Vander Junior
Sinopse: Poema sobre a proteção e ode ao meio ambiente.
Eu vi no sulco da terra
Um rosto igual ao meu
Sujo, zangado e chorado
Mas meu
Vi no espelho da água do rio
A mácula que fez um pneu
E também me senti violado,
Desonrado como alguém que nunca esqueceu
Vê,
Na veia do meu corpo que corre
O sol, a fauna e a flora,
Mora tudo que vivi e me diverti,
Como lembrança que mora dentro,
Mas também lá fora
É memória
E como memória
Não quero que só eu me lembre
Mas também que sempre
Nós possamos sentir o sopro do vento,
O correr do rio
E a paixão de fazer viver o amanhã,
Se nós o protegermos, agora!
ELEMENTOS
Luís Palma Gomes
Sinopse: Evocação poética aos quatro elementos da natureza: fogo, água, ar e terra.
Querido fogo,
vem aquecer as memórias dos primeiros natais.
Arder a lenha da história que nos atravanca o caminho.
Acender-me o coração,
antes que se apague a lembrança da primeira paixão.
Querida água,
queria pedir-te que matasses a sede da gazela.
Lava-lhe ainda aquelas feridas que não saram.
E quando partires outra vez para a foz,
leva contigo o brilho fugaz dos peixes que subiram à montanha.
Querido ar,
hoje queria voar contigo até às andorinhas.
Planar sozinha por dentro de nuvens cheias de mar.
Acender o Sol,
para aquecer o pequeno-almoço aos malmequeres.
Querida Terra,
às vezes apetecia-me dormir contigo ao relento.
Tapar-me com um lençol de terra fina.
E apagar a Lua,
depois de arrumar o livro
no arbusto junto à cabeceira.
MONÓLOGO
Luciana Lana
Sinopse: Monólogo é um poema que retrata os pensamentos da natureza durante a queimada.
As Chamas ardem!
Os lares se desfazem.
No olhar, o vazio e a dor
de quem não sabe,
não tem para onde ir.
As Chamas ardem!
Mas não é essa a dor que sinto.
É o esvaimento de uma promessa
que retira, do meu seio a paz,
a vontade de resistir,
de sentir, de sorrir
As Chamas ardem!
Não há lágrimas, não há lamento.
As Chamas invadem
em crepitação de tormentos.
As folhas caem e os galhos cedem.
Não há luta, mas tampouco silêncio.
Meus filhos à procura...
A vida suspensa, fadada a tortura,
condenada, executada em desventura
As Chamas ardem!
E o que posso fazer?
A não ser publicar
Ao vento, o meu clamor,
Suportar o dilaceramento
e acolher a quem
também vivenciou o horror?
As Chamas ardem!
E nos meus veios, em cada leito,
em cada raiz, ficará
as marcas da ambição.
E, apesar de não reagir,
a cobrança permanecerá aqui
para que saibam que não são
NADA SEM MIM!
As Chamas ardem!
Os lares se desfazem.
No olhar, o vazio e a dor
de quem não sabe,
não tem para onde ir.
As Chamas ardem!
Mas não é essa a dor que sinto.
É o esvaimento de uma promessa
que retira, do meu seio a paz,
a vontade de resistir,
de sentir, de sorrir
As Chamas ardem!
Não há lágrimas, não há lamento.
As Chamas invadem
em crepitação de tormentos.
As folhas caem e os galhos cedem.
Não há luta, mas tampouco silêncio.
Meus filhos à procura...
A vida suspensa, fadada a tortura,
condenada, executada em desventura
As Chamas ardem!
E o que posso fazer?
A não ser publicar
Ao vento, o meu clamor,
Suportar o dilaceramento
e acolher a quem
também vivenciou o horror?
As Chamas ardem!
E nos meus veios, em cada leito,
em cada raiz, ficará
as marcas da ambição.
E, apesar de não reagir,
a cobrança permanecerá aqui
para que saibam que não são
NADA SEM MIM!
NOSSO PLANETA
João Gabi
Sinopse: Situação degradante do planeta
Nosso planeta, oh coitado
Tá poluído, deprimido, esgotado
Como é que eu posso respirar
Com tanta fumaça pelo ar
Como é que vou sobreviver
Sem ter água pura pra beber
Yemanjá saiu do mar
Foi lá pra ONU protestar
Tem jacaré contaminado
Com todo esse esgoto não tratado
E o tubarão, coitado, anda sufocado
Com tanta sacola de mercado
Retorne logo ó Criador
Vem pra salvar os nossos netos
O animal “racional” dominador
Conseguiu destruir os Seus projetos
E onde outrora havia mata e flor
Hoje só existe um deserto
Nós recriamos o dilúvio
Provocamos tempestades e vendavais
Subimos o nível da maré
E certamente faltarão animais
Na nova Arca de Noé
Condenamos a extinção
Grande parte da criação
Nosso planeta, oh coitado
Tá poluído, deprimido, esgotado
Como é que eu posso respirar
Com tanta fumaça pelo ar
Como é que vou sobreviver
Sem ter água pura pra beber
VERDE LÁGRIMA
Hiatus
Sinopse: Poema a respeito das dores sofridas pelo meio ambiente.
Árvores são derrubadas
Devida a tola covardia
Restando cinzas
Onde vida existia
Rios choram e secam de dor
Dores causadas
Pelo o mais cruel
Cruel destruidor
Veias de fogo ardem no chão
No sagrado solo
Apenas a destruição
Olhamos impotentes
As dores da natureza
Deixando a omissão
Destruir sua beleza
No olhar inocente
Nasce uma semente
Onde a chuva chora
Uma verde lágrima.
.
ESTOU NO MEIO DESTE AMBIENTE
Elias S. Peres
Sinopse: O poema narra varias peculiaridades observadas pelo autor no meio ambiente em que vive.
Um pedaço de terra banhado pelo atlântico,
Cujas praias fascinam quem chega e quem vai,
Cuja flora cativa quem desce e quem mora,
E que atrai os olhares do mundo inteiro afora.
É nesta cidade que caminho agora,
Desviando dos carros e admirando os pés de amora,
Pensando que às vezes é chato viver aqui,
E ainda tendo que ouvir de um pássaro intrometido: “Bem te vi!”
Aqui o desemprego é um assunto complicado,
Se não trabalha na praia então trabalha no mercado,
Mas a gente ainda acredita na bendita mudança,
Embora menosprezados por parte da liderança.
Nessa terra o cansado quase nunca descansa,
Pois a gente se prepara o ano todo pra uma dança.
Um passo para trás e dois para frente,
é a praia da Enseada, minha gente!
Nessa terra tem homem rico, mas quase nunca se vê.
Quem aparece mais é o povo humilde que se admira em te ter.
Seu João, o galeguinho, vende caranguejo na pista,
Bem ao lado de seu Armando que faz um bico de artista!
Por aqui as motos correm, e o motoqueiro empina em cima,
Mas eles precisam de muito cuidado,
Quando atravessam a avenida,
E acabam passando frente a tal gangue canina.
Muitos dormem nas ruas e comem do lixo.
Mas ao ler isso você não sabe dizer,
Se eu falo de homem ou de bicho.
Infelizmente para o meio turístico isso não é nicho.
Estou no meio deste ambiente,
É o meio ambiente em que vivo,
É o meio ambiente em que a vida se abriga,
É o meio ambiente pelo qual brigo.
Admiro a natureza, admiro a vida social,
Admiro os prédios, admiro cada rua,
Admiro a menina que apaixonada olha pra lua.
Admiro você que defende o meio ambiente,
Que adora cuidar do mundo e, por conseguinte,
Cuida também de gente.
Poema escrito por
Vander Junior
Luís Palma Gomes
Luciana Lana
João Gabi
Hiatus
Elias S. Peres
CAL - Comissão de Autores Literários
ProduçãoLuís Palma Gomes
Luciana Lana
João Gabi
Hiatus
Elias S. Peres
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Eliane Rodrigues
Márcio André Silva Garcia
Ney Doyle
Pedro Panhoca da Silva
Rossidê Rodrigues Machado
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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