CAPÍTULO 14
Iolanda Cavalcanti estaciona o
veículo pouco atrás do carro preto. Avista os dois homens e para a frente
deles, fitando seus rostos. Haviam alguns fotógrafos atrás de carros e árvores
observando a situação.
- Bom dia. Como vão os senhores? –
Indagara Iolanda.
- Muito bem. Mas quem seria... você?
– Conrado fitara a bela mulher.
- Iolanda Cavalcanti. Dona da
empresa. – Sorriu. – E vocês?
Natan e Conrado riem disfarçadamente.
- Empresários. – Natan estendera sua
mão para Iolanda. – Você nos contratou, lembra?
- Sim. – Apertara a mão. – Vamos
entrar?
Os três caminharam para a porta
principal, onde havia um segurança, e em seguida, ao entrar no prédio, foram
até o elevador, onde havia um ascensorista.
- Décimo segundo andar. – Disse,
colocando óculos escuros. Olhara para frente, com a cara fechada enquanto
Conrado e Natan sorriam sarcasticamente.
***
Música: Sol de Paz – Strike.
Passavam-se das três horas da tarde.
Bruna terminara de arrumar seu cabelo e saíra do banheiro que havia no quarto
hospital. Rafaela e Giulia ainda recebiam medicamentos, e dentro de poucas
horas receberiam alta.
Guilherme a esperava ao lado de fora
do quarto. Abraçara Bruna assim que a vira sair do local e dera um beijo em seu
rosto.
Conversaram enquanto caminharam para
a lanchonete. Sentaram um a frente do outro. Guilherme estendera a mão e em
poucos minutos um garçom chegara a mesa.
- O que desejam? – Indagou, tirando
de seu bolso um bloco e uma caneta.
- Um suco de laranja. Sem açúcar, por
favor. – Pedira Bruna.
- Dois. – Guilherme dera um pequeno
sorriso com os lábios.
Permaneceram em silêncio por poucos
minutos. Bruna colocara o braço direito em cima da mesa, com a palma da mão
para baixo.
- Bruna. Desde que saiu do quarto
está quieta. Tá tudo bem?
- Não consigo parar de pensar no
incêndio... tem alguma coisa errada.
O garçom aproximara-se da mesa
carregando uma bandeja em uma das mãos. Colocara o suco na frente de ambos e
saíra.
- Deve ter sido problema...
- Não Guilherme. Imagino que tenha
sido algo além disso.
- Tipo o que?
- Tentativa de assassinato. Só resta
saber quem está por trás disso! – Pensou. – Não bastasse isso, ainda preciso
arrumar um lugar para ficar.
Guilherme aproxima sua mão a de Bruna
e a toca. A mulher afasta e leva o copo próximo a boca e ingere o líquido.
- Se quiser, eu posso oferecer a
minha casa. Tem dois quartos de hóspedes, com certeza cabe você, a sua irmã e
sua sobrinha. Sem contar a segurança. – Guilherme fitara a mulher. – O que me
diz?
- Serei eternamente grata por ter me
salvado, Guilherme. Mas nossa relação é estritamente profissional! Obrigada,
mas não posso aceitar.
- Entendo. Mas quem sabe...
- Preciso ir, Guilherme. Com licença!
– Bruna ingerira o último gole do suco e saíra apressada, enquanto Guilherme
observava o seu copo ainda cheio.
***
Vivian, trajando um vestido preto na
um pouco acima do joelho toca a campainha de uma enorme residência. O mordomo
abre a porta e Vivian adentra aos berros.
- CARLOS HENRIQUE! CARLOS HENRIQUE!
Clarissa, trajando um vestido amarelo
desce as escadas com as mãos no ouvido e aproxima-se de Vivian.
- Que gritaria é essa? Quem é você? O
que quer com o meu marido?
- Preciso falar com ele antes que uma
tragédia aconteça! – Disse Vivian, passando a mão pela testa.
- Que tragédia você está falando? –
Carlos Henrique, trajando um terno preto e segurando uma maleta preta adentrara
no local.
- Não posso falar aqui. – Vivian
fitara Clarissa.
Clarissa se retirara da sala e subira
as escadas. Vivian e Carlos Henrique sentaram-se em um sofá.
- A única filha que eu tenho é a
Lara. Se você acha...
- Não acho nada! Só quero que ela não
entre na mídia. Preservei a minha filha durante vinte anos, não quero jogar meu
esforço no lixo.
- E não jogará. A menina voltará para
casa morrendo de medo do papaizinho aqui. – Carlos Henrique sorri. – Olhando
para você agora... lembro daquela noite como se fosse ontem.
- Não passou de uma vingança. Agora a Lana está ardendo no inferno, pagando por todos os crimes que cometeu desde menina. – Fitou o relógio de pulso. – Deu a minha hora. Com licença!
***
Iolanda entrara em seu escritório.
Conrado e Natan sentam-se nas cadeiras a frente dela e aguardam o início da
reunião.
Antônia bate na porta e adentra,
enfurecendo Iolanda.
- O que você quer aqui? Ninguém te
chamou!
- É que eu pensei...
- Pensou errado! Quem você pensa que
é para...
- Imagino que ela seja a secretária.
– Disse Conrado, fitando-a. – Gostaria de um café, com adoçante.
Antônia assente com a cabeça e sai da
sala, enquanto Iolanda revira os olhos e entrega-os alguns documentos.
***
Carlos Henrique, ainda sentado no
sofá, mexe em seu celular, deslizando a tela para baixo. A campainha toca e
após ser aberta pelo mordomo, Alessandra adentra no recinto, ficando à frente
de Carlos Henrique.
- Boa tarde. – Disse. – O meu nome
é...
- Eu sei quem é você.
- Sabe?
- Sim. E se eu fosse você sairia
daqui o mais rápido possível.
- Por que? – Indaga, fitando Carlos
Henrique levantar-se e ficar a sua frente.
- O que quer comigo, hein? Dinheiro?
Fama? – Pressiona o seu braço fortemente. - Porque parte da minha família você
não vai ser NUNCA!
- Eu... – Alessandra desvencilha-se.
- Sai daqui! Anda! Tá esperando o
que? E se colocar os pés aqui novamente eu chamo a polícia!
Alessandra continua fitando-o
- SAI! – Carlos Henrique aponta para
a porta. Alessandra sai.
***
Natan e Conrado, ao lado de fora da
empresa conversam sobre o golpe que aplicarão. Antônia, um pouco atrás, escuta
a conversa.
- Em poucos dias essa empresa estará
no buraco! E só nós poderemos salvá-la. Daí...
- Vocês não podem fazer isso! –
Antônia os interrompera. Natan e Conrado se entreolharam.
***
Eram oito horas da noite. Bruna
carregava o buquê e uma pequena mala, com roupas novas que comprara para ela,
sua irmã e sua sobrinha. Adentraram em um quarto de hotel.
Havia duas camas: uma de casal e
outra de solteiro, com uma televisão LCD 39 polegadas a frente de ambas e
outros objetos que faziam parte da decoração.
Giulia deitara-se na cama de solteiro
e adormecera. Rafaela sentara-se na cama ao lado e fitara a filha, com um olhar
triste.
- Algum problema, Rafaela? Algo que
posso ajuda-la? – Indagara Bruna, acariciando seus cabelos. Rafaela recordara a
conversa que tivera com Fausto mais cedo.
- Não precisa se preocupar. Consigo
resolvê-los sozinha.
- Bom... Se você diz. Você quer comer
alguma coisa? Ia pedir uma pizza.
- Te acompanho. – Bruna afastara-se e
fizera a ligação. Rafaela fitara a filha ainda triste.
***
Fausto conversa com dois detentos
quando um carcereiro abre a cela, segurando outro presidiário, que é jogado
para dentro do recinto.
- Mais um assassino para vocês! – Diz
o carcereiro antes de sair.
Assim que o carcereiro saíra, Fausto
aproximara-se do homem, que estava deitado, abraçando as suas pernas e olhando
fixamente para o chão.
- Ei, você. – Fausto chutou sua
perna. – O que fez para estar aqui?
- Eu matei o namorado vagabundo da
minha filha.
- Você o que? Fez a sua filha sofrer,
é?
- Sim... – Olhou para Fausto, que lhe
dera um soco no rosto. – Pode me bater! Eu mereço! Mas fique sabendo que eu
matei para proteger a minha filha. Criei ela sozinha depois que a mãe abandonou
ainda no hospital. Só que a danada voltou e destruiu tudo... absolutamente
tudo!
Fausto afastara-se e sentara-se em
sua cama, olhando para o detento, e lembrara a conversa que tivera com Rafaela.
- Será que estou fazendo o certo? –
Disse para si.
***
Iolanda observara as vendas da
revista no mês de Maio comparado ao mês anterior e ao ano anterior. Houve uma
grande queda de vendas.
- Droga! – Gritara.
***
Rachel abrira a porta de seu
apartamento para um homem. Ele vestia roupas simples e ela, um belo vestido
longo florido, que escondia sua verdadeira personalidade.
Levara o homem a um sótão. Era um
local abandonado, sujo e com pouca claridade.
- Qual o trampo, dona? – Indagara,
dando voltas no local.
- Você vai sequestrar um menino e
mantê-lo preso aqui. – Abriu uma gaveta e mostrou ao homem o que havia: duas
cordas, um pano, um vidro com clorofórmio, um par de algemas e um bastão. – Use
isso.
- O que a senhora quer que eu faça
exatamente? Só trazer o menino e amarrar?
- Você será pago para vigiá-lo, alimentá-lo
e quem sabe... tortura-lo.
- Entendi.
- Agora saia. Antes que alguém
desconfie. – Olhara para a janela. – Ah. Você irá morar aqui, como um amigo
meu. Para ninguém desconfiar.
- Desculpa a curiosidade, mas o que
pretende com a criança?
novela escrita por
Isa Nota
personagens
trilha sonora
Tensions Run High - Soundridemusic (abertura)
Sol de Paz – Strike
direção
Carlos Mota
produção
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
REALIZAÇÃO
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