Funerária Dois Irmãos: Capítulo 10 - WebTV - Compartilhar leitura está em nosso DNA

O que Procura?

HOT 3!

Funerária Dois Irmãos: Capítulo 10

Novela de Marcelo Caronesi
Compartilhe:




FUNERÁRIA DOIS IRMÃOS - CAPÍTULO 10




 

            É uma trilha numa região montanhosa e de mata fechada. Odilon vai à frente, carregando uma bolsa de couro. Ele veste calça marrom, camisa branca, botas e usa um chapéu panamá. Tereza segue logo atrás. Ela usa um vestido, uma bota e carrega uma sacola de palha. O barulho de pássaros alegra a caminhada, com o dia amanhecendo e o brilho do sol atravessando as folhas das árvores. Nas áreas mais baixas ainda há névoas.

         Eles passam por um tronco tombado e algumas dezenas de metros adiante chegam até um local onde há um pequeno monte, que tem um enorme arbusto de samambaia. Odilon para e faz um sinal para Tereza ficar em silêncio. Olhando para todos os lados, os dois ouvem passos. Odilon sussurra para Tereza:

         – Será que é a onça?

         Ela se mantém calada. Está bastante assustada. Saindo da mata, um jovem salta à frente deles. Ele dá um grito e começa a rir em seguida. O jovem, de pele clara e cabelos castanhos, tem uns 20 anos. Logo ele é estapeado por Tereza. Ele continua a rir enquanto apanha da irmã.

         –  é um imbecil, Pedro! – grita Tereza.

         – Eu pensei que fosse a suçuarana – diz Odilon.

         Pedro pergunta rindo:

         – Onde os dois moços pensam que vão? A mãe sabe que ocê tá indo pra cachoeira?

         – Não. E ocê não vai dizer nada – responde a irmã.

         Pedro coloca o braço sobre o ombro de Odilon e diz:

         – Eu só não vou dizer nada porque o Odilon é um sujeito batuta. Viu, ô. Eu gosto docê.

         Odilon sorri.

         – Se a mãe perguntar, cê diz que a Zorilda veio comigo, tá? – diz Tereza.

         – Tá. Mas não precisa se preocupar; eu já disse que não vou dizer nada.

         – E essa hora já não era pra você já tá em casa? Por que   aqui ainda? – questiona Tereza.

         – Eu saí mais tarde; nós fiquemo batendo papo. E quando eu fui embora eu vi ocêis dois andando na trilha. Eu vim seguindo ocêis desde da Ribanceira da Cruz. Daí, eu fui seguindo vocês devagarzinho pela mata.

         Pedro cai na gargalhada novamente.

         – Tá. Vai embora e deixa a gente em paz, seu bocó – reclama Tereza.

         – Inté, Odilon. Inté, Tereza – Pedro se despede.

         – Tchau. Vai com Deus – responde a irmã.

escrita por
Marcelo Caronesi

elenco
Odilon
Odílio
Tereza
delegado Ferreira
Onça-parda

tema
Canções de Assassinato 

intérprete
Confraria da Costa

direção
Carlos Mota

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


Copyright © 2022 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução



Compartilhe:

Capítulos de Funerária Dois Irmãos

Funerária Dois Irmãos

No Ar

Novela

Comentários:

0 comentários: