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Terra da Garoa: Capítulo 23

Novela de Édy Dutra
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TERRA DA GAROA - CAPÍTULO 23
 


CENAS DO CAPÍTULO ANTERIOR


Raquel se mostra perplexa. Joaquim a encara.

RAQUEL: - Isso não poderia ter acontecido, Joaquim.

JOAQUIM: - Mas aconteceu, Raquel. E aí eu te pergunto novamente... Tem certeza que esse filho é do Henrique?

Raquel fica um tanto aflita.

JOAQUIM: - Esse filho pode ser meu, Raquel. Sou eu o pai dessa criança que você está esperando!



CENA 01. ATELIER JAQUELINE. SALA. INT. DIA.

Continuação do capítulo anterior. Raquel se mostra surpresa diante das afirmações de Joaquim.

RAQUEL: - O que você está falando, Joaquim?! Isso é impossível! Esse filho não é seu!

JOAQUIM: - E como você prova isso, Raquel? Você dormiu comigo lá em Portugal. E logo depois veio embora... De onde vem tanta certeza assim?

RAQUEL: - Eu sinto!... Eu sei que o Henrique é o pai do meu filho.

JOAQUIM: - Não vá se enganar com os seus sentimentos.

RAQUEL: - Você voltou pra isso? Para me fazer ficar mal com essa história toda?

JOAQUIM: - Mal fiquei eu, quando eu soube que você estava grávida...

RAQUEL: - Joaquim... Como você ficou sabendo que eu estava grávida? Eu não falei nada pra você... 

Joaquim disfarça. 

JOAQUIM: - Isso não vem ao caso.

RAQUEL: - Vem ao caso sim!... De repente você chega aqui em São Paulo. Coincidentemente me encontra aqui na galeria da minha melhor amiga e descobre que eu estou grávida, do nada? Pode falar, Joaquim! Alguém está por trás disso tudo, não está?

JOAQUIM: - Pode parar com essa história, Raquel. Eu cheguei ao Brasil sozinho, por minhas custas... Acredite você ou não.

RAQUEL: - Saiba que é realmente muito difícil de acreditar nisso.

JOAQUIM: - Pois então comece a acreditar me outra coisa: na verdadeira paternidade do seu filho. Porque se ele for meu, eu vou querer estar sempre por perto. E de preferência, longe do Henrique. 

Raquel e Joaquim se encaram. Ele sai da sala. Raquel senta-se numa cadeira, um tanto apreensiva. Jaqueline entra no local. 

JAQUELINE: - E aí amiga, me conta o que... (percebe Raquel) Raquel, aconteceu alguma coisa?

RAQUEL: - Ai Jaque, eu não sei o que fazer agora!

JAQUELINE: - Calma, fica calma... O que foi?

RAQUEL: - O Joaquim...

JAQUELINE: - O que tem ele? Ele te fez alguma coisa?

RAQUEL: - Ele veio questionar a paternidade do meu filho.

JAQUELINE: - Como assim?

RAQUEL: - Numa noite, depois que eu nós saímos para festejar o aniversário de uma amiga, eu bebi um pouco mais e eu acabei dormindo na casa dele... Melhor dizendo, nós dormimos juntos.

JAQUELINE: - Raquel!... Isso quer dizer que ele acha...

RAQUEL: - Ele disse que esse filho que eu estou esperando pode não ser do Henrique e sim, dele.

JAQUELINE: - Amiga, que história é essa! E agora?!

RAQUEL: - E agora que eu estou com medo, Jaque. O Henrique ficou tão feliz com o fato de ser pai. Imagina quando ele souber que o filho não é dele?

JAQUELINE: - Para! Para de pensar bobagem! Você sabe que esse filho é do Henrique, não sabe?

RAQUEL: - Eu sinto que é. Meu coração diz isso... Mas confesso que fiquei na dúvida.

JAQUELINE: - Confia em você amiga. Certeza de mãe não falha. 

Raquel e Jaqueline se abraçam. 

CENA 02. EMPRESA QUEIRÓS. SALA PRESIDÊNCIA. INT. DIA.

Henrique se surpreende ao ouvir de Lenara que ela está grávida.

HENRIQUE: - Grávida?!

LENARA: - Sim, meu amor. Eu estou grávida. Você vai ser papai, Henrique!

Lenara se joga nos braços de Henrique, que mal a consegue abraçar, um pouco perplexo.

LENARA: - Eu não conseguiria ter esse filho sozinha, meu amor... Eu seria capaz de uma loucura se isso acontecesse.

HENRIQUE: - Lenara, eu nem sei o que dizer...

LENARA (afasta-se): - Eu sei que você deve estar surpreso. Eu queria falar isso numa ocasião especial. Mas você me trouxe aqui para falar de coisas tristes.

HENRIQUE: - Eu queria definir de vez a nossa situação, Lenara. Você sabe que do jeito que está a gente não tem futuro.

LENARA: - O nosso futuro está aqui (coloca a mão sobre a barriga). Ele é o fruto do nosso amor, Henrique. E um fruto como esse precisa de pai e mãe juntos. Eu não conseguiria seguir assim, sem você do meu lado.

HENRIQUE: - Olha só, Lenara... (pausa)

LENARA (se agarra em Henrique): - Por favor, meu amor! Não me abandona! Não me deixa!... A gente vai superar isso tudo! Nosso filho vai ser a nossa ligação maior, nosso amor, tudo! Por favor, Henrique! Não me abandona!...

HENRIQUE: - Tudo bem, fica calma... Tá ok?

LENARA (encara Henrique): - Promete que não vai me abandonar? 

Henrique hesita. 

LENARA: - Promete, meu amor, que não vai me deixar? Nem a mim, nem ao seu filho?

HENRIQUE: - Prometo, Lenara. Prometo.

Lenara beija Henrique, que não corresponde.

LENARA: - Eu amo você.

Henrique fica sem reação. Lenara pega sua bolsa, vai saindo da sala.

LENARA: - Te espero lá em casa, para um jantar especial. Precisamos comemorar de verdade.

HENRIQUE: - Eu vou tentar ir. Tenho um dia cheio aqui na empresa, então.

LENARA: - Tudo bem. Eu te espero. O tempo que for preciso.

Lenara sorri e sai da sala. Henrique fica pensativo. Lenara, no corredor, muda expressão, ficando séria.

LENARA: - Que bela mentira, hein, Lenara? E agora? Você precisa engravidar em tempo recorde! O Joaquim conseguindo fazer a cabeça da Raquel e eu enganando o Henrique, fica tudo certo... Agora é buscar um pai para o seu filho... E eu até já sei quem pode ser...

CENA 03. CASA QUEIRÓS. INT. DIA.

Maria Alice chega em casa, acompanhada de Liza.

MARIA ALICE: - Bem-vinda à sua nova casa, Liza.

LIZA: - Muito obrigada, dona Maria Alice. Eu nem sei como agradecer.

MARIA ALICE: - Não precisa agradecer não, Liza. A sua companhia aqui já me deixa muito feliz. Depois que os meninos saíram de casa e o Gurgel faleceu, eu fiquei aqui, sozinha...

LIZA: - Nossa... Deve ser um pouco melancólico morar sozinha nesse casarão, não é?

MARIA ALICE: - É um pouco. Mas agora com você aqui, eu vou ficar mais alegre, com certeza.

LIZA: - Eu nunca morei numa casa tão grande assim. Aliás, eu nunca tive uma casa para dizer que era minha. Meu pai vivia de trambiques. A gente nunca parava no mesmo lugar.

MARIA ALICE: - Seu pai nunca tomou jeito na vida... Colheu o que plantou.

LIZA: - Mesmo assim eu não me conformo. Eu sei que não foi um acidente, dona Maria Alice.

MARIA ALICE: - Você já deixou seu depoimento para a polícia, Liza. Agora eles vão cuidar desse caso. Tudo vai se resolver... Você precisa cuidar é de você. E eu estarei aqui para te apoiar, ok?

LIZA: - Muito obrigada. De coração.

Maria Alice abre os braços e Liza corresponde, abraçando a matriarca.

MARIA ALICE: - Eu perdi um marido, mas ganhei uma filha.

CENA 04. ITACLUBE. CAMPO.EXT. DIA.

No centro de treinamentos do Itaclube, Macedão, Carlos e Marcelo conversam.

MACEDÃO: - Marcelo, o doutor Carlos está aqui para falar com você.

MARCELO: - Falar o quê? Que eu vou ter que esperar mais um tempo para poder entrar no Corinthians?

CARLOS: - Não, Marcelo. Eu vim aqui dizer que a sua hora chegou.

Marcelo se surpreende.

CARLOS: - Você será apresentado como novo jogador do Corinthians e já vai poder assistir o jogo de hoje à noite lá no Itaquerão na tribuna do clube.

MARCELO: - Não acredito! É sério isso?!

MACEDÃO: - Tu acha que o doutor Carlos ia ficar brincando com uma coisa dessas, rapaz? Eu falei pra você! Uma hora chega a sua vez! Tem que saber esperar!

MARCELO: - Eu já estava cansado de esperar! Finalmente a minha chance!

CARLOS: - Já pode arrumar suas coisas. A apresentação será feita em tempo recorde. O clube quer urgência nas contratações.

MARCELO: - Finalmente. Clube grande!... E depois, Europa!

MACEDÃO: - Calma, Marcelo... Um passo de cada vez.

MARCELO: - Só estou traçando o meu caminho, Macedão. E pode escrever que será isso mesmo.

CENA 05. RESTAURANTE GOURMET PAULISTA. INT. DIA.

Santiago e Paula almoçam no restaurante.

PAULA: - Nossa, querido... Faz tanto tempo que a gente não faz um programa assim, nós dois...

SANTIAGO: - Paula, é apenas um almoço. Nada demais.

PAULA: - Mas pra mim já é alguma coisa. Faz tempo que não sei mais o que era almoçar só eu e você. Mesmo que seja algo corriqueiro.

SANTIAGO: - Você fala como se não vivêssemos na mesma casa e não tivéssemos contato.

Paula não responde, tenta disfarçar. Volta a comer seu almoço. De repente, Ulisses, Robson e Keylla Mara chegam ao restaurante. Paula percebe a chegada deles.

ULISSES: - E hoje à noite a Fernanda vai lá pra casa. Vamos assistir ao jogo do Coringão!

KEYLLA MARA: - Nossa, que programa mais romântico! (risos)

ULISSES: - Reta final de campeonato, poxa! Fernanda é corintiana também. E tem mais: adora futebol!

ROBSON: - Impressão minha ou você se casou com a mulher dos sonhos? Bonita, romântica e gosta de futebol? Ela não existe!

ULISSES: - Deixa de bobagem... (risos)

Os três sentam-se à mesa. Keylla Mara enxerga Santiago.

KEYLLA MARA: - Não pode ser...

ULISSES: - O que foi?

KEYLLA MARA: - Nosso querido chefe está aqui. Com a Paula.

ULISSES: - Ih... Já vi tudo. Olha só, Robson, segura teu balanço aí meu amigo!

ROBSON: - Eu não sei se consigo, Ulisses.

KEYLLA MARA: - O que foi? Perdi alguma coisa?

ULISSES: - Nosso colega Ulisses tem uma forte queda pela primeira dama da empresa.

KEYLLA MARA: - Gente, que babado forte é esse?

ROBSON: - Eu sei que é errado, gente...

ULISSES: - Claro que é! Você é namorado da filha dela agora.

ROBSON: - Mas é mais forte do que eu... 

Em sua mesa, Paula conversa com Santiago, que, sentado de costas, não vê Keylla Mara, Ulisses e Robson na outra mesa. 

PAULA: - Adoro a comida desse restaurante.

SANTIAGO: - O chef aqui é premiadíssimo. Merecidamente.

PAULA: - Eu vou ao toilet. 

Paula se levanta e segue caminhando em direção ao espaço dos banheiros. No caminho, passa próxima da mesa onde Keylla Mara, Ulisses e Robson estão. Troca olhares com Robson. 

ULISSES: - Não vai, cara... Não vai.

ROBSON: - Eu não demoro. Cuida pra ele não ver. (levanta-se)

ULISSES: - Que legal! A bomba sobra pra mim...

KEYLLA MARA: - Mas então ele anda com a mãe e com a filha?

ULISSES: - Eu já não sei mais de nada, Keylla Mara... Mais nada! 

Robson vai atrás de Paula. 

CENA 06. CASA IGOR. INT. DIA.

Nuno chega à sala da casa esse surpreende ao ver Barreto e Stefany no local. Igor está com eles.

NUNO: - O que vocês estão fazendo aqui?!

STEFANY: - Viemos falar com você.

IGOR: - Eu não sabia, Nuno. Chegaram aqui de surpresa... Bem, eu vou deixar vocês conversarem em paz.

Igor sai da sala.

NUNO: - Vocês não poderiam ter vindo pra cá.

BARRETO: - Por que não? O que de tão errado estamos fazendo aqui?

NUNO: - Eu sei que vocês vieram me forçar a fazer uma coisa que eu não quero! Eu já disse! Não vou para Nova York, eu não vou embora!

STEFANY: - Ei, calma aí rapaz! Ninguém veio te forçar a fazer nada não, entende? A gente só veio aqui conversar. Ou você acha que quando alguém da família some a gente fica feliz e solta fogos de artifício em comemoração?

NUNO: - E a minha mãe, onde está? Lá fora? No carro?

BARRETO: - Sua mãe não veio, Nuno.

NUNO: - Ah, claro. Já era de se esperar. Ela nunca viria para o subúrbio...

BARRETO: - Mas ela também está sentindo sua falta.

NUNO: - Ela deve estar sentindo falto do controle que ela tinha sobre a minha vida. Mas acabou pai. Eu não vou voltar a ser o boneco da dona Tarsila. Não vou mais.

STEFANY: - Mas você também não vai poder ficar aqui na casa do Igor e da irmã dele pra sempre. Esse não é o seu lugar, Nuno.

NUNO: - Eu sei que não posso ficar aqui pra sempre. Mas quem disse que isso aqui não é o meu lugar? O meu lugar é aonde eu me sinto bem. E eu me sinto bem aqui. Da mesma forma que você se sente feliz dentro de um shopping Center!

STEFANY: - Sinto mesmo. Se pudesse, moraria dentro de um... (risos) Aliás, pai, na volta pra casa, a gente podia (pausa)

BARRETO (interrompe): - Stefany, por favor. Isso não é assunto para agora... Nuno, meu filho. Eu entendo que você queira viver essa paixão com essa menina...

NUNO: - Aimée. O nome dela é Aimée.

BARRETO: - Aimée... Mas você sabe o quanto é arriscado. E não falo só por isso. Você não pode jogar tudo pro alto e viver sem rumo na vida. Você largou faculdade, deixou os estudos que é a única e verdadeira riqueza que você vai levar pra vida toda, pra ficar do lado dela. É uma prova de amor linda, mas não que não lhe trará bons frutos no futuro.

NUNO: - Mas pai, eu (pausa)

BARRETO (interrompe): - Que trabalho você vai ter sem seus estudos completos? Como você vai conseguir uma casa nova? Você é jovem e sabe mais do que eu que o mundo hoje não perdoa quem se atrasa, filho. Veja bem. Não estou sendo contra o seu relacionamento com a Aimée. Pelo contrário. Eu fico feliz em ver que você está gostando de verdade de alguém. Isso é lindo. Mas eu me preocupo com a forma que você está levando isso tudo.

STEFANY: - A única que realmente é contra é a mamãe mesmo. Porque eu também não tenho nada contra. Aliás, acho a Aimée uma graça de pessoa.

BARRETO: - Sua mãe pode não gostar, mas ela precisa respeitar as suas decisões.

NUNO: - Isso é o mais difícil de acontecer, pai. Ela não teve nem coragem de vir aqui falar comigo.

BARRETO: - Então mostre pra ela que você é corajoso e vá lá. Mostre para ela que não é uma simples birra de adolescente. Que é o seu desejo de vida, de mudar, de abrir mão desse luxo todo e conquistar o que é seu com o seu suor. Não faça como sua mãe, Nuno. Não fuja de novo. Cedo ou tarde, vocês vão precisar se encontrar e colocar isso tudo às claras.

Barreto e Nuno se abraçam. Stefany se emociona.

STEFANY: - Vocês me fazem chorar e eu borro toda maquiagem que eu fiz... Como é que eu vou passar no shopping com o rosto desse jeito?

BARRETO: - Não se preocupa, filha. Você está linda mesmo assim. Lá no shopping compramos maquiagens novas, e se existir à prova de lágrimas, eu dou de presente pra você. (risos)

STEFANY: - Ele é o melhor pai do mundo!

Stefany se junta aos dois no abraço.

CENA 07. RESTAURANTE GOURMET PAULISTA. INT. DIA.

Paula sai do banheiro feminino e é surpreendida por Robson, que a puxa para um outro corredor, onde não há movimentação. (sobe trilha “Sem Poupar Coração” – Nana Caymmi) Os dois se beijam calorosamente.

PAULA: - Que saudade Robson! Que saudade de você!

ROBSON: - Eu também estava morrendo de saudades... Do seu cheiro, da sua pele. Da sua voz no meu ouvido... 

Eles se beijam mais. Paula se afasta.

PAULA: - Chega. Alguém pode nos ver aqui. E eu não posso voltar toda borrada pra mesa. Santiago está comigo.

ROBSON: - Eu vi.

PAULA: - Nessa situação a gente não pode mais ficar, Robson. Eu não agüento mais essa agonia. Me dói ver você e a minha filha... Deve ser até pecado isso, mas meu coração sangra vendo a Carol e você juntos.

ROBSON: - Essa agonia vai acabar, Paula. O quanto antes, você vai ver.

PAULA: - Eu amo você.

ROBSON: - Eu também te amo. Muito!

Eles trocam mais um beijo apaixonado. Paula se afasta e sai. Robson fica pensativo.

ROBSON: - Eu também não posso mais me enganar...

(Fade out trilha “Sem Poupar Coração” – Nana Caymmi)

CENA 08. APTO HUMBERTO. INT. DIA.

Humberto abre a porta do apto e se surpreende ao ver Lenara.

HUMBERTO: - Mas eu estou no paraíso? Os anjos vêm bater à minha porta em plena luz do dia?

LENARA: - Posso entrar ou não?

HUMBERTO: - Por favor, cunhadinha; Fique à vontade.

Lenara entra, sedutora, no apto. Humberto fecha a porta atrás de si, observando cada detalhe do corpo de Lenara.

HUMBERTO: - A que devo a honra da visita?

LENARA: - Você está sozinho em casa?

HUMBERTO: - Sim... Por quê?

LENARA: - Porque eu preciso desabafar, Humberto. Na verdade, preciso me desestressar. (senta-se no sofá)

HUMBERTO (senta-se próximo): - O que está deixando essa linda mulher estressada?

LENARA: - Seu irmão... Está tendo atitudes muito estranhas. Eu não sei mais o que fazer. Acredita que ele disse que vai me deixar? Que nosso casamento foi um erro na vida dele?

HUMBERTO: - Não acredito! O Henrique disse isso?!

LENARA: - Ele está totalmente enfeitiçado por aquela vadia da Raquel, que se fez de minha amiga, mas na verdade, queria era o meu marido.

HUMBERTO: - Raquel, é a cozinheira que estava em Portugal?

LENARA: - Essa mesma... Piranha... (levanta-se) Ai Humberto, eu preciso de algo que me deixe leve.

HUMBERTO: - Quer uma bebida? Tenho uísque, vodka, champanhe...

LENARA: - Sexo.

Humberto se levanta, encara Lenara surpreso.

HUMBERTO: - Você falou o quê?!

LENARA: - Isso mesmo que você ouviu. Eu quero sexo.

HUMBERTO: - Realmente eu estou no paraíso...

LENARA: - Você poderia me ajudar?

HUMBERTO: - Prontamente.

Humberto tira a camisa e agarra Lenara, que se entrega aos beijos dele. Os dois caem sobre o sofá, aos amassos calorosos. Humberto se levanta.

LENARA: - Aonde você vai?

HUMBERTO: - Vou buscar o preservativo.

LENARA: - Não! Não precisa...

HUMBERTO: - Como assim não precisa?

LENARA: - Não quebra o clima, vem cá...

HUMBERTO: - Calma aí, Lenara... Eu não sou tão trouxa quanto o meu irmão mão. Tem alguma coisa aí nessa história... Nunca me deu bola e do nada, chega na minha casa, me oferece sexo e não quer camisinha. Diz que o meu irmão quer te deixar...

(sobe trilha “Turtango” – instrumental)

HUMBERTO (encara Lenara): - Você quer dar o golpe da barriga no Henrique, é isso?!

LENARA: - Você tem o raciocínio muito rápido, Humberto. Estou surpresa.

HUMBERTO: - Ponto para mim.

LENARA: - Seu irmão não vai me deixar como se eu fosse uma qualquer. Tenho certeza que com um filho na barriga, eu seguro ele comigo por mais tempo. Até eu pelo menos aproveitar bastante a grana dele.

HUMBERTO: - Mas esse filho não será dele. Será meu.

LENARA: - E ele nem precisa saber. Mais uma pra ele deixar de ser trouxa e achar que pode me descartar. Leva um chifre e ainda cria um filho que não é dele.

HUMBERTO: - Mas você é melhor do que eu pensava!

LENARA: - Tá afim de me ajudar?

HUMBERTO: - Se é pra fazer o Henrique de otário, eu topo.

Humberto pega Lenara no colo, a beija. Em seguida, a deita no chão.

LENARA: - No chão?

HUMBERTO: - Eu gosto de algo mais selvagem... Você vai gostar também.

Humberto a pega pelos cabelos, beijando seu pescoço. Lenara delira, sentindo prazer. Em seguida, ela fica sobre ele, trocam olhares sacanas e se beijam, calorosamente.

CENA 09. TRANSIÇÃO DO TEMPO.

Imagens de SP ao anoitecer. Mostra a cidade iluminada, as rodovias, o trânsito da capital. (fade out trilha “Turtango” – instrumental)

CENA 10. CASA AIMÉE. INT. NOITE.

Nuno e Aimée aos beijos no sofá. 

AIMÉE: - Bom que seu pai e a sua irmã estão do nosso lado. (Aimée tira o boné de Nuno e deixa sobre o sofá)

NUNO: - Meu pai sempre foi mais compreensível que a minha mãe. E a Stefany, mesmo louca, também esteve do meu lado todo tempo.

AIMÉE: - Sua irmã é divertida. Vive num mundo todo dela, cheia de glamour...

NUNO: - Ela é feliz. Assim como eu sou agora. Do seu lado.

Os dois se beijam, apaixonados. De repente, escuta-se um barulho no portão da casa. Aimeé se assusta.

AIMÉE: - Ai meu Deus!

NUNO: - O que foi?

AIMÉE: - É o Leopardo! Ele ta chegando! Ele não ia vir hoje! Você precisa sair daqui, rápido, Nuno! Antes que ele te veja! Sai pela janela do meu quarto. Dá para os fundos da casa. Depois você dá a volta e vai embora!

Nuno beija Aimeé e sai apressado. Neste instante, Leopardo entra na casa.

LEOPARDO: - Onde está a rainha de bateria mais maravilhosa desta São Paulo?

AIMÉE (disfarça): - Estou aqui! Descansando um pouco as pernas. Ontem o ensaio foi puxado.

LEOPARDO (senta-se no sofá): - Claro, tem que preparar bem, Aimée. Enfrentar o Anhembi na frente da bateria da Unidos da Zona Leste não é pra qualquer uma.

AIMÉE: - Isso a Bárbara fazia muito bem.

LEOPARDO: - Disse certo agora. Fazia... Bárbara é passado. Agora a comunidade clama por Aimée!

Leopardo percebe o boné no sofá.

LEOPARDO: - O que esse boné está fazendo aqui? De quem é esse boné Aimée?!

Aimée fica apreensiva, não responde.

LEOPARDO: - Eu te fiz uma pergunta, Aimée, e quero saber a resposta. De quem é esse boné? Teve alguém aqui com você, não teve? Anda! Fala!

Aimée começa a chorar.

LEOPARDO: - Não me diga que foi aquele playboy idiota! Eu sabia!

Leopardo pega Aimeé pelos cabelos. Ela grita.

LEOPARDO: - Cala a boca!... Eu falei que se você aprontasse qualquer coisa pra mim, eu ia me vingar primeiro naquela droga de centro comunitário e depois em você, não disse?

AIMÉE: - Por favor, Leopardo, não faz nada disso! As crianças não tem culpa!

LEOPARDO: - Antes pensasse nelas pra não fazer o que tu fez comigo. Me enganou. Te dei um cargo na escola de samba que tem milhares de mulheres querendo e tu me deu o que em troca? Chifre!...

AIMÉE: - Não!

Leopardo empurra Aimée, que cai no sofá.

LEOPARDO: - Agora vai ser assim. Primeiro o centro comunitário. Depois, esse playboy dos infernos. E por último você. Já posso até pensar em falar pro presidente Jair achar outra musa pra colocar à frente da bateria.

AIMÉE: - Não faz nada, Leopardo, pelo amor de Deus! Eu estou te pedindo!

LEOPARDO: - Cala a boca! Piranha!... Você não pede nada mais... E só pra você ver como eu sou bonzinho. Hoje você ainda fica aqui nesta casa. Mas amanhã, é rua.

AIMÉE: - Essa casa é minha!

LEOPARDO: - Era sua! Você não tem mais nada, Aimée. É tudo meu agora, caramba! Tá ligada? É rua! Rua! 

Leopardo sai da casa, batendo a porta. Aimeé chora, aflita.

CENA 11. RESTAURANTE GOURMET PAULISTA. INT. NOITE.

Henrique conversa com Claude no balcão da copa do restaurante.

CLAUDE: - E então você não conseguiu terminar com ela...

HENRIQUE: - Por favor, Claude. Não diga nada disso para a Raquel. É algo que eu mesmo quero falar pra ela.

CLAUDE: - Claro, Henrique. Não se preocupe.

HENRIQUE: - E o pior é que eu fiquei um tanto espantado com a reação da Lenara. Ela realmente me pareceu perturbada com a possibilidade da separação se consumar. Ela disse que era capaz de uma loucura.

CLAUDE: - A ponto de prejudicar o filho também?

HENRIQUE: - Sei lá.

CLAUDE: - Eu conheço a Lenara há um bom tempo, mas não esperava que ela agisse de tal forma. Não mesmo... 

Neste instante, Joaquim chega ao restaurante. Henrique o enxerga.

HENRIQUE: - O que esse cara ta fazendo aqui?

CLAUDE: - Quem?

HENRIQUE: - Aquele ali que acabou de entrar.

CLAUDE: - Você conhece ele?

HENRIQUE: - É o Joaquim. Morre de amores pela Raquel, mas se passava de amigo dela... O que será que ele quer aqui no Brasil?

Henrique se afasta do balcão e se aproxima de Joaquim, que se mostra surpreso ao vê-lo.

JOAQUIM: - Henrique! Você aqui?

HENRIQUE: - Eu que te pergunto, Joaquim.

JOAQUIM: - Disseram que são Paulo era grande, mas acho que me enganaram. No mesmo dia eu já encontrei você e a Raquel...

HENRIQUE: - Você esteve com a Raquel?!

JOAQUIM: - Estive. Ela não te falou?

HENRIQUE: - Não!

JOAQUIM: - Talvez ela tenha ficado na dúvida se falava ou não. Eu também no lugar dela ficaria.

HENRIQUE: - Dúvida por quê? Do que você ta falando cara?

JOAQUIM: - A Raquel me disse que está grávida.

HENRIQUE: - Sim. Ela está esperando um filho meu.

JOAQUIM: - Se eu fosse você não teria tanta certeza assim.

HENRIQUE: - Como é que é?!

Claude se aproxima dos dois, percebe os ânimos exaltados.

CLAUDE: - Por favor, rapazes, mantenham a compostura aqui dentro do meu restaurante, ok?

JOAQUIM; - Eu estou tranqüilo. Agora o seu amigo Henrique aí não parece muito tão.

HENRIQUE: - Deixa de ladainha e fala logo! O que você falou com a Raquel? Me diz!

JOAQUIM: - Eu fui lá abrir os olhos dela e dizer que esse filho pode não ser seu.

HENRIQUE: - Você fez o quê?!

JOAQUIM: - Depois que você foi embora de Portugal, eu e a Raquel dormimos juntos, Henrique. Foi uma noite e tanto. E logo depois, ela veio embora, já grávida. Ou seja. Esse filho, pode ser meu também... Já pensou? Eu e a Raquel com um filho?! Não seria lindo?

Henrique não se contém e dá um soco no rosto de Joaquim, que cai sobre uma mesa. Claude segura Henrique, em seguida, outros seguranças chegam, para evitar a briga. As pessoas no local ficam chocadas. Liza e Monique chegam.

LIZA: - Gente o que foi isso?!

MONIQUE: - Estão brigando aqui dentro do restaurante?!

CLAUDE: - Henrique, não!

JOAQUIM (com a mão no rosto /dolorido): - É duro ouvir a verdade, não é Henrique?

HENRIQUE: - A verdade vai ser estampa a socos no seu rosto, seu canalha!

CLAUDE: - Henrique, não! Aqui não! Vai embora, por favor!

LIZA: - É melhor, Henrique, vai pra casa!

HENRIQUE: - Eu vou mesmo. Antes que eu arrebente a cara desse safado!

Henrique vai embora. Os seguranças ajudam Joaquim a ficar de pé.

MONIQUE: - Está tudo bem com você?

JOAQUIM; - Está sim, só um pouco dolorido...

MONIQUE: - Eu vou buscar um pouco de gelo pra você colocar aí.

Monique sai.

LIZA: - O Henrique sempre foi tão calmo. Nunca o vi assim.

CLAUDE: - Parece que alguém aí o provocou. E pelo visto a história é mais séria do que se pensa... Por favor Liza, volta lá para a entrada, vamos voltar a manter o ambiente agradável aqui.

LIZA: - Claro.

Liza sai. Monique retorna, entrega o gelo para Joaquim.

CLAUDE: - E você,senhor Joaquim, chegou com tudo em São Paulo então.

JOAQUIM: - Não tenho culpa se as pessoas não gostam de ouvir a verdade.

MONIQUE: - Tem uma mesa lá no canto. Está vaga. Pode ficar. Logo lhe entregarão o menu.

JOAQUIM: - Obrigado. Ouvi falar muito bem deste restaurante. Por isso eu vim pra cá.

CLAUDE: - Acredito que vai gostar e confirmar as boas indicações. Fique à vontade. E por favor, sem arrumar mais brigar aqui.

Claude se afasta. Joaquim pega o celular e disca um número.

CENA 12. APTO HUMBERTO. INT. NOITE.

Lenara termina de se vestir, na sala de estar do apto de Humberto, enquanto fala ao telefone. Humberto está deitado no sofá, dormindo.

LENARA (ao telefone): - Que ótimo, Joaquim! Você sempre me trazendo boas notícias! (T) Claro que depois disso tudo o Henrique vai ir correndo atrás da Raquel. Ela vai confirmar que dormiu com você, como você mesmo me garantiu. E então ele desiste da separação e você tem caminho livre pra ficar com a cozinheira de quinta! (T) Tá, tá, desculpa, não falo mais assim dela... Agora eu preciso desligar. Nos falamos outra hora! Preciso seguir com o plano. (desliga)

Lenara encara Humberto dormindo no sofá.

LENARA: - Realmente, você é demais, Humberto. Me deixou exausta!... E espero que logo, com um filho aqui na minha barriga!...

Lenara vai saindo do apto quando Vilma chega no local.

VILMA (surpresa): - Você aqui?!

LENARA: - Boa noite! Você chegando e eu saindo.

VILMA: - Calma aí, sua loira esperta! O que você veio fazer aqui no apartamento do meu filho?!

LENARA: - Primeiro, meu nome é Lenara. Acho que a senhora já sabe. Não é tão velha pra esquecer assim. Segundo. O que eu vim fazer aqui? Pergunta pro seu filho quando ele acordar. Agora acho que ele está um pouco cansadinho... Beijos e boa noite!

Lenara sai do apto. Vilma vê Humberto dormindo no sofá, sem roupa, apenas com uma almofada cobrindo-lhe as partes.

VILMA: - Mas era só o que me faltava! O Humberto ficou louco caindo nas garras dessa piranha!

CENA 13. ARENA CORINTHIANS. INT. NOITE.

Jogo do Corinthians no Itaquerão. O estádio está lotado. Daniel no campo é o melhor jogador da partida. A cada passe, a torcida vibra.

Nas cadeiras, Bárbara, Candinho e Keylla Mara assistem ao jogo.

KEYLLA MARA: - Eu comentei hoje cedo em tom de ironia que olhar o jogo era um programa romântico. E aqui estou eu, dentro de um estádio!

CANDINHO: - Se você quiser, a gente pode ir para um lugar mais sossegado, minha musa.

KEYLLA MARA: - Acho que você pode prestar atenção lá no jogo, Candinho.

BÁRBARA: - Gente, o Daniel ta dando show! Ele é o melhor!

KEYLLA MARA: - Lá do outro lado, estão mostrando no telão... Não é o Marcelo?

BÁRBARA: - É mesmo! O amigo do Daniel! Ele vai jogar no Timão também!

CANDINHO: - Itaquera lançando talentos pro mundo!

Marcelo posa para fotos na tribuna da presidência do Corinthians. É assediado por torcedores e imprensa. Sente-se poderoso. De repente, todos vibram. Marcelo olha no telão. Gol do Corinthians. Daniel comemora, sendo ele o autor do gol. É o goleador da partida, com 3 gols.

Bárbara vibra na arquibancada, junto com Candinho e Keylla Mara. Daniel faz dancinha para comemorar o gol. É saudado pelos companheiros do time.

CENA 14. BARRACO LEOPARDO. INT. NOITE.

Leopardo chega no barraco com raiva, chutando tudo o que vê pela frente. Os capangas se surpreendem. Cássio se aproxima do chefe.

CÁSSIO: - O que ta pegando chefia?

LEOPARDO: - A Aimée acha que eu to de brincadeira, mano. Ela acha que eu não faço o que eu digo! Mas eu faço! (grita) eu faço!

CÁSSIO: - Mas o que aconteceu?

LEOPARDO: - Aquele playboy filho da mãe esteve lá na casa dela. Já imaginou? Eu levando chifre daquele merdinha? Mas a Aimée estava bem avisada. Vacilou na minha, vai sofrer. Não só ela, mas tudo o que ela tem.

CÁSSIO: - Isso quer dizer que...?

LEOPARDO: - Isso quer dizer que amanhã mesmo nós vamos colocar fogo naquela porcaria de centro comunitário.

Cássio fica surpreso.

LEOPARDO: - Quero ver tudo ruir.

CÁSSIO: - Mas chefe, as crianças não tem culpa disso, brother!

LEOPARDO: - Não me interessa! A culpada será a Aimée. Ela sabia. Eu avisei. Amanhã quero todo mundo lá pra jogar gasolina. Eu quero riscar o álcool e ver tudo sumir nas chamas.

CÁSSIO: - Eu não vou.

LEOPARDO (surpreso): - Como é que é?

CÁSSIO (firme): - Eu não vou. Não é certo isso, mano. Deixa as crianças em paz. O centro traz um bem pra comunidade.

LEOPARDO: - O centro não faz porra nenhuma pra mim, Cássio! Sabe o que o centro ensina? A não ser avião. Não tem mais avião aqui em Itaquera. As crianças não querem mais ganhar grana levando droga. Dizem que é errado. Bando de gente otária.

CÁSSIO: - Mesmo assim, brother. Não vou me sentir bem fazendo isso.

LEOPARDO: - Tá arregando, é isso, Cássio? Dando pra trás é?

CÁSSIO: - Estou. Fazer essa maldade com as crianças pra mim já é demais.

Leopardo encara Cássio. Os dois ficam frente a frente. Leopardo acerta um tapa no rosto de Cássio, que devagar, volta a encarar o chefe do tráfico.

LEOPARDO: - Então pode ir embora. Não quero fracassados no meu grupo. Anda! Vai embora! Fracote! Inútil!

Cássio vira-se de costas para Leopardo e vai saindo do barraco.

LEOPARDO: - Tu é um grande mal agradecido Cássio! Quando eu preciso de você, você cai fora. Sai daqui! Frouxo! Inútil!

Cássio sai. Leopardo continua a chutar os móveis e objetos do local, extravasando sua raiva.

CENA 15. APTO RAQUEL. INT. NOITE.

A campainha do apto de Raquel toca. Ela vem do quarto e abre a porta do apto. É Henrique, que entra apressado.

RAQUEL: - Henrique!

HENRIQUE: - Desculpa vir sem avisar, Raquel;

RAQUEL: - Imagina. Você não precisa avisar de nada. Aconteceu alguma coisa?

HENRIQUE: - Aconteceu. E uma coisa muito séria. Por que você não me falou que esteve com o Joaquim hoje?

Raquel se surpreende com a pergunta de Henrique.

RAQUEL: - Henrique, eu ia te falar (pausa)

HENRIQUE (interrompe): - E mais... Por que você escondeu de mim que deitou com ele em Portugal e que o Joaquim pode ser o pai deste filho que você está esperando?!

Henrique fica a encarar Raquel, ansioso pela resposta de seus questionamentos.


novela de
Édy Dutra
 
elenco
Juliana Alves como Raquel
Guilherme Winter como Henrique
Christine Fernandes como Lenara
Júlio Rocha como Humberto
 
Daniele Suzuki como Jaqueline
Jonathan Haagensen como Daniel
Cláudio Lins como Ulisses
Rodrigo Hilbert como Robson
Cinara Leal como Bárbara
Carlos Casagrande como Claude
Diego Cristo como Joaquim
 
Erika Januza como Aimée
Liliana Castro como Fernanda
Léo Rosa como Marcelo
Aline Dias como Stefany
Cecília Dassi como Carol
Luiz Otávio Fernandes como Nuno
Renata Castro Barbosa como Salete
Bernardo Mesquita como Cássio
Jonatas Faro como Igor
Odilon Wagner como Carlos
 
Rodrigo dos Santos como Barreto
Patrícia Werneck como Monique
Karina Bacchi como Keylla Mara
Nando Cunha como Candinho
Sérgio Guindane como Leopardo
Letícia Colin como Rita
Luiz Felipe Mello como Otávio
Maria Pinna como Lisa
 
atrizes convidadas
Carolina Ferraz como Paula
Regina Braga como Maria Alice
Aída Leiner como Tarsíla
Tânia Alves como Zuleica
Zezé Motta como Rosa

atores convidados
Zé Carlos Machado como Donato
Aílton Graça como Macedão
Nuno Leal Maia como Jair
Jean Pierre Noher como Santiago
 
Malu Galli como Dalva
Sônia Braga como Vilma
Reginaldo Faria como Gurgel

trilha sonora
Sem Poupar Coração – Nana Caymmi
Turtango Instrumental

produção

 Bruno Olsen
 Diogo de Castro
 Israel Lima


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


 
REALIZAÇÃO



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