Crimes no motel, na rua, em casa, em qualquer lugar. Bares sujos. Personagens brutos, covardes ou guerreiros. Atos repugnantes. Cheiro de vulnerabilidade saindo das entranhas da cidade. Quem, de fato, está livre da violência urbana?
Conto: As Razões de um Assassino
Autor: Marcelo Cruz
Sinopse: Após assumir as investigações sobre um brutal homicídio, a
policial civil Alice precisará superar sua inexperiência para desvendar o caso.
Enquanto isso, seus valores e sua visão de mundo passam a ser questionados
diante de uma investigação mais profunda: quais foram as razões do assassino?
GABO: Marcelo, qual foi a inspiração para criar o
conto “As Razões de um Assassino”?
MARCELO: O texto nasceu da ideia de que a violência é só
mais um aspecto natural da sociedade, principalmente nas comunidades urbanas.
Ela se manifesta todos os dias, de diversas formas e por todos os lados. Isso
ocorre porque, dentre outras razões, todos temos dentro de nós o impulso
necessário para praticá-la. Tudo depende das circunstâncias e do autocontrole
de cada um.
GABO: O que o público pode esperar da história?
MARCELO: Uma narrativa de investigação policial que se
preocupa tanto com a identidade do assassino quanto com as razões que o levaram
a praticar um crime brutal. Os leitores vão acompanhar uma jovem protagonista
que, ao tentar desvendar o mistério proposto, passa a questionar suas crenças
quanto à natureza dos criminosos.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero
abordado no conto?
MARCELO: De certo modo, sim. Já escrevi outro conto com a
temática de mistério e investigação policial, mas era uma narrativa situada em
um universo mágico e tinha a alta fantasia como gênero predominante. Desta vez
a história é pé no chão, se passa em São Paulo e acompanha uma investigadora da
Polícia Civil.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
MARCELO: Sem dúvidas o mais difícil foi encontrar uma forma de debater um assunto relevante sem cair nos extremos do superficial ou do pretensioso. Espero ter conseguido.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
MARCELO: Acima de tudo, espero que os leitores gostem da história e se divirtam. O que mais me motiva a escrever é provocar em outras pessoas as boas sensações que tenho ao ler as melhores narrativas.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
MARCELO: Humanidade.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
MARCELO: “Contos contemporâneos da violência urbana” é uma obra que reuniu muita gente talentosa para produzir literatura nacional de qualidade. O leitor não vai se arrepender de dedicar um tempo para conferir as ótimas histórias da coletânea e com “As razões de um assassino” não vai ser diferente! Venham conferir meu conto na WebTV.
Conto: Operação Farinha
Autor: H Tavares
Sinopse: A Operação Farinha foi deflagrada. Um policial civil corre contra o
tempo para que a missão tenha o desfecho planejado.
GABO: H Tavares, qual foi a inspiração para criar o conto
"Operação Farinha"?
H
TAVARES: O conto
foi escrito durante o auge da pandemia, com números recordes de mortes,
superlotação de hospitais e, como se não fosse suficiente, escândalos de
corrupção na área da saúde, mais especificamente no meu estado, Pará. Então,
apesar de ser uma obra de ficção, a narrativa procura escancarar o quanto
governantes podem ser inescrupulosos em momentos tão cruéis. Somado a isso, é
abordado o problema da violência urbana e tráfico de drogas, os quais assolam
Belém há décadas.
GABO: O que o público pode esperar da história?
H TAVARES: Eu sempre busco escrever de forma crua ou
dinâmica, sendo direto ao ponto, sem deixar que o leitor possa respirar.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no
conto?
H TAVARES: Não é a primeira vez. Eu estreei, digamos assim,
na literatura em 2019, com o livro de contos intitulado Relatos Urbanos, do
gênero policial. E ainda esse ano, publicarei minha segunda obra, chamada
Estórias Tétricas.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
H TAVARES: Acredito que estruturar a narrativa, pensar no
desenvolvimento dos personagens, nas viradas, enfim. Acredito que nesse sentido
de criar o esqueleto do conto antes de começar a escrita.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
H TAVARES: Eu sempre busco reflexões quando escrevo. A arte
em si nunca pode servir só para entretenimento, é necessário chamar atenção,
trazer certo desconforto, como um grito de socorro, para que as pessoas tenham
consciência do que está acontecendo em determinada situação. E é isso que
eu espero, além de entregar ao leitor uma história fluida com uma trama interessante,
que ele possa também refletir o lado social daquilo.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
H TAVARES: Teia
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
H TAVARES: Agradeço a oportunidade de expor minha arte e convido
todos a lerem "Operação Farinha". Quem quiser conhecer mais meu
trabalho, pode procurar minha primeira obra, chamada Relatos Urbanos, de 2019,
também do gênero policial.
Conto: O Vigário
Autor: Math SorajiGABO: Math Soraji, qual foi a inspiração para criar o conto "O
Vigário"?
MATH SORAJ: Os abusos cometidos por religiosos católicos foram acobertados até recentemente.
Resolvi criar um personagem que se torna vigário, mas como carrega
traumas desde a infância vinga-se acobertado pela batina.
GABO: O que o público pode esperar da história?
MATH SORAJ: Que subestimar a capacidade da criança em absorver os
acontecimentos no seu entorno é um erro e que os traumas permanecem e eventualmente se
transformam em tragédias.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
MATH SORAJ: Não.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
MATH SORAJ: Criar uma estória com traumas de infância, aparentemente resolvidas pela vocação religiosa, mas com um desfecho de violência urbana contemporânea
GABO: Se fosse para definir o conto em uma única palavra, qual seria?
MATH SORAJ: Impactante!
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
MATH SORAJ: Novamente, não subestimar a capacidade da criança. Não apenas dar conselhos, mas sim exemplos.
Conto: O Delegado e o
Ladrão
Autor: Evandro Nunes
Sinopse: O conto narra o conflito entre
pai e filho e a decisão a ser tomada pela lei. Um pai, policial, deixará o
filho pego em flagrante, fugir impunemente?
GABO: Evandro, qual
foi a inspiração para criar o conto “O Delegado e o Ladrão”?
EVANDRO: Esse conto é
baseado numa narrativa breve (anedota) sobre a tolerância de um pai para com o
filho rebelde e ladrão.
GABO: O que o
público pode esperar da história?
EVANDRO: Por isso vamos deixar por conta
da imaginação do público, a escolha de um desfecho mais convincente para esse
conto.
GABO: É a primeira
vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
EVANDRO: Sim.
GABO: Qual foi o maior
desafio ao escrever o conto?
EVANDRO: Decidir se o
delegado prenderia seu filho gatuno ou passaria a mão sobre a sua cabeça e o
deixaria fugir.
GABO: Quais são suas
expectativas para a estreia do conto?
EVANDRO: Para o autor, a
expectativa é que o público compre a ideia central do conto, e entre seus adeptos e seus
contraditores, decidam qual deveria ser a atitude do delegado.
GABO: Se fosse para
definir o conto em uma palavra, qual seria?
EVANDRO: Ótimo!
GABO: Deixe uma mensagem
para o público.
EVANDRO: Como já dissemos, o
nosso conto sugere dois desfechos, que deixamos a cargo do público.
Aproveitando o espaço, deixamos aqui o convite para que o público acompanhe a ANTOLOGIA CONTOS
CONTEMPORÂNEOS DA VIOLÊNCIA URBANA, transmitidos pela WebTV.
Conto: Amigo da Noite
Autor: Cadu Mohrstedt
Sinopse: Sentado no último banco de um bar e embriagado, Conrado passa a noite afogando as mágoas e contando a desconhecidos sobre ter sido abandonado por Hellen. Ninguém lhe dá atenção, até que um misterioso homem se solidariza e resolve ajudá-lo, com a promessa de lhe apresentar uma nova mulher. Receoso, Conrado percebe ser a chance que necessitava para dar a volta por cima. Mas este encontro parece esconder muito mais segredos do que ele poderia prever.
GABO: Cadu, qual foi a inspiração para criar o conto "Amigo da
Noite"?
CADU: A inspiração foi a tentativa de criar um enredo capaz de chamar a
atenção do público e que o fizesse desvendar o que acontecerá com o personagem
principal na noite em questão e a sua real motivação.
GABO: O que o público pode esperar da história?
CADU: Pode esperar uma história intrigante que explora bastante a mente dos
personagens. Nenhuma violência é gratuita e tudo tem um porquê. Essa história é
sobre um homem recém-abandonado que chora suas mágoas numa mesa de bar, quando
conhece um estranho sujeito que decide ajudá-lo a superar a desilusão amorosa.
Só posso adiantar que a jornada não será exatamente um conto de fadas.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
CADU: Na verdade, a temática violência sempre despertou meu interesse, tanto
na leitura, quanto ao escrever. Assunto que adoro conviver, literariamente
falando. Ver como o ser humano é capaz de ser sádico e cruel ao cometer ações
abomináveis. Mas o que mais me chama atenção nesse gênero não é o crime em si,
e sim as suas razões. Criar um enredo em que a atitude terrível cometida tenha
uma justificativa, segundo a ótica do personagem. Não para vitimizá-lo, mas
para entender o que o fez cometer tais crimes.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
CADU: Amarrar toda a história, criando um personagem capaz de cometer um crime
bárbaro, uma vítima, um jus operandi e um motivo capaz de justificar todo o
ocorrido. Reunir todos esses elementos em um conto não é uma missão fácil, mas
é fascinante.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
CADU: As melhores possíveis, com certeza. Poder ter um canal para transmitir
uma história nossa é o sonho de qualquer escritor. Sem sombra de dúvida, é uma
grande satisfação pessoal fazer parte desse grupo. De resto, espero que as
pessoas gostem. Torço muito para isso.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
CADU: Psique.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
CADU: Venho convidar a todos para assistir ao meu conto "Amigo da Noite" na WebTV, assim como aos demais que farão parte deste projeto incrível. Torço para que gostem e que possam se divertir. É uma grande honra poder tê-los tão próximos. Para um colecionador de obras de gaveta, é uma felicidade imensa ter uma exposta a tanta gente. Assistam e obrigado. Só tenho o que agradecer.
Conto: Canivete de Bolso
Autor: Cupertino Freitas
Sinopse: Um vendedor de sapatos que pretende abandonar
a família e a vidinha simples que tem fica sabendo que o filho do prefeito quer
eliminar um jornalista e se oferece para matar o sujeito, de quem é primo e por
quem nutre inveja desde criança. Ele desiste da empreitada e foge com a
adiantamento que recebeu para executar o crime, só que o jornalista se acidenta
por causa de um pneu que ele rasgou com seu canivete de bolso e o filho do
prefeito, satisfeito com o serviço prestado, paga o resto do que foi acordado.
Vivendo uma vida nababesca fora do país, sempre retorna ao Brasil para cometer
assassinatos por encomenda, usando apenas seu canivete de bolso.
GABO: Cupertino, qual foi a inspiração para criar o conto
"Canivete de Bolso"?
CUPERTINO:
Num seriado de TV antigo (Profissão: Perigo) o personagem principal, o agente
MacGyver, um cara do bem, solucionava problemas muitas vezes apenas com a ajuda
do um canivete. Daí pensei, e se eu criasse um MacGyver do mal?
GABO: O que o público pode esperar da história?
CUPERTINO: Uma narrativa que prende do começo ao fim, com boas viradas de história.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
CUPERTINO: Não,
inclusive gosto de escrever contos em que pessoas aparentemente inocentes se
revelam criminosos perversos.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
CUPERTINO: Escrever
uma história de crime sem os clichês do gênero é complicado, mas eu não queria
usar arma de fogo, e não queria policiais na história.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do
conto?
CUPERTINO: Acho
bem interessante esse conceito de estreia de um conto, como se estivéssemos
esperando a estreia de um filme. Espero que os leitores curtam a história da
mesma forma que eu gostei de escrevê-la.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra,
qual seria?
CUPERTINO: Impostor
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
CUPERTINO: Alô, você que acompanha a WebTV, e você que está aparecendo aqui pela primeira vez, não perca a estreia de Canivete de bolso!
Conto: Espelho
Autor: Anchieta
Mendes
Sinopse:
Os tiros no irmão de Lúcia tiraram sua vida, quando da invasão da polícia no
bairro e na casa dele. Na cama, com um celular nas mãos, recebeu os tiros: um
no braço e outro no peito, mataram o rapaz de 13 anos, O policial não viu quando
o celular resvalou e foi ficar por sob o travesseiro. Este simples detalhe foi
o bastante para denunciar o agressor. Anos depois, a irmã do assassinado
encontrou-se com o policial, com a necessidade de tornar-se prostituta para
vingar-se.
GABO: Anchieta, qual foi a inspiração para criar o conto "Espelho"?
ANCHIETA: À primeira vista foi aleatório, embora com o decorrer da escrita, fui navegando com a personagem, até chegar num ponto em que mergulhei mais profundamente: a ideia de um assassinato de um inocente, invasão de favela, de violência policial. Casos que ocorrem costumeiramente, e que os culpados não são punidos.
GABO: O que o público pode esperar da história?
ANCHIETA: Um meio e final surpreendentes quando a narrativa não mostra o caminho certo; um aparente amor que não é amor; encontro comum, mas na realidade uma forma de vingança sutil e verossímil.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
ANCHIETA: Não. No meu livro de contos Bicho Metropolitano, há um conto que tem como temática a violência. Um homem é confundido como um bandido e é linchado num ônibus. Também final surpreendente.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
ANCHIETA: Escrever a utilizar a personagem feminina, embora já tenho um livro formado apenas por mulheres. Um desafio interessante e para mim inusitado.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
ANCHIETA: Nervosismo, curiosidade e esperança de que seja bem recebido pelo público. Mesmo lido relido, cada vez que o faço, vejo-o como uma cria que saiu de mim, e me pego surpreso com as palavras, as nuances, os traços. Espero que alguém o veja assim, como eu.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
ANCHIETA: Vingança.
GABO: Deixe
uma mensagem para o público.
ANCHIETA: O que uma mulher, na simplicidade aparente em se ver no espelho, de corpo inteiro, pensaria naquele momento o que estava por acontecer? Que tal acompanharmos, como dedos nas curvas da mulher ao espelho, de cima a baixo ou de baixo acima até chegarmos aos olhos e neles penetrarmos juntos para se descobrir o que o reflexo do espelho pode nos mostrar?
Conto: Um Ritual Urbano
Autor: Anderson Furtado
Sinopse: Ao se mudar do campo para a cidade um jovem estranha o comportamento
dessa gente, mas numa noite acredita ter testemunhado crimes executados em um
macabro ritual e agora não sabe o que fazer a respeito.
GABO: Anderson, qual foi a inspiração para criar o conto "Um Ritual Urbano"?
ANDERSON: Apresentar uma interpretação diferente sobre fatos e situações corriqueiras vividas em nosso cotidiano. Claro, também induzir o leitor a entender a real situação ocorrida ali, vindo a se surpreender.
GABO: O que o público pode esperar da história?
ANDERSON: Mistério e suspense. Ah, e se tudo ocorrer como planejado, ao final da última linha, ficarem boquiabertos.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
ANDERSON: Não. Mas foi a primeira vez que abordei uma história de um modo diferente como a contida nessas linhas.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
ANDERSON: Revelar a verdade aos poucos sem expor demais. É
difícil contar uma história cheia de suspense dando dicas pontuais aos
leitores, mas visando deixá-los presos até o final.
GABO: Quais são suas
expectativas para a estreia do conto?
ANDERSON: Expectativas altas e com a ansiedade me consumindo
a todo vapor. Gosto de saber da reação daqueles que tem contato com aquilo
escrito por mim.
GABO: Se fosse para
definir o conto em uma palavra, qual seria?
ANDERSON: Surpresa.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
ANDERSON: Convido a todos para conferirem o meu
conto e desde já desejo que seja uma boa experiência. Libertem a sua mente para
conseguirem enxergar uma situação corriqueira, mas com outros olhos. O suspense
está lá, mas há algo mais...
Conto: Faces da Confiança
Autor: Túlio Tosati
Sinopse: Três detetives e uma possível promoção a delegado, além de um crime
macabro mergulhado em ambição e falsidade.
GABO: Túlio, qual foi a inspiração para criar o conto "Faces da
Confiança"?
TÚLIO: Meu conto teve grande inspiração ambiental, quando morei em São João
Dele Rei, no interior de MG. Os componentes presentes no meu conto, tais como,
a igreja centenária, o 38° batalhão de polícia, entre outros foram extraídos de
lá. A parte policial me aprofundei em minha imaginação.
GABO: O que o público pode esperar da história?
TÚLIO: O público pode esperar muito mistério e uma pitada de traição. Além de
acompanhar a possível solução de um crime bárbaro que parou a cidade.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
TÚLIO: Não é a primeira
vez que escrevo no gênero policial. Mas, é a minha primeira publicação nesse
gênero, e eu fico extremamente honrado de ser aqui pela WebTV.
Tive um outro conto publicado aqui na plataforma e simplesmente amei a
forma que a WebTV trabalha. Me identifiquei muito!
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
TÚLIO: Meu maior desafio neste conto foi tentar inserir termos que faça o leitor
tentar se adiantar na resolução do crime. Eu quero que o leitor se surpreenda
com o resultado da investigação, ou que tenha aquela sensação de que já sabia
quem era o culpado, isso vai depender de em quais pontos o leitor vai se apegar
durante a história.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
TÚLIO: Minha expectativa é que cada leitor pegue seu distintivo e se torne um detetive nesse caso. Alerto aos leitores que por mais que somos uma equipe não devemos confiar cegamente uns nos outros.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
TÚLIO: A palavra seria Confiança ou, a falta dela.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
TÚLIO: Te convido a pegar seu distintivo, seu armamento e direcionar todos seus sentidos para a resolução deste caso. Só te dou um conselho, durma de olhos abertos e não confie nos seus. Espero te envolver com essa investigação e que você não se corrompa pela ambição do poder. Túlio Tosati.
Conto: Cidadão de Bem
Autor: Hernany TafuriGABO: Hernany, qual foi a inspiração para criar o conto "Cidadão de Bem"?
HERNANY: A atual realidade em que estamos inseridos, na qual algumas pessoas
tendem a se sentir no direito de "comandar" não apenas as suas vidas,
mas o comportamento da sociedade como um todo. Assumindo a pecha "cidadãos
de bem", aqueles que não falham, são limpos moralmente, julgam e executam
todos aqueles que porventura deles discordem.
GABO: O que o público pode esperar da história?
HERNANY: Crítica social repleta de ironia e interseções com fatos acontecidos
recentemente em nosso país. A violência torna-se personagem central da
narrativa, não apenas pano de fundo que sustenta as personagens.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no
conto?
HERNANY: Sim! Anteriormente, escrevia narrativas em que a violência não se fazia
presente.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
HERNANY: Encaixar situações reais sem que houvesse referência aos atores de tais
acontecimentos.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
HERNANY: Enormes! Ter minha narrativa aprovada foi algo fantástico, pois a
escrevi durante a quarentena; então, vê-la concretizada será muito especial.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
HERNANY: Reflexão!
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
HERNANY: Com ironia e um pouco de humor, acompanhem o Cidadão de bem na WebTv e fiquem atentos para se surpreenderem! reflitam sobre as situações! Obriigado pela oportunidade e um grande abraço!
Conto: Após a Meia-Noite
Autora: Geovanna J. Lestrange
Sinopse: Thea está insatisfeita em como passa o seu tempo com o namorado. Quando
ela decide ir em um festival de música com o seu parceiro, no fim da noite as
coisas não acontecem como o esperado.
Em uma descoberta obscura sobre como é ser mulher, perceber a realidade
como ela é, pode ser doloroso.
GABO: Geovanna, qual foi a inspiração para criar o conto "Após a
meia-noite"?
GEOVANNA: Escrevemos o que não podemos esquecer. A lista de compras do mercado, os
horários para ir ao médico, a data de um evento especial, e por aí vai.
Eu escrevi sobre o que não deveria ser esquecido, que é o que as
mulheres passam, algo, que já se tornou comum, o que não deveria ser, espero
que como eu, outras pessoas reflitam sobre, e deem voz para um problema que
precisamos de apoio.
GABO: O que o público pode esperar da história?
GEOVANNA: Uma verdade que acontece muito no mundo feminino, um mundo que parece
ser muito particular, que na verdade é de todos nós.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
GEOVANNA: Sim.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
GEOVANNA: O maior desafio foi tocar em um assunto que choca, e escolher a melhor
forma de abordar o assunto com um olhar amigo, o que todos deveriam fazer.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
GEOVANNA: Que o público alvo seja atingido.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
GEOVANNA: Receptivo.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
GEOVANNA: Espero que o conto toque. É sobre um tema que prevalece na nossa vida, no nosso cotidiano. Precisamos falar sobre, para assim, tentarmos mudar todo o cenário.
Nome do Conto: Suspeito Incomum
Conto: Suspeito IncomumAutor: J. L. Silva
GABO: J.
L. Silva, qual foi a inspiração para criar o conto "Suspeito
Incomum"?
J. L. SILVA: Na verdade, esse conto era uma ideia que eu tinha
guardado para um roteiro, porque eu gosto muito de filmes policiais, de
assassinato e cheios de suspense, porém, quando vi o concurso, achei bacana
treinar as habilidades de transformar essa história que tinha guardado em um
conto, mesmo ela tendo potencial para mais, pois na ideia original, ela ia ter
mais personagens, mais plot twists e mais suspeitos antes de ser descoberta a
identidade do assassino. A inspiração eu não sei dizer de onde veio, talvez
desse gosto do cinema, porque a ideia inicial era deixar vários elementos sutis
nas cenas do roteiro que já indicariam a identidade do assassino ao
decorrer da história que, somente as pessoas mais atentas e detalhistas
perceberiam. A esposa do detetive era para ter aparecido mais vezes também,
tinha uma parte que eles tinham um jantar muito estranho, uma cena de
discussão, briga etc... que ajudariam mais na verossimilhança do desfecho, contudo,
para o texto não ficar muito grande, tive que cortar algumas coisas... quem
sabe no futuro não retome esse projeto.
GABO: O que o
público pode esperar da história?
J. L. SILVA: Difícil essa, porque eu não sei ao certo quais
reações minha história pode causar... talvez a surpresa do desfecho final...
acredito que a questão é que eu gosto de escrever histórias detalhadas, onde
simples detalhes importam, seja um objeto, uma impressão que o personagem teve,
enfim, eu sempre gostei de deixar pistas no enredo e, também de amarrar as
pontas no final, então, nada está à toa nas minhas história, tudo tem um
porquê, uma explicação ou uma motivação... às vezes, deixo isso subentendido e
outras vezes tenho que deixar mais claro para dar um desfecho
verosímil para a narrativa.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no
conto?
J. L. SILVA: Não é a primeira vez, pois, como eu disse, adoro histórias policiais. Tenho diversas outras guardadas nas gavetas, como também, vários enredos na cabeça para serem colocados no papel.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
J. L. SILVA: Olha, minha resposta vai parecer meio arrogante ou vaidosa, mas não é... isso porque eu tenho que dizer a verdade, que é que não tenho problema algum em escrever, não tenho falta de inspiração ou bloqueios criativos, trabalho com a escrita que é a coisa que eu mais gosto de fazer na vida e acredito que isso ajude bastante, então, estou sempre lendo e escrevendo, por isso, não tenho dificuldade em escrever, tenho vários histórias no papel e na cabeça a serem escritas e publicadas, sou e tento ser o mais produtivo possível... ah, talvez, o meu maior desafio seja administrar meu tempo e escrever mais, pois sempre tenho essa vontade de escrever mais e mais... então, se tivesse mais tempo para escrever, produzir mais, seria bacana, então, talvez esse seja meu maior desafio no modo geral... mas não houve desafio para escrever esse conto, pois ele saiu em uma noite, parecia que estava internalizado em mim já, prontinho, sei lá... talvez seja porque eu penso muito nas minhas histórias antes de escrevê-las e, quando vou escrevê-las, já as tenho prontas na cabeça.
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
J. L. SILVA: Espero que as pessoas gostem da leitura, estou muito ansioso, pois, apesar de sempre ter gostado de histórias policiais, é minha estreia no gênero e quero usar a receptividade desse conto para saber o que os leitores acham da minha forma de narrar histórias desse tipo para tirar outros projetos do gênero da gaveta.
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
J. L. SILVA: Putz! Outra questão difícil de se responder, mas, vamos lá, acho que a palavra seria, como o próprio título diz, INCOMUM.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
J. L. SILVA: Bom, gostaria de agradecer a todos que lerem o meu conto e pedir encarecidamente que, se possível, deixem um feedback sobre as suas impressões da história, pontos positivos e negativos, pois todas críticas, elogias e sugestões são muito bem-vindas!
Conto: Brasil
Autor: Ramiro Delcastanher
Sinopse: Um rapaz morre numa viela de um bairro e um aspirante a investigador tem
que descobrir quem foi o assassino. Nessa cruzada em busca do algoz, ele vê que
talvez o sangue não esteja na mão de quem pensamos.
GABO: Ramiro, qual foi a inspiração para criar o conto "Brasil"?
BRASIL: Tomo como inspiração dois fatores: os julgamentos feitos por simples “achismo” e a passividade de alguns, ou todos, diante das injustiças. Indubitavelmente, o preconceito velado com a comunidade negra em nosso país também foi uma fortíssima inspiração.
GABO: O que o público pode esperar da história?
BRASIL: Creio que o público possa esperar pouco ou nenhum choque, nada que possa fazê-lo ficar surpreso. Afinal, nessa história encontraremos nossos pais, tios, os vizinhos, o dono da venda da esquina. Talvez, procurando bem e com olhos bem atentos, possamos nos encontrar ali. Certamente quem se negar a assumir algum papel nessa trama encontrar-se-á com mais facilidade.
GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?
BRASIL: Não. É sim o primeiro conto é publicado sobre o gênero, mas escrevi um poema sobre. Este a ser publicado pela revista Avant da UFSC.
GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?
BRASIL: Elenco como maiores desafios a humanização de certos personagens e elaboração de uma diversidade de atitudes que represente a realidade. Sobressai-se, entretanto, muito mais o primeiro. Afinal, há representada no conto uma classe com extremos de atuação que na maioria das vezes é a primeira a ser culpada pela violência, quando não é representada como apática a ela. Por não assumir esse generalismo tem-se uma imensa dificuldade, principalmente no que concerne a exprimir preocupação sem retirá-lo da sua classe dicotômica que pende no imaginário comum muito mais para o negativo. Em exemplo, seria como mostrar um médico que não só diz: “esse aqui morreu”, mas também representar a sua ânsia em corrigir algo para evitar o resultado fatal, ou até mesmo mostrar o seu sofrimento com a morte de um paciente específico. Até porque muitas vezes vemos os médicos como indiferentes a quantos morrem em um dia, mas será que não sentem nada?
GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?
BRASIL: Espero que pelo menos a metade odeie. Que graça tem todos gostarem? Lembramos mais da questão amplamente discutida do que a de consenso. Ora, Capitu traiu Bentinho?
GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?
BRASIL: Impossível defini-lo melhor do que seu próprio título: “Brasil”.
GABO: Deixe uma mensagem para o público.
BRASIL: Espero que você possa pegar uma bela xícara de café, sentar confortavelmente em uma poltrona reclinável, dentro de sua casa (com alarme ligado e janelas com grade), dentro de um amplo condomínio de muros altos com muitos seguranças; ler e dizer: “Meu Deus, quanta besteira! Isso nunca aconteceria de verdade”. Aos que não podem, também convido à leitura. Para tal só basta coragem e que se deixe as convicções na entrada, você pode fazer isso?
Conto: Uma Velha História de Assassinato
Autor: Caliel Alves
Sinopse: Nelson de Paula saboreava o último dia
de sua vida em Araçás. Era noite de Ano Novo, os fogos de artifício faziam
barulho, complementando clima de festejo e risadas. Mas antes que o Ano Novo
raiasse no horizonte, encontrou-se com a morte. A violência do homicídio e a
negligência das autoridades farão uma cidade inteira se revoltar.
GABO: Caliel, qual foi a inspiração
para criar o conto “Uma velha história de assassinato”?
CALIEL:
Uma
velha história de assassinato, segundo dos meus contos que foi
selecionado na antologia, aborda um fatídico caso de assassinato, ainda sem
solução, ocorrido na minha cidade natal, Araçás. O fato aconteceu na década de
80. Além de ser muito brutal, nem sequer foi investigado. Eu tomei conhecimento
desse evento trágico através de conhecidos. Eu não conheci a vítima, mas, sua
morte me impacta diretamente. É um conto com tom de denúncia mesmo.
GABO: O que o público pode esperar da
história?
CALIEL:
Como
é baseado em fatos reais, a pessoa que se propor a ler tem que ter estômago
forte. Não é uma história para qualquer pessoa. Esse tipo de violência, embora
banalizada pela mídia, não tem nada de “normal” para mim. Todo tipo de
violência me soa absurdo, as razões então, nem se fala.
GABO: É a primeira vez que você escreve
sobre o gênero abordado no conto?
CALIEL:
Particularmente,
o tema da violência urbana, seja pelo cotidiano violento que vivenciamos, me
inspira a escrever. Não é uma coisa que você possa fugir, sabe. Então, meus
leitores e leitoras ainda verão muito desse tema em minhas obras. Eu ainda
desejo escrever mais ficção policial e literatura marginal, abordando o grosso
dessa violência.
GABO: Qual foi o maior desafio ao
escrever o conto?
CALIEL:
Olha,
eu acho que ter que ficar imaginando as cenas. Quando escrevo terror eu sinto a
mesma coisa. Essas imagens não me deixam muito confortável. As imagens que esse
tipo de história evoca na minha mente não me fazem bem. Esse é o maior desafio
para mim. Escrever sobre violência e ter que ver aquele filme todo em sua
cabeça.
GABO: Quais são suas expectativas para
a estreia do conto?
CALIEL:
Fechando
a terceira temporada, espero que os leitores e leitoras venham com gosto de
gás. Esse, modéstia parte, foi um dos melhores contos que já escrevi. Ele tem
uma função social para cumprir. Espero que quando o leitor o veja, reflita
sobre como a violência pode impactar toda uma comunidade, visto que quando
alguém morre, não perdemos só um indivíduo, mas sim vários, tipo: um pai, um
marido, um irmão, um vizinho, e assim vai.
GABO: Se fosse para definir o conto em
uma palavra, qual seria?
CALIEL:
Desumano.
GABO: Deixe uma mensagem para o
público.
CALIEL:
Caros
leitores, fico feliz de você terem nos acompanhado até aqui. Gosto de
participar de projetos assim, diferenciados, que me forcem a exercitar a criatividade,
expor meu trabalho e me aproximar do público. Continuem acompanhando meu
trabalho nas redes sociais, e não deixe de conferir os conteúdos da WebTV, são
ótimos.
apresentação
Gabo Olsen
convidados
Anchieta Mendes
Anderson Furtado
Cadu Mohrstedt
Caliel Alves
Cupertino Freitas
Evandro Nunes
Geovanna J. Lestrange
H Tavares
Hernany Tafuri
J. L. Silva
Marcelo Cruz
Math Soraji
Ramiro Delcastanher
Túlio Tosati
entretenimento
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REALIZAÇÃO
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