4x09 - O Inferno de Dante
de Jober Rocha
Acordei
com estampidos vindos da rua. Isso já era uma coisa normal em todos os bairros
da cidade; mas, naquela manhã, os tiros eram tantos e acompanhados de muita
gritaria, razão pela qual resolvi olhar por detrás da persiana fechada do meu
quarto e ver do que se tratava.
Antes quero dizer que moro com a família,
mulher e dois filhos, em um apartamento de três quartos em um bairro de classe
média alta, na cidade do Rio de Janeiro.
Olhando
por detrás da persiana, vi muitas pessoas armadas saqueando os transeuntes e as
lojas, algumas delas já cerrando as suas portas rapidamente. Resolvi descer até
a portaria do prédio e ver como estavam as coisas lá embaixo, isto é, nas ruas
ao redor do edifício.
No
térreo fui alertado pelo porteiro a não sair do prédio, mas minha curiosidade
era grande e resolvi sair e caminhar pelas ruas.
A primeira coisa que notei foi a total
ausência da polícia. Essa havia, simplesmente, sumido. Caminhando por várias
ruas não vi nenhum policial, como, também, nenhum bombeiro para combater os
inúmeros incêndios que grassavam pelo bairro, ateados com coquetéis Molotov
jogados pelos criminosos e revoltosos.
Pelo
que pude perceber, as facções criminosas haviam ordenado aos moradores das
comunidades pobres que se rebelassem contra as autoridades constituídas e
fossem às ruas para roubar e saquear o comércio e as residências particulares,
visando à instauração do caos social.
Notei, caminhando pelas ruas,
as lojas fechadas, a ausência de transportes públicos e, apenas, um ou outro
veículo circulando. Muita fumaça partindo dos prédios incendiados e as ruas
quase todas desertas.
Ao
longe eu ouvia rajadas de fuzis e metralhadoras e disparos de pistolas. Resolvi
retornar para casa, me esgueirando rente às paredes das lojas e dos edifícios.
Fiquei cerca de três ou quatro dias em casa
com meus familiares, comendo aquilo que tínhamos na despensa. A situação nas
ruas não se modificara. Nenhuma polícia, nem elementos das forças armadas eram
vistos circulando pela cidade. As lojas permaneciam fechadas e os gêneros
alimentícios já faltavam em todas as residências.
Em uma ocasião, durante a
noite, a luz foi cortada em um ato de sabotagem junto às torres de
distribuição, segundo fiquei sabendo por intermédio do porteiro. Pouco depois, cortaram
o fornecimento de água.
Resolvi
que não valia mais a pena esperar ali, no apartamento, a normalização da
situação, pois, pelo visto, ela não se normalizaria. Decidi que tentaria me
deslocar com a família para minha casa de fim de semana, localizada em região
montanhosa do interior, afastada da capital.
Antevendo
eu a possibilidade de uma futura convulsão social no país, há alguns anos,
adquirira uma casa em região montanhosa isolada, onde estocara alimentos, armas
e munições, em um porão previamente construído. Ali eu poderia resistir durante
muito tempo, até as coisas se definirem e o país voltar ao seu rumo, com ordem
e segurança.
Com
calma e tempo, eu preparara previamente uma horta, plantara árvores frutíferas,
montara um galinheiro onde viviam cerca de trinta e poucas galinhas e iniciara
uma criação de coelhos. O terreno possuía em seus limites um pequeno córrego de
águas limpas, que abastecia a casa.
A energia da casa vinha de células captadoras
de energia solar. O gás da cozinha provinha de uma pequena usina produtora de
gás a partir de rejeitos orgânicos. Havia estocado diesel para a caminhonete.
Em suma, se eu conseguisse chegar até a minha
propriedade, ali poderia sobreviver durante muito tempo, resistindo pela força
das armas a alguma invasão ou assalto de bandos ou turbas revoltosas.
O grande problema era chegar até lá, pois a
convulsão social havia se estendido por todos os Estados da Federação e,
naquela situação, transitar pelas ruas das cidades transformara-se em uma
aventura arriscada, ainda mais com mulher e filhos.
De qualquer forma, dei início à preparação
para sair dali. Minha caminhonete Toyota estava estacionada na garagem do
prédio com o tanque de diesel cheio.
Recolhi os mantimentos que ainda restavam em
casa, enchi várias garrafas de plástico com água potável, apanhei vários
cobertores, meus documentos e os dos demais membros da família e coloquei tudo
na parte de trás do veículo.
Peguei minha pistola Beretta mod. 92, calibre
9mm, com quatro carregadores de 15 tiros cada, cheios; minha pistola Colt 1911,
calibre .45, com cinco carregadores de 7 tiros cada, cheios; uma escopeta
Mossberg, calibre 12, semiautomática, com capacidade para 10 cartuchos,
carregada, e diversas caixas de munição que possuía em casa.
Coloquei as caixas com as munições no porta
luvas, as pistolas na cintura, os carregadores nos bolsos da calça e a escopeta
ao meu lado no banco da caminhonete, reuni a família e deixei a garagem do
prédio sem nem olhar para trás e sem saber quando ali voltaria novamente.
Saí do prédio e transitei por várias ruas
desertas, tomando o rumo do Aterro do Flamengo. Avisei aos familiares que,
quando me vissem sacando alguma das armas, eles deveriam se jogar no chão do
veículo e dali só sair com ordem minha.
Pretendia
atravessar a Ponte Rio Niterói, seguir pela Avenida do Contorno, já em Niterói,
até atingir a BR 101, passando pelo município de Itaboraí e, mais adiante,
seguir pela RJ 116 em direção ao município de Nova Friburgo. Dali, depois de
atingir Mury no quilômetro 73, pegaria a estrada à direita em direção ao
município de Lumiar. Minha propriedade ficava próxima de São Pedro da Serra, em
uma alta montanha, quase sempre coberta pela cerração, entre esse município e o
de Benfica.
Pelo caminho por onde passávamos, o panorama
era de uma guerra declarada: casas, lojas e edifícios em chamas ou enegrecidos
pelo fogo já apagado. Buracos de balas em muitas paredes, ruas desertas,
esparsos veículos circulando, nenhuma viatura policial ou das forças armadas.
Entrei
no Aterro do Flamengo e segui em direção ao Aeroporto Santos-Dumont, de onde
seguiria através do túnel Marcello Alencar até a Praça Mauá. Nas proximidades
do aeroporto, ainda de longe, notei que haviam feito uma barreira na pista e
algumas pessoas armadas faziam sinais para que eu parasse. Parar, naquela
situação, significaria morte certa. Mandei que todos no veículo se abaixassem,
saquei a pistola 9mm e desci os vidros da frente do veículo. Fiz menção de que
iria parar na barreira, o que tranquilizou os seus integrantes.
Com
os olhos, procurei rápido o ponto mais fraco da barreira e logo o encontrei.
Alguns caixotes de madeira bloqueavam o lado esquerdo da pista, e vi que por
ali poderia passar, quebrando aqueles caixotes com as rodas do veículo.
Quando
um dos que ali estavam se aproximou pela direita, atirei em seu peito com a
pistola. Ele caiu e os outros se aproximaram. Descarreguei meio carregador
neles, joguei o veículo em direção aos caixotes e, passando por eles, pisei
fundo no acelerador; pois eles começavam a atirar em minha direção. Felizmente
não acertaram nenhum tiro.
Entrei
no túnel Marcello Alencar e rumei célere em direção à Praça Mauá. Ali chegando,
rumei em direção à subida da Ponte Rio-Niterói. Eventualmente, cruzava com
algum veículo em sentido contrário, pois aquela parecia uma cidade fantasma,
embora possuísse cerca de 6,2 milhões de habitantes.
A travessia da ponte foi tranquila. De cima
dela, pude avistar partes da cidade do Rio de Janeiro, que ficavam para trás, e
parte da cidade de Niterói, para onde eu me dirigia. Em ambas a fumaça negra
dos incêndios turvava o céu azul daquele belo dia de sol.
O posto de pedágio estava vazio e as cancelas
todas abertas. Não vi nenhum funcionário no local. Tomei o rumo da Avenida do
Contorno, local perigoso, pois passava por cerca de quinze comunidades
carentes, a pior delas entre os quilômetros 307 e 309 da BR 101 (Rodovia
Niterói-Manilha), chamada Complexo do Salgueiro, porém mais conhecida como
“Faixa de Gaza”.
Nessa rodovia parei o veículo e pedi à minha
esposa que ocupasse o volante. Passei para o banco de trás da caminhonete, arriei
a ambos os vidros do veículo, segurei nas mãos a escopeta Mossberg
semiautomática, engatilhei e fiquei atento à estrada.
Mais à frente, justamente na altura da Faixa
de Gaza, duas motocicletas atravessadas na pista impediam o trânsito de
veículos. Minha mulher ficou nervosa, sem saber o que fazer. Mandei que
seguisse devagar e mirasse com a nossa caminhonete a parte da pista que
separava ambas as motos, pois entre elas havia um espaço de cerca de um metro.
Em volta das motocicletas, havia cerca de dez
pessoas conversando, algumas com fuzis nas mãos e outras com suas armas
penduradas nos ombros pelas bandoleiras. No acostamento da rodovia notei mais
algumas pessoas.
Nenhuma delas esperava reação, pois foram
completamente surpreendidas pelos meus disparos repetidos em suas direções.
Muitos, atingidos pelos inúmeros chumbos projetados dos cartuchos, caíram ao
chão. Minha mulher jogou o veículo entre as duas motos, que foram atiradas para
o lado. Ao mesmo tempo eu seguia disparando em todas as direções, vendo gente
cair por todos os lados, atingidas pelos meus disparos.
Mais
uma vez passamos incólumes por uma barreira de revoltosos sublevados. Seguimos
até perto de Itaboraí, quando pedi à minha esposa que parasse o veículo e
assumi o volante. Recarreguei todas as armas e seguimos em frente.
Meus filhos, dois meninos, um com doze anos e
o outro com quatorze, participavam daqueles acontecimentos como se estivessem
vivendo na vida real algum dos jogos de guerra que costumavam acessar com seus
smartphones. Eu me recordava dos velhos filmes de faroeste em que os
colonizadores, em seus carroções puxados por parelhas de cavalos, eram
assediados pelos índios revoltosos.
Lembrei-me, naquela ocasião, do maquiavelismo
dos governantes que desarmaram a população do país, já prevendo a chegada
destes dias negros que vivíamos. Os cidadãos desarmados tornavam-se presas
fáceis das organizações criminosas que importavam fuzis, pistolas e munições em
quantidade pelas fronteiras desguarnecidas do país.
Eu, desde longa data, havia me filiado a um
clube de tiro e caça e, como atirador desportivo e caçador, havia adquirido
diversas armas e munição em quantidade, além de praticar com frequência o tiro
sob as mais diversas modalidades.
Aprendi técnicas de sobrevivencialismo
e procurei construir um refúgio isolado e distante dos centros urbanos para
viver com a família em uma eventualidade como a que agora se apresentava.
Quantos cidadãos de bem irão perecer por não terem feito o mesmo? – pensava eu
comigo mesmo.
Uma coisa que notei agora, e que jamais
pensei que fosse ocorrer, é que os primeiros a sumirem das ruas nas convulsões
sociais são as autoridades públicas. As ruas tornam-se desertas de uma hora
para a outra. A polícia, os bombeiros, os militares, os serviços públicos,
todos desaparecem da vida da cidade. O transporte público para de funcionar, o
lixo não é mais coletado e se amontoa pelas ruas, a luz e a água são cortadas,
o comércio fecha as suas portas, surge o desabastecimento e com ele a fome.
Quem
antecipadamente não se preparou para uma eventualidade desse tipo é apanhado de
surpresa e, infelizmente, acaba perecendo. A situação geral de destruição é
muito parecida com aquela que ocorre nos grandes cataclismos; todavia, nestes
existe um espírito de cooperação entre os sobreviventes. Na convulsão social e
na guerra civil, o espírito é de antagonismo e de guerra entre os participantes
dos dois lados em contenda.
Você seguirá vivendo, tão somente, enquanto
dispuser de armas, munições, água e comida. Ninguém estará preocupado com a sua
situação e a da sua família, a não ser você mesmo.
Minha mulher é uma pessoa prática e fatalista.
O que tiver de ser será, segundo pensa. Vive bem com aquilo que tiver, não
sendo ambiciosa nem gastadeira. Ela se adapta perfeitamente à vida simples do
campo, como eu também. Espero que possamos seguir sobrevivendo enquanto durar
esta terrível situação pela qual estamos passando, exclusivamente, por descaso
e ambição de algumas autoridades, políticas, militares, econômicas e
religiosas. Tais autoridades sempre acharam que, em nosso país, as coisas
poderiam ser negociadas entre os grupos que disputavam o poder, visando chegar
a um acordo que fosse bom para todos os grupos; sempre foram pacifistas e
tiveram receio da opinião mundial.
Com o início da convulsão social, os ricos e
oportunistas seguiram em seus aviões particulares para as grandes capitais no
exterior e para os paraísos fiscais, onde aguardariam a poeira assentar,
vivendo nababescamente, para retornarem, futuramente, com seus esquemas e
maquinações tradicionais, tão logo os novos e poderosos governantes
controlassem a situação.
Terminada esta pequena
digressão, face a impaciência que percebo já em alguns leitores para conhecer o
desenrolar dos acontecimentos daquele dia, seguirei narrando a nossa viagem.
Após
atravessarmos o município de Itaboraí, viramos à esquerda e seguimos pela RJ
116 em direção a Nova Friburgo. Já estávamos, praticamente, bastante longe dos
principais focos de rebelião, que eram os centros urbanos populosos, como o Rio
de Janeiro e Niterói.
Passamos por Sambaetiba, Agrobrasil, Papucaia
e Cachoeiras de Macacu, antes de atingir Nova Friburgo. Esse trajeto foi feito
sem nenhum incidente, pois a estrada estava praticamente deserta. Não vimos
nenhum veículo da Polícia Rodoviária, nem pessoas andando nas margens da
estrada. Parecia que éramos os únicos habitantes vivos do planeta. Nos
municípios em que penetrávamos, as lojas estavam todas fechadas e as ruas
vazias.
Notávamos alguns veículos queimados e marcas
de disparos de armas de fogo nas paredes das casas. A situação, realmente,
parecia muito grave. Os pedágios da estrada, da mesma forma que o da Ponte Rio
Niterói, estavam vazios e com as cancelas abertas.
Finalmente, mais tranquilizados, pudemos
apreciar um pouco da bela paisagem que se descortinava e respirar aquele ar
puro que sentíamos ao subir a serra. Matas com grandes árvores se perdiam no
horizonte. Por vezes, ao fazer alguma curva, divisávamos um fio de água
escorrendo pelas encostas rochosas que a estrada margeava.
Um forte cheiro de essências
florestais nós sentíamos enquanto abríamos os vidros das janelas do veículo.
Os
meninos brincavam no banco de trás, minha mulher dormia no assento do meu lado.
Aquele parecia mais com um dia de férias do que com um dia de guerra, no qual
eu já havia matado e ferido diversas pessoas. Chegamos ao alto da serra de
Friburgo e começamos a descer.
Passamos
pelo posto fechado da Polícia Rodoviária, na entrada do município, e seguimos
em frente. Pouco depois de Mury, viramos à direita e entramos na estrada que
conduzia a Lumiar.
Esta estrada, como as demais, estava
totalmente deserta. Pensei comigo mesmo: será que só eu tive a ideia de
construir um abrigo fora de casa na cidade e afastado para me esconder e tentar
sobreviver? Todos os demais se escondiam em suas próprias casas nas cidades? Só
podia ser isso, para as estradas se encontrarem todas desertas.
Depois
de rodar algumas horas, nos aproximamos da minha propriedade. A casa ficava na
parte alta da montanha e era acessada por uma estrada de terra. Na época das
chuvas, mesmo usando a tração nas quatro rodas era difícil chegar ao alto, pois
o barro ficava escorregadio.
Chegamos
à casa em um dia de semana, de surpresa. Todavia, quem foi surpreendido fui eu,
pois um indivíduo estava sentado na varanda.
Ao descer da caminhonete, notei que ele
portava um revólver na cintura, de um lado, e um facão, do outro. Já desci com
a pistola Colt .45 na mão, engatilhada, e mandei que deitasse no chão com as
mãos na nuca. Ele, vendo a minha disposição, seguiu a ordem que recebeu.
Perguntei o que fazia ali e ele respondeu que a casa estava vazia e que ele
resolvera pegá-la para si, pois o país estava em guerra e nada era mais de
ninguém. Segundo ele, tudo era de todos e aquela propriedade agora era dele.
Percebi que corria um risco enorme ao deixá-lo
ir embora naquela situação de guerra civil em que nos encontrávamos; pois ele
poderia voltar com outros companheiros seus e tomar a casa pela força, matando
a mim, minha mulher e meus filhos. Mandei que a esposa e os filhos
permanecessem na caminhonete, aproximei-me e, com ele ainda deitado de costas
no chão, apontei para a sua nuca e disparei. A morte foi instantânea e eu diria
que até indolor. A varanda ficou, imediatamente, toda suja de sangue.
Arrastei o corpo dele, segurando-o pelas
pernas, para fora da varanda, em direção ao chão de terra, vendo um rastro de
sangue que escorria da sua cabeça esfacelada seguir o mesmo trajeto do seu
corpo.
Minha mulher e as crianças, saindo correndo do
carro, entraram na casa pela porta dos fundos e eu fui cavar um buraco
razoavelmente grande para depositar aquele corpo.
Escolhi um local distante da casa e, com uma
picareta, uma pá e uma enxada, comecei a cavar. Depois de horas, o buraco
estava com uma profundidade razoável. Arrastei o corpo até lá e joguei-o
dentro. A seguir, comecei a tapá-lo, jogando terra com a pá. Em breve o buraco
estava totalmente fechado. Coloquei alguns troncos secos e arbustos em cima,
bem como algumas pedras.
Voltei para a casa, guardei as ferramentas e
fui limpar a varanda e os rastros de sangue.
Em
breve tinha terminado tudo e estava com as costas e os braços doloridos.
Descarreguei a caminhonete, acendi as luzes da casa, pois já escurecia, e
preparei-me para comer algo. Minha mulher já tinha feito um arremedo de jantar,
e as crianças já haviam comido e estavam dormindo. Tomei um banho rápido e
sentei-me à mesa, junto com ela.
Minha mulher me olhou e vi que dos olhos
molhados escorriam lágrimas. Peguei em sua mão e, depois de algum tempo, disse
baixinho olhando-a firme nos olhos: “É a vida. Temos de sobreviver. Não temos
mais a quem recorrer neste salve-se quem puder. As autoridades deixaram de
existir. Estamos por nossa própria conta e risco”.
No dia seguinte começaria a vida da minha
família no campo, que duraria cerca de três anos; período este em que durou a
guerra civil no nosso país.
A
vida que levamos como fazendeiros e desbravadores sobreviventes, nestes três
últimos anos, tendo que aprender quase tudo sobre a vida no campo, eu pretendo
narrar em outro texto, ainda em elaboração.
Jober Rocha
Bruno Olsen
Cristina Ravela
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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