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Crimes no Subúrbio Carioca - A Gata de Irajá: Capítulo 13

Minissérie de Marcelo Oliveira
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CRIMES NO SUBÚRBIO CARIOCA - A GATA DE IRAJÁ - CAPÍTULO 13


   

Ralf e Zé Carlos chegam ao apartamento e encontram a porta aberta, eles entram cautelosamente, sem fazer barulho e percebem a cama desarrumada.

— Chegamos tarde? — Zé Carlos tenta manter a esperança.

— Não, senão o porteiro teria dito que ela saiu. Vamos, é possível que tenhamos desencontrados deles quando subimos.

Os Inspetores voltam correndo pelas escadas, vão direto ao estacionamento e encontram Marilda sentada no banco do motorista. Ela parece petrificada.

— Custódio Aguiar? Atenção, Custódio, nós somos da polícia. É melhor o senhor não cometer nenhuma loucura. Você está cercado. Não tem como sair daqui.

Zé Carlos olha surpreso para Ralf, mas continua apontando a pistola para o carro. Por trás da carroceria surge um homem alto e forte, olhando para os policiais, como se estivesse confuso. Ralf continua gritando a distância.

— Isso mesmo, Custódio, nós sabemos quem você é e o que fez. Por isso é melhor que você se entregue sem resistência, você não tem mais para onde ir.

Ainda sem dizer uma palavra, Custódio vai até o banco da frente e agarra Marilda pelo pescoço, arrancando-a do carro. Ele aponta a arma na cabeça dela.

— Se você diz que sabe quem eu sou e o que faço, já sabe do que sou capaz. É melhor abaixar a arma e se afastarem.

— Você não tem pra onde ir, Custódio, não agrave mais a sua situação.

— É melhor se afastar policial, ou você será responsável pelo que acontecer a sua colega.

— Ela sabe dos riscos que corre e nós não vamos permitir que você fuja.

“Ralf?” Zé Carlos sussurra para o colega. O Inspetor continua olhando fixo para o assassino.

— Ah, não? Então me diz como sairá no relatório de vocês: “colega ofereceu a própria vida para deter de um suspeito”?

Uma pequena aglomeração de moradores curiosos surge no estacionamento, Ralf teme que o assassino aponte a arma, certamente ele não vacilaria em atirar em alguém para atrasar os policiais.

— Está bem, está bem, mantenha a calma, nós vamos nos afastar.

Ralf e Zé Carlos levantam as mãos e recuam. Custódio sorri com a pequena vitória, ele prende Marilda à sua frente e leva as malas para a traseira do carro. Ela ajuda a abrir o porta-malas e levanta a capota para guardar a bagagem. Assim que a porta se abre, um vulto surge, junto com um urro agudo e salta na cara do Custódio, que toma um susto e deixa a arma cair, Marilda corre para a frente, Custódio urra de dor e ódio.

Nina continua agarrada ao homem, mordendo seu nariz e com as garras cravada em sua face. Assim que o homem consegue jogá-la para o alto, a gata corre para debaixo do carro. Com o rosto ensanguentado, ele começa a tatear o chão em busca da arma, mas Ralf e Zé Carlos já estão em cima dele, imobilizando-o com o joelho.

Zé Carlos algema o homem que se contorce de dor. O rosto totalmente desfigurado com pedaços de pele pendurada, por causa das dentadas da siamesa. Ralf dá a volta no carro e chega junto da psicóloga.

— Como é que você está?

A mulher não responde, apenas continua olhando para frente como se estivesse em transe. Ralf chama a patrulha pelo celular e informa a delegacia que eles conseguiram capturar o montador maníaco. Dessa vez, é o criminoso certo, os carros de captura não demoram a chegar. Depois se volta para Marilda.

— Você pode por favor colocar isso? — Ralf entrega um par de algemas à psicóloga.

Sem olhar para ele, ela apanha as algemas, coloca nos pulsos e sai do carro escoltada por dois agentes. Ela entra no mesmo carro que Custódio.

Zé Carlos olha para seu colega esperando pacientemente por uma explicação.

—  certo, primeiro quero te pedir desculpas por não mostrar o que eu estava procurando.

— Eu quero saber quem é esse tal Custódio e como você chegou a ele.

— Bom, vou te dizer como cheguei a essa conclusão. Qual foi a segunda vítima do assassino?

— A mulher recém-casada.

— E como soubemos desse crime?

— O marido dela fez a queixa-crime no mesmo dia em que a encontrou em casa.

— Exatamente. O terceiro crime...

— A sra. Zulmira, vizinha da primeira vítima.

— Lembra que ela disse quando a conhecemos, que se seu marido nos encontrasse com ela, ele a mataria?

— Ah, sim...

— Eu não percebi que a ameaça era literal.

— O Custódio era marido da Zulmira?

— A primeira suspeita surgiu quando o assassino ligou para o meu celular, poucas pessoas tem esse número e depois, por fim não tivemos nenhum registro de queixa pela Zulmira.

— Mas, e o sêmen do Gonçalo?

— Dois coelhos... o Gonçalo e a Zulmira se conheceram depois que ele fez um serviço para ela e os dois viraram amantes, o Custódio descobriu a traição e resolveu se vingar da mulher e o rapaz, colocando a culpa em cima dele, ainda por cima se livrando das acusações. Conseguiu uma camisinha usada pelo rapaz e espirrou no rosto da segunda vítima para colocá-lo na nossa mira.

— E a Marilda?

— A Nina me ajudou muito. Eu estranhei a falta de empatia entre elas, para uma gata criada por mulheres, seria mais natural um bom relacionamento, mas não foi isso que aconteceu. Depois da análise de comportamento da Nina eu continuei a minha pesquisa e pedi a Adriana para rastrear as redes sociais da Marilda através do celular dela, foi isso que escrevi no bilhete quando a entreguei. Assim, descobri que a Marilda herdou a casa dos pais e trocou a mobília, há dois anos. Exatamente quando começaram os crimes. Uma busca por páginas de BDSM, descobrimos a ligação entre Marilda e Custódio. Lembre-se que foi ela quem indicou a evidência do sêmen, e ia aconselhar uma catalogação dos montadores da região. O surgimento da denúncia da sra. Abigail foi só uma feliz coincidência para a dupla.

— Por isso você não se importou quando ele a ameaçou.

— Mas, a heroína mesmo é essa gatinha aí no seu colo. Ele foi pego pelo pulo da gata. — Ralf telefona para Adriana — Pode expedir o alvará de soltura do Gonçalo.

Caso encerrado.


autor
Marcelo Oliveira

personagens
Ralf
Zé Carlos
a gata Nina
Sergio Riso
Zulmira
Abigail
Gonçalo
Marilda

agradecimentos
Leda Selma
Wellington Santos
Guilherme Hepp
Gustavo Calazans
Maria Ines
Maria Aparecida

trilha sonora
Hitman - Kevin MacLeod

direção
Carlos Mota

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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