Odilon se acorda com um barulho vindo do lado de fora do seu quarto. Com preguiça de se levantar, ele apenas passa a mão no chão, onde está um maço de cigarros e uma caixa de fósforo. Ele acende um palito e ilumina o relógio tic-tac que marca 2:42. Vencido pela curiosidade, ele se desvencilha dos seus cobertores, já que o clima está mais ameno nessa época do ano, e segue até a porta. Gira a chave na fechadura, abre a porta e dá de encontro com Odílio.
– Onde cê tava, Odílio?
– Tava sem sono e decidi sair pra dar uma volta – responde.
– Mas você não sabe que é perigoso sair essas hora? Ninguém sabe se essa onça-parda ainda tá rondando a cidade.
– Ah, eu sei me cuidar, meu amigo – justifica Odílio.
– Tá tudo bem cocê? – pergunta Odilon.
Odílio destranca o grande cadeado do ferrolho da porta do seu quarto e se vira para Odilon.
– O que podia estar errado? Vai dormir que é o melhor que você faz, vai. Eu tô bem.
Odílio entra no quarto e o tranca por dentro. Odilon permanece por um tempo na porta de seu quarto, com uma expressão curiosa. Logo, ele se volta para dentro do cômodo, fecha a porta e a tranca.
Tereza
direção
Carlos Mota
Cristina Ravela
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