A aeronave de design diferente sai por um túnel de
dentro da Área 51 e os tripulantes não sentem a pressão da saída da atmosfera.
Carter está sorrindo feliz, com olhos brilhando de emoção, diante daquela
tecnologia.
- Estamos entrando no hiperespaço, crianças. –
Fala a senhora Chiatzal.
Logo os pequenos pontos brilhantes de estrelas
paradas se tornam em riscos luminosos e a nave em poucos segundos começa a
estabilizar e diminuir sua velocidade.
Adentram uma galáxia bonita que na verdade se
porta como nova dimensão para efeitos místicos. Logo veem uma atmosfera de
nuvens prateadas e cidades que pareciam lindas fortificações com torres e
jardins, mas que agora estão depredadas e destruídas.
Veem abaixo uma quantidade enorme de reptilianos e
criaturas de raças distintas e pouco humanoides em meio aos destroços.
No meio da maior cidade e maior fortificação se
encontra a torre mais alta que ainda demonstra um resistente esplendor apesar
do dano causado por uma explosão lateral.
- A Torre de Marfim. – Fala Glenda boquiaberta.
- O reduto dos maiores magos e mestres de esfera
dos caminhos mágicos. – Completa Lorenzo.
- Pelo visto ela já teve dias melhores, hein
galera. – Comenta Jack.
- Por isso mesmo viemos e devemos nos preparar
para o que tem lá dentro. – Fala Akidaban.
- Senhores, se preparem para a batalha de suas
vidas. – Exorta Domenico Lorenzo se levantando e indo em direção a porta da
aeronave.
Os outros se levantam e fazem
o mesmo. Chiatzal se aproxima com sua nave e manobra para que se torne fácil a
aterrissagem dos ocultistas.
De dentro da sala principal
do Alto Conselho encontram os Arquimagos, representantes das tradições, presos
em cápsulas feitas de uma resina como se fosse âmbar. O único Arquimago
diferente é Paracelso com um brilho que vem da pedra em seu colar.
Do outro lado da sala saem da
parede três seres humanoides. Dois deles vestem terno preto completo e a última
é uma mulher com lindo vestido. Seus rostos não são completos, não se consegue
definir, pois falta algo em cada um deles, ou tudo. A mulher não tem cabeça, mas
tem borboletas voando no espaço que seria de seu crânio. Um dos homens não tem
olhos, pois ele puxou uma camada de pele e mostra um interior como camada de
papelão; enquanto o terceiro não tem boca e seus olhos não possuem pupilas.
Eles se apresentam mentalmente
dizendo:
- Somos seres
extradimensionais. Não poderemos nos denominar para vocês, pois não
entenderiam. Mas podemos dizer que somos cientistas e viemos tentar um
experimento em seu universo. Os Draconianos nos chamam de Kouk-hai. Estamos nos
apresentando com essas vestimentas para que não enlouqueçam por completo.
Viemos testar novos conceitos de paradigma neste espaço de dimensões limitadas.
- Pois sejam lá de onde
vieram, nós vamos colocar vocês de volta debaixo de pontapés, seus merdas. –
Fala Jack Harper.
- Vocês são tão primitivos.
Querem mesmo entender o quanto são limitados? – Os estranhos seres perguntam e
os magos escutam mentalmente.
- Sai da minha cabeça,
aberração! – Grita Jack correndo em direção do homem com rosto de papelão para
atacar.
- Cuidado, Jack. Precisamos
de um plano. – Avisa Carter.
Mas já é tarde demais. O
restante da equipe segue Jack para apoiar na ofensiva.
Harper desfere um soco direto
no rosto do homem com camadas de papelão, mas o braço atravessa a cabeça do homem,
que se desfaz em grãos de areia assim como todo o resto de seu corpo. Jack fica
espantado ao ver aquilo. Em seguida seu inimigo se recompõe novamente atrás
dele, mas agora com um corpo feito de granito.
Ali próximo, Glenda utiliza seus conhecimentos
sobre a esfera do tempo e chega num piscar de olhos em frente à mulher de
borboletas na cabeça. Começa então a desferir socos e chutes no estomago da
inimiga, mas esta se desvia de todos os golpes como por brincadeira. Akidaban
se aproxima em seguida para ajudar Glenda.
Num outro canto do salão,
Lorenzo se aproxima do homem sem boca, e diz:
- Libertem os mestres.
- Não o faremos. Eles são os
que tem maior probabilidade de resistência ou tentar reverter nossa
experiência. Vocês são apenas crianças na frente deles.
- Então vou te mostrar, Figlio di puttana, como somos crianças travessas. – Fala Lorenzo antes de atacar o ser extradimensional com seus bastões místicos pulsando de energia.
Enquanto isso, Harper leva um
soco nas costelas do punho do seu inimigo de granito e William Carter aparece
tocando o ser extradimensional com sua luva preta. Em instantes o granito se
transforma em vidro e Carter chuta o inimigo que se despedaça em centenas de
pedaços ao tocar o chão.
- Valeu, Nerd. – Fala Jack
ainda no chão e sentindo as dores do ataque recebido.
- Falei para ir com calma,
precisamos de um plano. – Diz Carter pegando o braço de Jack e lhe ajudando a
levantar.
- Se quer preparar um plano é
melhor que seja logo, boy. Olha aí atrás.
William Carter se vira e vê os pedaços de vidro se tornando líquido e se agrupando, para então formar a figura de um homem que vai se levantando, tal qual a cena de T1000 se reconstruindo no filme Exterminador do Futuro 2.
Não muito longe dali, Glenda
profere palavras de uma língua antiga que faz seus olhos castanhos brilharem
num clarão e ela consegue acertar o tórax da mulher estranha que detém
borboletas na cabeça.
A mulher voa alguns metros
para trás, vindo a cair de joelhos, com a força do golpe desferido por Glenda.
Então a mulher de outra dimensão levanta o dedo indicador e o balança no ar,
sinalizando negativamente para Glenda e Akidaban.
No instante seguinte o dedo
indicador e o resto da mão se transformam numa enorme pinça como de um
escorpião. Sua outra mão também se torna outra pinça. E da cintura para baixo
seu corpo se transforma numa enorme tarântula da altura de um cavalo.
- Oh Leônidas, você tem que
parar de arrumar essas confusão. – Fala Akidaban em direção a Glenda.
- Virou piadista que nem o
Jack agora?
- É a convivência, amor. Não
deu pra resistir.
Então Akidaban e Glenda partem para lutar com a mulher aracnídea de grandes pinças perigosas.
A seu turno, o mago siciliano
desfere golpes com seus bastões e o homem sem boca recebe dois de seus golpes e
contra ataca com uma cabeçada na testa de Domenico Lorenzo. Em seguida, desarma
o mago e fica analisando o bastão do oponente com seus olhos sem pupilas.
Lorenzo não perde a oportunidade e acerta um chute no joelho do inimigo e
continua com uma sequencia de golpes na garganta e plexo solar para terminar
com uma joelhada alta no queixo do invasor, que se apoia na parede as suas
costas.
Lorenzo se aproxima e profere
em latim:
- Fatuus Siderum!
Seus punhos começam a brilhar como queimando
em energia e ele passa a infligir socos ferozes no peito do homem sem boca. O
corpo do invasor começa a rachar a parede que se recosta, devido à pressão dos
golpes recebidos. A luta parece que está acabada.
Mas então o invasor levanta
sua mão e estala os dedos. No momento seguinte as mãos de Lorenzo perdem o
brilho e seus braços não conseguem manter a solidez. Estão moles como feitos de
borracha. Domenico Lorenzo não sente mais seus braços. O inimigo lhe acerta uma
joelhada no estomago que é sentida e lhe retira o fôlego. Em seguida a mão do
inimigo se fecha no pescoço do mago italiano lhe levantando enquanto aperta. O
ar não chega. O cenário começa a escurecer para Lorenzo.
- Idiota! Nós podemos modificar as regras das estruturas físicas da sua realidade patética. – Se comunica mentalmente o homem sem boca.
Neste instante aparece Chiatzal com um brilho
intenso emanando de seu corpo e se aproxima de Paracelso, um dos mestres magos
aprisionados, que responde com um brilho verde de seu colar. A resina de âmbar
passa a se despedaçar e então liberta-se da estranha prisão. Logo ele espalha a
mesma energia entre os outros arquimagos e os liberta também.
Os magos e os seres extradimensionais cessam a
luta para dar atenção a mulher albina. Os cientistas de outra dimensão
pressentem o perigo e correm em direção a mulher que brilha, vindo a ignorar os
magos que estavam enfrentando. Lorenzo é jogado ao chão neste momento.
Chiatzal se posiciona no centro da sala e emana
uma coluna de energia que suga os três seres extradimensionais num redemoinho e
os leva para cima os lançando na dimensão em que vieram.
A coluna de energia feita por Chiatzal, ainda não
se extingue. Ela se vira para o grupo de protagonistas e diz:
- Foi muito bom passar este pouco tempo com vocês.
Não conseguiria cumprir meu papel sem a ajuda de vocês. Muito Obrigado.
Glenda chora nos braços de Akidaban. Jack está se
segurando em Carter. Os magos se despedem e ela se dissipa no ar assim como
toda a energia emanada.
- Eles crescem tão rápido e logo vão embora...
literalmente. – Diz Jack com uma lágrima no rosto.
- Ai, até nessas horas, Jack? – Indaga Carter sem
paciência levando as mãos ao rosto.
- Espera aí, gente. Onde está o Dom? – Pergunta
Akidaban.
Glenda olha num canto do salão perto de uma parede
danificada e avista Domenico Lorenzo estendido ao chão.
- Está ali. Oh, meu Deus!
Eles correm até o local e Akidaban, sendo o
primeiro a chegar, levanta a cabeça do amigo.
- Dom?! Dom?! Não faz isso com a gente, cara. Dom!
- Puta que pariu, poderoso chefão. Você não pode
morrer assim. – Fala Jack emocionado.
- Carter, você é médico. Faz alguma coisa. – Fala
Glenda quase gritando.
- Vou dar o meu melhor. Vamos lá, amigo. Volta pra
gente. – Diz Carter se abaixando e verificando a respiração e batimentos
cardíacos do amigo. Na sequência inicia a reanimação cardiorrespiratória, para
então dizer:
- Não estou conseguindo. Preciso de um desfibrilador.
- Onde nós vamos conseguir isso aqui, porra? –
Pergunta Jack em desespero.
Paracelso se aproxima e pergunta:
- O que isso faz?
- Emite descarga de energia elétrica numa
intensidade precisa para reanimar o coração. – Responde Carter.
- Posso lhe ajudar com a energia.
Carter se levanta, olha nos olhos do ancião com
determinação e fala:
- Energize essa luva na minha mão.
O velho mago abre as mãos como segurando uma bola
invisível e do centro emite um pequeno raio que acerta a luva preta na mão direita
de Carter. Ele então grita:
- Se afastem!!
Para então se abaixar e acertar o peito de
Domenico Lorenzo com a palma da luva.
Alguns longos segundos de silêncio dominam o
salão. Todos estão parados olhando em expectativa sobre o resultado da manobra.
Então se houve uma tossida e o italiano deitado
passa a respirar e abre os olhos:
- Por que vocês estão chorando? Alguém morreu?
Os amigos o abraçam e choram de alívio.
Paracelso, Eliphas Levi, Cornelius Agripa, Madame
Blavatsky e outros anciões cumprimentam os magos e agradecem pela ajuda. Dizem ainda
que as portas sempre estarão abertas para eles quando precisarem.
- Agora vocês podem deixar com a gente, já
emitimos avisos para que as raças invasoras deixem a terra. Vamos cuidar da
proteção novamente. – Fala Eliphas Levi.
- E estaremos preparados para um futuro ataque
como esse. – Completa Paracelso.
Os magos entram na nave negra e retomam o caminho
de volta para a terra, esperando um novo dia que poderão proteger seu mundo
novamente.
Jonnathan Freitas
Elenco
Direção
Carlos Mota
Bruno Olsen
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