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Estrada 34: Capítulo 17

Novela de Isa Nota
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CAPÍTULO 17



Bruna continua abraçada a Guilherme, pensativa. Observa Rosa contar os detalhes que sabe, e em seguida, fita o rosto de Guilherme. 

– Guilherme... A Lana deixou alguma herança para o Arthur?

– Sim, claro. Praticamente tudo o que ela tinha, deixou para o menino. Mas o que isso tem a ver? – Pergunta, olhando para o delegado. Os dois estranham.

– Tudo, meu amor! A pessoa que sequestrou o Arthur pode estar envolvida no assassinato da Lana.

– Mas teria que ser alguém da família para...

– A única pessoa que era da família e estava na festa era a Maria Paula. – Interrompera-o.

– Eu acho que não. – O delegado levantou-se e encarou o casal. – Sim, precisaria ser algum familiar para retirar dinheiro da conta. Mas os sequestradores também podem exigir que você retire o dinheiro e deposite em uma conta secreta, o que é o mais óbvio. – Dissera a Guilherme. 

***

DOIS DIAS DEPOIS

Arthur, deitado, move sua perna algemada. Escora-se na parede e observa Douglas dormir. Em baixo do colchão encontra um grampo de cabelo.

Silenciosamente, ele abre o grampo e consegue se soltar da algema.

Arthur, com as mãos e joelhos no chão, anda até porta e a abre. Ele sente medo e é surpreendido por Douglas, ainda de capuz. 

– Então você tava querendo fugir? – Diz, arrastando a criança para uma cadeira.

– ME TIRA DAQUI! – Grita.

– Ninguém vai te escutar, menino. E outra... Só cumpro ordens. – Diz, amarrando firmes as mãos de Arthur para trás com uma corda. – Quero ver você fugir agora! 

***

Rafaela, ainda com pijama, derrama leite quente sobre uma caneca e senta-se a mesa, pensativa. Bruna, trajando uma calça jeans azul e uma blusa de renda de manga longa branca senta-se a mesa e come uma maçã. 

– Bruna... – Deu uma pausa. – O que acontece se eu denunciar uma pessoa por perseguição obsessiva?

– Se for comprovado que ela está mesmo lhe perseguindo, a pessoa é presa e julgada. O crime, no caso, tem uma pena consideravelmente boa... Mas por que a pergunta?

– Ah. Nada não. – Levanta-se e vai ao banheiro.

– Alguma coisa tá acontecendo e ela não quer me contar! – Diz Bruna, pegando sua bolsa e saindo do apartamento.

***

Vivian dirige em alta velocidade. Ela bebe a terceira garrafa de vodka e buzina repetidas vezes, irritando todos ao redor. 

Próximo dali, uma criança de aproximadamente nove anos brinca de amarelinha em um parque. Ela avista a mãe e corre até ela, sem olhar para os lados da rua. 

Vivian, muito bêbada continua a buzinar e assusta a criança, que fica parada no meio da rua. 

– FILHO! – A mulher, do outro lado da rua grita. A criança é atingida e jogada próxima a um poste. Ela observa o carro de Vivian se distanciar e anota a placa do carro. – Desgraçada! – Aproximara-se do filho. – Alguém chama ambulância! Meu filho tá morrendo!

***

Maria Paula, sentada na cama, abre um caderno e lê tudo que escrevera quando era casada. Lágrimas mancham as folhas e ela guarda o caderno em uma gaveta. 

Pega de baixo da cama duas malas, a abre e retira roupas do armário, colocando todas dentro das malas. 

Rachel adentra no local, e cruza os braços, observando o nervosismo de Maria Paula. 

– Aonde você vai, Maria Paula? – Indaga, com um pequeno sorriso.

– Viajar... Espairecer. – Disse, fechando as malas e pegando o caderno que lera antes.

– Acho ótimo! – Disse, seguindo a filha. Maria Paula parara logo abaixo do sótão.

– Eu quero o meu pai! – Grita Arthur, dentro do sótão.

– Achei que tinha ouvido uma criança... Senti uma angústia de repente.

– Impressão sua, filha. Vá viajar que ganha mais.

– Tem certeza?

– Absoluta. – Observara Maria Paula abrir a porta do apartamento e em seguida, fechá-la. – Se ela descobrir que o Arthur está aqui... Estou lascada! 

***

Conrado e Natan estão sentados a uma mesa. Antônia senta-se ao lado de Conrado e os três ficam a frente de inúmeros jornalistas e fotógrafos. 

– Vocês assumem a falência da empresa? O que farão? E a presidente da empresa, Iolanda Cavalcanti? Continua presa? Como...

– Uma pergunta de cada vez, por favor! – Natan interrompera. – Respondendo a primeira pergunta. Sim. Nós assumimos.

– Mas com isso, informamos que há um novo presidente.

– Como?

– A empresa foi construída em São Paulo e várias sedes criadas. Entre elas, a do Rio de Janeiro, que acabou sendo, digamos assim, a oficial. E como foi herança da senhora Beatriz Cavalcanti aos seus filhos, tornaria-me presidente caso a empresa falisse. – Conrado respondeu.

– Iolanda Cavalcanti continuará presa e teve o habeas corpus negado e aguardará o julgamento presa.

– Mais alguma revelação?

– Sim. Antônia, antiga secretária de Iolanda, torna-se agora, uma das empresárias. 

***

Rafaela abre a porta de um apartamento simples. Uma mulher, com nome de Dinorá, de cinquenta e seis anos, que estava sentada de pernas cruzadas em um sofá, lendo um livro a observa. Ela fecha o livro e retira seus óculos, colocando-os na mesa de vidro que há no meio. 

– Filha? O que está fazendo aqui? – Diz, convidando-a para sentar ao seu lado.

– O Fausto, mamãe... Ele ganhou condicional.

– Mas ele não está lhe rondando, está? 

– Não. – Observa o alívio de Dinorá. – Ele quer ver a Giulia.

– Como é? Você não pode...

– Eu não posso, mas devo.

– Deve nada. – Abraçara Rafaela. – Você e sua irmã não vieram mais aqui...

– As coisas andaram meio conturbadas. Mas não vim para falar disso. Quero saber se mexeu em alguma coisa do meu quarto.

– Não... – Antes de terminar, Rafaela correra para o seu quarto. 

No quarto, ela abre o armário e retira da última prateleira uma caixa de papelão e a abre. Estão repletas de fotos, cartas, presentes e objetos que simbolizam o amor que sentira por Fausto.

Rafaela retira do bolso um isqueiro. Ela o acende e joga na caixa, que aos poucos começa a ser deteriorada pelo fogo. 

– Filha, tem uma coisa te incomodando. Eu sei que tem! – Dinorá adentra no quarto. Rafaela a abraça e começa a chorar novamente. – Eu queria tirar esse peso, essa dor, essa angústia de dentro de você, mas não consigo. Pode contar comigo para tudo!

– Mãe... Não conta nada disso para a Bruna. Isso é um problema somente meu. E eu tenho medo da reação dela...

– Eu entendo. Mas se a situação chegar ao limite, ela será avisada. 

***

Iolanda é levada para uma sala algemada. Veste o uniforme do presídio e senta-se em uma cadeira, apoiando seus braços a uma mesa. Um homem não identificado chega por trás e joga um jornal na mesa. Ela lê o enunciado, que fala sobre a falência e nova gestão da Maxxes em silêncio e baixa a cabeça, esperando o homem sentar-se. 

– Feliz? – Pergunta o homem.

– O que você fez seu idiota? Quando eu sair daqui você se arrependerá...

– Cala a boca, Iolanda. Não está me reconhecendo? Sou eu, seu papaizinho...

– Não... Não... NÃO PODE SER!

– Claro que pode. Você é burra, hein. Podia passar facilmente a perna em você que não ligaria uma coisa à outra.

– A empresa é minha...

– Sua o caramba. Ela é do seu irmão por direito. O testamento foi falsificado e você mesma foi vítima disso.

– Como assim? Quando eu voltar, vou transformar...

– É aí que você se engana! – Interrompera Iolanda, que revirara os olhos. – Você não vai voltar. E se voltar, será como faxineira. O Conrado tomou o seu lugar... Se é que você podia ter um lugar.

Iolanda bate na mesa, com as mãos apoiadas sobre ela. Natan ri e Iolanda começa a esganá-lo, com dificuldade por causa das algemas. 

– Socorro! Tirem... – Diz, com pouca força. – Ela daqui! Socorro! 

O carcereiro abre a porta e retira Iolanda do local. 

– Você passou dos limites! – Diz a colocando na solitária. – Passar bem.

– Seus imundos! Me tirem daqui! 

***

Arthur, amarrado na cadeira, balança a cabeça de um lado para o outro três vezes. Ele repete o nome da mãe. 

– Esse menino endoidou de vez, só pode... – Douglas fita o rosto do menino. 

No sonho, Arthur se vê livre, em um local desconhecido. Sua mãe, trajando roupas leves brancas se ajoelha e o beija na testa. 

– Tudo ficará bem, meu filho... O papai vai te salvar! 

***

UMA SEMANA DEPOIS

Bruna fita o painel. Ela retira a foto de Carlos Henrique e arruma as outras imagens. 

– Agora restam Iolanda, Maria Paula e Vivian...

– Descobriu alguma coisa? – O investigador adentra na sala lhe trazendo café.

– Nada. – Ingere um gole da bebida e faz careta. – O que você colocou aqui?

– O de sempre. Como você gosta!

– Não... Tá estragado.

– Desculpa Bruna. Não é de hoje que você está assim. Só pode ser uma coisa... Você está grávida!

– Grávida, eu? Não. Eu me cuido. – Afirma Bruna, retornando ao trabalho. 

***

Fausto e Dora, sentados á mesa, conversam. O homem corta um pão, enquanto a mulher ingere goles de suco. 

– É hoje, mãe. A Rafaela vai se arrepender de ter se metido em meu caminho!

– Foi você que se meteu no dela, não confunda as coisas!

– Tanto faz.

– E como pretende fazer essa proeza, hein Fausto?

– Na hora da saída. Só me apresentar como amigo da Rafaela e pronto. Depois... A gente vê no que dá!

Fausto come o pão, pensativo.

***

Um homem observa Bruna sair do carro. Ele segura um objeto cortante. Assim que Bruna adentra na delegacia, o homem aproxima-se do carro da delegada e abaixa-se e sabota o veículo. 

– Dessa vez ela não escapa... Morre na hora! 

***

Vivian está deitada no sofá, com um pote de pipoca no colo. Ela altera os canais da televisão, e ao ver uma foto sua, para e aumenta o volume. 

– A polícia procura pela mulher que atropelou e deixou em estado grave um menino de nove anos, no centro do Rio de Janeiro. – Ela ouve e coloca o pote sobre a mesa de vidro. 

Vivian corre para o quarto, pega uma mala e coloca algumas roupas e calçados dentro dela. Remexe várias gavetas até encontrar documentos com o nome de Fernanda. 

– Sabia que seria útil algum dia! – Diz, pondo uma peruca loira e óculos. 

Ela tranca o apartamento e se retira as pressas. 

*** 

Fausto ouve o sinal tocar. Ele observa as crianças saírem do colégio e avista Giulia, no portão. O homem sai do carro, aproxima-se de Giulia e a pega na mão, levando-a para o carro. 

– Ei, quem é você? Minha mãe vai vir me buscar!

– Quero te mostrar uma coisa, fica aí. – Diz, fechando a porta do carro e saindo em alta velocidade.

– Eu não sei quem é você...

– Nem queira saber, garota! 

***

Fausto ouve o sinal tocar. Ele observa as crianças saírem do colégio e avista Giulia, no portão. O homem sai do carro, aproxima-se de Giulia e a pega na mão, levando-a para o carro. 

– Ei, quem é você? Minha mãe vai vir me buscar!

– Quero te mostrar uma coisa, fica aí. – Diz, fechando a porta do carro e saindo em alta velocidade.

– Eu não sei quem é você...

– Nem queira saber, garota! 

***

Rafaela desce de um ônibus, em frente ao colégio de Giulia. Ela adentra no recinto e procura pela menina, mas não a encontra. 

– Ari... – Chamou o zelador. – Você sabe onde está a Giulia?

– Ih, Rafaela. Já levaram a menina, não sabia? 

Rafaela se distancia do portão e escora-se em um poste. Ela procura nos contatos o número da irmã e telefona para ela. 

– Bruna? Por que não me avisou que pegaria a Giulia no colégio? – Indaga nervosa.

– Eu passei o dia todo na delegacia, Rafaela. – Diz, na outra linha. – Tem certeza que ela não está aí?

– Ah... – Ficara nervosa. – Está sim. – Mentiu. – Até mais. – Desligara e colocara o celular na bolsa, aproximando-se do zelador. – Você pode me dizer quem levou a Giulia?

– Um homem alto, moreno, com barba cavanhaque... Vestia roupas simples. Nunca o vi aqui.

– Pelo amor de Deus... Como você deixa levarem a minha filha? Você sabe que só eu e a Bruna temos permissão de levá-la.

– Acalma-se dona. Eu não sabia...

– Agora é fácil de dizer. Você é um irresponsável mesmo! – Discute com o homem. As crianças e pais observam assustados.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? – Indaga a diretora do colégio, uma mulher de estatura alta, de cabelos lisos loiros, trajando um macacão florido. Utilizava um salto alto fechado preto.

– Esse senhor aqui deixou que um tarado levasse a minha filha!

– E como sabe que foi um tarado?

– Eu o conheço. Ele vai matar a minha filha! 

***

Fausto está parado no trânsito. Ao seu lado, Giulia completamente apavorada. O homem a olha diferente. 

- Socorro! – Grita Giulia, debatendo-se na janela.

– Fica quieta, garota. – Pressiona o braço da menina.

– Eu não sei quem é você. Por favor, me solta! – Grita, com medo. O homem se aproxima do corpo da menina e toca em seus seios. – Socorro! – Diz constrangida. 

Um homem, de outro veículo, observa a cena. Ele sai e aproxima-se do carro onde Giulia se encontra, abrindo a porta. 

– O que significa isso? – Giulia sai do carro e abraça fortemente a cintura do homem que encara Fausto. 

***

Bruna liga o carro, põe o cinto e o dirige em velocidade média. Outro carro, preto e de vidros escuros, a segue. Os dois param no sinal vermelho. Dentro do carro, passa mal, sentindo-se tonta.

O sinal abre e Bruna continua parada. Os motoristas buzinam e a xingam.

– Eu não tenho o dia todo, moça! – Diz um motorista esticando sua cabeça para fora do vidro.

Ainda tonta, acelera o veículo e dirige em velocidade alta, com a visão embaçada.

O celular vibra e ela visualiza a mensagem e a responde, sem perceber que invadira a pista contrária. 

Um som de buzina lhe chama a atenção. Bruna grita, perde o controle da direção do veículo, invade um canteiro de obras e bate em um poste. Dentro do carro, o sangue escorre pela cabeça de Bruna, que está desacordada. 


 
 



novela escrita por
Isa Nota

personagens
Bruna
Guilherme
Lana
Rafaela
Dora
Maurício
Fernanda
Martha
Iolanda
Carlos Henrique
Beatriz
Roberto
Conrado
Olívio
Antonia
Arthur
Lara
Clarisse
Margot Alvarez
Carla
Eva
Alessandra
Rosa
Fausto

trilha sonora
Tensions Run High - Soundridemusic (abertura)

direção
Carlos Mota

produção
Bruno Olsen

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.

REALIZAÇÃO



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