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Cine Virtual: As Cordas

Conto de Gon
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Sinopse: A Gralha esboça a vida de quatro mulheres de 88 anos que vivem na casa lilás e, num período de quarentena, passam a rediscutir a vida, sob a ideia e a interpretação de um tecido que amordaça os corpos. Além disso, há uma corda que se prende aos ossos dos corpos para manipula -los. Qual será o reflexo comportamental de todo esse mecanismo social e de como essas mulheres convidam a sair e entrar de portas e labirintos de uma outra ideia de vida, é a tônica desse conto filosófico. Brinco, é mais que uma gralha, ele é a manifestação do hiato humano.


As  Cordas
de Gon

Algumas pessoas enxergam uma sombra entre as nuvens, seja dia ou quase noite, sempre há a presença de algo. Por vezes, ouve-se relatos de quem está num banco de praça, num bote de pesca ou cortando a grama de casa, que sente algo tocar seus punhos ou tornozelos. Brinco sobrevoa as árvores até chegar à casa lilás, onde moram quatro mulheres de 88 anos que, talvez, sejam as únicas pessoas que sabem a verdade. Alguém desce as escadas, é Nardly, que tem dificuldade de andar por causa das dores no quadril, oriundas de seu passado de violência física e emocional, vividos na Somália. A sociedade decidiu que ela não atendia aos adjetivos preestabelecidos e às objetivações preestabelecidas, tornando-a descartável, com menos valor que uma bicicleta. Nardly revela ao pássaro que tudo que ela viveu pode ser explicado pela foto. Que foto! A foto do tecido que se vive na Somália, Áustria, Alemanha, França ou qualquer parte do mundo que sussurra no corpo dessa mulher a presença ideológica de um tecido, algo que amordaça e envelopa essa mulher. Brinco resolve subir as escadas e ao chegar à porta amarela, avista Saphira, uma bela mulher de 88 anos, que assim como Nardly, viveu o pior do mundo, numa perseguição implacável às mulheres da Bósnia. Saphira segura uma foto, onde somente ela consegue ver as cordas que desciam entre as nuvens e, bem ao fundo da foto, a sombra daquilo que seriam dedos humanos. Brinco salto dos braços de Saphira e salta pelo corredor até a porta vermelha que, lentamente, se abre e revela o corpo de Dilva, uma jornalista de 88 anos que nunca se contentou em ficar no espaço de vácuo entre o tecido e seu corpo, pois, sempre entendeu que aquele tecido não dizia tudo sobre ela e, muito menos, expressava as coisas que realmente moviam a sua identidade. Dilva mostra a sua foto e revela que as mesmas cordas desceram sobre sua casa quando ela tinha apenas 12 anos e lhe fez perceber que havia um corpo oco e esvaziado na sociedade, que não subvertia a ideia do “hiato” entre o corpo e o tecido, como um local de mudança de valores e mudança de atitudes. Brinco e Dilva olham à porta e avistam Halira, que também possui 88 anos e não esconde a foto que mostra seu corpo ser suspenso pelas cordas e levado de uma cidade à outra. Surge um silêncio, até que Halira olha pela janela e avista que a serração da manhã deu lugar a uma nuvem escura que se movia para todos os lados, como se a nuvem estivesse viva. Surgem pequenos gafanhotos que começam a bater no vidro da janela, seguidos de centenas e milhares de outros gafanhotos. Em menos de oito (08) minuto, todas as árvores estavam tomadas de gafanhotos, que começaram a comer as folhas de todos os outros pátios vizinhos. Halira, Dilva e Saphira olham para o céu e tentam avistar aquela misteriosa mão gigante e suas cordas, mas só avistam aquilo que ninguém mais consegue enxergar, que é um tecido que nunca será rompido, em todos os aspectos e paradigmas que devem ser questionados, assim como dogmas inocentes que devem ser eliminados e extirpados do inconsciente de um corpo social que durante séculos foi sodomizado a comer, orar e matar com a mesma sincronia e naturalidade da respiração fisiológica. Sim! Matar e orar, matar e comer, matar e amar, matar, matar..., e matar, infinitas vezes, quantas vezes fossem necessárias, foi a forma que o tecido encontrou de reduzir o corpo a algo tão desprezível, que nem mesmo ele conseguiria se olhar num espelho com a cabeça erguida. O tecido revela que o corpo que fabrica a arma de fogo e fatura milhões de dólares com sua venda é tão responsável pela violência quanto o corpo que compra ou rouba a arma e mata sua esposa num processo de ódio e raiva. Não se trata de um olhar simplista sobre ações e reações, mas sim, da presença esmagadora de um tecido que reduz o corpo que fabrica armas, o corpo que compra armas e o corpo que é morto pelas armas e, todos eles, não entendem o quanto são estéreis, esvaziados de sentido e envelopados, de tal forma, que todos os demais corpos seguirão o mesmo mecanismo ideológico de uma ideia fixa de ver, formatar e decifrar o mundo, se é que em algum momento do mundo, isso foi possível. Revela-se então, um ser oco ao nascer e oco ao envelhecer que sempre aceitou as condições estéticas do tecido, num formato de cena tão ficcional que, gradativamente, foi convertendo-se numa verdade que jamais poderá ser desmentida e questionada, pois, conta com a argumentação do dinheiro em sua manifestação linguística, e ainda, sua própria interpretação como ator de uma cena que fica restrita àquele espaço entre o tecido e o corpo. Entretanto, nada disso redime a culpa do corpo que fabrica, do corpo que compra e do corpo que é morto, pois, todos emitem indícios inconscientes que sabem que estão interpretando um roteiro vencido, pobre, desvalido e inverídico que foi cristalizado como o texto inquestionável. É aqui que elevar essa narrativa ao inquestionável, aniquila qualquer possibilidade de subversão ao tecido e submeter o corpo a manter os comportamentos fisiológicos que nada dizem de si e muito menos de seus atos, pois, apenas reforçam a ideia de que se é apenas uma engrenagem que ainda goza de privilégios e benefícios que o convidam a permanecer exatamente no espaço ideológico e oco em que foi moldado a permanecer. As quatro mulheres não apenas são as únicas habilitadas a enxergar e tocar as cordas, mas também são as únicas que romperam pequenos espaços desse tecido e revelaram que a proposta do tecido é justamente essa, deixar o corpo submisso e dependente de suas invenções, como o dinheiro, a arma de fogo, o petróleo, os diamantes e tudo, literalmente tudo que possa ofertar a relevância sobre coisas que ele supõe haver valor, quando, na verdade, inexiste qualquer partícula subatômica de sentido nas materialidades citadas.

Nardly afirma que todos nascem prisioneiros de si mesmos e serão conduzidos a também interpretarem suas vidas com roteiros prescritos, assim como Dilva, Saphira e Halira que também nasceram sob o mesmo efeito de cordas que foram estruturadas com tamanhos e dimensões exatas e pensadas para elas, sem que em momento algum pudessem discutir e discordar de tais cordas e, muito menos, da ideia de um constante manipulador de vontades. Há quem pense que, talvez, as cordas pudessem ser substituídas ou cortadas quando completassem determinada idade, mas em verdade, quanto mais seus corpos amadureciam como mulheres fisiológicas e não ideológicas, seus corpos sofriam a pressão cortante e interruptora dos fios nas articulações e nos ossos, de modo a diminuir, limitar e delimitar cada vez mais as suas possibilidades de ações revolucionárias e independentes de seus corpos e mentes. O curioso é que uma mão, algumas cordas, um tecido e um hiato indiscutível, serviram única e exclusivamente para formatar a ideia pobre de que todo aquele corpo feminino se definiria através de um par de seios e uma vagina. A missão desses quatro corpos femininos e suas narrativas sempre foi basificada no corte radical e emergencial dessas cordas sem que esquecessem de analisar e interpretar a quem pertencia a mão gigante e quais eram as suas razões em manter o controle do descontrole. É impossível interpretar que tudo que aconteceu e acontece com o corpo feminino, durante décadas de supressão, estivesse resumido à mera casualidade ou má sorte. Não! A mão é inteligente, a mão é proposital, a mão é calculista e sabe exatamente a quem deve manipular, uma vez que criou um sistema de dependência que é idêntico ao que os ratos de laboratório são forçados a absorver como ideia de mundo, quando entendem a vida sob a ótica de duas únicas portas sendo a porta A ou B que pode se abrir e ofertar um pedaço de queijo, se e somente se, eles abdicarem das portas alternativas, onde talvez, houvesse a liberdade. Isso sela a própria ideia de ciência, pois obriga os ratos a acreditarem que aquele experimento de privação é responsável por provocar uma reação inteligente de resolução de problemas ou uma espécie qualquer de avanço intelectivo, quando o mais provável é que tudo esteja limitado e pautado ao universo catastrófico da sugestão de medo, que é, foi e sempre será extremamente eficaz, pois obriga uma enorme parcela da humanidade a se considerar feliz com as portas que são reveladas e carimbadas como legítimas, inquestionáveis e insubstituíveis. O fato é que tudo isso convida a analisar que o “Titereiro” provoca, exatamente, o mesmo sentimento no corpo social, quando bilhões de corpos não conseguem entender e absorver a ideia de portas alternativas, por mais que a educação se esmere em evidenciar a existência de infinitas outras portas, já que esse corpo só compreende a porta de senso comum, aquela que leva aos mesmos lugares de sempre, década após década, sem questionar, assim como os ratos não questionam o pedaço de queijo, pois, no final das contas, são as portas que garantem um mísero fragmento de felicidade, de “free time”, ou ainda, de negação do medo de escolher uma porta mais concreta, palpável e substanciosa. É intrigante entender que isso até leva à frustração social, embora inadmitida, momento em que fugas emocionais se fortalecem e cristalizam nas atitudes desse corpo, onde a mesa de bar até é uma espécie de confessionário de culpa por continuar os rituais seculares de comer, dormir, gozar, defecar e destruir com naturalidade. Não seria estranho interpretar que ao final da vida desse corpo, diferente dos ratos de laboratório, as cordas sumissem e dessem a ideia de terem construído um propósito e motivo de estar, que sempre foi pautado no aprisionamento imaterial através do material, da mesma forma que o rato internaliza a ideia que já é escravo comportamental de um queijo que traduz uma ideia de vida, da mesma formo, o corpo nada faz para identificar a existência de outras portas e absorve todas as invenções contemporâneas em que ele atua sob a mesma funcionalidade dos ratos. A pressão que as cordas, a mão, o tecido e o próprio hiato que ele ignora, acabam restringindo e limitando sua percepção de que o dinheiro é o queijo do corpo, o sexo é o queijo do corpo, a fome é o queijo do homem e toda e qualquer coisa que provoque o abafamento das ideias é igualmente potente à anáfora do pedaço de queijo, necessitando ser rediscutida e, talvez, extinta. Extinguir a fome? Extinguir o sexo? Extinguir a ideia de dinheiro? Nunca! Nunca, nunca, nunca! Contudo, por mais que se admita a impossibilidade de extinguir esses pedaços de queijo, também se sabe o quanto o organismo está saturado e fragmentado com a relevância de tudo que está do outro lado de uma porta de senso comum e que força os corpos a acreditarem que ele é incapaz de construir uma porta que leve a algo que realmente faça sentido no processo de nascer, crescer e morrer. Fica nítido que o corpo tem profunda dificuldade de se libertar das cordas e quebrar o forte vínculo de dependência delas, não por terem uma utilidade moral, mas por determinarem o próprio sentido à existência desse corpo, sem que ele possa manifestar algum tipo de insurgência de si próprio. Isolar-se das pessoas, numa bolha sanitária que ajudou as quatro mulheres a atenderem o seu papel e o seu valor social, naquilo que a própria sociedade jamais conseguiu compreender até que ponto era imperativo dissolver a ideia de corpo feminino, a qual também está diretamente ligada aos prazeres ou fisiologismos sem sentido, como se fosse papel e função social desse corpo feminino ser uma fuga, tal qual a mesa de bar, para todos e quaisquer sentimentos incompreendidos que o tecido ajudou a produzir. Isso provoca a perceber o quanto o comportamento, o pensamento e a manifestação social estão intimamente ligados e indissolúveis, pois, um é reflexo do outro e todos estão coagidos a serem e fazerem exatamente aquilo que o Titereiro predetermina aos membros dos corpos sociais, em especial, aos corpos femininos. O isolamento revelou às mulheres da casa lilás o fato de que suas vidas fizeram parte de um laboratório com duas portas que nunca levaram a nenhum lugar consistente, até porque, desconfia-se que o laboratório feminino era totalmente diferente do laboratório masculino na sua arquitetura ideológica, ou seja, o corpo masculino estava exposto à arquitetura de um labirinto com várias portas de entrada e saída, enquanto o laboratório do corpo feminino estava encaixado num círculo que foi, deliberadamente, projetado para desacreditar o seu potencial de resolução de problemas, visto que, havia duas portas como possibilidades, sendo uma na entrada e outra logo ao lado, deixando claro que ela sairia de um espaço e voltaria para o mesmo, independente da porta que abrisse. Entretanto, o isolamento social também revelou o fato de que mesmo com apenas duas portas, a mulher construiu outros importantes e diferenciados caminhos, fato que deixou o tecido extremamente contrariado e irritado com a ideia de fissura, rasgo ou corte da superfície que esse corpo feminino provocou em sua estrutura regradora, obrigando o mesmo a utilizar a força das cordas e o poder manipulador da mão do Titereiro para num primeiro momento queimar vivas, todas as mulheres que manifestassem algum tipo de sabedoria. Para desilusão do tecido, o corpo feminino continuou construindo novas portas, de maneira que o labirinto já não era mais circular e muito menos quadrado, e sim, algo totalmente novo, rompendo paradigmas de uma suposta geometria apolínea e forçando a discussão da própria ideia de queijo e de todas as construções metafóricas das portas e de um suposto queijo. É aqui que o tecido se mostra vingativo e, mais uma vez, tenta destruir a imagem do corpo feminino, criando as narrativas de depreciação de sua imagem com a associação ao sobrenatural e ao maléfico, ou ainda, atribuindo à mulher a característica de um corpo inconstante e, porque não dizer, “histérico”, atribuição social que levou centenas de mentes brilhantes para os manicômios. Toda essa vingança por um pedaço de queijo? Não!! Agora o tecido percebe outro estágio de sua relação com o corpo feminino e sente que, diferentemente dos ratos, que passarão séculos contentados e satisfeitos a comer queijo, o corpo social, quando muito pressionado, cria portas, e com isso, começa a ignorar as promessas de felicidade que são montadas e pautadas como verdades absolutas. A busca incessante por resposta fisiológica de felicidade é fruto de uma ideia de que tudo isso que se vive sempre foi normal e é a única possibilidade de vida e de normalidade, mesmo que o corpo de Nardly, Halira, Dilva ou Saphira tenha sido reduzido à mera matriz procriadora e reprodutora de corpos, através de escrituras e textos que comprovavam a ideia de que só havia duas portas possíveis para esse corpo feminino no tecido. O mais interessante é que a objetivação desse corpo feminino também foi estratégia do tecido de força-la a entender que seu corpo era a encarnação dos desejos mundanos e gatilho à perdição, dela e dos demais corpos do tecido, quando em verdade, a ideia do pecado original, dissolução do paraíso e do Éden, também dialoga com a ideia de um queijo, tamanho gigante, que fez bilhões de corpos acreditarem que havia e há um prêmio ao cruzar por determinada porta social e que o corpo feminino retirava o foco de todos que pretendam chegar a esse suposto lugar de pureza e redenção. É de rir? Sim! Mas não da ideia de Éden, paraíso, inferno e tudo mais, mas sim, da covardia de sacrificar a imagem de um corpo social como responsável pela perda de coisas que sequer sabem explicar a existência. Há uma falta de caráter impressionante na relação corpo e tecido que não deixa dúvida que o mundo como se conhece, jamais poderia dar certo se a mão não fosse cortada, se as cordas não fossem cortadas e se o próprio tecido não fosse rasgado de ponta a ponta. O isolamento, a bolha sanitária e o silêncio das intensões humanas mostraram para Brinco que o corpo social que está abandonado no tecido passa a vida focado em rotular uma espécie de significado, quando ao final do labirinto, esse corpo está a poucos centímetros da porta e percebe que todos seus esforços estavam basificados num hiato ontológico e disforme que sempre esteve focado em validar o dinheiro como um discurso de mundo extremamente eficaz e que funcionasse como a recompensa que os ratos recebem ao achar a saída do labirinto. Um pedaço de queijo e uma cédula de dinheiro ofertam o mesmo discurso e reduzem esse corpo preso por cordas a acreditar que desejos e prazeres, indiferente do que possam custar, são a única e exclusiva meta na vida. Brinco não tem dúvidas que as fotos das quatro mulheres está convidando o corpo social a analisar a sua concepção de vida, de relacionamento, de estudo, de profissão, de fé e de pensar sobre o pensar, sem que necessariamente, ele precise deteriorar-se como uma folha verde, na frente de uma nuvem de gafanhotos. O arquétipo desse novo corpo pós-pandemia que poderia ser um resumo dessas mulheres fenomenais que sempre estiveram dispostas a convidar o corpo a analisar-se sob o tecido, mesmo que também se sentissem amordaçadas e apagadas pelo mesmo tecido, não se omitiram em buscar portas que lhes retirassem da pré-condição de corpos objetivados. Brinco percebe que as quatro mulheres fizeram de suas vidas uma potente ferramenta de discurso que comprova o quanto a humanidade necessita reescrever suas metas e diretrizes, sem que a finalidade de tudo esteja basificada na aquisição ou acumulo de coisas que nunca se sabe de fato o porquê de querer ou executar. É aqui que a ideia de produzir um corpo desfocado do tecido, desfocado das cordas e desfocado do Titireiro começa a produzir resistência à filosofia do acaso, onde todas as produções humanas ficam à mercê das vontades do acaso. Em meio a tudo isso, fica a nítida percepção de que nada é mais importante para o corpo que o ambiente de reflexão da dádiva de poder pensar, estudar e analisar a dimensão do certo e do errado, mesmo que continue sendo um aparelho frio, calculista, ardiloso e pronto para repetir todos os erros que cometeu, pois, ele não tem a intensão de chegar ao hiato e perceber que as cordas são extremamente frágeis e fracas, deixando claro que o problema nunca foi a mão gigante do Titireiro e, muito menos, as cordas, mas sim, a corrompível vontade humana de conquistar para destruir. É por isso que o gafanhoto é ético, pois em oito minutos ele come exatamente aquilo que a natureza irá repor, diferente do corpo social que leva mais de 80 anos para reconhecer que precisa penetrar a atmosfera do hiato, onde talvez, ele aprenda que não há mais tempo para mudar, mas, pelo menos, no ultimo suspiro do mundo e da vida sobre ele, o corpo possa manifestar um único ato ético, suficiente para deixar a ideia de que talvez, muito talvez, um dia evoluiria.

Conto escrito por
Gon

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Eliane Rodrigues
Márcio André Silva Garcia
Ney Doyle
Pedro Panhoca da Silva
Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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