1x03 - O CORAÇÃO DE ATLAS
A equipe sai do submarino restante e pisam em
terra firme numa parte da caverna com superfície. Logo em frente encontram
alguns degraus de pedra que levam a um portal circular com inscrições antigas.
- Nem acredito no que a gente passou. – Comenta
Glenda.
- É melhor se preparar, docinho. Nossas aventuras
são bem assim, um pouco estranhas. – Avisa Jack.
- Não queria, mas vou ter que concordar com ele dessa
vez. – Frisa Akidaban, ainda se recuperando do encontro com o monstro.
- Vejam aquilo, pessoal. Inscrições no portal em
uma língua que deve ser antiga. Consegue ler, Dom? – Pergunta William Carter.
Lorenzo analisa com cuidado os escritos e então se
vira para Glenda.
- Lembra um pouco o fenício ou acádio. Mas tem
alguns símbolos estranhos pra mim. Consegue decifrar, Glenda?
- Posso tentar, deixa eu ver...
“O que é que nunca volta, embora nunca tenha ido?”
Os aventureiros se entreolham
e depois olham para Akidaban.
- Eu sabia que podia ter um
enigma. Eu odeio essas malditas charadas. Que merda!!
Jack Harper começa a rir do
amigo e Carter disfarça um sorriso esboçado.
- Deve ser um enigma para
abrir o portal. – Conclui Lorenzo.
- Então se descobrirmos a resposta
poderemos falar essa resposta na mesma língua da escrita e vamos entrar, é
isso? – Pergunta Jack.
- Ponto pra você, Jack. –
Fala Carter.
- Bem, se o momento presente
será o passado amanhã e o dia de amanhã será o presente em breve, significa que
sempre estaremos em algum dos três tempos: presente, passado ou futuro. –
Teoriza Glenda.
- Mas um deles nunca volta. A
não ser que tenhamos uma máquina do tempo, que é... – Fala Lorenzo.
- O passado! – Falam Jack e
Akidaban ao mesmo tempo.
- Mais um ponto pra você,
Jack. Mas agora vai ter que dividir com o Akidaban. – Comenta Carter sorrindo.
- Glenda, por favor fale a
palavra na língua. – Pede Lorenzo.
- KAH-ROAK-LIH!!
O portal de pedra se abre soltando poeira e
fazendo um rangido de pedras que estavam presas há milénios. Os magos seguem em
frente por um corredor com pequenos cristais que vão acendendo e iluminando o
caminho. Logo chegam a outra imensa caverna que não tem partes submersas, onde
encontram as ruínas da fração de uma antiga cidade.
- Atlântida!!! – Comenta William Carter com a boca
aberta e os olhos brilhando de encantamento.
- Parece que finalmente encontramos. – Fala Lorenzo também contente com a descoberta.
Em meio as ruínas encontram estátuas em tamanho
real de pessoas de uma cultura semelhante à fenícia, mas com traços que lembram
ameríndios. Estátuas de homens, mulheres, crianças e idosos. Percebem um brilho
vindo das ruínas de um templo central. Então dirigem-se para lá.
No entanto, ao se aproximarem, as estátuas das
pessoas começam a ganhar vida e se mover, dirigindo ataques aos magos. As
lanças e espadas nas mãos das estátuas possuem um brilho violeta.
- Estou vendo a assinatura de energia aqui no meu
tablet quântico e as estatuas estão se movendo devido às ferramentas de brilho
lilás. – Fala Carter.
Akidaban se esquiva de um golpe de lança e diz:
- Então é melhor pensar num jeito de tirar todas
essas ferramentas deles antes que eles nos acertem.
- Tem como repetir aquele efeito que fez na vila
Amish, Jack? – Indaga Lorenzo.
- O da madeira? – Pergunta Jack Harper.
- Claro! Uffff.... – Fala Lorenzo segurando uma
lança que a estátua de um soldado tenta lhe golpear.
- Se me derem um dos objetos com esse brilho estranho,
marco meus pontos por aqui. – Promete Harper.
- Acho que não vai ser necessário. – Fala Glenda
fazendo uma posição diferente com as mãos e recitando um cântico quase em
silêncio. Sua aura de energia se modifica aparecendo uma espécie de círculo no
chão ao redor dela por um instante.
Num piscar de olhos a maga desaparece de onde
estava e aparece bem na frente dos amigos com todas os objetos de luminosidade
lilás a seus pés. As estátuas voltaram a ser meras estátuas sem vida na última
posição que estavam.
- Mas como você fez isso, mulher? – Pergunta Akidaban
surpreso.
- Ela usa a esfera de tempo, Akidaban. Pode se
mover tão rápido que não conseguimos enxergar. – Intervém Lorenzo respondendo à
pergunta no lugar de Glenda.
- Isso mesmo, Akidaban. Agora vamos em frente que devem ter mais armadilhas por aqui. – A bela garota completa.
Após vencerem os guardiões de
pedra, os magos entram no templo e vão até uma câmara principal. Abaixo da
abóbada principal encontram um sarcófago de um metal amarelo avermelhado, o
oricalco citado nas lendas da cidade perdida. Entre os detalhes do metal raro
se encontram peças de pedra que emitem um brilho violeta como os das armas dos
soldados de pedra.
Ao abrirem o sarcófago com
escritas de uma língua antiga, os magos encontram uma criança albina dormindo.
Uma pequena menina de aproximadamente cinco anos. Branca como leite e de
cabelos loiros muito claros. Ela está com uma túnica de cores variadas em
desenhos hexagonais que lembra as roupas que as estátuas utilizavam.
Quando tentam tocar a criança
percebem uma redoma criada por um encantamento que impede o toque. Devem
quebrar o encantamento antes de tocar a criança.
- Mas o que essa criança está
fazendo aqui, meu Deus? – Pergunta Jack.
- Depois de todo esse tempo
ela não pode ter sobrevivido somente dormindo. Talvez alguém tenha vindo antes
de nós e a tenha deixado aqui, amigos. – Teoriza William Carter.
- A poeira nos destroços, a
ausência de pegadas ou marcas recentes. Tudo isso indica que fomos os primeiros
em centenas ou milhares de anos que entram aqui. – Conclui Domenico Lorenzo.
- Rapazes, acho que essa
criança... não é uma criança comum. – Fala Glenda.
- Como assim? – Inquiri
Akidaban.
- Ela deve conter o segredo
para acharmos o “Coração de Atlas” ou na última das hipóteses...
- Ela pode ser o que viemos
buscar. – Completa Carter.
Os presentes se entreolham e
começam a buscar informações no sarcófago. Algum detalhe ou inscrição que possa
lhes ajudar.
- Estou sentindo uma energia
espiritual vindo dessa redoma de energia, galera. Vou tentar um truque novo
aqui. – Fala Akidaban.
Ele levanta as mãos para o
alto e começa a falar nomes de constelações, enquanto suas mãos começam a
brilhar. Olhos cerrados em expressão de esforço, seu cordão de guia, conhecido
como Brajá, levitando em seu pescoço. Para então descer os braços perfurar a
redoma de energia com as mãos em forma de cunha.
Em seguida o mago brasileiro
aperta duas pedras no canto do sarcófago desfazendo a redoma de energia e toca
carinhosamente a cabeça da criança.
A menina albina
automaticamente acorda e olha com estranheza para cada um dos magos. Então
estende a mão e chama Lorenzo com um sinal para se aproximar. Suavemente toca o
rosto do mago siciliano e tem acesso às memórias dele, vindo a aprender a falar
os idiomas que ele fala e entendendo os objetivos do grupo.
Ela levanta do sarcófago e
diz:
- Entendi o que vocês buscam,
vamos embora, não temos tempos a perder. Se querem mesmo saber, eu sou o
“coração de atlas”. Mas podem me chamar de Chiatzal, e vou ajudar vocês a
proteger o planeta e a realidade de vocês, mas temos que reunir os fragmentos
celestiais. Vamos.
Ela se senta com um olhar
diferente. Um olhar determinado e perspicaz, bem diferente do ar infantil de
pouco tempo atrás.
- Peguem no meu ombro. – Ela
diz.
Ao fazerem isso, os magos são
teletransportados para uma floresta no México.
Jonnathan Freitas
Elenco
Direção
Carlos Mota
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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