1x08 - Noite sem Vergonha (Season Finale)
de Jojo Campos
Península, São Luís - Maranhão
5 de dezembro de 2017
Hoje, eu passei o dia todo ao
lado de grandes amigas e foi tudo como o planejado, desde as conversas na
piscina às reflexões, sem roupa, sobre o luar. O gramado era o melhor cenário
para as nossas últimas loucuras do ano. Desde a formatura, estávamos sem
contato. Eu queria que isso não fosse um segredo... Os pais da Isabella não
gostam de mim. Claro que não é culpa minha. O que importa é como nós vamos passar
o próximo ano, com mais liberdade!
Bella vai estudar medicina em Caxias,
enquanto Marília e Camila vão estudar em Araguaína. Eu vou me matricular aqui mesmo
em São Luís. Fiquei feliz por ter passado em primeiro lugar na prova. Bom...
Estamos decidindo nossos futuros e cada um tem um plano brilhante para si.
Entendo que vai ser muito triste essa distância, mas nós vamos ficar grudados
no Skype. Ninguém mais vai se esconder para falar com os amigos.
As meninas sabem como me deixar sem graça.
Elas me cobrem de elogios sobre os detalhes bobos que tiravam toda a minha
autoestima, como as estrias que se parecem com o reflexo do sol nas águas, as
espinhas que mostram a fase mais bonita da vida e as dobrinhas chatas
representadas por camadas de muito amor. Eu me sinto muito feliz assim, sendo
eu mesmo.
- Luis! Você se lembra das
fotos do dia? – Bella me perguntou pelo chat.
- Sim! Eu não consegui
salvá-las. – respondi. – Você tem aí?
- Não, mas acho que Mari tem! Vou
pedir e mando no grupo.
- Sim! Obrigado!
Essas fotos me trazem boas
lembranças. Elas não paravam de apertar meu bumbum. Toda hora, alguém colocava
a mão e apertava ou dava um tapa e ia embora. Até minhas tias grudaram em mim. Mari
seduzia com os seios volumosos, enquanto Bella arrancava olhos dos céus com
suas marcas de biquíni. Camila estava tão linda com aqueles cabelos bem curtos.
Ela esqueceu a toalha em casa e esse foi o incentivo para o nosso momento de nos
deitarmos sobre o gramado, sem roupa e sem coberta. A lua estava muito bonita.
Eu sentia suas energias invadindo meu corpo despido. Elas deviam sentir o mesmo
e nem se importavam com quem pudesse aparecer e interromper. Fui obrigado a
deitar de bruços, pois não poderia competir contra os paraísos curvados delas,
mas eu tinha algo que todo mundo gostava e a posição me favorecia. Alguns
assuntos tocaram nossos corações, tipo aqueles relacionados às nossas
frustrações sexuais, durante o último ano. Só duas pessoas conseguiram transar,
uma vez só.
O ano de 2018 vai ser bem diferente.
Imperfeições não me incomodam mais... Eu já estou muito bem assim.
“Fotos em exibição no grupo do
chat”.
- Eu adorei as fotos da tua
marquinha. – mandei mensagem para Bella.
- Mari! Isso tudo é teu peito
na piscina? – Camila perguntou com um ar de provocação.
- Ah, para... – Mari respondeu
toda sem graça.
- Me chama que eu vou! – Bella
mandou uma graça.
- Isso daqui sou eu? –
Perguntei quando olhei uma foto em que eu estava de costas no quarto da Mari. –
Quem tirou essa foto?
- Fui eu! – Mari respondeu. –
Você ficou lindo com essa sunga colorida. Principalmente de costas. – Ela tem
um fetiche com as minhas costas, assim como todas do grupo.
- Ah, e esse bundão? – Camila
atirou – Eu quero!
- Eu quero destruir essa
delícia toda! – Bella danada. – Me dá! Dá para todas nós!
- Vocês não prestam mesmo. –
Eu ria das mensagens dela.
A foto ficou boa mesmo. Eu estava
distraído enquanto lia as mensagens da Camila no celular... Daí Mari deve ter
tirado enquanto almoçava na varanda. Ela tem uma boa iluminação e está bem
natural... É. Eu vou postar no meu instagram! Sinto que vai me render alguns
comentários do pessoal do colégio, mas esse dia merece ter uma divulgação
particular.
“A ideia era entrar na
piscina... Mas...” – Legenda da foto no instagram.
Não demorou muito e as primeiras curtidas apareceram. Minhas fotos me rendem umas vinte e cinco curtidas, em média. Eu adoro essas visualizações porque sei que são sinceras e de pessoas de confiança, tipo os meus amigos do curso de inglês. O grupo ficou mudo e alguns se ausentaram. Elas devem ter se ocupado com as inúmeras perguntas que suas famílias foram fazer sobre o dia. Ninguém pode saber da minha presença naquela casa... Tudo vai dar certo!
Eu tenho algumas mensagens pendentes no
meu chat. Tenho que escrever dois textos de aniversário para os aniversariantes
do dia. Vamos ver, Maísa me contou sobre seu dia em Balneário Camboriú, mamãe
me perguntou se eu quero comemorar a aprovação com a família e Mari me mandou
as mesmas fotos postadas no grupo. Faz uns dias que não falo mais com algumas
pessoas do terceirão. Quem está online aqui... Lorena vive ocupada... Mayra não
vai me responder muito rápido... Grazi nem viu minhas mensagens da semana
passada... Samuel!
- Samueeel! – Mandei mensagem
para ele.
- Luiiiiis! – Ele me respondeu
uns dois minutos depois.
- Tudo bem contigo? Que
saudade!
- Tudo sim e contigo? Saudade
também.
- Tudo bem sim. Meu dia foi
bem louco!
- O que fez? – Perguntou.
- Minhas amigas organizaram
uma resenha para a comemoração dos aprovados em medicina. – Expliquei o
ocorrido. – Como tem muitos pais que não gostam de mim, eu entrei depois que
eles saíram. Foi bem louco!
- Fizeram o quê?
- Ficamos um pouco na piscina,
andamos pela praia, pegamos um pouco de Sol, fizemos receitas veganas... De
noite, ficamos deitados sobre o gramado, sem roupa. Seios sobre as energias da
lua... Foi completo!
- Que delícia.
- Sim! Eu estava sentindo
muita falta delas! A gente se grudou e muito. Elas não paravam de bater na
minha bunda. Nem as minhas tias me deixaram em paz.
- Também, né Luis...
- Aaaahhh... – Eu acabei rindo
da reação dele.
- Posso te dizer uma coisa
sincera?
- Pode... – O que ele quer me
falar?
- Eu tenho muita curiosidade
de ver a tua bunda.
- ... – Opa...
- Será que uma foto seria
curiosidade demais? – Ele me pediu isso mesmo?
- Você quer um nude? – Qual
foi a última vez que eu mandei uma nude para alguém? Eu nunca mandei... - Ah...
Não tenho nada demais e eu não tenho uma boa câmera aqui, mas eu posso mandar
sim. Só um minuto. – Eu não disse isso... Que merda...
- Ok. – Esse “Ok” dele me
gelou...
Eu me meti em uma enrascada e
agi como se fosse uma coisa mais natural do mundo. Parece até que faço isso com
frequência. Nunca mandei algo tão íntimo assim para alguém. Ele vai ser o
primeiro a receber? Bom... Agora, já era. Eu tenho que tirar a foto e mandar.
Só preciso achar um bom ângulo, uma boa posição, uma boa iluminação. Ah! Isso
não vai dar muito certo! Coloquei tanta autoestima em um dia inteiro, mas não
parece ter adiantado muito. Continuo com esse complexo terrível com o meu
corpo. Ele vai ver tudo o que eu tenho medo de mostrar. Luis... Calma... Só
aperta o botão e espera dez segundos... Vai dar tudo certo!
Comecei a tirar o pijama e me deitei de costas
na cama. Posicionei o celular na janela e apertei o botão para tirar a foto.
Dez segundos que mais se parecem séculos. Eu estou tremendo demais... Estou
muito nervoso! Fiquei todo suado e meu coração está me machucando de tão rápido
que bate. Saíram várias fotos como programei para tirar, mas nenhuma ficou boa.
Eu sei que não vou conseguir mais tirar nenhuma porque estou incapaz de me
levantar e fazer isso de novo. Parece tão difícil enviar a foto para ele...
Meus dedos estão se mexendo demais. Não consigo apertar o botão de enviar. Eu
não quero mandar a foto errada... Vai. Aperta!
“Fotos enviadas”
- Elas não ficaram muito boas
por causa da câmera e do local, mas aqui vão. Elas vão mesmo assim. – Eu estou
preocupado mesmo... Será que ele vai achar muito ruim?
- Manda assim mesmo... Uau! –
Como assim “Uau!”? O que ele quis dizer com isso?
- Eu... Tô bem na fita? – Ele
gostou mesmo?
- Tá benzão sim! – Não... Ele
não disse que... Ele gostou da... ...
- Eu ainda tenho muito
problema com o meu corpo e não me sinto bem ainda com a minha aparência. Aos
poucos, eu estou perdendo isso e me sentindo melhor. – Obrigado pela sua
resposta...
- Pois perca, Luis! Você é
muito lindo! – Muito obrigado, mesmo.
- Ah, mal posso esperar. – Mal
posso esperar mesmo...
Ele me pegou de surpresa com
isso. Eu esperava uma decepção da parte dele. Samuel sempre me olhou vestido e,
uma vez, percebi seu olhar nas minhas costas, mas isso é algo que todo mundo
faz. Tipo, todo mundo faz isso comigo... Mas... Ele veio pedir para me olhar,
sem roupa. Por que ele é diferente assim? Por um momento, imaginei que toda a
sua expectativa sobre algo que, quando coberto por um calção bem curto de
educação física, parece tão atraente, fosse jogada fora com imagens imperfeitas
e de péssima qualidade. Não... Ele me disse que gostou! Calma, Luis... Está
tudo bem... Já passou...
Não sei se vou aguentar passar
mais uma hora sem apagar de vez. Este momento acabou comigo. Ele me sugou todas
as forças nessa conversa. Devo agradecê-lo por isso, algum dia... Será? Outros
dias podem até me acabar, bem mais do que este. Penso em como vou vê-lo, outra
vez, pelos corredores da universidade. Como vou sorrir perto dele? Como vou
cumprimentar nossos amigos? Parece que eles sabem de algo e estão segurando a
língua para não sair os comentários... Eu sei que isso não aconteceu, mas a
sensação é essa. É tipo uma noite sem dormir de tanta preocupação. A gente pode
até ter garantia de que tudo ocorreu bem. Porém, o medo não deixa de nos
visitar. Nem sei se é isso o que sinto. Eu estou com medo? Eu estou nervoso? Eu
estou preocupado? Excitado? Talvez um pouco de tudo isso.
Não caia no sono sem ao menos
olhar a lua, pela última vez, na sua janela. Ela está mandando vários beijos ao
mar. Me lembro das nossas brincadeiras vigiadas pela sua presença. A cama
parece mais confortável do que nunca. Os olhos me pesam tanto... “Só ande pelas
pontes que são seguras.”, “Não sonhe com quem você não quer sonhar.” São
mensagens que me ajudam a ter bons sonhos. Isso vai funcionar muito bem essa
noite.
- Luis? – Alguém estava
entrando no meu quarto.
- Mãe? – Não parecia a voz dela.
- Não. Sou eu. – Samuel? Como
ele entrou aqui?
- Samuel! Mamãe pode te ouvir!
Como você entrou aqui?
- Vocês trancaram as portas da
varanda?
- Não, mas aqui é o décimo
quinto andar... – só se ele for o homem aranha - Por que não me contou que
viria?
- Não estava na minha cabeça
vir, mas acabei vindo. – ele parecia meio aflito.
- Ah.. Entendo.
- O que você está perseguindo
com os olhos? – acho que deu para notar o quanto eu estava preocupado.
- Nada não... Eu só estou...
Distraído. – não muito, na verdade.
- Não. Tem algo mais... O que
foi? – ele estava olhando o lençol que cobria meu corpo. Eu me esqueci de
vestir o pijama e caí direto na cama.
- Não... Não aconteceu nada...
– voltei a suar!
- Eu estava pensando aqui...
Matei minha curiosidade, hoje. – tocou nesse assunto de propósito. – Só em
parte.
- Como assim?
- Eu queria te ver
pessoalmente. – lançou um olhar meio convincente.
- Ér... Tudo bem. – não sei o
que me faz fazer o que ele me pede, mas devo admitir que me sinto seguro.
Eu me virei de costas e me apoiei no
travesseiro, enquanto observava, pelo reflexo do despertador, seus olhos
focados em tudo o que o lençol cobria. Suas mãos vieram bem devagar e se
apoiaram na minha cintura, até que desceram e levaram as cobertas. Percebi sua
expressão facial meio congelada com o que observava. Não havia nada de
demais... Mas ele apreciava como quem ama o que vê. Seus braços macios e
peludos me massageavam enquanto deslizavam pela minha bunda. Ele estava me
provocando com tudo isso... Tive que esconder meu rosto no travesseiro para não
mostrar o quanto eu gostava do que ele fazia. Seus dedos me agarravam com
força, tipo para arrancá-la do lugar. Fico feliz por ele ter gostado.
- Uau... – Só tem isso para
dizer e já basta para tudo. Eu entendi o recado.
- Ah... – Eu queria dizer que
te agradeço muito por isso.
- Só falta mais uma coisa para
acabar essa curiosidade.
- O quê?
- Eu ainda não sei...
Ouvi o barulho dos seus calçados caindo no
chão. Seus joelhos estavam ajudando-o a se encaixar sobre mim. Ele se deitou
sobre o meu corpo e passou o rosto pelo meu pescoço, o que me deixou arrepiado.
Seus braços ficaram em volta dos meus ombros e suas mãos seguravam meus pulsos.
Eu estava preso ao seu corpo alto e vestido, mas aos poucos suas peças iam
embora. Primeiro, sua camisa deixou de cobrir um peito cabeludo, que me deixou
derretido, desde a primeira vez em que o vi desabotoado. Logo, suas calças
saíram e suas pernas se enrolaram junto às minhas. Ele estava tão ereto que eu
o sentia deslizar em mim. Seu rosto se aproximou do meu e ele me lançou um leve
beijo em minha bochecha. Seu ritmo bem devagar continuava até chegar aos meus
ouvidos...
- Tudo bem... – Disse em meu
ouvido direito... Bem baixo...
Minhas orelhas foram tomadas
pelas suas mordidas lentas e pela sua língua molhada. Eu o deixava fazer o que
bem entendia comigo. Sua boca estava me perseguindo pelo pescoço, pelos ombros
e pelas costas. Ela descia com seus estalos de beijos e suas pequenas marcas de
pressão. Meus lábios estavam sendo devorados pelos dentes, só de tentar
imaginar suas más intenções. Seus braços desceram até que se apoiaram na minha
cintura. Então... Ele deve ter mentalizado o que faria em mim.
Eu senti seus lábios alisando
minhas nádegas. Sua língua mexia e me molhava. Parecia até que eu estava
perdendo o controle sobre meu corpo. Seu rosto direcionou ao meu centro de
prazer e eu pude sentir a sua barba encostar ao seu redor. Aquilo me deu um
choque... Não havia mais como conter minhas sensações. Eu estava ecoando todos
os sons que ele poderia imaginar. Ele subia e descia com sua boca e suas mãos.
Suas explorações eram únicas. Nunca senti algo assim. Havia momentos em que ele
me afundava nesse colchão... Samuel... Eu adoro o que você faz...
Seu corpo estava voltando a
entrar em contato com o meu. Sua barriga cabeluda encostou-se às minhas costas,
e seu rosto veio a minha procura. Ele tentou me tirar beijos na boca mesmo com
a minha posição. Eu me virei e assim, nossa situação ficou mais fácil para
isso. Aproveitamos todos os encontros e danças que nossas línguas poderiam
fazer. Sua boca estava tão úmida, quente e desesperada, que me beijava rápido e
nem sempre eu conseguia acompanhá-lo. Minhas pernas prendiam sua cintura e meus
braços estavam amarrados às suas costas. Eu já estava excitado demais.
Ele me segurou pelas costas e
girou nossos corpos na cama. Eu estou em cima dele. Não paro de encher sua
barba de beijos, assim como ele não soltava minhas carnes das suas mãos. Suas invasões
eram sentidas tão de leve, que meus gemidos eram mais discretos, mas eu decidi
que seria a minha vez de arrancar essa música dele. Meus beijos desceram pelo
seu pescoço e pararam em sua zona mais peluda. Era a região mais atraente que
ele tinha. Tão impressionante como seu tronco era coberto por aqueles pelos
negros e enrolados. Eles davam continuidade ao seu humilde jeito de ser. Eu
aproveitei cada segundo que a minha boca passou por ali. Meus lábios desenhavam
em círculos pelos seus peitos, minha língua girava em sua barriga, até que
cheguei ao último local, que ele se esqueceu de despir.
Pensei em puxar sua cueca com
os dentes, mas não queria tirar meu rosto dali. Eu estava tão desesperado.
Agora, a curiosidade é que me afeta. Eu desci sua última peça e logo dei de
cara com sua beleza mais escondida. Era tão bonito... Comecei passando a língua
por entre ele e envolvendo meus braços em suas coxas. Minhas mãos estavam
agarrando as suas pernas... Ele mandava todos os seus desejos para mim. Eu
apreciava cada som emitido... Não demorei a encaixar seu membro ereto em minha
boca e o afundei devagar. Suas mãos vieram em minha cabeça e começaram a
pressioná-las para frente e para trás. Acho que ele não queria que eu fosse tão
lentamente... Aos poucos, afundava ainda mais nele. Eu amava como isso era
capaz de deixá-lo louco. Por mim, eu não me tiraria mais daqui.
É muito divertido chupá-lo por
inteiro. Dá para sentir até o fundo. Eu acelerei meus movimentos com a cabeça e
seus gritos o arrancavam da cama. Ele se mexia para os lados e para cima, mas
não queria que eu parasse de fazê-lo. Meus cabelos eram puxados com sua força, enquanto
minha boca o devorava com vontade. A única coisa que queria fazer era passar o
resto da noite, abocanhando seu corpo duro. Não sei descrever um sabor.
Sua mão veio na direção do meu
rosto e me fez tirar a boca do meu brinquedo preferido. Eu estava engatinhando
de volta ao meu local de partida. A gente voltou a trocar aqueles beijos, que
gosto muito... Tento imaginar onde a gente vai parar. Não sei se estou
preparado para isso, mas tenho muita confiança nele. Eu devo ceder, assim como
cedi todas as outras coisas que ele quis fazer comigo. Nem vejo mais problema
nisso.
Um braço veio em volta da minha cintura e
uma de suas mãos voltou-se ao seu grande amigo. Ele o posicionou em mim e
tentou pressionar com força.
- Aaahhhh!... – estava difícil
de entrar.
- Calma... Vai entrar.
Ele insistiu mais uma vez, até
que conseguiu invadir meu interior, aos poucos. Eu tinha noção de que ele fazia
isso bem devagar, para caber tudo, sem me machucar. Gosto do seu jeito
cuidadoso de me tratar. Meus olhos estavam se fechando, como se estivesse
bêbado. Era a melhor sensação que já senti esse ano. Ele tomava muito cuidado
enquanto iniciava sua função. Eu adorava aquilo. Ele entrava com todo o
carinho, mesmo sentindo uma dor bem leve. Se bem que estava ótimo assim.
Sua boca veio à minha procura, mais uma
vez. Caímos em vários ataques de beijos, durante suas investidas. Ele me abraçava,
me beijava e me mordia. Não tenho capacidade para fazer nada... Só de relaxar
em seu corpo, enquanto ele se movimenta por mim. Sua língua se prende em minha
boca. Sou impedido de gemer alto por isso. Então, ele aproveita para investir,
com mais força e bem rápido. Eu deveria sentir incômodo, mas não. Eu amava essa
agressividade. Até tomei iniciativa para ajudá-lo. Eu o segurei pelos seus
peitos para me jogar no ritmo dele. Ele gostou de me ver sentando. Eu estava
tomando seu fôlego, toda vez que jogava meu corpo, com força, sobre o dele. Suas
mãos estavam partindo minhas nádegas com seus apertos. Ele interrompeu meus
movimentos para, mais uma vez, me comer com mais velocidade. De novo, ele me
tomou a voz. Se existem três palavras que eu posso dizer, em seu ouvido:
- Vai com força!
Mudamos de posição e ele ficou em cima de
mim. Agora, sua força arranca os mais altos barulhos da cama. Alguém pode
acordar, mas e daí? Eu não quero que ele saia de dentro de mim. Suas enterradas
me faziam morder os dedos, sua violência acabaria nos levando ao chão. Quanto mais
ele me pressionava para penetrar, mais eu queria me doar aos seus caprichos. Passei
um bom tempo aguentando essa fúria, até que ele parou, um pouco. Ele me cobria
de beijos aleatórios. Um momento, me lançava um na bochecha, outro no pescoço,
outro no ombro, outro na orelha... Sempre espalhando seu amor assim.
- Luís... Vira. – Ele me pediu
para mudar de posição.
- ... – Nem me dei o trabalho
de pensar em outra coisa. Eu o fiz.
Senti mais uma enterrada, quando ele
voltou se colocar no lugar. Meu corpo estava todo suado e o dele também.
Cansaço não era desculpa para parar. Ele continuava me amando do seu jeito,
colocando suas pernas entre as minhas para conseguir mais espaço e me afundando
nesse colchão desarrumado. Nossos pés brincavam entre si, com algumas cócegas
que ele tentava me fazer. Minha bunda tremia pelo contato com suas coxas, que
me batiam durante a investida. Até saiam sons, parecidos com palmas, por causa
do modo como ele me atacava. É tão bom ser preenchido por ele. A sensação de tê-lo,
entrando e saindo, me deixa louco. Tudo o que ele resolve fazer parece ser a
melhor coisa. Por favor, Samuel. Não o tire de dentro de mim ainda. Continue
mandando-o, do jeito que quiser.
Minhas orelhas eram roubadas
pelos seus dentes. Seu hálito tomava meu nariz. Ele já estava pulando no meu
corpo... Minha boca estava mordendo a fronha do travesseiro. Eu não queria
gritar tão alto. Sua voz já ecoava bem alto. Suas unhas cravaram em minha
cintura e me puxaram para trás. Ele acabou me colocando de quatro, para que
pudesse terminar logo com a noite. Eu olhava seu rosto voltado para o teto e
toda a sua agressividade me matando de prazer. Eu me perdia em tanto desejo,
que só reagia com minha expressão de prazer. Ele gritava, como se fosse explodir.
Já estávamos explodindo, desde o começo. Então, senti algo estranho nos meus
olhos, minhas mãos queriam arrancar os lençóis desforrados, meus ombros
tremiam, minha cabeça me tirou do normal. O que está acontecendo comigo? Tudo
estava se mexendo... Até que senti um jato, dentro de mim. Era ele o tempo
todo. Isso tudo era a sua curiosidade em mim, e ele a espalhou bem. Eu fiquei
tão fraco que acabei caindo no travesseiro, e ele se jogou do meu lado.
Meu interior vazava o amor dele, de tão
dormente. Mal respirava direito. Eu ainda admirava o seu olhar brilhante com um
sorriso meigo e sincero, cercado por uma mata escura molhada de suor. Ele é tão
lindo... E mal consegue respirar também. Imagino todo o seu esforço comigo.
Desculpa por todo esse desgaste. Eu não queria te deixar assim... Ou queria...
- Luis... – Ele me chamou.
- Eu? – Mal conseguia respondê-lo
de tão cansado.
- Ainda tenho uma
curiosidade... – Ele estava com seus olhos fechados e rindo para mim.
O que seria essa curiosidade? Tem mais
algo que ele quer fazer? Ele está todo acabado sobre esse colchão sujo. Tenho
até medo de algo de ruim acontecer aqui. Como meu pai ainda não nos ouviu? A
porta nem se abriu com ele aqui. Só admiro a nossa semelhança nesse momento.
Estamos largados nesse quarto quente e a sós. Ninguém está nos incomodando
ainda. Ele me ama? Acho que sim... Acho que não... Mas isso não importa agora.
Não. Não pretendo te largar sozinho. Talvez, se isso fizer você correr atrás de
mim como uma brincadeira de pique... Para de sorrir... Assim você me acaba de
novo... Eu não aguento... Ele é tão bonito...
- Você... – tentou falar, com
o pouco de fôlego que ainda restava.
- O quê?
- Não era nada não.
- Ah... Tudo bem.
- Vem cá.
Ele me puxou de volta, para que ficássemos
abraçados, no meu quarto abafado. Estamos tão suados e, mesmo assim, trocando
calor. Nunca encontrei conforto no peito de alguém. Gosto de tocá-lo,
acariciá-lo e me encostar, bem aqui, como se fosse tudo o que eu mais precisei,
na vida. Eu preciso abrir a janela para entrar um pouco de ventilação. O mar
deve estar mais agitado do que antes. Porém, tão cedo não quero deixar de
sentir o seu corpo. Acho que vou passar mais uns minutos assim. Não importa o
que vamos fazer ou como ele vai sair daqui, sem que ninguém perceba. A gente só
precisa ficar aqui, desse jeito e sem mais ninguém.
- Eu te amo, Samuel.
- Eu também te amo, Luis.
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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