O grupo de ocultistas seguem
as planícies gramadas onde só se vê as estátuas gigantes em grupos. Chiatzal
caminha com os magos e aponta para cima de um vulcão adormecido que há na ilha.
Ela informa:
- Este é Rano Kau o
antigo vulcão e antigo deus dos ancestrais dos Rapa Nui. Ali no canto
tem as ruínas da aldeia de Orongo, a aldeia onde acontecia a competição para
homenagear o deus da fertilidade Makemake. – Depois aponta para o vulcão
adormecido e diz: - Sinto que o terceiro fragmento está lá dentro. Vamos subir.
- Sempre quis conhecer essa
ilha. O que tá achando, negão? – Pergunta Jack ao companheiro brasileiro.
- Parece tranquila. Talvez
tranquila demais, Jack.
- Achei o mesmo, Akidaban.
Pelo que percebemos, todos os fragmentos estão protegidos por algo e num lugar
estranho. – Afirma Lorenzo.
- Um padrão que não muda. O
que será que pode aparecer por aí? – Comenta William Carter.
Ao chegarem ao topo do vulcão Rano Kau os magos observam um belo lago pontilhado por vegetação aquática sendo iluminado pelos raios de sol de uma tarde de verão.
Akidaban sente que tem algo
estranho quando Chiatzal chega na beira da água e afirma:
- Tem algo errado. Vamos
emb... – Mas antes que a garota albina termine a frase a vegetação aquática se
torna um tentáculo que enlaça sua perna e a puxa para dentro do lago num rápido
instante.
- Eu sabia que ia dar merda!
– Exclama Akidaban.
- Para de cena, madalena. Vamos atrás dela, galera. – Grita Jack correndo para pular na água.
Quando os magos entram na água outros tentáculos
se enrolam no corpo de cada um e uma pequena flor aquática gruda no rosto de
cada um fazendo com que durmam.
Ao acordarem os magos se veem numa cela de pedra
com grades de um metal estranho e em seus pescoços estão coleiras de uma
tecnologia estranha. Nos seus pulsos se encontram algemas de energia que
apertam mais no caso de tentar se soltar delas. Procuram por Chiatzal, mas ela
não está na cela com eles.
Logo se aproximam homens reptilianos próximo da
cela e um deles fala numa língua estranha e aponta para Jack e Lorenzo.
- Que merda será que eles estão dizendo? – Indaga
Akidaban.
- Coisa boa não deve ser. Estão apontando Lorenzo
e Jack. Será que serão os primeiros a se tornar comida de lagarto? – Pergunta
Glenda.
- Não consigo me soltar e nem usar minha ciência
com esse colar estranho. – Comenta Carter.
- E onde será que a Chiatzal está? – Pergunta
Jack.
Um dos lagartos gigantes abre a jaula e pega Jack
e Lorenzo pelas coleiras, cada um em uma mão. Os magistas estão sufocando
enquanto são levados até uma espécie de arena numa caverna de grandes dimensões
no subterrâneo da ilha dos Moais.
São jogados brutalmente para dentro da arena e
olham ao redor.
Em espécies de arquibancadas se encontram dezenas
de reptilianos e os maiores são Alfa Draconianos da linhagem de Ciakar. O maior
deles está sentado num trono no ponto central da arquibancada. Ele veste uma
armadura dourada e aparenta ser o líder e o mais perigoso dos draconianos.
- Antes de mais nada, me chamo Khar Hagan, o líder
dos Alfa Draconianos e reptilianos, fico contente por terem me trazido a
garota. Ela por si só é uma fonte de energia incrível. Agora, antes de começar
a diversão, quero saber o que vocês vieram fazer nesta ilha. Não vão me dizer
que são arqueólogos? Ou que acreditam em ET’s... Hahahaha.
Toda a plateia escamosa está
rindo.
- Estávamos de férias, sabe?
Turismo de aventura e... – Começa Jack quando é interrompido por Lorenzo.
- Viemos por uma relíquia, um
cubo negro com brilho diferente. Precisamos dele para salvar nosso mundo. E
vamos conseguir nem que eu tenha que acabar com todos vocês pra isso.
Os reptilianos nas
arquibancadas fazem silêncio por um instante. Então voltam a gargalhar diante
da ameaça do humano na arena.
- Acho que não vão conseguir
o cubo. Está no meu depósito de materiais. Posso dizer isso, pois vocês não vão
sair daqui com vida. Sabem quem deu o sinal para chamar as outras raças extra
terrenas? Sim, fui eu. E estou adorando ver o que fazem com o lixo que é a
espécie de vocês. Estou aguardando o momento que vão fatiar os recursos deste planeta
e vamos negociar muito bem informações e localizações. Vamos aumentar nosso
poder e influência às custas de uma raça fraca e inútil como a de vocês. Vejam
o que está acontecendo.
Desce um dispositivo que
projeta imagens numa tela invisível. Os outros magos são colocados num ponto
próximo da arena e observam os acontecimentos, além de ouvir o que o líder
draconiano está falando.
No telão são projetadas cenas de uma nave enorme destruindo a casa branca com raio, Torre Eiffel destruída, e outras cidades reconhecidas tombando diante de ataques alienígenas.
- Bem, agora vamos a
diversão. Sabemos que vocês não são como os outros humanos. São conhecidos como
místicos e podem alterar a realidade. Por isso, não podemos deixar que usem
seus poderes nesta disputa. Lá em cima tem um dispositivo que anula seus
poderes nesta arena. E vocês vão nos divertir lutando até a morte nela.
Soldados draconianos jogam
espadas com lâmina de design exótico aos pés de Jack e Lorenzo.
- Comecem, vermes inúteis!!!
– Grita o líder Draconiano. – Se não lutarem vamos matar os dois e depois os
seus amigos.
São retiradas as algemas de energia de Jack e Lorenzo. As espadas estão à frente. O que farão?
Eles se olham e parece passar
uma eternidade naqueles poucos segundos que miram um ao outro e as armas
brancas jogadas logo a frente. Os seres de forma réptil estão fazendo barulho
enquanto se agitam e falam impropérios na sua língua nativa.
Jack fala para Lorenzo:
- É, poderoso chefão. Vamos
ter que ganhar tempo até os outros pensarem em alguma coisa. – Então pega a sua
espada de dois gumes com pontas abertas e faz um sinal com a cabeça para que o
companheiro siciliano pegue a sua.
- Farabutto. Já
entendi. – Fala Lorenzo com um meio sorriso. – Quando chegar perto da
arquibancada do líder dos lagartos me dê o sinal.
Jack abre um sorriso e parte pra cima do amigo num golpe mortal de cima para baixo. Os reptilianos vão a loucura numa torcida desvairada quando os humanos na arena começam a combater.
Perto dali o soldado
reptiliano que cuida dos outros magos está ansioso pela luta, está curioso para
saber se esses dois humanos são capazes de lutar bem ou se são apenas mais dois
espécimes fracos. Por um instante ele descuida dos outros magos que deveria
estar vigiando.
Akidaban olha para Carter
numa concordância silenciosa. Então Carter se abaixa logo atrás do carcereiro e
Akidaban lhe acerta um chute alto, que só um bom capoeirista poderia desferir,
na garganta. Quando o inimigo cai, Glenda passa suas algemas pelo pescoço do
lagarto e o arrasta, com a ajuda dos amigos, para um local mais afastado. Pegam
um dispositivo que parece uma caneta eletrônica e desligam as algemas e os colares
nos pescoços.
- Tá, mas e agora? Como vamos
tirar todos daqui? – Pergunta Glenda.
- Não podemos sair daqui sem
o fragmento celestial também. Lembrem que o líder reptiliano disse que estava
num depósito. – Comenta Carter.
- Vamos fazer o seguinte: Carter,
você vai destruir aquela merda de aparelho lá de cima, não sei como; Glenda,
você vai comigo em busca de Chiatzal e do fragmento. Quando recuperarmos vamos
voltar para ajudar vocês com os escamosos. Entendido? – Explica Akidaban.
- Preciso das minhas luvas.
Mas vou ver o que consigo fazer com o material que esse lagarto está portando.
– Fala Carter.
- Ótimo. A gente volta logo.
– Fala Glenda se levantando. Akidaban a acompanha.
Akidaban e Glenda passam por
um corredor e após passar por duas salas vazias encontram uma câmara ao lado onde se encontra Chiatzal dormindo numa
espécie de esquife de vidro ligado a máquinas. Logo ali perto tem um depósito
com vários itens tecnológicos. Em meio a eles se encontram os fragmentos que
eles já tinham e um novo, que decerto estaria há algum tempo com os
draconianos.
- Carter deve compreender o sistema do computador
draconiano e desligar o esquife de Chiatzal, assim como tirar o fragmento sem
acionar o alarme de invasores. – Fala Akidaban.
- Então vou trocar de lugar com ele. Vou entrar na
briga. – Afirma Glenda decidida.
- Nem pensar, sem seus poderes é apenas uma mulher
comum. – Diz Akidaban preocupado.
- Eu nunca serei uma mulher comum, meu bem. – Fala Glenda piscando, pegando um par de luvas pretas, e saindo correndo pelo corredor.
Quando Glenda chega ao local onde Carter está
escondido ela diz:
- Bem que poderia terminar isso que está fazendo
logo.
Carter debruçado sobre algumas peças eletrônicas
alienígenas está completando um dispositivo redondo, e fala:
- Estou quase lá.
- Trouxe um presentinho pra você. – Fala Glenda
jogando as luvas do cientista. – Agora termina isso e vai logo pelo corredor na
segunda sala a direita. O Aki está te esperando para decifrar um computador dos
lagartões. O que é isso mesmo?
- Uma bomba de Pulso EletroMagnético.
Enquanto isso na arena, os dois magos se enfrentam
numa luta selvagem para enganar a plateia odiosa que grita e vaia em momentos
seguidos. Engalfinhados por vezes no duelo de espadas, respirando forte pela
fadiga que começa a se abater os dois se olham nos olhos.
Estão a alguns metros do ponto que leva ao
camarote de Khar Hagan. Então Lorenzo empurra Jack para próximo da mureta da
arena. Ato contínuo Jack se abaixa um pouco, baixa a espada e apresenta o ombro
para o amigo de armas.
- Agora, Don Corleone!!!!
Domenico Lorenzo corre na direção de Jack Harper e
utiliza seu ombro como apoio. Jack aproveita o movimento e se levanta no
momento do apoio, jogando o amigo para o mais alto possível.
No instante seguinte, Lorenzo não parece mais
fatigado, ganhando uma nova força ao matar vários reptilianos na arquibancada e
chegando com agilidade felina ao camarote de Khar Hagan.
Quando os dois se encaram parece que saem faíscas
do contato visual. Lorenzo investe com a espada para o peito de Hagan, mas este
além de imenso é ágil. Então num golpe rápido acerta o braço do mago italiano o
desarmando e depois o acerta com um soco com o outro punho. Domenico Lorenzo
cai com a testa sangrando. Local onde recebeu o baque.
- Você achava mesmo que conseguiria me vencer com
apenas uma espada? Hahahaha. Nem se pudesse usar seus poderes você poderia me
derrotar, humano idiota.
A plateia de lagartos se cala por um instante, até
que o silêncio é quebrado.
- Então vamos ver se não derrota mesmo. – Ressoa
uma voz de mulher antes de ser jogado no centro da arena uma esfera eletrônica
com um pisca vermelho.
Em seguida da esfera irrompe uma onda de energia
que desliga todos os aparelhos eletrônicos num raio de poucos quilômetros.
Do lado oposto da arquibancada a dona da voz
feminina está em pé olhando para Khar Hagan. Glenda com seus cabelos azuis e
olhos castanhos, alonga os braços e estala o pescoço para começar a lutar.
- O que pensa que fez, fêmea humana desprezível? –
Pergunta Hagan.
- Destruí suas máquinas. Inclusive aquela lá de
cima que inibe nossos poderes.
O líder dos draconianos olha preocupado para onde
está Lorenzo e não consegue ver mais nada em seguida, pois o mago lhe acerta um
soco contundente com seus punhos que agora estão carregados de energia
elétrica. Enquanto isso, o mago siciliano profere um mantra que carrega ainda
mais suas mãos.
Jack Harper, tomado pela fúria assassina, pula
para a arquibancada e abre portais imensos dividindo os assentos da arena e
cortando vários reptilianos inimigos.
Glenda faz movimentos com as mãos representando
símbolos mágicos e em seguida só parece se transformar num borrão azul de
incrível velocidade que derruba vários oponentes escamosos.
Logo, na mureta para a arena cai o corpo do líder
dos Draconianos. Os últimos reptilianos sobreviventes tentam fugir ao ver seu
líder morto. Lá de cima veem um humano de várias tatuagens coberto de sangue e
arfando ainda com ódio no olhar.
- Chega, Dom! Hora de irmos. – Grita a voz de
Akidaban do outro lado do que sobrou da arena.
Jack Harper abre um portal que chega até Lorenzo e
depois adentra com ele no mesmo portal mágico que leva para o lugar ao lado de
Akidaban. Eles se olham. Akidaban dá as costas para a carnificina e comenta:
- Que se foda. Eles mereciam. Só não saiam do
controle.
O grupo segue pelo corredor e chegam na sala onde
Carter está terminando de abrir a tampa do esquife.
- Deu trabalho para abrir depois que o pulso eletromagnético acabou com os computadores deles. – Comenta Carter.
Chiatzal então acorda, agora como uma mulher
aparentando uma idade de 28 anos. Então ela diz:
- Que sono ótimo. Vocês deveriam descansar também
de vez em quando, estão com uma cara horrível. – Os magos se entreolham
pensando alguma injúria naquele momento. - Agora vamos para o próximo
fragmento.
A mulher albina conjura os fios que saem de suas palmas e logo os despertos se encontram num deserto com um complexo militar na frente deles.
Jonnathan Freitas
Elenco
Direção
Carlos Mota
Bruno Olsen
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