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Crônicas do Despertar - Pesadelo Raro: 1x05

Série de Jonnathan Freitas
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CRÔNICAS DO DESPERTAR - PESADELO RARO



 


1x05 - O Castelo do Sonhar
 


- São os ponteiros de um relógio. – Diz Arslam Koto Nogawa.

A areia se completa no compartimento inferior e o dragão diz:

- Acertaram. Muito bem.

Jack senta na areia aliviado do momento nervoso que passou. Carter solta a respiração presa e Lorenzo retorna os bastões para a cintura. Arslam se levanta e fala ao dragão:

- O irmão mais velho, gordo e baixinho é o ponteiro das horas, o segundo irmão mostra os minutos e o terceiro mais jovem que corre como o vento mostra os segundos, por isso o chamam de “segundo”.

- São espertos além de honrados, mortais. Ganharam meu respeito. Meu nome é Baruque, que em hebraico significa “o bem aventurado”. Meu nome foi dado por Merlin quando me salvou de magos negros há alguns séculos, quando ainda era um filhote. Sou um dos últimos de minha espécie e o único de minha raça. Sou filho de Ergon e Ina, respectivamente um dragão do ar e um dragão da água. Portanto, um dragão mestiço, com um pulmão de gelo e um pulmão de raio.

- É uma honra conhece-lo, Baruque. – Fala Arslam.

- Foi quase um desprazer a poucos minutos; mas tudo bem, né? – Comenta baixinho Jack Harper.

O dragão explica sobre o mar do inconsciente coletivo, o lugar de onde vêm os arquétipos que surgem na criatividade de todas as raças inteligentes e dão origem às ideias e invenções.

- O filosofo Platão falava do Mundo das Ideias, ele estava quase certo, pois é um mar de ideias ou arquétipos. Os seres que habitam o mar são classificados em arquétipos menores, arquétipos médios e epifanias. Elas acabam por cair no “Sonhar” e caem durante o sono na mente de algum indivíduo preparado para recebê-los. – Explica Baruque.

 

Após as explicações, Baruque atira um sopro de gelo e prepara uma cabina, semelhante a um bonde como do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, e manda que os magos entrem, pois vai levá-los até a entrada do “Sonhar”.

No meio do mar do inconsciente existe um buraco enorme onde a água desce como cascata circular.

Logo abaixo se vê um outro reino com cores fortes, parecendo com uma tela expressionista. O Dragão os atira com a cabina dentro deste círculo e solta uma risada assustadora que somente um dragão poderia gozar.

- Sejam bem vindos, mortais. – Diz Baruque com sua voz gutural entre risadas.

- Pensei que ele iria nos ajudar e não nos matar. – Fala William Carter quase gritando.

- Poderoso Chefão, tenta levitar esse troço!! – Grita Jack Harper olhando para Lorenzo.

Os personagens dentro do artefato de gelo estão caindo, quando percebem que a gravidade vai diminuindo e logo o bonde de gelo está planando lentamente até a entrada de um castelo exótico que é segurado por uma mão.

- Parece que não vai ser preciso, Jack. – Fala Lorenzo encantado com a beleza do lugar.

Morpheus começa a acordar com uma expressão alegre e confiante. Se levanta como se tivesse dormido apenas um cochilo após um almoço de domingo. Mas ainda segura no ombro de Carter tentando disfarçar um pouco de fraqueza.

O bonde de gelo para em frente ao portão principal do castelo e em seguida derrete instantaneamente. Os portões se abrem e vários servos com roupas cinzas vem recebe-los. Em seguida abrem espaço e do meio deles vem uma linda mulher indiana, morena e com roupas típicas da cultura indiana em cores lilás e amarelo, além de muitas joias e pinturas características nos pés e mãos. Ela vem gritando em desespero:

- Morpheus, meu amor! O que fizeram com você?

Morpheus abre um sorriso e olhando para a mulher diz:

- Maya, minha querida. Enfim voltei para casa...

Morpheus é recolhido em companhia da deusa indiana para seus aposentos reais e os magos são levados para aposentos de hospedes para descansar e comer.

Maya depois volta para recebê-los numa sala com paredes de vidro com arco-íris próximos.

- Boa tarde, meu nome é Maya, sou a deusa dos sonhos. Lhes agradeço por trazerem meu marido de volta. Agora ele está se alimentando e descansando. Infelizmente ele não poderá se recuperar por completo, pois guardou parte de seu poder em suas ferramentas pessoais. Sei que já fizeram demais, eu reconheço, mas devido a esta prova de grande bravura e lealdade em trazer tão importante divindade de volta, gostaria de lhes pedir outro favor, que será devidamente recompensado, evidentemente.

- A senhora falou em “devidamente recompensados”? Gostei dessa parte. – Enfatiza Jack.

- Calma, Jack. Qual seria o favor, senhora? – Pergunta Domenico Lorenzo.

- Vou manda-los em missões para recuperar as ferramentas de meu marido. Infelizmente haverão perigos, mas caso consigam terão tesouros incríveis, acesso a conhecimentos e noites tranquilas de sono pelo resto da vida. O que me dizem?

Os amigos se entreolham e Arslam Nogawa se pronuncia primeiro:

- Quais são as ferramentas e onde as encontraremos?

- As ferramentas que estou me referindo são a máscara, o alforje com areia e um Rubi. Sinceramente não sei onde estão, mas ouvi rumores que um espírito e um demônio têm utilizado poderes semelhantes aos do meu marido. Isso pode ser perigoso. Deveriam começar a investigar a partir do lugar onde o encontraram. – Fala Maya.

- Ter que voltar para aquele lugar e me deparar com os bruxos infernais. Parece que vai sair mais caro, Dona. – Diz Harper.

- Para com isso, Jack. – Fala Carter.

- Carter, preciso que prepare uma bússola de ressonância. Ela precisa rastrear a energia de Morpheus. Ainda estou com o livro de Toth comigo, vou procurar alguma pista nas páginas que eles leram. – Fala Lorenzo.

- Certo, vou começar a trabalhar nisso imediatamente. – Responde William Carter.

- É uma boa ideia. Em quanto tempo acha que conclui essa bússola, Carter? – Pergunta Arslam Nogawa.

- Com o material certo, mais ou menos em um dia.

- Então amanhã estaremos prontos para iniciar essa nova jornada. – Confirma Nogawa.

- Enquanto isso, vou beber um pouco e conhecer as garotas bonitas do castelo. – Comenta Jack esfregando as mãos e cochichando no ouvido de Arslam.

Nogawa olha pra cima numa expressão de impaciência.

- Então fiquem à vontade, aproveitem a hospitalidade para descansarem. Vou me retirar para desfrutar da companhia de meu marido. Até amanhã e com licença, senhores. – Se despede Maya.

Os magos agradecem com reverência e saem da sala de reunião para se prepararem para o próximo destino.


autor
Jonnathan Freitas

elenco
Tom Hardy como Domenico Lorenzo
Rodrigo Santoro como Jack Harper
Lucas Till como William Carter
Hidetoshi Nishijima como Arslam Koto Nogawa
Seu Jorge como Akidaban
Gary Oldman como Morpheus
Aishwarya Rai como Deusa Maya
Thaís Araújo como Calíope
Jeffrey Dean Morgan como Calisto

trilha sonora
The Vikings - Alexander Nakarada

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


 

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO




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