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Crimes no Subúrbio Carioca - A Gata de Irajá: Capítulo 12

Minissérie de Marcelo Oliveira
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CRIMES NO SUBÚRBIO CARIOCA - A GATA DE IRAJÁ - CAPÍTULO 12


   

Um toque de mensagem chegando.

— O que? Mas, o que esse cara ainda quer? Droga, vou acabar perdendo o meu voo.

A psicóloga Marilda entra na DP com passos decididos.

— Ralf, tem algum problema?

— Oi, Marilda, já tomou o café? — Ralf responde com inesperada calma.

— Por que vocês não estão liberando o montador de móveis? — Marilda está ríspida e irritada. 

— Ah, sim, é porque o rapaz tem um álibi.

— O que? Como assim? Não é possível que a essa atura do campeonato...

— Como já disse o Romário: “a partida só termina quando acaba!”

— O que você quer dizer com isso?

— Que o Gonçalo, não é o nosso assassino.

Marilda apanha o novo relatório das mãos de Ralf e sai às pressas da delegacia, quase atropelando o Zé Carlos.

— Nossa, o que deu nela?

— Sabe como são as mulheres. Com certeza está chateada porque terá que cancelar o voo para continuar nas investigações... mas, não se preocupe, isso passa.

Já próximo a hora do almoço, Ralf recebe nova ligação.

— Inspetor Ralf falando, pois não?

— Eu disse pra vocês que ia ficar pior.

— Ah, você de novo?

— Vocês me libertaram, agora eu vou comemorar com mais três visitas. E uma delas é bem conhecida de vocês.

— O que? De quem você está falando? Alô! Alô! — Ralf olha para a analista de TI. Ela apenas balança a cabeça negativamente. Ralf se volta para o Zé Carlos. — Liga pra sua casa.

— O que? Como assim?

— O assassino disse que a próxima vítima seria uma conhecida nossa. Veja se estão bem.

Zé Carlos puxa o celular e fica aliviado ao ouvir a voz da esposa. Mesmo assim, ele pede que ela recolha as crianças, tranque tudo e aguarde a sua chegada. Ralf também entra em contato com sua mulher.

— Vá para casa da sua mãe agora... sim, por favor. Meu amor, não posso discutir agora, só quero que você fique protegida... sim, estarei com você o mais rápido possível... não se preocupe comigo, só quero que esteja bem. — depois desliga o telefone e se volta para os colegas — Adriana, tente contato com a Marilda, eu e o Zé vamos até o apartamento dela.

A psicóloga para o carro na garagem do flat, ela ainda está muito contrariada, por isso desligou o celular e subiu para tomar um banho. Depois ligaria para seu superior relatando a arbitrariedade que os colegas decidiram. “O Governador vai adorar isso!” Ela pensa.

Também teria que adiar as esperadas férias que tiraria após o encerramento do caso. A frustração em suas expressões era nítida. Já estava tudo acertado, o hotel, as passagens de avião, as roupas nas malas... Sim, ela merecia essa recompensa, depois de tudo pelo que havia passado... 

~ * ~

Esses policiais vão se arrepender do que fizeram, sim, todas as ações foram bem calculadas. Eu consegui manipulá-los impecavelmente. Estava até orgulhoso de mim mesmo. Eles não podiam ter feito o que fizeram. Eu fui condescendente, mas agora eu aprendi que eles têm que sofrer onde mais dói. Vou mostra-lhes que eles brincaram com fogo e vão se lamentar profundamente por não seguir as minhas orientações.

Eu pretendia seguir conforme fiz dois anos seguidos. Por que me perturbam? Por que insistem em me atrapalhar? Afinal eu não estou fazendo um bom trabalho? Não estou ajudando a melhorar a sociedade?

Olha só, toda indefesa, revoltada com sua própria impotência. Eu aposto que ela já me esperava. Sabe o que eu mais gosto em você? É que eu não preciso falar nada, você já me conhece muito bem, depois de todo esse tempo, sabe tudo o que eu penso e quero, só pelo olhar.

~ * ~

Esse cheiro de fêmea fresco, não me engana, eu sei que aquele macho está aqui, posso sentir, mas dessa vez ele não me escapa. Dessa vez ele vai saber o que é se meter com uma fêmea-alfa.

~ * ~

A mulher sai do banho e perambula pelo quarto despreocupada, senta na beira da cama e liga o celular. Verifica as mensagens de chamada perdida, apenas as ignora. “Eles não sabem com quem estão mexendo.” Marilda disca para os contatos que havia planejado.     

Dedos grossos envolvem o pescoço de Marilda e apertam, ela responde instintivamente e tenta afrouxar para respirar. Ela se esforça para levantar, o homem não consegue mantê-la sentada, a toalha que a enrolava cai no chão, o corpo nu da mulher não intimida o agressor, que continua apertando o pescoço olhando fixamente em seus olhos lacrimejantes. O sorriso surge no rosto. Sem ar, Marilda está quase desfalecendo, suas pernas bambeiam, os olhos reviram, ele a deita na cama, estica o corpo e fica admirando a mulher por algum tempo.

A tarde é quente, o dia ensolarado, Ralf e Zé Carlos chegam ao endereço da psicóloga e verificam que seu carro ainda está estacionado na vaga. Depois de se identificarem, pedem ao porteiro para não avisar que estão subindo.

autor
Marcelo Oliveira

personagens
Ralf
Zé Carlos
a gata Nina
Sergio Riso
Zulmira
Abigail
Gonçalo
Marilda

agradecimentos
Leda Selma
Wellington Santos
Guilherme Hepp
Gustavo Calazans
Maria Ines
Maria Aparecida

trilha sonora
Hitman - Kevin MacLeod

direção
Carlos Mota

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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