Odilon e Tereza estão abraçados na cama. Ele faz carinho no rosto dela, passando a mão também por seus cabelos. Ela sorri e em seguida fica pensativa, expressando um pouco de angústia. Então, eles iniciam um diálogo baixinho.
– Que foi? Por que ocê ficou assim? – questiona Odilon.
– Nada não.
– Pode dizer, minha princesa.
– Foi tão bom esses dias – revela Tereza.
– Cê tá assim por causa do Odílio, né, Tetê?
Tereza sorri.
– Foi bom porque parece que cê tava mais tranquilo, mais sossegado. Os dia que a gente foi pra cachoeira, da gente poder passear e namorar na praça. De você vim pra cá e só sair de manhãzinha. Agora começou de novo, do jeito que era antes, de você ter que ir antes de meia-noite, da gente não poder ficar mais sentados na praça.
Odilon faz uma expressão de descontentamento.
– Ele já encrencou com você desde que voltou? – pergunta Tereza.
Odilon ri.
– Nem deu tempo. Três dias; a paciência dele ainda tá boa. Tetê, eu já vou. Tá ficando tarde.
Tereza agarra Odilon e fica triste.
– Não. Fica mais um pouquinho?
– Não posso. Cê sabe que se tiver arguma coisa que precisem da gente, eu tenho que tá em casa, né. Senão você já sabe o que acontece.
Odilon se vira e senta-se na cama. Ele está usando somente uma cueca samba-canção branca. Do chão, ele puxa sua calça e sua camisa de botão. Depois de vestir-se, calça seus sapatos. Tereza está carrancuda. Ele se vira e lhe dá um beijo na boca. Ele sorri para ela.
– Você sabia que eu te amo? – diz Odilon.
Tereza sorri. Ele se afasta e sobe com uma perna sobre o parapeito da janela. Ela se levanta e eles se beijam. Depois, Odilon pula para fora do quarto. Tereza se deita na cama sorrindo.
Tereza
direção
Carlos Mota
Cristina Ravela
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