O Natal na Escola
de Rossidê Rodrigues
Final do ano. Os alunos apreensivos, sem fôlego; uma enxurrada de curiosidade voando de seus
juvenis olhares, a expectativa pelo resultado das notas no boletim, que na
manhã do penúltimo dia do mês de novembro é entregue aos seus genitores ou aos
seus responsáveis, na reunião de Pais.
Pelos intermináveis
corredores, passos largos, apressados, até chegar à sala indicada. Trêmulo, com
o coração aos pulos, o educando junto com seus pais recebe a nota pelo seu
desempenho no ano letivo que se finda. Aplausos, sorrisos, júbilo, pelas médias
azuis, sinônimo de interesse, comprometimento, dedicação, ou lágrimas, pela
tristeza, angústia, desalento, ao se deparar com os números vermelhos que
estampam aquele quadradinho de papel, pautado, no qual vem escrito o seu nome e
o resultado que revela seu desinteresse, falta de estudo ou dificuldades no ano
letivo frequentado.
Término da reunião.
Aos aprovados, hábeis a cursar uma nova série, a diretora deseja boas festas,
descanso, agradáveis férias. À turma que ficou de segunda época, que terá de
frequentar aula, um convite. Diz a
diretora: “Meus caros alunos, vocês estarão aqui na quarta-feira para aula de
recuperação, mas amanhã terça-feira, venham também! Marquem presença aqui na escola; realizaremos
uma atividade especial, grandiosa.
Iremos ornamentar a escola para o NATAL, sua presença, sua colaboração
será muito bem-vinda! “
A diretora continua:
“O material já se encontra na instituição. A Renata, bibliotecária, irá
coordenar os trabalhos. Peço,
a cada um de vocês, que cooperem!
Deixem a nossa escola atraente, linda, admirável! Irradiando luz, esperança,
energia positiva, a magia do Natal! Nós, vibrando, tomados pelo entusiasmo que
nos conduz para um feliz final de ano; e a certeza de que neste tempo que
termina a gente realizou só coisas boas, que colaborou com a nossa formação, o
nosso crescimento, para melhorar a nós mesmos e assim, também, auxiliar, servir
nossos irmãos, o nosso próximo”.
Manhã de
terça-feira. No infinito, o sol, os raios já abrasados derramando as suas
chamas. Algumas dezenas de alunos, ali, na escola, as carinhas já sem pranto,
expressando alegria, um sorriso largo, contagiante. Logo a molecadinha é
chamada a dar início àquela incumbência, a decoração de Natal na escola; uma
atividade relevante, séria, mas também divertida, prazerosa.
Escolhido com os
olhos e com o coração, um espaço favorito, no qual o presépio começa a ser
montado. No centro da manjedoura, um
bebê, o Menino Jesus, com o olhar irradiando afeto, amor, e as mãos num gesto
de ternura, anunciando paz, o mundo abençoando. Próximos e à sua volta, seus
pais, José (adotivo) e Maria. O lugar, uma estrebaria, um ambiente extremamente
simples, humilde, mas, o casal, ali, feliz frente àquela Criança: o Enviado, o
Salvador. Ali, também, um pastor de ovelhas; aproximando-se, com expressão de
fé e adoração, chegam os visitantes, os três reis magos: Gaspar, Baltazar e
Melchior, portando tesouros (ouro,
incenso e mirra), mimos para o recém-nascido; há presença também de alguns
animais (ovelhas, equinos e bovinos); no alto, uma dourada e enorme estrela
presa em um fio com inúmeras lâmpadas coloridas, os quais iluminam aquele
espaço, o lar do filho de Deus; nobre, sagrado, pela graça, o encanto da magia
do Natal!
Papel, lápis,
inspiração. Quanto talento revelado! Aquelas cartolinas de diversidades de
cores e intenso brilho transformadas em uma flamejante árvore de Natal,
reluzentes guirlandas, velas luminosas, deslumbrantes sinos ... e uma legião de
anjos, trajando alvas, delicadas vestes, vindos do céu. Todas as portas e
janelas ornamentadas, os laços, o colorido e as formas, dando à escola os
matizes, as nuanças da beleza, da alegria do momento, o clima festivo de Natal.
Somados aos adornos, ao esplendor da sua perfeição, uma música suave, uma
melodia, a harmonia da celebração do Natal!
Toca o sinal, o dia
sonolento, se despedindo. Ninguém ainda pensava em voltar para casa; a turma
preferia era curtir, admirar a arte executada por eles mesmos, uma tremenda
satisfação deste grupo de alunos voluntários, adolescentes de coração gigante.
A diretora agradece, se despede com um muito obrigada, um sorriso amigo e um
até amanhã! Uma expressão que nos põe de pé, nos encoraja.
Nos dias que se seguem, os alunos frequentam vinte dias de aula, uma nova chance para não repetirem o ano. Entre o vislumbre da bela, artística e acolhedora ornamentação de Natal, ouvindo os professores, copiando matéria da lousa, realizando leitura, pesquisas e exercícios. O tempo passou como um relâmpago e é o momento de uma nova avaliação. No final da prova, todos são convidados para uma confraternização de Natal na escola. No outro dia, a turminha, junto com seus pais, ali, frente ao presépio, reunida. O Papai Noel não poderia faltar! E mais, feliz, contente, desejando felicidade, boa sorte, cumprimentou a todos, distribuiu balas e presentes.
No final da festa, uma surpresa, o bom velhinho, com sua veste e máscara, pela bibliotecária muito bem caracterizado, foi quem falou o resultado das provas de todo mundo: ninguém reprovado! Agito, aclamação, emoção geral! A escola se transforma num show, palco da alegria! Só se ouve elogios: Ninguém te segura! Pirralho prodígio! Você é fera! Parabéns! E uma melodia de paz, amor, de fé, o tom de um coral: A magia do Natal!
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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