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Quando Ana Olhou para a Direita: Capítulo 06

Minissérie de João Paulo Coca
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QUANDO ANA OLHOU PARA A DIREITA - CAPÍTULO 06


ENFIM, UMA PISTA
 

            Após a amiga ir embora, Ana resolveu pesquisar um pouco sobre a hipótese levantada na noite anterior, o tráfico de pessoas. Depois de um tempo navegando pela internet e várias abas do seu navegador abertas, ela começou a entender as várias vertentes em que esse complexo esquema funcionava. Suas pesquisas a levaram a vários casos e quadrilhas internacionais que traficavam pessoas para os mais diversos fins, como prostituição, trabalho escravo, mercado negro de órgãos, entre outros. Ficou sentada no sofá por cerca de 5 horas do seu sábado. Parou apenas para ir ao banheiro algumas vezes, e também para preparar um rápido almoço pra ela e outro para o Perseu.

            Ao passar boa parte do dia estudando sobre crimes tão cruéis, Ana precisava arejar seus pensamentos e tomar um ar puro. Resolveu pegar o carro e visitar sua mãe naquele fim de tarde. O trânsito naquele horário em um sábado não era um problema como durante o resto semana, o que permitia que ela dirigisse sem pressão e gastasse pouco tempo até o bairro Jardim Europa, onde os pais moravam.

 

            Ao chegar na casa da mãe, Ana foi recebida pela empregada, Dagmar, que abriu a porta e disse que sua mãe estava no jardim.

            — Olá, Ana! Dona Vera está no jardim. Aceita chá? Estou preparando um para sua mãe agora.

            — Aceito, sim, obrigada! — agradeceu Ana enquanto já andava em direção ao jardim da casa.

            — Olá, mãe! Como está hoje?

            — Que visita maravilhosa, minha filha!

            — Vejo que está feliz, mãe. O que aconteceu?

            — Seu irmão está trazendo o Eros para ficar aqui um pouco com a gente.

            — Que ótimo! — respondeu Ana, expressando um sorriso, mas lamentando por dentro a chegada de Andreas.

            Enquanto as duas conversam sobre o dia-a-dia, a empregada serviu um chá de camomila, o preferido de Vera, em lindas xícaras de porcelana.

            — Está delicioso, Dag! — agradeceu Vera.

            — Realmente, está ótimo! ­— completou Ana.

            As duas continuaram conversando enquanto apreciavam, mesmo que não agendado, um delicioso chá das cinco, como duas monarcas inglesas.

            Ana perguntou à mãe se os irmãos mais novos, Hélio e Helena, deram notícias durante a semana.

            — Ah! ­— suspirou a mãe. — Sabe como são os jovens, eles têm muitas preocupações com a faculdade.

            — Não tenho visto o Alexandre. Sabe dele? ­— perguntou Ana sobre o irmão abaixo dela na árvore genealógica dos Torosídis.

            — Ele está sempre na estrada. Seu pai sempre o manda às viagens de negócio em seu lugar.

            — Por isso ele é o preferido do papai! — disse Ana com um olhar carente em direção à mãe.

            — Não diga isso! — respondeu Vera, deitando a cabeça da filha em seu ombro.

            — E você, filha? Como anda a sua vida? — perguntou a mãe com um tom de preocupação. — Você trabalha tanto, parece seu irmão Antero.

            — Inclusive, estive com ele essa semana — disse Ana, tomando cuidado para não entregar que a situação que permitiu tal encontro fora a prisão de Dione. A mãe ficaria arrasada. — Mas eu estou bem, mãe. Não se preocupe. — Acariciou a mão da mãe. — Estou trabalhando muito, confesso. Mas é o que gosto de fazer, você sabe.

            — Está investigando o que agora? — perguntou a mãe, curiosa.

            — Alguns casos pequenos, mas o que me tira o sono mesmo é um sobre o assassinato de duas jovens que foram encontradas num galpão — desabafou Ana com um tom de voz triste.

            — Que tristeza, filha! — disse a mãe, espantada. — O que aconteceu?

            — Não sabemos nada ainda. Apenas teorias e nenhuma pista real. Uma das hipóteses que estudei o dia todo é sobre tráfico de pessoas, mas, como disse, apenas teorias.

            Antes de continuar sua fala, ouviu a voz do irmão Andreas se aproximando pela porta de acesso à direita do jardim.

            — Ora, ora! A Polícia Civil não trabalha sábado? — perguntou Andreas em tom de deboche, usando sua farda de policial militar.

            — Nem todos! Já que a gente não sobe o morro para churrascada com a milícia — retrucou Ana, que já perdera a paciência com as piadinhas afrontosas do irmão.

            A expressão de Andreas mudou completamente, o sorriso se desmanchou, dando lugar a uma testa franzida e um olhar de ódio em direção à irmã. Antes que a discussão ficasse mais tensa, eles ouviram o barulho da xícara de chá cair em cima da mesinha do jardim. Ana percebeu que a mãe estava tremendo, de nervosa.

            — Tá vendo o que você fez! — sussurrou Ana para o irmão. — Chame a Dagmar, depressa.

            Andreas correu em direção à cozinha enquanto Ana tentava acalmar a mãe. A empregada chegou com um copo d’água em uma mão e dois comprimidos coloridos na outra. Dagmar ajudou Vera a tomar o medicamento e pediu que Ana a ajudasse a leva-la para o quarto.

            — Vamos levá-la lá pra cima — ordenou a empregada enquanto levantava Vera pelo braço. — Daqui a pouco, ela estará melhor e irá dormir por algumas horas.

            Ana subiu com a mãe até o quarto e ficou sentada ao lado da cama até que ela pegasse no sono após alguns minutos.

Para deixar a mãe descansar, Ana resolveu voltar pra casa e retomar suas pesquisas sobre o caso. Se debruçou em cima de seu notebook, livros e anotações, e acabou dedicando praticamente toda sua folga do fim de semana ao seu principal caso e sua nova teoria.

 

Na segunda-feira, Ana nem sequer fez sua jornada de corrida matinal. Tomou café, alimentou Perseu e chegou bem cedo ao trabalho. Ela estava ansiosa para dar sequência ao caso com sua nova hipótese levantada durante o fim de semana.

Quando Letícia chegou, Ana já havia espalhado vários papéis sobre a mesa, tentando organizar uma linha de pensamento. Após uma semana sem nenhuma pista concreta ou, no mínimo, suspeitas, agora Ana tinha um pontapé inicial para montar uma história para seu caso.

— Que isso, Ana! Dormiu aqui? — brincou Letícia enquanto colocava sua bolsa em cima de sua mesa.

— Só faltou isso — respondeu Ana. — Mas passei o fim de semana todo pesquisando sobre aquela teoria do tráfico de pessoas.

— Tá vendo? Às vezes, a gente precisa sair, se distrair e encher a cara para poder ter boas ideias — completou Letícia, afastando alguns papéis e colocando um copo de café expresso na mesa de Ana.

— Obrigada! — agradeceu Ana pelo café. — Assim que puder, senta aqui do meu lado para te mostrar umas coisas.

Letícia acabou de organizar sua mesa, arrastou sua cadeira até a mesa de Ana para que pudesse saber mais sobre a nova linha de pensamento do caso. Ana começou a pegar alguns papéis e mostrar para Letícia, falando suas teorias sobre o caso.

— Pesquisei muito sobre tráfico de pessoas. São inúmeras as formas que isso acontece — disse Ana, pegando seu bloco de anotações e procurando uma lista que havia feito. — Prostituição, trabalho escravo, comercialização de crianças, venda de órgãos, entre outras coisas.

 

* Segundo estudos feitos pela OMT (Organização Mundial do Trabalho), o tráfico humano movimenta cerca de 32 bilhões de dólares por ano, em que 79% das vítimas são destinadas à prostituição, em seguida ao comércio de órgãos e à exploração de trabalho escravo em latifúndios, na pecuária, oficinas de costura e na construção civil. Um total de 63,2 mil vítimas de tráfico de pessoas foram detectadas em 106 países e territórios entre 2012 e 2014, de acordo com o relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). As mulheres têm sido a maior parte das vítimas — frequentemente, destinadas à exploração sexual.

No Brasil, existem 241 rotas do tráfico nacional e internacional da exploração sexual de mulheres e adolescentes. As regiões com maiores rotas são as mesmas com os maiores índices na proporção de pobreza.

Disque 100 para denúncias anônimas. 

 

A lista de Ana era extensa e assustadora. Ela ainda continuou apontando vários dados alarmantes sobre o assunto, enquanto Letícia também anotava tudo para não perder nenhuma informação.

— Acredita que o tráfico humano fatura mais de 30 bilhões por ano? — disse Ana, muito indignada com os fatos.

— E você acha que as meninas podem ser vítimas desses esquemas? — questionou Letícia.

— Acredito que sim ­— afirmou Ana. — Talvez por isso não tenhamos informações sobre desaparecimento, elas podem ter vindo de qualquer lugar. E quando alguma coisa deu errado, eles as mataram.

Por algum tempo, as duas seguiram trocando ideias sobre o caso e como poderiam chegar a uma linha de raciocínio plausível que ligasse as duas jovens a um esquema de tráfico de pessoas.

            — Sei que você não gosta de falar sobre isso aqui, mas por que você não pede informações ao seu tio Dimitri? — cochichou Letícia, aproximando-se de Ana.

            Ana olhou para um lado e para o outro, avaliando se não havia ninguém por perto, antes de responder à sugestão de Letícia.

— Seria um grande erro! ­

            — Mas ninguém precisa saber. Seu tio com certeza ajudaria nesse caso.

            Ana evitava falar sobre a família no trabalho, principalmente sobre o tio Dimitri. O irmão mais novo de seu pai era uma pessoa conhecida no meio policial, já que ele era responsável por grande parte do crime organizado da cidade. Dimitri era o Torosídis mais influente, mas sua rede de contatos tinha envolvimento principalmente com tráfico de drogas, jogo do bicho e corrupção política.

            — Um policial não deveria pedir informação a um tio mafioso — disse Ana, respondendo também com um cochicho.

            — Deixa disso, Ana! Todo policial tem seus bandidos de estimação para colher informações — disse Letícia com um tom de autoridade sobre a chefe. — Você precisa aproveitar seus contatos sempre que possível.

            Após muito resistir, Ana concordou com Letícia e decidiu que buscar informações com o tio, o que poderia ser crucial para o desenvolvimento do caso.

            — Você está certa! Vou ligar pra ele — disse Ana, já arrastando o dedo pela tela de seu celular enquanto procurava o número do tio. — Ele é problema de outra jurisdição.

            — Alô! Tio Dimitri? É a Ana... Banana.

            Ana olhou para o lado e viu que Letícia se afastou da mesa e levou a mão na boca para segurar o riso ao descobrir seu apelido de infância.

            — Oi, Ana! Que prazer em falar com você. Quanto tempo não te vejo. Como posso ajudar você, minha querida? — respondeu Dimitri em um tom muito simpático.

            — Verdade, tio. Precisava de um favor — confessou Ana.

            — Claro! Mas só respondo se vier jantar com a gente hoje à noite.

            Após parar e pensar por um segundo, Ana aceitou o convite do tio e combinou com ele o horário. Conversar com ele pessoalmente seria bem melhor, mesmo indo contra seus princípios.

            Naquela noite, Ana seguiu em direção ao bairro de Campos Elíseos, onde seu tio morava. O tradicional bairro paulistano era famoso por seus prédios históricos e mansões que abrigaram grandes barões do início do século XX. Seu tio inclusive gostava de frisar que sua casa ficava em frente ao antigo palácio do governo do estado. Além do status que ele gostava de exercer sobre seus comandados, o bairro fica próximo à favela do Moinho, a principal comunidade controlada por Dimitri. Foi a melhor maneira que ele encontrou para se morar perto do ‘trabalho’.

            Chegando na casa do tio, Ana foi recebida pela bela tia, Flora. A jovem esposa de Dimitri fazia jus ao seu nome, pois sempre usava lindos vestidos estampados, além do seu cabelo ruivo, que reluzia a cada balançar. Ana chegava a ficar constrangida em chamá-la de tia, já que tinham praticamente a mesma idade.

            — Oi, querida! — disse Flora, abraçando Ana, que não esperava pela reação, mas logo em seguida correspondeu ao abraço da tia.

            — Oi, ti... Tia Flora! Você está maravilhosa, como sempre — elogiou Ana, entregando a ela uma garrafa de vinho que trouxera como agradecimento ao convite.

            — Que gentileza, Ana! Serviremos esse vinho no jantar — agradeceu Flora com um grande sorriso. — Venha! O Dimitri está na área gourmet, ele está te esperando.

            Ana acompanhou Flora pela casa ao encontro do tio. Havia muito tempo que Ana não os visitava, então reparar nos detalhes daquele casarão antigo era algo comum. Mesmo antiga, era muito bonita, típica de um casal burguês que adorava adereços, decorações excessivas e algumas cafonices. Flora acompanhou Ana até a área externa e pediu que a empregada servisse alguma bebida para Ana e para o marido.

            — Quanto tempo não entra outro Torosídis nessa casa — disse Dimitri se levantando de sua poltrona e caminhando em direção a Ana com os braços abertos.

            — Olá, tio! Realmente, tem muito tempo que não venho aqui, a casa está bem diferente. E o senhor também. Da última vez, não havia tantos fios grisalhos na cabeça.

            — Sua tia não pode ver uma foto na internet, que já quer reformar a cozinha; outra hora, quer trocar os móveis da sala. Não é mesmo, minha flor? — comentou Dimitri, acenando e sorrindo para a esposa. — Quanto aos cabelos, estou me inspirando no George Clooney ­— disse ele, passando os dedos pela lateral do cabelo junto de uma gargalhada.

            Após elogiar a bela e aparentemente recém-reformada área gourmet, Ana afastou uma das poltronas acolchoadas e se sentou. Logo a empregada lhe ofereceu uma taça de vinho tinto suave. Ana agradeceu e se acomodou enquanto Dimitri trocava alguns cochichos com a esposa.

            — Vou deixar vocês a sós. Daqui a pouco, o jantar estará servido — disse Flora, voltando para dentro da casa e encostando a porta de vidro que dava acesso à área.

            — Seu pai sabe que está aqui?

            — Meu pai não sabe quase nada da minha vida, atualmente — respondeu em tom irônico.

            — Melhor assim! Meu irmão, Konstan, acha que sou má influência para a família. Mas todos nós temos nossos defeitos e segredinhos, né? — completou Dimitri com o mesmo tom irônico.

            Após algumas críticas a Konstantinos e perguntar um pouco sobre como andavam seus outros sobrinhos, Dimitri perguntou a Ana sobre o favor que ela precisava.

            — Vou direto ao ponto — disse Ana, colocando a taça na mesa. — Estou investigando a morte de duas jovens que foram encontradas em um galpão, semana passada.

            — Opa, opa! ­ — interrompeu Dimitri. — Meus negócios não envolvem esse tipo de coisa. Eu dou empregos, dou segurança e protejo as pessoas da comunidade, que já são almas condenadas pelo governo e pela sociedade — justificou-se em tom soberbo, quase que divino.

            — Como todo respeito, tio, não estou aqui para saber dos seus negócios, não quero e nem posso saber nada sobre isso — retrucou Ana. — Eu realmente preciso de informações para meu caso.

            Ana explicou ao tio sobre o caso. Onde e como as garotas foram encontradas, sobre os exames não terem apontado sinais de drogas ou abuso sexual. Que, mesmo não tendo suspeitos do crime, estava investigando um caso paralelo sobre o tráfico de pessoas, tentando de alguma maneira ligá-lo ao caso das jovens.

            Enquanto explica o caso, Ana olhava para o tio e via a caricatura do mafioso de filmes dos anos 40. Dimitri enchia seu copo com um uísque e, entre um gole e outro, tragava um charuto. Levando em consideração a fala soberba sobre defender os pobres oprimidos, mesmo sendo um criminoso, Ana não esperava menos que isso.

            — Agora, sobre o favor que preciso, quero saber se o senhor teria alguma informação ou conhecimento de uma rede de tráfico de pessoas que acontece em São Paulo. Qualquer informação seria útil.

            Como se houvessem combinado um resgate, Flora abriu a porta de vidro, avisando que o jantar estava servido, livrando Dimitri momentaneamente de responder à sobrinha.

            — Vamos! Sua tia não gosta de esperar — disse ele dando um último gole em seu copo e colocando-o em cima a mesa.

            Mesmo insatisfeita com as esquivas do tio em responder, Ana o acompanhou até a mesa de jantar. Ela estava disposta a pressioná-lo até obter alguma pista. Seu nível de estresse estava cada dia maior, sem nenhuma pista.

            Antes que Ana pudesse falar alguma coisa, Dimitri a informou que, naquela casa, não se falava de trabalho durante o jantar. O que obrigou Ana a relaxar e aproveitar aquele delicioso jantar com os tios. Falaram sobre a família, sobre hobbies e assuntos dos mais diversos, mas quando o assunto tombava para o lado do trabalho, era logo cortado por Flora.

            — Como está sua mãe? — Flora perguntou a Ana com uma expressão triste no rosto.

            — Na medida do possível, está bem. Ainda vem tendo crises nervosas.

            — Mas, também, com um marido daqueles — resmungou Dimitri, que imediatamente foi reprimido pela esposa.

            — Qual o problema entre o senhor e meu pai?

            — Interesses diferentes, querida! Meus irmãos sempre me deixaram de lado nos negócios da família, acabei criando o meu próprio império — respondeu ele com um tom tão frio quanto uma pedra de gelo. — Mas não vamos falar sobre isso, não hoje.

            Ana concordou, acenando a cabeça, e terminou seu jantar sem fazer outras perguntas ao tio. Mesmo que entre uma detetive e um mafioso, acabou sendo um bom jantar, não só pelo banquete, mas seus tios eram pessoas agradáveis de se conversar.

            Após o jantar, Ana tentou uma última cartada para não sair dali de mãos vazias.

            — Que tal um acordo por alguma informação? — ofertou Ana, mesmo sabendo que não era a coisa certa.  

            Mesmo relutante, Dimitri entendeu que poderia ser bom ter um favor disponível com a sobrinha detetive, e aceitou o acordo. Ele novamente fechou a porta de vidro da área externa para conversarem com privacidade.

            — Vou te dar o contato de um informante que talvez possa te ajudar.

            Ana se empolgou tanto, que era possível ver o brilho em seus olhos a quilômetros de distância.

            — Você vai ligar pra ele nesse número — disse Dimitri enquanto mostrava o número em seu celular para Ana anotar. — Ele é um barqueiro e você vai encontrá-lo em Santos. Diga a ele que é minha sobrinha e que fui eu quem passou esse número.

            — Obrigada, tio! Espero realmente que isso possa me ajudar.

            — Não se engane pela aparência dele, esse cara sabe tudo que acontece no submundo de São Paulo. Não esqueça de separar uma verba para pagar pelas informações, pois ele não negocia, apenas vende informações.

            Depois dessa conversa, Dimitri mudou de assunto, abrindo a porta para que os dois pudessem entrar na casa novamente. Ana se despediu dos tios e agradeceu pela noite super agradável. Além de uma ótima comida, acabou tendo uma noite produtiva, mas precisava chegar e ter certeza que o tal barqueiro teria realmente alguma informação relevante.

Encerra com a música: (Bad - U2).


autor
João Paulo Coca

elenco
Giovanna Antonelli como Ana Torosídis
Sheron Menezzes como Letícia
Cauã Reymond como Felipe Morfeu
Otávio Muller como Antero Torosídis
Antônio Fagundes como Konstantinos
Alexandre Borges como Georgios
Miguel Falabella como Dimitri
Carmo Dalla Vecchia como Andreas Torosídis
Larissa Manoela como Helena Torosídis

trilha sonora
Bad - U2

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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