inspiração para criar o conto "O Amigo da Onça"?
Conto: O Mergulho Raso Demais
Autora: Flávia Ferreira
Sinopse: Nicole reencontra seu grande amor da juventude após 20 anos. Um encontro marcado de sentimentos, lembranças e emoções.
FLÁVIA: Queridos leitores, esse conto é um convite para um mergulho mais profundo em um reencontro de um forte amor, repleta de sentimentos antagônicos e reflexões. Afinal, será que o amor eterno existe no raso?
Autora: Bia Niebas
Sinopse: Conceição uma garota tímida amiga de Cristina, e como era sempre "vela", em uma noite despretensiosa conhece Romeu, que a convida para uma praça e a magia acontece.
Autor: Edgar Henrique
Sinopse: Matthew e Rick não eram amigos, tampouco poderiam dizer que possuíam muitas coisas em comum, mas o que tinham fora o suficiente para levar o primeiro até a casa do segundo. Rick imaginara, quando Matthew aceitou o convite, que teriam uma noite de sexo e diversão, porém, na medida em que conversavam e se conheciam melhor, ambos perceberam que aquilo não ocorreria, mas certamente não seria uma noite chata.
Autora: Kátia Surreal
Sinopse: Um idoso decide se tornar um combatente do crime, após a "trágica" morte de sua esposa (por causas naturais). O problema é que, com 87 anos, essa não será uma tarefa fácil.
EDUARDO: Este conto surgiu do mesmo modo que minhas histórias costumam surgir: estava sentado no trabalho, entediado, quando pensei no conceito que o nortearia - no caso em questão, um “herói” idoso que tentaria combater o crime.
O que me inspirou nessa criação foi a ideia de dar protagonismo a outros personagens, que não os tradicionais heróis de um modelo já padronizado: jovens com histórias trágicas, super poderes, vilões e vitória no final.
Nesse sentido, apesar de todos os absurdos, a história é bem real: não há um inimigo, nada de binarismos do tipo bem versus mal. O personagem está praticamente senil, dificilmente conseguiria fazer algo muito heroico - e, ainda assim, ele faz, mas de um jeito que qualquer um de nós poderia fazer. Isso é ser herói.
GABO: O que o público pode esperar da história?
EDUARDO: O público pode esperar um enredo repleto de humor e paródia, mas sem cair no pastelão. O que pretendo é apenas mostrar o absurdo que está por trás de cada premissa de cada conto de super-heróis. E, ao mesmo tempo, o público pode esperar por um desfecho emocionante (pelo menos eu achei emocionante quando o escrevi). Acima de tudo, o conto é uma obra de esperança.
EDUARDO: Não, na verdade, o gênero meio que tem se tornado minha marca literária. Quando comecei a escrever e a publicar contos em coletâneas, focava em obras mais existencialistas e pesadas. Um dia, percebi que não era esse tipo de obra que gostaria de escrever. Foi aí que comecei a criar histórias focadas no humor absurdo, que pretendem nos fazer rir e, ao mesmo tempo, pensar. Em 2020 publiquei de forma independente um romance que tem muito do espírito desse conto, ao mostrar o cômico por trás do super-heroísmo. Se chama A nova e fantástica vida de Astrogildo Arantes e tem como protagonista um herói obeso que precisa impedir o fim do mundo.
EDUARDO: O grande desafio foi tornar o conto fluído. Minha grande preocupação, em tudo que escrevo, é a de tornar a prosa clara, de forma que todos possam entender (para não cair em um pedantismo de criar obras herméticas que só uns poucos conseguiriam acessar). Ao mesmo tempo, não pode ser uma obra pobre, que não faça refletir, que não tenha muito vocabulário. É sempre um exercício trabalhoso atingir esse ponto de equilíbrio.
EDUARDO: Estou muito ansioso e contente. Até então, meus textos foram publicados ou de forma independente ou por pequenas editoras, nunca estrearam em outras mídias, como uma WebTV. É uma grande oportunidade de divulgar meu trabalho, um baita incentivo à literatura nacional.
EDUARDO: Esperança.
EDUARDO: Sempre que for possível, apoiem a literatura independente nacional. Há muita coisa boa sendo criada por aí, mas é muito difícil competir com autores estrangeiros ou com grandes editoras, já que possuem muitos meios de divulgação. O autor independente faz um trabalho de formiguinha, atingindo uma pessoa por vez. Ainda assim, vale a pena. É gratificante quando sentimos que, com nossa obra, tocamos outra pessoa, fazendo-a rir, se emocionar e pensar. Nesse sentido, aos que acompanharem meu conto, O Combativo, adoraria saber o que acharam dele.
Conto: Quase-Ficção
Autora: Adriana Oliveira
Sinopse: O conto narra a história de uma personagem que viveu muito tempo acuada pelo alcoolismo do pai. Vivências duras e dolorosas marcam sua trajetória, afetando sua vida social e amorosa. Ela amadurece, vira mulher e hoje quer se expressar com integralidade; brilhando para todos os lados.
GABO: Adriana, qual foi a inspiração para criar o conto "Quase-Ficção"?
ADRIANA: A história é verídica e auto-biográfica, baseada - maior parte dela - em uma dura época de minha vida.
GABO: O que o público pode esperar da história?
ADRIANA: Além de um contexto denso e quase-trágico, o público pode esperar uma narrativa que aborda a superação, o perdão e a aceitação. A crisálida se transmuta, brilha e voa. A antena, posicionada no chão, aduba as árvores, real e ficcionais.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
ADRIANA: Sim. Este é um processo de auto-aceitação de minha própria história e tentativa de traduzi-la em Ficção.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
ADRIANA: Traduzir memórias dolorosas (e obliteradas) em auto-ficção.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
ADRIANA: Seguir, com autenticidade e força.
“Brilhar para sempre,/brilhar como um farol,/brilhar com brilho eterno./Gente é para brilhar/que tudo mais vá para o inferno./Este é o meu slogan/ e o do Sol.” Vladimir Maiakóviski
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
ADRIANA: Eu definiria o conto em duas palavras: Superação (do ponto de vista da história) e Auto-Aceitação (do ponto de vista da autora).
GABO: Deixe uma mensagem para o público. (Nesta resposta você pode convidar o público a acompanhar o conto)
ADRIANA: Convido a todos a entrarem nesta história de dor, superação e Amor! Venham comigo!
Conto: Ledo Engano
Autor: Selva
Sinopse: Uma onda de paráfrases e citações marcam o contracheque do ministro da cultura. Frases elaboradas e um cenário histórico revelam a face primitiva da leitura do brasileiro. Um resgate em busca da identidade nacional se faz presente além da metafísica. Naus e canetas se revelam ao longo do texto, e a moralidade na boca do ministro. Estará o brasileiro pronto para navegar em um Ledo Engano?
GABO: Selva, qual foi a inspiração para criar o conto "Ledo Engano"?
SELVA: A insatisfação de ver qualquer um que olhe o Brasil diferente, o Brasil com o auge do passado, da estética, da beleza natural ser censurado. São correntes cotidianas, algo do tipo Muro de Berlim que não se pode passar para o outro lado; existe uma patrula do cancelamento pronta para agir contra aqueles que pensam diferente. E não estou falando de nazismo, comunismo, sim da liberdade, de se olhar para o que éramos e o que nos tornamos. É mais fácil exaltar um artista pós-moderno decadente que olhar para José de Alencar e agradecer pelas fotografias em livros como O Guarani.
GABO: O que o público pode esperar da história?
SELVA: Um colírio para quem deseja ver além do que se espera e uma pimenta para quem deseja confronto.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
SELVA: Não.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
SELVA: Tentar revelar que a fala dos personagens não estão associadas a momentos históricos de perseguição. Que o momento é outro, é de resgate. De olhar para o Brasil,ver o que somos, para onde andamos, mas , principalmente, de tentar mostrar como era o Brasil, quem representava o solo, a nação. Não se ouve mais falar dos sabiás e das palmeiras.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
SELVA: Espero que o leitor receba de maneira crítica e prazerosa, que não seja militante pelo fim do Brasil. Que tentem se lembrar de Jorge Amado (Ideologia é uma bosta). Que possam olhar para o texto e ver o que de fato tem ali, sem preparar os gritos e passeatas contra Gonçalves, Alencar, Machado.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
SELVA: Resgate.
GABO: Deixe uma mensagem para o público
SELVA: Não há presente, nem futuro sem passado. Conhece-te a ti mesmo antes de tornar quem tu és.
Conto: As Cordas
Sinopse: A Gralha esboça a vida de quatro mulheres de 88 anos que vivem na casa lilás e, num período de quarentena, passam a rediscutir a vida, sob a ideia e a interpretação de um tecido que amordaça os corpos. Além disso, há uma corda que se prende aos ossos dos corpos para manipula-los. Qual será o reflexo comportamental de todo esse mecanismo social e de como essas mulheres convidam a sair e entrar de portas e labirintos de uma outra ideia de vida, é a tônica desse conto filosófico. Brinco, é mais que uma gralha, ele é a manifestação do hiato humano.
GABO: Gon, qual foi a inspiração para criar o conto "As Cordas"?
Autor: Ney Doyle
Sinopse: Um novo ataque de vírus faz a Terra mudar o comportamento. Pessoas viram estátuas e cachorros começam a falar e, dependendo da transmissão, falam em francês. O conto se passa numa ilha movimentada do litoral baiano, onde Baguera, a labradora, pretende aprender cada vez mais. Para isto, precisa conhecimento. E para ter conhecimento, preciosa não ter medo. O simples medo de uma barata já transforma o ser humano em estátua.
NEY: Torná-lo emotivo, esperançoso e sequencial.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
Conto: LAMRON
LUMA: A banalização da morte pela pandemia de Covid-19 me fez imaginar Norma, uma mulher que passa a viver uma realidade paralela que passou a se tornar normal, embora absurda e terrível. Comecei a escrever este conto após a leitura do livro "Assim na terra como embaixo da terra", da autora Ana Paula Maia, minha autora preferida e principal referência.
LUMA: O público encontrará no conto questões sociais como a banalização da vida, da morte e do horror, a desumanização da classe operária na relação patrão-empregado, a normalização da quantidade de mortos anualmente no Brasil, a alienação e negacionismo da burguesia, a tentativa de uma manutenção da normalidade para preservar a economia e o sistema capitalista mesmo durante tragédias e catástrofes de dimensões distópicas.
LUMA: Não é a primeira vez que escrevo horror; busco sempre visualizar tragédias e situações que ocorrem no mundo real para escrever histórias de terror e distopias, porque acredito que mesmo a ficção de gênero horror não consegue superar a realidade.
LUMA: Um dos maiores desafios foi escrever de modo que a metáfora não se tornasse clichê, bem como tornar compreensível que houve a passagem de um período de tempo extenso que mudou a relação da protagonista com o fenômeno que a traumatizou.
LUMA: Espero que o conto possa impactar os leitores sobre a brutalidade presente no momento que vivemos, que não pode ser normalizada. Espero também, a partir de uma maior visibilidade do conto, conseguir parcerias para transformá-lo em um curta-metragem de animação.
LUMA: Desumanização.
Autora: Raquel Catunda
Sinopse: Amor e solidão figuram a busca de um Eu que clama por permanência em um período histórico de instabilidade política e isolamento mental.
Autora: Kátia Surreal
Sinopse: Este é um conto de uma camisola que tem uma longa trajetória histórica, da qual as pessoas desconhecem e, por isso, se assustam com ela. É que a camisola ganha dimensões humanas, desde a sua origem na fazenda, as suas vivências na fábrica e passando por várias situações em lojas e com os seus proprietários da vez. Trata-se de um sinistro processo fetichista e fantasmagórico de um produto mercadológico, que ganhou vida e deseja muito falar contigo.
Bia Niebas
Chico Alonso
Edgar Henrique
Eduardo Canesin
Flávia Ferreira
Gon
J. Brandão
Kátia Surreal
Luma Rodrigues
Ney Doyle
Raquel Catunda
Roseli Biage
Selva
Gabo Olsen
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