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HOT 3!

A Marca do Primogênito: 1x03

Série escrita por Anderson Silva, Gabo Olsen e Marcos Vinicius
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A MARCA DO PRIMOGÊNITO


FADE IN:

 

Tela Escura.

 

LETREIRO: 

 

Se Caim for castigado sete vezes, em verdade Lameque será setenta e sete vezes. Pois Lameque havia feito um convênio com Satanás, assim como Caim...

(Moisés, 5:48-49)

FADE OUT

 

INÍCIO DO TEASER.

 

CENA 01. FLORESTA. TARDE. EXT.

 

Letreiro: 3600 anos a.c.

 

O corpo de Caim e Caliu estão deitados no chão, cada um com uma flecha no peito. Lameque está em pé, ao lado dos corpos, os observa com uma expressão séria no rosto.

 

CAIM (V.O)

Às vezes ainda sinto a dor da flecha perfurando o meu peito. Uma parte de mim sabia que este momento chegaria. Lameque e eu éramos idênticos. Eu enxergava a maldade crescendo em seu coração, só não queria acreditar. Também não esperava que ele tivesse vendido a alma, assim como eu.

 

Um homem vestido de branco surge atrás de Lameque. Exibe um grande sorriso ao ver o corpo de Caim e Caliu mortos no chão.

 

FIM DO TEASER.



1x03 - O SEGREDO DO LIVRO



 CENA 02. CASA DE DOMENI. SALA. NOITE. INT.

 

Domeni chega em casa e encontra uma garota estranha em sua sala. Alexandre entra na sala.

 

DOMENI (à Alexandre)

Quem é esta garota?

 

ALEXANDRE (sério)

Eu a salvei de um caso de fantasma. A mãe dela acabou se sacrificando e a garota ficou órfã.

 

DOMENI

E você a trouxe pra cá?

 

ALEXANDRE

Eu não podia deixar a garota sozinha. (senta-se no sofá)

 

DOMENI

Tudo bem. (se aproxima da garota) Está com fome, menininha?

 

Uriel acena que sim com a cabeça. 

 

DOMENI

Vamos até a cozinha, vou preparar algo pra gente comer.

 

Toca no ombro da garota, e a leva em direção à cozinha.

 

DOMENI

Quer que eu prepare algo pra você?

 

ALEXANDRE

Estou sem fome, tia. Obrigado!

 

DOMENI

Mesmo assim, vou trazer um pedaço de torta que você adora. 

 

Sorri e vai à cozinha, com Uriel. Alexandre se deita no sofá, olha para o teto e o observa, tenso. Segundos depois, sua tia retorna.

 

DOMENI (preocupada)

Você entrou na cozinha e pegou o livro que estava na mesa?

 

Alexandre se levanta, se aproxima de sua tia.

 

ALEXANDRE

Eu não peguei livro nenhum. Aliás, eu o deixei bem guardado lá dentro do quarto.

 

DOMENI

Eu sei querido, eu o peguei para dar uma estudada. Recebi uma mensagem de uma amiga que estava precisando de ajuda e o deixei na cozinha. Só que quando eu voltei lá, o livro havia desaparecido.

 

O corpo de Alexandre se enrijece, olha sério para sua tia.

 

CENA 03. CASA DE CAÍQUE. QUARTO. NOITE. INT.

 

Caíque com o livro na mesa. Ele folheia as páginas, lê algumas informações e digita no notebook.

 

CAÍQUE

Símbolo relacionado ao satanismo (T) demônios...

 

Caíque volta a olhar no livro e em seguida volta a atenção ao notebook.

 

CAÍQUE

Feitiço, magia negra (T) bruxas.

 

Caíque franze a testa.

 

CAÍQUE

Isso é bizarro.

 

Caíque pega uma garrafa de cerveja, bebe e volta a ler o livro.

 

CENA 04. CASA DE DOMENI. COZINHA. NOITE. INT.

 

Alexandre e Domeni reviram todos os cantos da cozinha. 

 

ALEXANDRE (nervoso)

Tia, onde está o livro?

 

DOMENI

Eu juro, que o deixei na mesa. Sai, fechei a porta.

 

ALEXANDRE

Quem será que pode ter entrado aqui?

 

DOMENI

Não sei. Tem sigilos espalhados em toda a casa, nenhum demônio conseguiria entrar.

 

ALEXANDRE

Eu vou procurar no meu quarto. Talvez você tenha o colocado no lugar e não se lembra.

 

Alexandre sai apressado da cozinha. Domeni encosta no armário e olha para Uriel, que se diverte comendo um pedaço de bolo.Habib salta sobre a mesa.

 

CENA 05. CASA DE AYLA. SALA. DIA. INT.

 

Ayla deitada no sofá vendo TV. Caíque entra, pega o controle e desliga o aparelho.

 

AYLA

Aff, na melhor parte do filme. Poxa, você não poderia ter feito isso.

 

CAÍQUE

Ayla, o que eu tenho pra falar é importante.

 

AYLA

Você tá tão sério, tá tudo bem?

 

CAÍQUE

Não sei o que tá rolando, eu to confuso, sei lá (retira o livro da mochila) Você precisa ver isso.

 

Em Ayla encarando o livro.

 

AYLA

Ué, não sabia que você tinha terminado de ler a saga O Senhor dos Anéis. (curiosa) Que livro é esse?

 

CAÍQUE

Essa é a questão. Achei esse livro na casa da minha tia.

 

Caíque abre o livro na página que mostra o símbolo da sua corrente.

 

CAÍQUE

Isso é surreal, veja essa imagem.

 

Caíque pega em sua corrente e mostra a namorada.

 

CAÍQUE

Vê algo em comum?

 

AYLA (não dá muito a mínima)

É idêntico. O que que tem?

 

CAÍQUE

Agora veja isso.

 

Caíque mostra outras páginas.

 

AYLA (pega o livro da mão dele)

Sério que você tá acreditando nisso? Demônios, bruxas? Essas bizarrices não existem.

 

Caíque retira a bala do bolso e aponta para o livro.

 

CAÍQUE

Eu até duvidaria, mas como você me explica essa bala ser parecida com a imagem do livro?

 

AYLA

Na boa, amor, acho que isso tudo é coisa da sua cabeça. Depois do que aconteceu naquele bar, você tem entrado numa onda muito estranha. Não se esqueça que a ficção cria essas paradas para gerar entretenimento. Acho que você anda lendo muitos livros. 

 

CAÍQUE

Para e pensa comigo. Esses símbolos todos, não podem ser só coincidência.

 

AYLA

Estou começando a achar que você tá indo muito afundo em uma história que não existe. Tudo isso é marketing. Essa história de demônios, feitiços, bruxas serve apenas como fonte de renda para filmes e séries. Não vai me dizer que você tá acreditando?

 

CAÍQUE (muda de atitude)

Tá, talvez você tenha razão. Deve ser só coisa da minha cabeça.

 

AYLA (folheia algumas páginas)

É claro que tenho razão. Agora, vê se esquece isso e liga minha TV e vem assistir o filme comigo. 

 

Ayla deixa o livro aberto em uma página que mostra a marca do primogênito.

 

CAÍQUE (atônito)

Para! 

 

Pega o livro da mão dela. Se atenta ao símbolo desenhado na folha.

 

CAÍQUE

Eu conheço este desenho. 

 

Pensativo por alguns segundos. Retira o celular do bolso, entra na galeria e procura uma foto do irmão. Dá zoom. 

 

CAÍQUE

É idêntico.

 

AYLA

O que é idêntico?

 

Caíque guarda o celular, fecha o livro. Muda de assunto.

 

CAÍQUE

Outro símbolo aleatório. Esquece. Vamos ver seu filme. 

 

Coloca o livro na mochila, senta-se ao lado dela. Ayla liga a TV, ambos assistem o filme abraçados.

 

CENA 06. CASA DE DOMENI. COZINHA. DIA. INT.

 

Domeni coloca alguns ovos mexidos no prato de Uriel. Ao voltar para o fogão, Alexandre entra na cozinha.

 

ALEXANDRE (sério)

Estou saindo.

 

DOMENI

Não vai comer alguma coisa?

 

ALEXANDRE

Não. Preciso descobrir quem pegou o livro e o Tales vai me ajudar nisso. 

 

Sai da cozinha na sequência. De frente para o fogão, Domeni tem um mal pressentimento.

 

CENA 07. RUA. TARDE. EXT.

 

Caíque caminha cabisbaixo. Um carro preto o segue logo atrás, lentamente. Ele, tão focado em seus pensamentos, acaba não percebendo que está sendo seguido. Ao encontrar uma oportunidade, o carro para adiante de Caíque. Um cara usando uma máscara sai do veículo, caminha apressado até ele e o coloca um capuz em sua cabeça.

 

CAÍQUE (reagindo)

O que tá acontecendo? O que significa isso? Socorro!

 

O cara mascarado segura as mãos de Caíque por trás, que continua reagindo sem entender nada. Ele o leva à força até o veículo. O porta mala é aberto e o joga lá dentro. Rapidamente o cara dá a volta no veículo e entra no banco da frente. O carro sai em disparado, cantando pneu.

 

CENA 08. BAR DO TALES. TARDE. INT.

 

Alexandre está no balcão junto com Tales. O ambiente não tem clientela nenhuma.

 

TALES

E você tem alguma ideia de quem possa ter pegado?

 

ALEXANDRE

Lógico que não. Passei a noite inteira revirando o meu quarto, a cozinha e nem sinal desse livro. 

 

TALES

Bem, se não foi demônio ou algo do tipo, só pode ter sido um humano. Um assaltante talvez?

 

ALEXANDRE

Não, não. A gente conferiu se mais alguma coisa havia desaparecido. Só foi o livro, mesmo. Além do mais, que tipo de ladrão faria com um livro velho daquele?

 

TALES

É, isso é de se questionar. Cara, se você quiser, a gente pode contratar uma bruxa e realizar um feitiço de localização.

 

ALEXANDRE

Eu não confio em bruxas, você sabe disso. Por mim, eu jogava todas na fogueira.

 

TALES

Tem bruxas do bem, sabia? Não pode generalizar todas não.

 

ALEXANDRE

Mesmo assim, eu não quero envolver uma outra bruxa nessa história. Você sabe, mais do que ninguém, como aquele livro é importante.

 

TALES

Tá, então o que você pensa em fazer?

 

ALEXANDRE

Nós mesmos vamos fazer esse feitiço de localização. Vou fazer aqui uma busca rápida na internet, sei muito bem que o porão ai ao fundo está cheio de ingredientes que podem ajudar no feitiço. Algo assim, não deve exigir tanta coisa.

 

TALES

Só não posso garantir de que irá funcionar. Mas, vamos lá seguir seu plano. 

 

Dá a volta do balcão, caminha até a entrada do bar. Puxa os portões de ferro, fecha. Alexandre retira o celular do bolso da calça e começa a mexer.

 

TALES

Possivelmente não virá ninguém, mas é melhor prevenir.

 

Após fechar os portões, retorna para o balcão. Alexandre está mexendo no celular.

 

ALEXANDRE

Achei um simples aqui. Vai precisar de pouca coisa. Aqui diz que vamos precisar de um objeto do que vamos localizar (retira do bolso) tenho uma folha do livro.

 

TALES

Boa garoto, o que mais diz aí?

 

Conforme Alexandre lia sua pesquisa, seguia o amigo em direção ao fundo do bar.



FUSÃO PARA

 

CENA 09. BAR DO TALES. FUNDO. TARDE. INT.

 

Alexandre coloca os ingredientes em uma vasilha, ao lado de um mapa da cidade. Fala algumas palavras em outra língua. Uma explosão, luz branca e muita fumaça saem do recipiente. Logo tudo se acalma, parece normal.

 

TALES

Funcionou?

 

Um pequeno círculo de coloração vermelha escura, começa a ser desenhado em um ponto específico do mapa. Tales e Alexandre se entreolham, pasmos.

 

ALEXANDRE

Deu certo. Agora eu sei onde está o livro. 

 

Toca no ombro do amigo, exibe um grande sorriso. Pega rapidamente o mapa e sai do local. Tales o observa.

 

CENA 10. GALPÃO ABANDONADO. TARDE. INT.

 

Caíque está amarrado em pé e de capuz, em um cano de uma instalação hidráulica velha. Um homem loiro, aparentemente 35 anos, baixo, gordinho, está a poucos passos a frente dele.

 

HOMEM 01

Vamos ver quanto tempo seu irmão levará até vir aqui salvar você.

 

CAÍQUE (com medo)

O que está acontecendo? O que vocês querem? O que vocês vão fazer comigo?

 

HOMEM 01 (se aproxima)

O mesmo que fizeram com o meu irmão.

 

Procura o celular de Caíque em sua calça. Ao encontrá-lo, tenta mexer, mas está bloqueado. Retira o capuz da cabeça de Caíque.

 

HOMEM 01

Qual é a senha?

 

CAÍQUE (atento ao homem, nervoso)

O que você quer? Isso é um sequestro? Vocês querem pedir um resgate?

 

HOMEM 01

A única coisa que eu quero é me vingar do seu irmão. (irritado) Anda, me diz logo qual é a droga dessa senha. 

 

CAÍQUE

É um “v”, vindo da esquerda pra direita.

 

O demônio coloca a senha, liberando o aparelho. Entra no aplicativo de mensagem, procura a conversa de Alexandre. 

 

HOMEM 01

Manda um sorrisinho pra câmera. 

 

Caíque não sorri, o demônio tira a foto do mesmo jeito. Envia para Alexandre.

 

HOMEM 01 (digita)

Estamos com o seu irmãozinho. É melhor vir até o seguinte endereço. 

 

FUSÃO PARA

 

CENA 11. RUA. TARDE. EXT.

 

Alexandre sobe na moto. O celular apita, ele o pega no bolso e surge uma notificação na tela. Ao abrir vê uma foto de Caíque amarrado.

 

ALEXANDRE (lendo)

Se você demorar, vai perder a chance de ver seu irmão morrer da mesma maneira que você matou meu irmão. 

 

Observa atentamente o endereço. Retira o mapa do bolso da calça, e percebe que o irmão e o livro estão no mesmo lugar.

 

ALEXANDRE

Maldito. Esse demônio tá brincando com a sorte. Como ele conseguiu pegar o livro e o Caíque?

 

Alexandre guarda o celular no bolso, sobe na moto.

 

ALEXANDRE

Eu vou te arrebentar, desgraçado.

 

Acelera e segue em plena estrada vazia. 

 

CORTA PARA

 

CENA 12. GALPÃO. TARDE. EXT.

 

Alexandre estaciona sua moto em frente ao galpão. Retira o capacete e pelo retrovisor vê um homem se aproximando. Vira-se rapidamente, o surpreende com um soco no rosto. Rapidamente puxa a arma da cintura e aponta para o homem.

 

ALEXANDRE

Onde está o meu irmão?

 

HOMEM 02

Já, já você estará junto com ele. Seja um bom menino e.../

 

O homem chuta a mão de Alexandre, o fazendo derrubar a arma. Ele parte pra cima, iniciando uma luta corporal. Alexandre, após alguns socos, consegue se afastar dele e recuperar a arma. Não pensa duas vezes e atira na cabeça do demônio.

 

CENA 13. GALPÃO. TARDE. INT.

 

O som do tiro é escutado do lado de dentro. Rapidamente, o demônio que está com Caíque sorri e se aproxima calmamente até seu refém. 

 

HOMEM 01

Parece que seu irmão chegou. Bem rápido ele, não é?

 

O homem 01 fica ao lado de Caíque, que continua com medo. Instantes depois, Alexandre entra no local. Caminha lentamente, erguendo a arma em direção ao demônio.

 

ALEXANDRE

Solta ele agora.

 

HOMEM 01

Abaixa essa arma. Você não quer ferir seu irmão, quer? 

 

Seus olhos ficam vermelhos. Caíque vê aquela cena, se apavora.

 

CAÍQUE (surpreso)

Olhos vermelhos!

 

ALEXANDRE (ri)

Não se preocupa. Eu não sou amador. Essa bala vai parar bem no meio da sua cabeça. E seus miolos vão ficar igual do seu amigo lá fora. 

 

HOMEM 01

Caçadores e seus brinquedos. 

 

Faz um gesto com as mãos, jogando a arma de Alexandre longe.

 

HOMEM 01

Vamos deixar as coisas mais interessantes.

 

ALEXANDRE

Desgraçado.

 

CAÍQUE (incrédulo)

Você é um demônio? 

 

HOMEM 01 (irônico)

O que você acha, gênio?!

 

CAÍQUE (assustado)

Então vocês são reais. Demônios realmente existem. 

 

Alexandre caminha lentamente em direção ao demônio.

 

HOMEM 01

Pelo visto você não sabe que seu irmão é um caçador?

 

ALEXANDRE

Cala a boca. O seu problema é comigo. Deixe-o ir embora, junto com o livro. E vamos resolver isso apenas eu e você. Mano a mano.

 

HOMEM 01

Livro? De que livro você está falando? 

 

ALEXANDRE

Eu sei muito bem que o livro da marca está aqui. Como você conseguiu pegar ele, eu não sei. Mas que ele está aqui, eu sei que tá.

 

HOMEM 01 (se aproxima de Alexandre)

Eu não sei de que livro você está falando. A única coisa que eu quero é me vingar de você, pelo o que você fez com os meus irmãos.

 

ALEXANDRE

Eu não vou perguntar outra vez, me fala logo, onde tá a porra do livro?

 

HOMEM 01

Eu já disse que eu não sei de que livro você tá falando.

 

CAM foca nas mãos de Caíque tentando desamarrar a corda.

 

ALEXANDRE (próximo ao demônio)

Ok, estou vendo que vamos ter que resolver isso do jeito difícil.

 

Alexandre acerta um soco no homem 01, que cai no chão. Na sequência, caminha até o irmão e tenta soltá-lo.

 

ALEXANDRE

Eu vou tirar você daqui. E vai me prometer que vai sair correndo na mesa da hora.

 

CAÍQUE 

Então você é um caçador? Até quando iria ficar escondendo isso de mim?

 

ALEXANDRE

A gente conversa outra hora, agora tenho que te salvar.

 

O demônio se levanta e arremessa o corpo de Alexandre contra a parede, o deixando pendurado.

 

ALEXANDRE (se levanta)

Demônios e seus truquinhos. 

 

HOMEM 01

Sabe que eu não ligo pra essa briguinha entre vocês e aquela bruxa velha. Por mim, essa história durou tempo demais já. Não entendo, até quando ela pretende continuar com esse joguinho. Mas, tendo os dois irmãos juntos aqui, porque não aproveitar essa oportunidade e entrar na brincadeira também.

 

Caíque consegue se soltar. Fica parado, sem saber o que fazer. Olha para o irmão do outro lado e o demônio entre eles.

 

HOMEM 01

Já que no final disso tudo, um irmão terá que matar o outro, porque então não antecipamos um pouco a história. 

 

Os olhos do demônio voltam a ficar vermelhos. O corpo de Caíque começa a se mover involuntariamente.

 

CAÍQUE (assustado)

O que você está fazendo? Eu não consigo parar o meu corpo.

 

Caminha sendo manipulado pelo demônio em direção a arma jogada no chão. A pega e aponta em direção a Alexandre pendurado na parede.

 

CAÍQUE

Para isso. Eu não consigo parar. 

 

ALEXANDRE

Libera ele. Libera ele agora, desgraçado.

 

HOMEM 01

Que é isso. Agora que vamos ver o gran finale. 

 

CAM destaca a mão de Caíque trêmula. É nítido a força de vontade dele em não apertar o gatilho. Um tiro é disparado na cabeça do demônio. CAM revela que o tiro saiu da arma de Tales que está na porta do galpão.

 

TALES

Cheguei a tempo.

 

Em Alexandre aliviado. Caíque deixa a arma cair no chão.

 

CAÍQUE

O que aconteceu? Eu não conseguia me mexer. Era como se, meu corpo estivesse sobre algum controle.

 

ALEXANDRE

Demônios conseguem ter o controle sobre as pessoas.(à Tales) Obrigado por ter nos salvado. (T) Mas eu conseguiria dar conta do recado. 

 

TALES

Claro, eu vi muito bem o seu jeito de cuidar das coisas sozinho. Teu irmão tava a um passo de atirar em você. Enfim, hoje eu fui o herói da noite, mas fala aí, o livro realmente tá aqui? 

 

ALEXANDRE

Eu não consegui encontrar. Você matou o demônio antes dele revelar.

 

TALES

Ele tá aqui. O feitiço bateu com o local, temos só que procurar agora. 

 

CAÍQUE (se aproxima do irmão)

Precisamos conversar, não acha?

 

FUSÃO PARA

 

CENA 13. BAR DO TALES. NOITE. INT.

 

SONOPLASTIA: Brother Needtobreathe feat. Gavin DeGraw

 

Os dois irmãos estão sentados em uma mesa, um de frente para o outro, em silêncio. Caíque pega a mochila da cadeira ao lado, coloca sobre a mesa. A abre e retira o livro.

 

CAÍQUE

Você não tava procurando por ele? Tá aqui.

 

ALEXANDRE (surpreso)

Como você pegou o livro?

 

CAÍQUE (determinado)

Chega de segredos. Eu quero saber tudo o que você tá escondendo. Que história é essa da marca da maldição e o que o demônio queria falar sobre um irmão matar o outro?

 

Em Alexandre.

    



série escrita por
Anderson Silva
Gabo Olsen
Marcos Vinicius


episódio escrito por
Anderson Silva
Gabo Olsen


revisão de texto
Marcos Vinicius


elenco
Chirs Wood...................................Alexandre
Matt Dallas.....................................Caíque
Danielle Campbell.................................Ayla
Lauren Graham...................................Domeni
Khylin Rhambo....................................Tales


participação especial
Jeffrey Dean Morgan...............................Caim

Samara Lee.......................................Uriel


música
Brother Needtobreathe feat. Gavin DeGraw

produção
BRUNO OLSEN
CRISTINA RAVELA


 

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO




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Proibida a cópia ou a reprodução


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