A Grande Vitória
de Iza Aster
Hoje acordei indisposta. A dispneia noturna tornou meu sono conturbado, fazendo com que despertasse inúmeras vezes na madrugada. Meu corpo está cansado, pesado ao ponto de me fazer rejeitar a ideia de caminhar pelo hospice. Esse é mais um dia que irei permanecer na cama. Vou trocar minhas horas em frente ao computador por momentos em que possa ouvir histórias que me trazem sorrisos e me fazem suspirar, imaginando algo que não poderei viver. Acho que apenas tais histórias poderão dissipar a ideia de que esse seja meu último dia. Talvez quando a noite cair eu adormeça ouvindo a voz de minha mãe falando o quanto ama meu pai e, talvez, amanhã eu acorde para mais um dia incerto, onde terei que aproveitar cada segundo como se fosse o último.
Confesso que a ideia da morte em si não me assusta. Passei dois anos em processos de cirurgia e quimio, vendo minha mãe gastar tudo o que tinha e o que não tinha em busca de minha cura. Acabei sentindo a culpa por estar levando aquela a quem mais amo à miséria. Receber a notícia de que não havia mais nada a ser feito foi um grande choque para nós, mas em poucos dias já aceitei que algumas vezes nossa passagem pela Terra é breve. A minha será, e é estranho dizer que quando tudo começou eu senti que terminaria dessa maneira.
Lutamos todas as batalhas possíveis e esse fim não é uma derrota. Derrota seria se eu continuasse em tentativas inúteis, passando por mais cirurgias para a retirada de um tumor que insiste em reaparecer. Antigamente eu permanecia dopada por inúmeros medicamentos, praticamente em um estado de morte. Agora eu realmente durmo, às vezes uma noite inquieta como a de hoje, mas não passo longas horas apagada por remédios. Isso é muito bom. Minha mãe e eu podemos estar juntas o maior tempo possível.
Agora também sei que Deus existe, se ele não existisse isso não seria possível. Eu só não quero que tudo piore ao ponto de me fazer sofrer mais que antes. Tento ser forte, mas imaginar que posso definhar em sofrimento me traz desespero. Felizmente ouço todos os dias que não haverá mais uma rotina solitária e nem tentativas dolorosas para atrasar o inevitável. Eu vou morrer, todos sabemos, e agora estou em paz, apenas desejando viver esses últimos momentos como se fossem meus melhores dias.
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Meu nome é Lídia Brandão de Souza, tenho 13 anos e amo histórias de romance. É importante dizer isso para continuar com as próximas linhas. Tudo isso é culpa da “Dona” Vitória, minha mãe, que desde sempre me fez acreditar que belas histórias de amor existem, que meu príncipe encantado vive em algum canto do mundo. Ela é bem clichê nesses assuntos e nossas discussões eram divertidas quando eu brincava falando que ela deveria parar de me empurrar contos de fada. Na verdade sempre gostei dessas histórias, agora gosto mais que nunca, pois sinto que quando falamos sobre o assunto ela encara como se o tempo voltasse e tudo estivesse bem outra vez.
Hoje vejo a resignação nos olhos de Vitória, ela está aceitando melhor. Minha mãe sabe que fez tudo por mim, todos fizeram. Ela é tão maravilhosa que continua fazendo, trazendo a mim mais experiências que marcaram sua vida. Dessa maneira faz com que eu reconheça profundamente o meu pai falecido e hoje sinto que estamos cada vez mais próximos. Eu sei que fui amada por ele, apesar de não termos ficado juntos por muito tempo.
Todos deveriam conhecer a história de amor de Vitória e Henrique, tenho certeza disso. Minha mãe continua apaixonada pelo meu pai, mesmo passados tantos anos após o fatídico acidente. Quando eu me for, espero que ela continue forte como sempre foi.
Tenho que revelar um outro medo. Eu temo que quando partir ela possa desabar. Ela me jurou que isso não aconteceria, mas há horas que chora e eu sei. Eu entendo… Aceitamos o que está por vir, mas isso não nos impede de sofrer e para ela deverá ser ainda mais difícil, ela vai continuar e sozinha dessa vez. Ela já perdeu o maior amor de sua vida, agora deverá perder o fruto dessa relação mais bela do que qualquer uma que encontramos em filmes.
— Você deveria se casar de novo. — Eu disse em março do ano passado, em meio a uma das várias sessões de quimioterapia, na época onde meu medo e culpa por ela eram quase insustentáveis. As sessões de quimioterapia me trouxeram um frágil fio de esperança no início, mas também muita indisposição e preocupações e naquele dia apenas a indisposição e preocupações permaneciam. Vitória segurava minha mão e seus olhos negros esqueceram todo o brilho aflito, ela estreitou suas sobrancelhas, agora parecia confusa. Quando conseguiu assimilar minha fala, rebateu de pronto:
— Você é minha única prioridade. — Ela me beijou a testa, carinhosa como sempre, até hoje sinto o toque terno de seus lábios, mas eu insisti naquela ideia. Pensava na solidão que viria para ela no caso de tudo dar errado. Minha mãe havia cumprido a promessa, fomos sempre nós duas, apenas nós duas desde a morte de meu pai. Eu sempre admirei a fidelidade que ela mostrava a ele, ao sentimento que para sempre nutriria por ele, mas poderia não haver mais eu no futuro. O ciclo que todos conhecemos poderia não se cumprir, eu poderia partir antes de mamãe.
— E você a minha, então deveria fazer isso por sua filha. Não quero que o mundo desabe para você novamente, se isso acontecer alguém precisa estar ao seu lado. — Meu tom saiu fraco, a voz embargou nas últimas palavras. Deveria ser para sempre uma ao lado da outra…
— Se meu mundo desabar mais uma vez, as lembranças permanecerão comigo, irão me fortalecer. Henrique me ensinou a importância de prosseguir, ainda que tudo o que tenha sejam meus pés descalços e castigados por um caminho de cacos e espinhos. Mas Deus não me trará mais uma perda. Você vai ficar bem, filha. Eu prometo. — O afago carinhoso em meus cabelos me trouxe confiança. Agora depois de um ano essa promessa não havia se cumprido, mas não encontro culpados, é apenas o destino que é mais poderoso que nossas palavras e ele está sendo benevolente até, pois com tudo o que aconteceu comigo eu passei a dar valor a muitas coisas que talvez a maioria não tenha aprendido.
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Meu pai morreu quando eu tinha dois anos. Assim como minha mãe, sempre foi um aventureiro. Fazia as mais traiçoeiras escaladas, embrenhava-se em trilhas perigosas. Provavelmente todos pensem que ele fora um inconsequente no dia da tragédia, mas não foi o que aconteceu. Depois de meu nascimento muitas das aventuras perigosas foram deixadas para trás, passamos a ser praticamente uma família tradicional, com direito a cachorro e um carro esportivo gigante que podia abrigar uma família de cinco pessoas. Minha mãe disse que eles pretendiam ter mais dois filhos e que na última viagem tentaram bastante… Detalhe dispensável de se contar? Também achei, mas algo que consegue me tirar risadas e até mesmo uma vontade de que ao menos um irmão ou irmã existisse agora.
Henrique vivia concorrendo ao pódio de melhor marido e pai do mundo. Competia exclusivamente contra si mesmo, claro, tentando a cada dia se superar. E ele conseguia. Naquela última viagem a um resort, o que mais havia eram promessas de aventuras, inclusive uma trilha conhecida como “trilha da morte’’. O destino era uma mata fechada, de caminhos muitas vezes íngremes, desfiladeiros estreitos com passagens escorregadias, uma trilha que existia para desafiar apenas os mais corajosos e experientes. Meus pais já haviam completado a trilha, mas naquele dia papai decidiu que não iria abandonar sua mulher e filha para seguir com alguns amigos.
Na trilha foram cinco pessoas, dentre eles o casal melhor amigo de meus pais e o filho mais velho deles. Quando a noite caiu, chegou o segundo casal avisando sobre o acidente. Por muito tempo minha mãe evitou me contar detalhes, mas no meu aniversário de onze anos, logo após uma festinha em comemoração, eu insisti para que me contasse tudo e até hoje me lembro perfeitamente de suas palavras.
— Quando convidaram seu pai para fazer parte do resgate, eu senti meu coração se comprimir no mesmo instante. Não sei se foi intuição ou o motivo mais óbvio que estava diante de nós. Havia chovido muito naquele dia, sabíamos que os riscos eram grandes, mas seu pai e eu fomos malucos algumas vezes para enfrentar aquela trilha em condições parecidas. Eu deveria ter impedido que ele fosse…— O brilho de seus olhos se tornou opaco enquanto ela lavava os copos usados na festa. Eu estava ao seu lado, ajudando a enxugar a louça e pude notar o quanto ainda sofria. Talvez essa tenha sido a maior culpa de minha mãe, e eu poderia pensar que ela rejeitava todos os relacionamentos que poderia ter apenas por isso, mas não era o que acontecia.
— Então olhamos para você. Se algo acontecesse iríamos estar implorando para que a ajuda chegasse pela nossa filha. Eu ainda acho que se o pior tivesse acontecido conosco, estaríamos do outro lado trabalhando para que o mesmo não acontecesse com você. Então nos encaramos, a decisão foi mútua e não precisou de palavras. Eu só queria ter aproveitado mais o último abraço. Agora o “volto logo” que ele sussurrou em meu ouvido ainda me faz despertar achando que mesmo depois de tantos anos tudo não passou de um pesadelo. — Ela continuou, abaixando seus olhos. Nunca teve medo de mostrar o quanto ainda se sentia triste pela perda, isso não nos impedia de sermos felizes, nunca vivemos momentos depressivos, nosso lar sempre foi repleto de alegrias, e foi bom reconhecer que a saudade existe e que na maioria das vezes é acompanhada por tristeza, mas sempre vive ao lado das lembranças.
Às vezes eu ainda sonho com o desespero de minha mãe ao receber a notícia. Eu era muito pequena, provável que seja apenas fruto de minha imaginação, por mais que ela fosse aberta quando decidisse falar sobre esse assunto tão delicado, evitava maiores detalhes.
— Senti como se um abismo me engolisse quando me trouxeram a notícia. A ideia de que heróis se arriscam para salvar quem precisa me pareceu a maior besteira do mundo. Eu ouvi muitos me parabenizando pela coragem de Henrique, toda a família desaparecida foi salva, mas o que desejava era que esse herói fosse apenas um homem, meu marido, seu pai, e que continuasse conosco. O que recebi foi o corpo de quem amava em um caixão… Ele voltou sim, mas em um corpo sem vida.
Talvez esse tenha sido o desabafo que minha mãe guardara por tanto tempo. Na época da tragédia ela não poderia dizer isso sem se mostrar egoísta. Hoje eu imagino o quanto deve ter se irritado e sofrido calada, mas ao mesmo tempo nunca culpou meu pai pela decisão de ambos, ela só o queria de volta. Essas foram as frases mais tristes que ouvi de Vitória. Felizmente só foram ditas uma vez. Na maior parte do tempo eu ouço minha mãe falando com entusiasmo e um amor eterno pelo meu pai. Tudo o que ela me conta hoje me traz muito conforto e alegria. Dessa forma papai não é apenas uma ideia, um homem que já não está ao nosso lado, ele parece estar presente, eu o conheço cada vez mais, o admiro cada vez mais e me encanto com a ideia de que existem sentimentos tão fortes que suportem o passar do tempo. Nos últimos dias até sinto que ele está ao nosso lado. O melhor em tudo isso é que assim conheço cada vez mais minha mãe também e me sinto importante porque faço parte de algo importante e muito bonito.
De acordo com as palavras de Dona Vitória, o romance dos dois sempre esteve escrito nas estrelas e assim como as estrelas, nunca morreria. Se um dia lhe fosse concedida uma segunda chance, se ela pudesse deixar de conhecer Henrique apenas para evitar a dor, ela abraçaria a dor, reviveria todos os momentos. A única diferença seria que iria dar mais valor a cada segundo, iria provar mais vezes que o amava e não apenas com palavras.
— Vivemos com a ideia de que o eterno é algo que permanece para sempre ao nosso lado para que possamos tocar, mas não é assim. A verdadeira eternidade nos é concedida em lembranças, em memórias que vivemos e guardamos. Eu queria que ele estivesse conosco, vivo, mas ele se foi e ainda permanece aqui... — Ela apontou para o peito. — Aqui. — Apontou para a cabeça. — E aqui, enxugando os copos. — Bagunçou meus cabelos enquanto sorria, apertou minha bochecha e me fez sorrir também. A conversa daquele dia teve fim. Desde então eu passei a dar mais valor a esses momentos. Tínhamos acabado de descobrir minha doença, estávamos fragilizadas, mas mais unidas do que nunca.
Quando me lembro de suas palavras, até mesmo desejo que o destino se atrase por muitos anos, assim eu poderia viver para amar alguém como ela amou meu pai e poderia ter um fruto desse amor a quem repetiria tais palavras, sem a parte da tragédia, claro. Eu queria ter mais forças para experimentar tal sentimento, para correr atrás de algum menino “estranho” como meu pai era no colegial. Ele poderia até mesmo gostar de insetos e ir correndo – literalmente – para a escola como meu pai fazia. Assim eu melhoraria meu físico e passaria a correr com ele como minha mãe fez para se aproximarem. Claro que esse detalhe não foi o que uniu os dois, mas foi o primeiro passo. E depois vieram as histórias que poucos contam em filmes e livros de romance. São raros aqueles que falam de alguns ossos quebrados por aventuras que deram errado na infância, de um companheirismo inviolável que tornam duas almas tão cúmplices que parecem se tornar uma, não vamos esquecer das crises divertidas de ciúmes e de alguns socos contra aqueles que tentaram atrapalhar o romance.
— Eu socaria a Patrícia mais duas vezes se ela tentasse me jogar contra seu pai. — Minha mãe me revelou acho que há dois meses atrás, arrancando de mim risadas e algumas pontadas na cabeça. Ignorei as pontadas. Imaginar Vitória socando outra mulher foi algo que nunca imaginei. Felizmente meu pai era inocente na história, se fosse culpado estou certa de que quem apanharia seria ele. Mas o paizão sempre foi esperto e soube dar valor à mulher que tinha. Respeito e cumplicidade foi o que manteve os dois juntos desde os primeiros anos e ainda bem que a prioridade de um sempre foi o outro, pelo menos até eu chegar. Aí me tornei a primeira opção. Seria bom se em algum universo alternativo uma Vitória, um Henrique e uma Lídia vivessem felizes como uma família completa, com mais dois irmãos, um cachorro e um gato. Eu iria querer morar nesse universo, mas o visito em sonhos e quem sabe nossa morte não seja um sonho mais vivo...
Eu tenho algumas certezas nesse meu fim de vida. Uma delas é que não quero que esse fim seja triste. A doença consome meu físico, mas não permito que minha alma seja envenenada pelo inconformismo. Aqui eles me ajudam com isso. Os funcionários do hospice trabalham para que nós possamos viver o resto de nossas vidas da melhor maneira possível e acabamos por compreender que às vezes nos é tirado o privilégio de viver uma vida longa, de termos várias experiências positivas e negativas também. Eu até penso que isso é injusto, porém, descobri que se nos fecharmos nesse pensamento iremos perder os momentos mais importantes que nos restam. Ainda tenho uma família, ainda sou rodeada por boas pessoas, ainda posso ouvir histórias, ainda posso ser feliz a cada minuto.
A vida é o bem mais precioso e breve que possuímos e por isso deve ser aproveitado ao máximo. Eu não sei quanto tempo eu ainda tenho, mas não devo viver dependente de um cronômetro. É algo deprimente, principalmente se você só pensa nisso. Eu não posso pensar, eu devo aproveitar. Eu tive sorte. Vivi algumas histórias, fiz viagens que muitos desejariam fazer, são as vantagens de ter uma mãe aventureira que assim que decide, pode me levar pro outro canto do mundo apenas para mostrar que existe muito mais do que podemos imaginar. E se é assim nesse nosso próprio mundinho, imagina o que me aguarda no mundo seguinte.
Não acho certo que sintam raiva pelo meu estado. Às vezes penso que dessa vez minha viagem será apenas mais longa e sem chances de retorno. Eu sei que para muitos esse “bug” da vida é algo difícil de aceitar, mas sempre devemos estar preparados para nos manter fortes diante às surpresas do destino, não importa se sejam boas ou trágicas, elas apenas acontecem. Então por isso, enquanto eu estou aqui, prefiro sorrir por um belo motivo, ainda que minha noite tenha sido péssima.
Eu sei que eu não vou viver um grande amor como a minha mãe viveu, mas também sei que posso me sentir feliz porque, apesar de tudo, posso ouvir suas histórias e me considerar parte da maior delas. Eu sou um pedacinho de felicidade. Quando eu me for, a saudade permanecerá, nostálgica e melancólica, como permanece a saudade de meu pai. Mas as lembranças deverão ser grandiosas, minha mãe também terá muita coisa boa para compartilhar sobre mim. Eu quero iluminar sua vida como meu pai ainda o faz.
Desejaria escutar muitas histórias de amor, pois são histórias assim que me fazem suportar esses dias. Eu poderia lamentar por tudo, mas eu descobri aquela coisa. Tudo o que foi e até mesmo é importante para alguém, algo que o faça sorrir e suspirar, pode te contagiar também. Não é necessário estar vivendo algo assim para saber o quanto é bom. Se você abre seus olhos e seu coração para enxergar a riqueza da vida e dos sentimentos, eles se infiltram em você. E é bom saber que quando eu não estiver mais aqui essas coisas não vão parar.
Ao pensar sobre isso eu me vejo grande e pequena ao mesmo tempo. Grande por ser alguém que conseguiu enxergar isso, pequena por saber que minha ausência não fará o mundo parar de girar. E sabe de uma coisa?! Eu não me importo com isso, pelo menos não a um nível geral. Eu desejo muito que tudo permaneça girando quando eu me for, que histórias e experiências de vida possam ser vivenciadas e compartilhadas. É bom saber o que faz e fez o outro feliz. A ironia do destino é que eu descobri isso quando meu tempo já estava se esgotando. E que a história que mais me inspira é a história daquela que me concedeu a vida, que perdeu seu grande amor e que nunca o esqueceu, tampouco o substituiu. O triste é pensar que em breve mais uma perda a abalará e é isso que me traz lágrimas. Eu tenho mais um sonho, desejo que tudo para minha mãe um dia possa entrar nos eixos.
Quando eu me for eu sei que ela vai sentir que mais uma parte de si se quebrou e então virão os cacos por onde terá que caminhar, mas espero que se recupere assim como se recuperou quando perdeu papai. Demorou, mas hoje ele ocupa o lado de luz de sua vida. Logo estaremos juntinhos para iluminar a vida de mamãe. Nas noites que ainda sou forte para orar, peço aos anjos para que haja uma vaga entre eles. Assim eu posso continuar em meu caminho ao lado dela e dele. Permanecendo como uma testemunha de um dos sentimentos que deveriam mover o mundo. A saudade eu sei que vai ser grande para a “Grande Vitória”, mas no fim vai ser apenas o seu amor permanecendo eterno, com a casca um pouco ferida, deixando assim cicatrizes, mas seu interior deverá permanecer extremamente forte e verdadeiro.
Hoje devo pedir para que ela me conte mais histórias. Quero
ver seus olhos brilhando como a mais cintilante de todas estrelas. Deixa ela
apenas acordar…
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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