NOSSA TERRA
Rossidê Rodrigues
TODAS AS CORES DA TERRA
Mathenovê
CANTO DO SABIÁ
Lorena Reis
Rossidê Rodrigues
Meu sentimento:
Apreensão, intranquilidade!
Um calafrio corre em minha veia,
Quase desmaio!
Tímida!
Meu diálogo silencia;
Apenas angústia, soluço, lágrimas!
Um grito no lugar da palavra.
À minha volta
O que vejo deixa-me apavorada!
Só devastação, queimada...
Quero revelar minha história!
Sou o planeta Terra.
Solo fértil, paisagem florida.
A fauna me povoa.
Sou o astro em que pulsa a vida.
Estou assim:
A degradação tomando conta de mim!
Reflita: quando eu não puder mais respirar,
Será também o seu fim!
TODAS AS CORES DA TERRA
Mathenovê
Falta-me lirismo para verbalizar as perdas da natureza
Já que meu corpo anda flutuando em oceanos sujos
E respirando os ventos impuros que me oferecem com abundância
Falta-me, também, pertencimento nesse mundo tão bagunçado.
Talvez meu corpo ainda tenha adubo o bastante
Que faça florescer algum jardim, porque a metamorfose que preciso está nos detalhes, verde, anil, violeta, o arco-íris que caiba os animais, nós e o respeito.
Depois da carência que sinto de viver dentro de raízes capazes de resistir a tudo isso…
Resistem, pois, como os cactos que esverdeiam o horizonte de sua vista cinza, resistem, então, como as plantas xerófilas do sertão.
Eu realmente me preocupo, já que sou um corpo no mundo que se prepara para o voo
Falo, repito, calo em sequência, posto que o peso de minhas penas me deixam submerso em uma segunda dimensão.
Então serve o choro pra nascer em mim a esperança que existem nas florestas.
Não me contento apenas em promessas políticas, porque elas não sentem as chamas sobre cada celulose, sobre cada centímetro de câncer deixado nas cinzas e isso me perturba.
Quando no meu quintal crio um mundo
No qual existem todas as cores da terra.
SUSTENTA AÇÃO
Sirleni CavalhieriDa árvore que a brisa balança pende o galho que o balanço sustenta
Do balanço que acalenta a criança pende o galho que da seiva se alimenta
A criança que no balanço se diverte fruto do ventre que a gerou
O ventre que a gerou vem do encontro que o céu marcou.
Do encontro marcado: entre o homem e a mulher
Nasceu um fruto acalentado.
O alimento que sustenta a família vem do solo que foi arado
O trigo que foi colhido vem das mãos do campo ceifado
A colheita acontecida foi nutrida pelo solo fertilizado.
O solo fértil foi irrigado pelas gotas que do céu caíram.
A criança que do balanço pende
O balanço que o galho sustenta
O galho que da árvore se ramifica
Vem do ciclo da vida
Da vida que sempre se ramifica.
Ramos que se entrelaçam pelos dons da vida: água, ar, solo, seres e vida.
Sustentam–se e se sustentam
Riqueza da vida em harmonia
Satisfazendo as necessidades presentes preservando as necessidades futuras
Suprindo as necessidades da vida
Sustentar a vida sendo a vida sustentada
Qualidade de vida e a vida preservada.
CANTO DO SABIÁ
Lorena Reis
Um Suspiro
Um Ar puro
O Sol bronzeando sua pele
A brisa do Vento em seu rosto
Velejando pelos Rios da Amazônia
O canto do Sabiá
Alegra meus ouvidos
Um Meio Ambiente que anseio viver
Mas...
Os nossos Rios estão secando
Nossa Mata está sendo destruída
Respiramos um Ar poluído
Pelas mãos dos humanos
Nosso Meio Ambiente está sendo destruído
A Natureza grita por Socorro
E o Ser humano insiste em não lhe escutar
VERDEJANTE
Ana Kelly Borba da Silva Brustolin
Folhas verdes me cercam...
Paro. Olho.
Fito-as com ar de contemplação...
De quem busca uma real conexão.
Ser ou não ser
Eis a questão?
Que continua aberta...
Digna de reflexão.
Aprofundo-me no verde...
E ele se une a minhas entranhas.
Somos partes de um todo.
Estamos longe do incômodo!
Hoje inspiro-expiro de modo vigoroso.
Em meio ao verde; ao seivoso.
Minha natureza divina me chama...
E o ecossistema imprime meu verdoso ecograma!
CONSPIRAÇÃO
Karine Dias Oliveira
Energia limpa
Que brota dos ventos
Que carrega a poeira
És viajante da brisa marítima!
Solar em suas paisagens
Pretensiosa em suas passagens
Ardente em suas vontades...
Carinhosa com a Mãe Terra.
Universo de possibilidades
Ao gerar um oceano de oportunidades
Regando este solo que repousa em braços meigos
Regenerando a natureza.
No peito... um clamor...
Nas atitudes... as mãos que protegem
Pois, preservar é regar para salvar
Salvar é conspirar a favor do universo!
Poema escrito por
Rossidê Rodrigues
Mathenovê
Sirleni Cavalhieri
Lorena Reis
Ana Kelly Borba da Silva Brustolin
Karine Dias Oliveira
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Francisco Caetano
Gisela Lopes Peçanha
Mercia Viana
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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