| CENA 01 | Manhã. Universidade Campelo Costa. Interior. Corredor do segundo andar.
Continuação do capítulo anterior. Marcelo está estático e surpreso com a revelação de Luciano.
MARCELO: Você sabe quem é a mãe da Bruna? Mas como você a conheceu? Não vai me dizer que...
Luciano o corta.
LUCIANO: Não! Não é nada disso que você tá pensando, não. Você sabe que eu nunca precisei pagar por sexo.
MARCELO: (debochado) Sei sim. A Fabi sempre esteve lá quando você necessitou.
Ele ri da própria piada. Luciano imita a risada do amigo.
LUCIANO: Engraçadinho. É sério, cara. Eu conheço a Janaína sim, mas nossa ligação é outra e envolve coisas que não quero falar.
MARCELO: Teu pai?
Luciano o olha com ar de reprovação.
MARCELO: Tudo bem, então.
LUCIANO: Eu ‘tô’ te falando isso porque eu combinei de levá-la na república.
MARCELO: Você ficou maluco? A Bruna não quer ver essa mulher nem pintada de ouro.
LUCIANO: Eu sei, cara. Mas eu fiquei com muita pena da Janaína. Ela tá sofrendo muito. Parece que a Bruna viu uma situação embaraçosa quando elas se reencontraram. E agora ela precisa se explicar.
MARCELO: Eu não sei se é uma boa ideia.
LUCIANO: Eu acho que a Janaína tem o direito de tentar reconquistar o amor da filha.
Marcelo pensa por um instante.
MARCELO: Quer saber? Eu não vou me meter nisso. Vou fazer de conta que não sei de nada.
LUCIANO: Ótimo. Nem sei por que te contei isso.
MARCELO: (debochado) Você não segura a língua, cara. É de você.
Os dois riem.
| CENA 02 | Bairro Santa Felícia. Interior. Casa de Carlos e Janaína. Sala.
JANAÍNA: (serena) É isso mesmo que eu disse. Encontrei um amigo e nós fomos tomar um café numa manhã agradabilíssima por sinal.
CARLOS: Quê que você tá pensando, hein, Janaína?
JANAÍNA (provocando): Não sei o porquê de tanto espanto. Você ‘tá’ cansado de saber que passo noites e noites com homens nessa casa. Um cafezinho com um amigo não faz mal a ninguém.
CARLOS (agressivo): Os meus clientes são meus clientes! Gente da minha confiança. E que paga pelos teus serviços. Qual é, Janaína?! Tá querendo se manter por conta própria, é?! Tu ‘num’ pode sair com qualquer um não, ouviu bem?! Tem que me dá satisfação.
JANAÍNA: Satisfação? Você não é meu dono. E o Darlan está longe de ser qualquer um. Ele é um homem maravilhoso. Se você quer saber, acho que estou apaixonada por ele.
Carlos perde o controle e arregala os olhos de raiva. Ele agarra no cabelo de Janaína que tem no rosto uma expressão de dor.
CARLOS: Olha aqui, você não pode se apaixonar, ouviu bem? Tá me ouvindo?
JANAÍNA: Seu louco! Me larga...!
CARLOS: Você pensa bem no que tá fazendo. Tu ainda não sabe do que eu sou capaz.
JANAÍNA: Me solta.
Ele a joga no chão e sai, muito bravo, batendo a porta. Janaína fica chorando, se sentindo humilhada.
| CENA 03 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso.
O médico examina o rapaz sob os olhares entristecidos de Celina e Cláudio.
CELINA: Él apresentó alguna mejoria, doutor Humberto? [Ele apresentou alguma melhora doutor?]
DR. HUMBERTO: Começamos o tratamento há pouco tempo, dificilmente o Celso apresentará reações significativas aos estímulos propostos. É preciso paciência.
CLÁUDIO: Quais são as chances reais dele acordar?
DR. HUMBERTO: Geralmente o paciente volta aos poucos. No início ele recupera a consciência, mas haverá sempre uns lapsos de confusão mental. Depois recupera os movimentos mais leves até chegar a lucidez novamente. Isso pode levar dias, ou meses. Com base na Escala de Glasgow é possível obtermos um real estado clínico e a intensidade do coma. No caso do Celso, como já havia lhes dito, é difícil dizer com precisão, pois ainda não aumentamos a intensidade do tratamento.
CLÁUDIO: Mas o que é essa tal escala?
DR. HUMBERTO: Ela é utilizada para a avaliação dos pacientes com lesões cerebrais. É fundamental para que tenhamos a noção do nível de consciência do paciente avaliando sua capacidade de abrir os olhos, comunicar-se verbalmente, obedecer a comandos e mover suas extremidades.
CELINA: Dios mio! [Meu Deus!]
CLÁUDIO: E as sequelas? Ele vai ter alguma?
DR. HUMEBRTO: Essa possibilidade é quase inevitável quando se trata de um coma. Claro que depende muito do tipo de lesão sofrida. Na maioria dos casos há um prejuízo motor ou cognitivo. Ele pode perder a força em algum membro do corpo, ou ter falhas de memórias. No mais, é preciso ter esperanças e manter as visitas, ele não pode se sentir sozinho. Não há garantia de que o Celso possa ouvir a fala de vocês. No entanto, alguns estudos realizados relatam casos de pacientes que ao saírem do estado de coma se lembravam de tudo que seus familiares diziam durante o período desacordado. Assim, vocês devem se precaver em relação a isso também.
CELINA: Muchas gracias doutor! [Muito obrigado doutor]
DR. HUMBERTO: Com licença.
O médico se retira. Celina e Cláudio voltam a velar o sono de Celso.
| CENA 04 | Bar Ponto de Encontro. Interior.
O bar está totalmente vazio, sem clientes. Chad está no balcão concentrado em algumas contas, com uma calculadora e uma caneta em mãos. Melissa sai da cozinha e vai ao seu encontro.
MELISSA (sorridente): Oi, meu amor.
CHAD: Oi, linda. Como é que tá lá na cozinha?
MELISSA: Tranquilíssimo. Nem parece que ‘tá’ chegando a hora do almoço.
CHAD: Ultimamente isso aqui fica às moscas nessa hora. Se continuar assim... Sei não viu!
MELISSA: Amor. Quero falar uma coisa com você.
CHAD: Diga lá minha flor de formosura.
MELISSA: Vamos marcar a data do nosso casamento?
Ele arregala os olhos, foi pego de surpresa.
CHAD: Ah Melissa... Eu acho que agora não é momento. Eu acabei de dizer que o bar ‘tá’ em crise, você sabe que nossa situação não tá lá essas coisas. Sem falar que o Tobias pediu demissão e você não vai querer ser nossa cozinheira titular ‘né’. Sendo assim, temos que encontrar um novo cozinheiro. É melhor esperar um pouco mais. Eu quero que nosso casamento seja muito especial. Uma festa ‘de arromba’. Mas pra isso a gente tem que ‘tá’ preparado financeiramente, ‘cê’ entende né mozão!
MELISSA (frustrada): É. Entendo sim... (exageradamente estressada) Entendo também que você ‘tá’ só me enrolando... Como sempre.
CHAD: Não é bem assim, meu amor. Tem um tempo que meu negócio anda mal das pernas. É tão difícil entender isso?
MELISSA (impaciente): Tá bom, tá bom.
Ela cruza os braços, decepcionada. Chad se aproxima de mansinho e a beija manhosamente por trás, em sua nuca, ponto fraco de Melissa.
CHAD: Te amo.
Ela se desarma e abre aquele sorriso.
MELISSA: Eu também. Vou ver como andam as coisas na cozinha.
Ele observa a saída dela e respira, aliviado. Ele ajeita a blusa, estufando o peito.
CHAD: Nada como meu charme para contornar a situação.
| CENA 05 | Bairro Santa Felícia. Interior. Casa de Carlos e Janaína.
Menos abalada das agressões, ela se dirige até uma estante localizada na parede oposta a entrada e liga um som pequeno que se encontra no imóvel.
MÚSICA: “Quase um segundo – Luiza Possi”.
Janaína deixa escapar um leve sorriso de satisfação ao lembrar-se de Darlan e começa a arrumar a pequena casa. Seu celular toca. Ela corre para baixar o volume do som e confere quem está ligando, é Darlan. Atende imediatamente. Fim da sonoplastia.
JANAÍNA: Oi.
DARLAN (off): Oi, como está?
JANAÍNA: Bem, e você?
DARLAN (off): Melhor agora. Eu queria te convidar ‘pra’ fazer uma coisa, Janaína.
JANAÍNA: Do que se trata?
DARLAN (off): Eu queria fazer uma visita ao meu filho lá na república em que ele está morando. Você vem comigo?
Por um momento Janaína se cala, deduzindo alguma coisa.
JANAÍNA: República? Você sabe o nome dessa república?
DARLAN (off): Algo como Laços entre amigos ou coisa assim... Mas por quê?
JANAÍNA: Não seria Laços de Amizade?
DARLAN (off): Isso. Isso mesmo. Como você sabe?
Janaína, incrédula, fala para si mesma.
JANAÍNA: Como eu não me dei conta antes, meu Deus?!
DARLAN (off): Janaína...? Você ainda está aí?
JANAÍNA: Sim, estou sim. Você não vai acreditar. É lá que minha filha também ‘tá’ morando. Da outra vez que nos encontramos eu não percebi nada quando você falou nessa república, mas agora caiu a ficha. É claro que eu vou com você.
Darlan ri, surpreso.
DARLAN (off): Realmente nossos caminhos tinham que se cruzar. Te encontro mais tarde então. Beijo.
JANAÍNA: Beijo.
Ela desliga o telefone e comemora eufórica a coincidência do destino.
JANAÍNA: Não pode ser verdade... Deus, que coincidência! Essa é minha chance de me explicar pra Bruna. Agora é esperar ‘pra’ ver no que vai dar.
| CENA 06 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso.
Celina toma um cafezinho. Cláudio puxa conversa.
CLÁUDIO: Você entrou em contato com a mãe dele, Celina?
CELINA: Dijo que está con muchos problemas a resolver. Viene cuando pueda. No compreendo como un hijo puede no ser prioridad para uma mamá! Principalmente cuando es un hijo tan maravilloso como Celso. [Disse que está com muitos problemas para resolver. Vem quando puder. Não entendo como um filho pode não ser prioridade para uma mãe. Principalmente quando se trata de um filho tão especial como o Celso.]
CLÁUDIO: Ele sempre me falou dela com muita mágoa, dava pra notar. Ela nem deve saber do filho generoso que tem. Engraçada essa vida né não Celina?! A maioria do pessoal lá em casa têm problemas com os pais, é incrível. Eu sou o único que não tive, mas em compensação, eles já morreram. Não faz mais diferença. Essa vida não é justa ‘né’.
Celina se aproxima do rapaz, penalizada, e acaricia seu rosto.
CLÁUDIO: Sinto muito a falta deles. E me arrependo de não ter dito mais vezes que amava os dois. Sempre fui muito arredio, trancado na minha. Eu achava esse negócio de falar de sentimento baboseira demais pra minha masculinidade.
CELINA: No te quedes mal muchacho. Donde quiera que estén, sus padres le viene a usted. Y sé que no puedo sustituirlos, pero cuando necessites de una, puedo ser tu mamá también! [Não fique mal rapaz. Aonde quer que eles estejam, seus pais continuam a lhe observar. E sei que não posso substitui-los, mas quando precisar de uma, posso ser sua mãe também!]
CLÁUDIO: Valeu, Celina.
Cláudio sorri timidamente.
| Cena 07 | Mais tarde. Fachada frontal da Universidade Campelo Costa. Fim da aula.
O imenso portão de entrada da universidade está aberto. Os alunos começam a sair do campus em direção a rua. Entre a multidão de jovens estão Fabiana e Bruna que conversam animadas e andam a passos rápidos. Do lado de fora, elas cruzam a rua. CAM foca a fachada do bar Ponto de Encontro que se localiza de frente para a universidade. Fabiana e Bruna estão paradas perto da entrada do bar.
BRUNA: Será que é uma boa ideia, Fabi? Eu mal o conheço.
FABIANA: Relaxa garota. O Chad é gente boa, não nos negaria ajuda.
BRUNA: Então vamos lá.
Corta para o interior do local. Neste momento Bruna e Fabiana entram. Ao avistá-las, Chad as recepciona com o sorriso de sempre.
CHAD: O que as donzelas desejam?
FABIANA (curta e grossa): Um emprego pra nossa amiga aqui. Rola?
BRUNA: (tom de reprovação) Fabi... Isso é jeito de falar?!
CHAD: Olha meninas. Eu até que gostaria de ajudar. No entanto, não estou em condições. A menos que você saiba cozinhar querida.
Bruna e Fabiana se entreolham em cumplicidade.
CHAD: Você sabe...?
FABIANA: (exagerada) Se sabe? Ela é praticamente uma ‘mestra-cuca’. Isso existe, gente?
Eles riem.
BRUNA: Olha, Chad. Eu estou estudando Gastronomia. Eu simplesmente amo cozinhar. Se você me der uma chance...
CHAD: Você vai ter sua chance. Nosso cozinheiro vai precisar mesmo sair do emprego. Minha filha, você caiu do céu. Espera...! Acabei de ter uma grande ideia. (ele começa a devanear, fala com entusiasmo) Vamos fazer um grande evento pra chamar atenção do povo... Uma espécie de júri popular! Marcamos um fim de semana, você prepara alguma coisa aqui no bar e se os clientes aprovarem sua comida o emprego é seu! Vai ser ótimo pra gente! Vou correr atrás de alguns patrocinadores. Divulgamos o evento na internet. Comida grátis, quem não quer?! Isso aqui vai (enfatiza) bombar! E depois disso, eles acabam sempre retornando e virando clientes fiéis. O que acham?
FABIANA: Maneira bem original de contratar empregados.
BRUNA: (apreensiva) Júri popular? Ai, meu Deus!
CHAD: E aí? Aceita a proposta, Bruninha?
Bruna troca um olhar com Fabiana e depois com Chad.
BRUNA: É minha chance.
| Cena 08 | Fim de tarde. Trânsito de São Paulo em imagem panorâmica.
Música: Tantinho – Carlinhos Brown.
O congestionamento na Marginal Pinheiros é intenso. CAM dá um close no céu azul. Corta para. Interior de um carro preso no engarrafamento. Dentro do automóvel está Darlan, no volante, e Janaína no banco ao lado do motorista. Fim da sonoplastia.
JANAÍNA: Pelo visto não sairemos tão cedo daqui. Que trânsito caótico.
DARLAN: É o preço que pagamos por morar numa das cidades mais populosas do mundo.
Janaína assente com a cabeça. Darlan muda de assunto.
DARLAN: Mas então quer dizer que você também tem uma filha e que mora justamente na república em que o meu filho Marcelo?
JANAÍNA: Não torno a dizer que é coincidência pra não ficar repetitivo. Mas isso deve ser obra do destino. Não é possível! Parece que tava tudo predestinado.
DARLAN: Mas me diz uma coisa, como a Bruna, é esse o nome dela não é?
JANAÍNA: Isso.
DARLAN: Como ela foi parar lá? Fugiu de casa também?
A pergunta pega Janaína de surpresa que por um momento fica sem reação. Ela inventa uma mentira.
JANAÍNA: (gagueja) Digamos que ela é uma daquelas adolescentes moderninhas que acha que só porque tem 18 anos pode mudar o mundo. Sabe como é, né?! Esses jovens querem dá uma de independentes, mas quando o negócio complica, ‘pra’ quem eles correm?
DARLAN: Hum... Não sei exatamente como é isso, mas entendo. Meu filho é bem diferente. O Marcelo pode estar no maior ‘perrengue’, mas não me pede ajuda nenhuma. Ele seria capaz de morar na rua para não ter que dá o braço à torcer.
JANAÍNA: Entendo. Mas não se desespere, Darlan. Tenho certeza que vocês ainda vão se entender.
| Cena 09 | Bar Ponto de Encontro. Interior. Balcão central.
Chad fala entusiasmado com Melissa, que está com os braços cruzados e com cara de poucos amigos.
CHAD: Não é uma ideia maravilhosa, meu amor?
MELISSA (brava): Muito engraçado RICHARLISSON BEZERRA! ‘Pra’ gente se casar você não tem dinheiro. Mas ‘pra’ contratar outra FUNCIONÁRIA você nem pensa duas vezes, né?!
CHAD: Detesto quando você me chama pelo meu nome. Você sabe disso.
MELISSA: É. Eu sei.
CHAD: (calmo e compassadamente) Minha filha, entenda uma coisa. Os patrocinadores é que entram com a grana, será o mais difícil de conseguir, mas fé em Deus que ele não falha. E você sabe muito bem que vamos precisar de um cozinheiro. Além do mais eu ainda não contratei a Bruna. Ela vai fazer um teste, se passar, o emprego é dela.
MELISSA: Você quer saber o que eu acho?
CHAD (irônico): O que você acha, meu amor?
MELISSA (irônica e brava): Que você devia buscar patrocinadores para o nosso casamento!
Ela sai brava. Chad bufa.
CHAD: Mais que temperamento, meu Deus!
| Cena 10 | Passagem de tempo. O sol se põe dando lugar a lua e as estrelas.
Música: “Senhor do Tempo – Charlie Brown Jr.”
| Cena 11 | Noite. República Universitária Laços de Amizade. Interior. Sala de estar.
Bruna, Marcelo, Fabiana e Luciano estão sentados no sofá verde limão. Celina, meio que vigiando os dois casais, está sentada em sua poltrona. A TV está ligada. Vanessa e Cláudio jogam baralho na mesa de jantar. Valeska desce as escadas neste momento. Fim da sonoplastia.
MARCELO: Quer dizer que o Chad vai fazer um teste com você?
BRUNA: É. Eu pretendia uma vaga pelo menos como garçonete. Mas pra minha sorte o cozinheiro dele ‘tá’ mudando de cidade aí a vaga ficou livre. Vai ser uma espécie de júri popular, e é isso que tá me deixando nervosa.
CELINA: Pero, como es eso de júri popular? [mas como funciona isso de júri popular?]
FABIANA: Ela vai cozinhar e as pessoas vão comer. Se a galera aprovar a comida, a vaga é dela.
MARCELO: Então, considere-se funcionária do Ponto de Encontro.
BRUNA: Tomara.
Marcelo segura no rosto de Bruna e lhe beija a testa. Close em Valeska que atravessa a sala em direção a mesa de jantar, atenta à conversa, mas sem dizer nada. Seu semblante é maquiavélico. Close amplo dos que estão no sofá.
LUCIANO: E quando você vai cozinhar pra gente aqui em casa, Bruninha?
BRUNA: Agora mesmo se vocês quiserem.
Valeska grita da mesa de jantar.
VALESKA: Vou jantar fora!
Fabiana revida, gritando também.
FABIANA: Achei que vocês duas fossem amiguinhas agora.
CELINA: (tom de reprovação) ¿Qué pasa chicos?
Toca a campainha. Celina levanta-se de sua poltrona e vai em direção a porta. Os casais se distraem com a televisão. Corta para. Entrada. Ao abrir a porta, a mexicana se depara com Darlan e Janaína. CAM em Celina.
CELINA: ¿Sí?
DARLAN: Boa noite. Eu gostaria de falar com o Marcelo.
Close em Marcelo que reconhece a voz do homem. Ele olha em direção a porta.
MARCELO (sentado no sofá): Pai?
Close em Bruna que entra em choque ao avistar Janaína, ao lado de Darlan. Ela levanta-se, incrédula.
BRUNA: Mãe?! (brava) Quê que você tá fazendo aqui?
Close em Janaína, assustada.
autor
Diogo de Castro
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