- Claudia Camilo faz uma análise sobre a 5ª Temporada da Antologia A Magia do Natal no Visão Crítica
(QUINTA, 29 DE DEZEMBRO DE 2022)
A QUEM E A QUE PERTECE AS PALAVRAS? - por HANS KAUPFMANN
Depois de um hiatus e inspirado pelo início de maratona da nova temporada do Oscar, volto aqui trazer alguns pensamentos sobre a entroncada arte de roteirizar.
A fonte dessa minha crônica vem de 2 filmes que podemos assistir na NETFLIX: o remake alemão de NADA DE NOVO NO FRONT e o suspense O ENFERMEIRO DA NOITE. Embora os dois tenham estilos completamente diferentes, os dois tem um nível de produção que beira o excelente: trilha e fotografias fantásticas. Entretanto, ao meu ver, o filme de guerra alemão perdeu muitos pontos na escolha criativa dos diálogos, enquanto o thriller médico foi impecável.
Ouso até dizer que o primeiro usou o diálogo a serviço do espectador e o outro a serviço da narrativa. Como assim?
No primeiro caso é aquele tipo de diálogo que subestima a inteligência de que assiste, o simplesmente não confia na força do subtexto. Explicando por meio de palavras, sentimentos e fatos com o qual a atuação ou a edição da câmera poderiam facilmente expor.
Uma das cenas do filme que levam a esse sentimento é quando durante o bombardeio há dois soldados que são amigos que estão juntos no mesmo Bunker e um deles grita.
- Me ajude Paul, estou com medo, quero morrer, não me deixe.
Era muito óbvio que o medo de morrer estavam em todos ali, e essa fala parecia só telegrafar que um deles não sairia vivo dali, dando uma carga emocional para que o outro que que sobrevivesse, levasse a dor da morte do amigo. E adivinhem. Foi o que aconteceu.
Tão previsível que a cena perdeu o peso que merecia.
Mais a frente, um general ao ser questionado por uma possibilidade de paz, ele fala: "Essa gente está vendendo o país. Minha ordem é a guerra, enquanto estiver aqui vou lutar com unhas e dentes. Devemos ser fortes e esperar mais tropas. "
Basicamente um discurso para um subordinado na sala, mas que era na verdade para o expectador entender sem sombra de dúvida o seu objetivo no filme.
Percebem o quanto é superficial e bidimensional? Palavras colocadas na boca como se a personagem servisse a um proposito terceiro?
Em o Enfermeiro da Noite, somos vistos mais como intrusos. Estamos assistindo a recortes da vida de uma pessoa e não cenas montadas para entendermos tudo sem meias palavras. A maioria delas, os diálogos estão no meio de uma conversa, e sutilmente percebemos que haviam um antes, mesmo que não relevante.
Uma cena que salienta isso é quando os protagonistas abrem a cena em uma sala separada do serviço e já estão comendo a metade de uma pizza e rindo de algo, que parece ser o final de uma piada e logo em sequencia, a personagem feminina faz uma pergunta que essa sim leva a uma resposta que será significativa... ou simplesmente pra inspirar uma intimidade entre ele que esta ainda se construindo. Depois eles mudam de assunto que não sabemos o que é por que a cena é cortada. Ou seja: Há vida antes e depois do diálogo que desejamos focar. O que torna mais verossímil, ou seja , mais parecido como na vida real.
Por fim, é sempre bom lembrar que pausas silenciosas podem significar mais que um monte de palavras. E que ser didático demais por vezes torna tudo mais desinteressante. O hiatus quem diga!
CLAUDIA CAMILO FAZ UMA ANÁLISE SOBRE A 5ª TEMPORADA DA ANTLOGIA "A MAGIA DO NATAL" NA "VISÃO CRÍTICA"
CLAUDIA CAMILO (autora da antologia A MAGIA DO NATAL): Veja bem caros colegas escritores, como é fascinante o universo das histórias. Aqui, durante este caminho nesta "antologia" fomos agraciados com o amor familiar num encontro mágico entre três filhos e seus pais; mergulhamos na gostosa e saudosa lembrança de uma neta das histórias narradas por sua avó amorosa; testemunhamos o milagroso e especial nascimento de um bebê num boteco, com gente simples, generosa e amorosa; também sentimos a tristeza e o desencanto de uma criança que não recebe aquilo que espera da vida, e assim nosso coração foi tocado por ver que datas festivas também causam melancolia e decepção. Nos sensibilizamos com quem percebe o consumismo, as músicas, entretenimento natalino e ainda assim se sente solitário, vivendo a esperança de também amar tudo isso. Aqui, também participamos de um encontro terno com Deus, Jesus, o Espírito Santo e Maria; e numa recepção de hotel, junto à um jovem solitário, experimentamos um abraço sem igual. E que curioso, aqui descobrimos na inocência de uma criança que papai Noel tem outros nomes; nos sensibilizamos com os dois meninos, um com muitos bens e tão pobre de relações com a família, outro com tão pouco e tão rico, não da riqueza material mas de uma que lhe fazia feliz no lar; refletimos sobre nossas mazelas humanas diante dos mais pobres e marginalizados, na presença das duas crianças acolhidas por uma jovem generosa, representando a minoria de amor naquele shopping cheio de pessoas que mesmo não sendo deficientes visuais, não enxergavam o próximo; fomos surpreendidos com a perseverança e determinação de um prefeito para proporcionar um dia de resgate da fé, da alegria, esperança e união no espírito natalino. Recebemos no coração um lindo ensinamento de como fazer deste mundo um lugar melhor por meio de bons exemplos e gestos de amor; partilhamos do momento de alegria e gratidão de um menino de olhar doce, que sonhava com atitudes de aconchego, carinho, amor, mas que estando solitário e descrente, naquele dia especial foi visto por papai Noel, visto e enfim presenteado com balas; fomos também iluminados pelas luzes que Jesus concedeu aos vagalumes do mundo inteiro; e para alegria, alento e esperança de quem luta pra fazer as coisas acontecerem, os momentos de festas e confraternizações podem trazer as inspirações necessárias sempre que precisarmos para realizarmos novos projetos.
Bom, que legal a vida ser assim, afinal, com estes 15 contos recebemos doses preciosas de aprendizado e descobertas. Então, deixemos o coração aberto para todas as alegrias que chegam, seja no Natal ou não, e caminhemos firmes, contando histórias capazes fazer deste mundo um lugar onde todos consigam sonhar, se realizar e encontrar a felicidade. E para aqueles que estão passando por momento difícil, de dor e saudade, confie que Jesus vai dar a força e a luz para aquecer seus corações.
Feliz Natal amigos da literatura. Muitas bênçãos para vocês e seus familiares.
Gabo toda gratidão a você e a equipe da WebTV pela porta aberta para realização de pequeninos e grandes sonhos. Deus abençoe cada um de vocês e suas famílias.
Paz e bem!
Clique aqui para acessar o site da Antologia "A Magia do Natal".
RITINHA: Oie, meninas e meninos. A titia chegou com os últimos babados do MV. Vem comigo, vem... que eu conto tudinho.
A Widcyber, Rajax, Megapro e OnTV ficaram um período em off esse ano. Enquanto os trabalhos na Widcyber e OnTV já voltaram, a Rajax e Megapro seguem em hiatus sem previsão de retorno.
PREMIAÇÃO DA RANABLE
BATE-REBATE
SOU DAQUELAS PESSOAS QUE PENSA EM TODOS OS DETALHES ANTES DE ESCREVER E QUANDO VOU ESCREVER MUDO TOTALMENTE DE IDEIA, diz LIZ SANTOS
Ela mora em Salvador. Começou no MV
em 2015, quando colaborou na quarta temporada de “Clichê Adolescente”, escrita
por Jheff Reis para o “ADNTV''. Na sequência, Liz Santos administrou um blog
sobre audiência da TV. No ano de 2017 escreveu a primeira temporada de
“Acesso”. Após uma pausa de quase dois anos, retornou às atividades. Em março
de 2022, durante uma conversa com um amigo, veio a ideia de lançar o Estúdio
Webs, que surgiu em junho. Ainda esse ano, Liz voltou a escrever um projeto
independente e um especial de Halloween. Liz, seja bem-vinda ao Diário do
Autor.
LIZ: Obrigada! É
um prazer estar aqui e poder participar.
GABO:
Liz, como você descobriu o MV e quais foram as suas primeiras impressões?
LIZ:
Descobri em meados de 2014, e fiquei encantada. Via as webs e todo o
trabalho que era desenvolvido no MV pelas web emissoras e isso me fez querer
conhecer mais e também participar.
GABO:
Como surgiu a oportunidade de colaborar com Jheff Reis em Clichê
Adolescente?
LIZ:
Então, eu não lembro muito como foi, sei que ele tinha começado a escrever a
temporada, e por ter contato com ele, porque ele era dono do ADNTV, e o único
de lá que respondia as mensagens, acabou que ele me pediu pra escrever algumas
cenas, porque ele estava atarefado com outra coisa e assim fomos desenvolvendo
juntos os capítulos, cheguei até a escrever alguns capítulos sozinha, e foi uma
experiência incrível porque ele é muito talentoso.
GABO:
Durante a parceria com Jheff Reis, como eram as divisões de trabalhos e o
que você aprendeu durante o período da parceria em dose dupla?
LIZ:
Então como eu falei, ele me mandava a escaleta, porque ele trabalha muito
dessa forma, e me dizia como poderia ser as falas daqueles personagens, ou do
capítulo. E aprendi muito a desenvolver as falas, coisa que pra mim que estava
começando era bem difícil, e ele tinha paciência de dar uns toques e dizer onde
eu poderia melhorar, e claro que a prática deixa a pessoa ainda mais
experiente.
GABO:
No processo criativo, quais são as suas inspirações? Você prefere escrever
ouvindo uma trilha sonora ou o silêncio é o seu companheiro?
LIZ:
Eu penso muito no que vou escrever, o silêncio é o meu melhor companheiro,
consigo me concentrar mais. Sou daquelas pessoas que pensa em todos os detalhes
antes de escrever e quando vou escrever mudo totalmente de ideia, mas vou
tentar algum dia escrever ouvindo alguma trilha sonora e ver se desenvolvo a
história melhor.
GABO:
Fazendo uma análise de escrever em parceria, quais são os pontos positivos
e negativos que você destaca?
LIZ:
O ponto positivo da parceria é ter duas pessoas para pensar melhor o
desenvolvimento, porque duas cabeças pensando é melhor que uma, e quando um não
está bem para escrever o outro chega lá e assume. O ponto negativo… deixe-me
ver… Acho que assim como são duas pessoas para desenvolver, o conflito de
ideias, a discordância em algumas coisas também atrapalha. Acho que é isso.
GABO:
Quando surge o bloqueio criativo, quais são as suas técnicas para
espantá-lo e voltar aos trabalhos?
LIZ:
Sofro muito com isso. Aí vou ver um filme, uma série, novela. Sempre me
ajuda. Quando vejo cenas que me fazem ter ideias de como elas poderiam ter sido
desenvolvidas, ou histórias que poderiam ter um desenvolvimento diferente.
GABO:
Como surgiu a história da obra "Acesso"? Você se identifica com
algum personagem? Quais características vocês possuem em comum?
LIZ:
Como eu tinha escrito Clichê, e daí tive o meu blog, eu queria ter um
formato igual. Foi então que veio a ideia de Acesso. Foi a minha primeira web
independente, confesso que fiquei perdida um pouco, porque escrevia ao mesmo
tempo em que trabalhava fora, e isso deixou a história um pouco confusa. E
nessa primeira temporada, eu me identifico com Amélia que é a personagem
principal, ela é humilde e luta pelos seus princípios. Acho que a
característica que ela tem em comum comigo é ser difícil rsrsrsrs.
GABO:
Da participação nas emissoras virtuais a criação do Estúdio Webs, como
surgiu a oportunidade de criar a emissora e quais foram as dificuldades
encontradas?
LIZ:
Então, quando comecei a conhecer o MV, foi através do ADNTV, e lá eles
mesclavam notícias da TV e webs. Aí fiz o mesmo, porém via que misturar essas
duas coisas (web e notícias da tv) não atraia a atenção do MV, e isso me
deixava muito incomodada. E em conversa com o Everton B Dutra, ele sugeriu a
ideia de testar o estúdio (que antes era um blog de bastidores) em uma web
emissora e investir só em webs. Foi difícil, porque foi tudo novo pra mim,
tudo! Não entendia nada sobre e não tínhamos webs para exibir. Foi um
projeto desafiador, mas mesmo que com poucos meses deu super certo e aos poucos
vou conseguindo aprender e colocar em prática.
GABO:
Entre escrever e administrar o Estúdio Webs, o que você prefere?
LIZ:
Administrar com certeza! É o que sei fazer. Me arrisco pouco em escrever, e
dou preferências aos especiais, que é o que mais tenho tempo, mas em breve vou
me arriscar em um projeto mais ousado.
GABO:
Falando no prêmio biscoiteiro, como surgiu a premiação e como foi a
recepção do público?
LIZ:
Eu já tinha pensado em fazer antes, mas não fiz porque não sabia nada,
quais seriam as categorias, os indicados, e aí deixei passar. Um ano depois
decidi fazer, mas só pra descontrair, nada que fosse tão sério. Era algo mesmo
pra movimentar. Em questão da recepção, acho que o pessoal não gostou muito não
rsrsrsrsrs
GABO:
Quem é Liz fora do Mundo Virtual?
LIZ:
Uma mulher que tem seus problemas, mas que mesmo assim encontra forças para
vencer todos os dias, que gosta de fazer o melhor pra agradar sem medo de ter
decepções, mas que também busca por seus ideais.
GABO:
Liz, chegou a hora do nosso bate-bola. Jogo Rápido. Podemos começar?
LIZ:
Vamos lá!
BATE-BOLA:
ADNTV:
O início de tudo, a maior oportunidade que tive
ESTÚDIO WEBS: Meu maior projeto e meu maior desafio
CLICHÊ ADOLESCENTE: Um projeto que
marcou a minha vida e tive o prazer de escrever
ACESSO: Uma loucura!
CRÍTICA: Não sei me dar bem, mas sei que sempre terá
LER: Amo! E preciso voltar a
praticar
ESCREVER: Um problema grave, mas que ainda vou vencer
MUNDO VIRTUAL: Um mix de emoções, quero conquistar meu espaço
FRASE: O que não tem solução, solucionado está
LIZ POR LIZ: Precisa de terapia
GABO:
Liz, fica o espaço para suas considerações finais.
LIZ:
Quero agradecer aqui a você Gabo por esse espaço, é muito importante pra
mim e agradecer aos que acompanharam o estúdio neste ano e pedir que continuem
acompanhando porque vem muita coisa boa por aí. Desejo a todos sucesso e que o
MV tenha uma concorrência saudável para o nosso crescimento. É isso.
GABO: Obrigado, Liz pela participação. O Boletim Virtual fica por aqui. Até a próxima. Um grande abraço virtual. Boa noite, MV.
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