CAPÍTULO 15
Rachel, um pouco nervosa retorna ao
apartamento e senta-se na poltrona que há na sala. Pega uma das revistas
empilhadas na mesinha de vidro e a folheia.
Maria Paula surge com um copo de água
e oferece a mulher, que ingere rapidamente o líquido. Ela senta-se a frente de
Rachel e a fita.
– Desistiu da ideia absurda de
sequestrar o Arthur? – Indagou.
– Não é absurda. Você mesma jurou se
vingar da Lana. E o menino é herdeiro da sua falecida irmã. Vai dar uma de boa
tia?
– A última vez que o vi foi antes
daquela festa. E a Lana fez questão que eu me afastasse da cria. – Parou por um
instante. – Não era você que defendia sua filhinha com unhas e dentes?
– Ela tinha dinheiro. Me sustentava.
Só que acabou morrendo sem deixar um centavo pra mim. Minha única saída é
aquele projeto de gente.
– Seja lá o que estiver aprontando...
Lembra que o Guilherme está ficando com a delegada que investiga o caso. E
segundo boatos, ela é rápida demais. – Sorriu e levantou-se. – Pelo menos na
cadeia você tem o que comer.
***
Conrado e Natan encaram Antônia, um
tanto quanto preocupada. Ela retira o celular da bolsa e disca oito números,
mas é impedida por Conrado de iniciar a ligação.
– Quem são vocês? A dona Iolanda não
irá gostar quando eu contar o que ouvi! Ela botará os dois na rua!
– Nós somos mais íntimos da Iolanda
do que imagina. – Conrado disse, enquanto Antônia retornava a empresa. – Onde
está indo?
– A sala da Dr. Iolanda.
– Você realmente acha que ela lhe
dará ouvidos? Foi tratada feito bicho mais cedo. E se você nos denunciar, é
provável que perca o seu emprego e fique...
Conrado para de falar, observando
Antônia sentar-se em um degrau da escada e chorar.
– O que houve? – Natan parou a frente
da moça. Conrado sentara-se ao seu lado.
– A dona Iolanda sempre me tratou
muito mal. Não é de hoje! Trabalho com ela há mais de doze anos. Eu tenho uma
filha pra criar e o salário que recebo não é muito.
Conrado levanta-se e conversa com
Natan. Os dois viram-se e o primeiro senta-se ao lado da mulher.
– Nós temos uma proposta para fazer.
Renderá-lhe muito mais que você ganharia em dez anos de trabalho.
– Que tipo de proposta? – Pergunta,
levantando-se.
– Você roubará a empresa. A Maxxes
irá falir dentro de um mês e aí... Nós iremos assumir a presidência e você será
promovida a um cargo que é de direito!
***
Rafaela escora-se a porta e vela o
sono de Giulia. Ela aproxima-se lentamente a cama, limpando as lágrimas e
deita-se ao lado da filha, acariciando seu cabelo.
– Meu amor... Ninguém irá nos
separar. Você só tem a mim e a sua tia. Mais ninguém! – Diz de olhos fechados,
abraçando o corpo da filha.
– Do que será que ela está falando? –
Indaga Bruna para si, observando as duas na cama.
***
Guilherme desce as escadas. Senta-se
a mesa e come rapidamente. Rosa, trajando uniforme branco, fica a frente do
homem.
– Desculpe incomodá-lo senhor. Mas o
Arthur irá com o senhor ao velório? – Pergunta. – Não acho uma boa ideia. Ele
pode ficar impressionado. Sabe como são as crianças.
– Ele já está acordado?
– Não senhor. Como você não quer que
ele vá para a escola nos próximos dias, reorganizei os horários para deixá-lo
dormir. Dentro de duas horas ele deve acordar. – Olhou para o relógio. – Agora
são sete e meia.
– Se ele perguntar de mim diga que
tive uma reunião de urgência na Maxxes. – Levantou-se e pegou as chaves ao lado
do retrato de Lana. – Até mais.
***
Bruna, trajando uma calça jeans azul
e uma blusa sem manga branca senta-se na ponta da cama e lê as principais
notícias do jornal, enquanto ingere café.
O celular vibra. Ela o pega no bolso,
lê a mensagem e observa uma foto que tirara com Guilherme e relembra todos os
momentos que estivera com o homem. Ela sorri.
– Bruna, eu vou passar na escola da
Giulia para conversar com a professora dela. Poderia ficar com ela? Prometo ser
rápida! – Diz Rafaela, trajando um vestido preto acima do joelho. Seu cabelo
castanho liso é meio preso, abrindo algumas gavetas de costas para a irmã. Ela
vira e a fita. – Bruna, você me ouviu?
– Falou comigo? – Pergunta, voltando
a si e guardando o celular na bolsa.
– Eu perguntei se você podia ficar
com a Giulia até eu voltar da reunião com a professora dela.
– Não, eu sinto muito... Mas vai,
tranca a porta e informa o porteiro para não deixar ninguém subir.
– Tudo bem... – Diz. Rafaela abre a
porta e a fecha lentamente, fitando a menina dormir.
***
No carro, Guilherme dirige em
velocidade média, enquanto lembranças de Bruna invadem sua mente, fazendo-o
dirigir mais devagar.
– Eu te amo, Bruna. Queria tanto que
você soubesse disso... – Fala para si, retornando a velocidade normal.
***
Todos os detentos dormem em suas
respectivas camas. O carcereiro bate na cela, acordando a todos, que reclamam e
se espreguiçam.
– Visita para você, Fausto. Anda que
eu não tenho o dia inteiro!
Fausto, ainda sonolento, levanta e
caminha até a porta da cela que é aberta. Ele sai e aguarda o carcereiro, que o
pega no braço e o leva para a sala de visitas.
– Você aqui? Há essa hora? Como você
conseguiu? – Indaga, sentando-se a frente de Dora, que traja um macacão preto
sem manga.
– Conversei com a diretora do
presídio. Ela autorizou. O que vim te contar é o que descobri ontem à noite.
Não consegui pregar o olho de tão ansiosa!
– O que você descobriu?
– O advogado me informou que a sua
liberdade condicional foi aceita. Amanhã você é um homem livre, meu filho!
Livre!
– Eu achei que...
– Aproveita essa liberdade para se
reaproximar da sua filha. – Diz, levantando-se. – Preciso ir. Tenha um bom dia!
E amanhã o nosso encontro será do lado de fora.
***
O corpo de Lana é velado numa
funerária. As pessoas chegam aos poucos, e todas abraçam Guilherme e lhe dizem
palavras de conforto. Outras fazem um círculo em volta do caixão e olham
entristecidas.
Bruna, utilizando óculos escuros,
adentra na sala e aproxima-se de Guilherme. Os dois sorriem disfarçadamente.
Bruna põe os óculos na cabeça e abraça Guilherme.
– Eu prometo que irei encontrar o
responsável. E não vai demorar. Pode ter certeza absoluta que serei rápida!
– Não me importo com a investigação.
Só quero você comigo.
– Oi? – Bruna se afasta de Guilherme,
sem compreendê-lo.
– Digo, só quero o seu abraço. – Diz
confuso. Os dois voltam a se abraçar. As pessoas que estão no local observam a
intimidade de ambos e comentam entre si.
***
Antônia regressa novamente ao último
andar do prédio, onde se localiza o escritório de Iolanda. Ela senta-se em sua
cadeira e anota algo em uma agenda preta.
Seu celular vibra e aparece um número
qualquer. Ela olha para a porta da sala de Iolanda, que está fechada. Logo, ela
atende nervosa.
– Sim? – Pergunta, fitando a porta.
– Bom dia, Antônia. Sou uma das
secretárias do colégio da Liz... Você conversou comigo na última vez que esteve
aqui, lembra? Bom, vim informá-la que o prazo para o pagamento está acabando e
se não for feito até o fim do mês, ela não poderá frequentar a instituição.
– Vocês não podem fazer isso!
– Antônia... Não torne as coisas mais
difíceis. A mensalidade não é paga há praticamente meio ano. E não seremos mais
tolerantes com isso. – Diz a outra voz, desligando o telefone.
– O que eu faço agora, meu Deus? –
Pergunta, levantando-se da cadeira e saindo do local, deixando o celular na
mesa.
Conrado, que ouvira um pouco atrás,
escorado numa parede aproxima-se da mesa e pega o celular de Antônia e procura
pelo último número. Ao encontrá-lo, anota o número em seu celular e sai.
***
Iolanda está sentada em sua cadeira,
com o celular na mão, visualizando mensagens e as respondendo, enquanto um
homem, trajando roupas simples circula em sua sala, fazendo perguntas. Ele para
em sua frente e bate na mesa.
– Estou falando com você, se não
percebeu. – O homem senta em uma cadeira.
– O que você quer, hein? A Bruna e a
família dela estão vivas! EU MANDEI MATÁ-LAS!
– Como eu ia imaginar Iolanda? Eu
dopei a delegada, tranquei a menina no banheiro... Parece que uma não estava em
casa. Elas foram salvas, devia ter cogitado a inteligência dos vizinhos.
– Eu não devia nada. – Diz Iolanda
abrindo uma gaveta e encontrando uma arma calibre 22. Ela sorri.
– Bom, eu não saio daqui sem o meu
dinheiro.
– Você vai sair... – Fala, pegando a
arma e destravando-a. – Direto para o IML.
– Larga essa arma. Pelo amor de Deus!
Eu saio, esqueço de tudo, mas baixa essa coisa! Eu tenho uma família pra
sustentar! – O homem começa a se desesperar e derrama lágrimas.
– Chora... Chora mais! Quero ver!
Chora! Quem mandou me desafiar, hein? Matei minha própria mãe, porque não faria
o mesmo com você?
– Eu posso ser útil... Pensa bem!
– Quem falha uma vez, pode falhar
outra também!
– Eu prometo... – Antes de terminar a
frase, o homem é alvejado no abdômen e após cair no chão, com a mão sobre o
ferimento, leva outro tiro, no coração.
– E morreu...
Natan aproxima-se da sala de Iolanda.
A porta está fechada e ele abre lentamente, sem dar ruídos. Ele fita Iolanda
pôr a arma em cima da mesa e o homem morto no chão. O empresário a fecha
novamente e vai até a recepção, onde se senta em uma das cadeiras estofadas e
faz uma ligação.
– Alô? É da polícia? Acabei de
presenciar um assassinato na sede da Revista Maxxes!
Natan continua a conversar com a
pessoa do outro lado da linha.
***
Rachel, assistindo televisão, ouve a
campainha do apartamento. Ela diminui o volume e levanta-se, indo em direção à
porta.
Ao atender, volta para a sala, sendo
seguida pela outra pessoa. Os dois sentam-se nas poltronas estofadas.
– Já disse para você vir...
– Nós já podemos dar inicio ao plano
de sequestrar a criança.
– Mas já? Você...
– Conversei com a babá da criança. E
descobri que o menino volta na próxima segunda feira. Aproveitamos essa
oportunidade!
– Como você conseguiu? Ela nem te conhece!
– Fingi ser um amigo da Lana e
perguntei pela criança. Foi mais fácil que roubar doce de criança!
***
Bruna, ao lado de Guilherme, conversa
com o homem. Os dois exibem um pequeno sorriso com os lábios. A delegada o
abraça novamente e são interrompidos por uma ligação no celular de Bruna.
– Eu não posso atender agora! – Diz,
virando-se de costas.
– Nós precisamos de você delegada. –
Diz um policial no outro lado da linha. – Uma suspeita pelo assassinato da Lana
se envolveu em um crime e desta vez houve testemunha. Você precisa nos
encontrar, em no máximo, dez minutos na sede da Revista Maxxes.
– Maxxes? – Pergunta assustada. –
Tudo bem, nos encontramos daqui a pouco.
Guilherme ouve o fim da conversa.
Bruna faz uma expressão de preocupada.
– Parece que a Iolanda matou um cara.
Dentro da sala da presidência... Eu preciso ir, Guilherme. Qualquer coisa, você
sabe o meu número. Até mais.
***
Maria Paula retorna para casa. Põe
sua bolsa em uma poltrona, abre a geladeira, pega um jarro de vidro contendo água
mineral e deposita em um copo de vidro. Ela ingere metade e coloca a jarra
dentro da geladeira novamente.
A campainha toca. Ela abre e vê um
homem segurando uma prancheta, com alguns papéis e segurando uma maleta preta.
- Pois não? – Disse.
- Bom dia, senhorita... Maria Paula
Albuquerque. Confere?
- Sim. O que seria?
- Sou um oficial de justiça e vim lhe
entregar uma intimação. Você deverá ir até a delegacia e depor sobre o
assassinato de Lana Albuquerque novamente.
- Intimação? – Pergunta nervosa. Ela
pega a prancheta e assina e recebe outra via. Após o homem se retirar, Maria
Paula fecha a porta e se escora na própria. – Será que eles sabem de alguma
coisa? – Pergunta a si mesma, lendo o documento.
***
Uma enfermeira fita Carla,
identificada como Maíra. Um médico adentra no local, onde outros pacientes
também estão.
- Ela respondeu aos tratamentos?
- Não senhor.
- Mostrou algum sinal? Movimento na
cabeça, respiração, movimento com as mãos, pés... Nada?
- Nada senhor.
- Infelizmente o hospital é pobre,
não podemos continuar internando-a. Pedirei uma transferência para o hospital
da cidade. Lá eles cuidarão da paciente melhor.
- Uma pena, senhor... – Diz a
enfermeira. Ambos saem do local.
Carla suspira, move a cabeça e
levanta alguns dedos da mão esquerda, que está em cima da barriga.
***
A sede da Revista Maxxes está com
vários carros da polícia e um policial termina de isolar a área. Bruna
estaciona seu carro e retira da bolsa seu colar de delegada e põe no pescoço.
Retira da porta luvas um par de algemas, que coloca no bolso e uma arma que põe
dentro da calça. Ela aproxima-se dos policiais.
– O que aconteceu aqui? – Pergunta,
observando dois peritos carregarem o corpo dentro de um saco preto.
– Não sabemos o que motivou o crime,
mas sim a responsável. Iolanda Cavalcanti. Não entramos para evitar uma
perseguição dispensável.
– Me disseram que houve testemunha...
– Sou eu, delegada. Natan Ferreira.
– Pode-me dizer como aconteceu o
crime?
– Não. Eu ouvi dois disparos e por
coincidência, ouvi a Iolanda conversar com uma pessoa... Morta. Abri a porta e
vi-a segurar uma arma e mais adiante, um corpo ensanguentado. Pelo que eu ouvi
sei que a Iolanda matou esse homem.
– Entendo. – Deu um giro, apontando
para os homens que estavam próximos. – Alguém a viu sair?
– Ela pode tentar sair pelos
fundos... – Disse um dos policiais
– Eu vou com o Nogueira para lá e
vocês ficam aqui. Não tenho tempo nem cabeça pra ficar atrás dela depois.
Bruna e Nogueira adentram em uma
viatura policial e vão para os fundos da empresa. Eles flagram Iolanda
correndo, após vê-los. Nogueira, que dirige, acelera.
Iolanda tropeça e acaba caindo. A
viatura bloqueia todas as saídas. Nogueira fica ao lado da porta, mirando uma
arma para Iolanda enquanto Bruna aproxima-se da mesma, que se levanta.
– Então você tá viva! – Diz Iolanda,
retirando os óculos, desvencilhando-se do policial e cruzando os braços. – A
fumaça fez mal?
– Como você sabe? – Pôs as duas mãos
na cintura.
– As notícias correm soltas.
Principalmente aqui! – A mulher ri.
– Muito engraçada você. – Bruna
retira do bolso as algemas e vai para trás de Iolanda, puxando seu braço
esquerdo e a algema, levando-a até o camburão. Nogueira e Bruna adentram
no veículo e seguem para a delegacia.
***
Iolanda está sentada a frente de
Bruna, sem as algemas, quieta. Bruna batuca com os dedos da mão esquerda na
mesa, irritada. A delegada observa novamente Iolanda.
– Estou esperando! – Bruna cruzou os
braços. – Vai me contar alguma coisa ou tá difícil?
– Eu só falo na presença do meu
advogado!
– Já que é assim... – Fitara Iolanda
e depois um policial. – Pode levá-la.
O policial pegara no braço de Iolanda
e a conduzira até uma das celas, que já ocupava sete mulheres.
– Eu não posso ficar aqui! – Dizia,
enquanto o policial trancava a cela. – Estou falando com você!
– Ninguém devia ficar aqui, moça...
Sossega que a sua voz não é das melhores. – Uma das detentas chega próxima a
ela. – Ou eu mesmo lhe calo.
Iolanda, escorada na grade, desliza e
chora.
***
O relógio marca nove horas da noite.
A chuva cai sobre a cidade. Trovões assustam a população. Rafaela e Giulia
batem na porta da delegacia, onde Bruna trabalhava no inquérito de Lana.
– Boa noite... – Rafaela e a filha
adentraram no local. Giulia dava voltas, observando todos os detalhes. – Nós
estávamos no supermercado e viemos te buscar. Vamos?
– Agora?
– Sim, Bruna. Agora. Você está o dia
inteiro trabalhando. Encontrou alguma pista sobre aquele caso?
– Nada. – Pegara seu colar e colocara
dentro da bolsa. Pusera o celular no bolso da calça e desligara as luzes,
trancando a porta. – Amanhã eu não saio daqui sem uma pista!
***
Guilherme, trajando uma cueca Calvin
Kley desce as escadas, vai para a cozinha, abre a geladeira, pega o jarro de
água e despeja sobre um copo.
Ele senta-se em uma banqueta e pensa
em Bruna.
– Nunca senti nada igual...
***
Giulia está sentada atrás, com o
cinto, brincando com uma boneca. Rafaela e Bruna, na frente, conversam. O carro
está parado em um engarrafamento.
– Você e o Guilherme... Como estão? –
Indaga Rafaela.
– Até quando tenho que dizer que a
minha relação com ele é estritamente profissional?
– Por que você nega? Não está fazendo
nada errado!
– Eu não posso Rafaela.
– Deixa de ser tola, Bruna. Você o
ama e ele também! Negar seus sentimentos vai te fazer mal. Você é uma mulher
jovem, bonita, humilde e que surgiu na vida dele acidentalmente. Chega de fugir
dele! – Antes de terminar, Rafaela ouve uma porta se abrindo. – Aonde você vai,
Bruna? Volta aqui! Bruna!
Bruna corre pela calçada. Dentro do
carro, Rafaela percebe que o sinal abriu. Retira o cinto e senta-se no banco do
motorista e dirige preocupada.
***
Música: Love Me Like You Do – Ellie Goulding
Bruna para em frente à portaria do
edifício de Guilherme, completamente encharcada. Ela balança o portão e o
funcionário, ainda na porta, lhe faz perguntas.
– Você vai estragar o portão moça. O
que você quer?
– Abre moço, por favor! Eu preciso...
– Diz, antes de ser cortada.
– Não posso abrir se não forem
moradores. São ordens! – Disse e percebera a tristeza de Bruna. – Você não tem
cara que vai aprontar, não é?
Bruna balança a cabeça de um lado
para o outro. O porteiro, com o guarda-chuva abre o portão e Bruna adentra o
edifício rapidamente e entra no elevador, esbarrando com uma mulher.
Guilherme, dentro do apartamento, põe
o copo na pia e desliga as luzes e sobe as escadas. Ao chegar aos sexto degrau,
ouve a campainha bater e abre a porta. Ele vê Bruna parada a sua frente.
– Bruna?
Os dois se entreolham, até que Bruna pula nos braços de Guilherme, que a segura. Eles aproximam seus lábios e se beijam apaixonadamente. Ambos se entregam a paixão e ficam ali, na porta.
novela escrita por
Isa Nota
personagens
trilha sonora
Tensions Run High - Soundridemusic (abertura)
Love Me Like You Do – Ellie Goulding
direção
Carlos Mota
produção
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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